Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Itajubá Instituto de Ciências Exatas – Departamento de Física e Química Determinação da massa molar do magnésio. Glenda de Souza Santos 25796 Lucas Raposo Carvalho 23872 ITAJUBÁ 2012 Universidade Federal de Itajubá Instituto de Ciências Exatas – Departamento de Física e Química Glenda de Souza Santos 25796 Lucas Raposo Carvalho 23872 Determinação da massa molar do magnésio. Relatório submetido à Prof.ª Juliana, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Química Experimental do curso de graduação em Química Bacharelado da Universidade Federal de Itajubá. ITAJUBÁ 2012 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO A massa de um elemento é um dado importante e diferencial usado na Química e pode ser encontrado facilmente na Tabela Periódica. Existem outros meios de se determina-la, por exemplo, devido o valor da massa de um átomo ser muito pequeno, estabeleceu-se valores tabelados para todos os elementos a partir do isótopo mais estável do átomo Carbono (12g), desta forma uma unidade de massa atômica vale 1/12 da massa de um átomo ¹²C (1,6606 10- 24g/u.m.a). Porém, os valores encontrados na Tabela Periódica é a média ponderada das massas atômicas de seus isótopos, considerando sua abundância isotópica na natureza. A fim de melhorar os cálculos no mundo atômico, Avogadro determinou o tamanho de um mol, unidade representativa de um conjunto atômico, como uma dúzia, uma centena. Assim, segundo o número de Avogadro, 1 mol de um elemento X possui 6,022 10²³ átomos e sua massa molar (g/mol) corresponde a sua massa em gramas (g). 2. MATERIAIS E MÉTODOS No procedimento, pesou-se uma quantidade de magnésio, com o auxílio de uma pinça metálica e um vidro de relógio, em uma balança analítica devidamente calibrada. A quantidade pesada deveria ser de 50 mg. Sugeriu-se que a massa fosse anotada. Além disso, a quantidade de magnésio deveria estar devidamente limpa e seca. Foi necessário colocar a quantidade pesada no fundo de um béquer de 1000 mL, colocando um funil sem colo, ao contrário, em cima das peças de magnésio, tomando o cuidado de deixar todas as peças de magnésio dentro do funil. Após isso, foi necessário encher o béquer de água até um ou dois centímetros acima da saída do funil sem colo. Após isso, encheu-se uma proveta de 100 mL com água, sendo necessário colocá-la no béquer da seguinte forma: Colocou-se um pedaço de papel sulfite na saída da proveta, virando-a para baixo e aproximando a saída da proveta da saída do funil sem colo. Finalmente, retirou-se o papel da proveta e inseriu-se a proveta no sistema, de modo que ele ficasse de acordo com a figura a seguir: Esquema 1: Representação da montagem do experimento (Roteiro – Experimento 5 – UNIFEI 2012). Formado o sistema de acordo com as recomendações, foi necessário verificar o volume de ar contido na proveta e anotá-lo, de modo a usá-lo nos cálculos. Adicionou-se 10 mL de HCl concentrado, com o auxílio de uma pipeta graduada de 10 mL e de um pipetador, tomando o devido cuidado para não contaminá-lo com a substância. Foi necessário observar a reação e anotar as mudanças visíveis que identificam ocorrência de uma reação química, principalmente a temperatura da solução resultante no béquer. Além disso, foi necessário medir o volume de gás formado, analisando o volume de ar inicial na proveta, e o volume final de gás após o término da reação. Finalmente, foi anotada a pressão e temperatura ambientes. Após isso, subtraiu-se da pressão total, a ambiente e a pressão exercida pelo vapor de água, pressão que foi determinada de acordo com a tabela a seguir: Tabela 1: Variação da pressão de vapor de água em relação à temperatura. Temperatura (ºC) Pressão (mmHg) Temperatura (º C) Pressão (mmHg) 15 12,8 23 21 16 13,6 24 22,4 17 14,5 25 23,8 18 15,5 26 25,2 19 16,5 27 26,7 20 17,5 28 28,3 21 18,6 29 30 22 19,8 30 31,8 Usando a equação de Clausius-Clapeyron,a equação balanceada da reação, os dados obtidos, e a relação entre número de mols, massa e massa molar, foi necessária calcular a massa molar do magnésio. Equação 1: Equação geral dos gases (Clausius-Clapeyron): TRnVP ... Onde: • P: Pressão • V: Volume • n: Quantidade de matéria (mols) • R: Constante geral dos gases (depende das unidades de pressão, volume e temperatura) • T: Temperatura Equação 2: Relação entre número de mols, massa e massa molar: MM m n Onde: • n: número de mols • m: massa (gramas) • MM: massa molar (g.mol-1) Equação 3: Reação entre Magnésio sólido e ácido clorídrico: )(2)(2)()( 1121 gaqaqs HMgClHClMg Observou-se que, caso houvesse vazamento de gás durante o experimento, este deveria ser repetido. Recomendou-se calcular o erro percentual da medida obtida, usando a seguinte fórmula: Equação 4: Erro percentual 100. || tabelada tabeladaobitda M MM 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 3.1 Resultados: • Massa de magnésio pesada: 0,052g • Nível inicial da coluna de ar na proveta: 63,8 mL • Temperatura inicial da água: 18º C • Temperatura final da solução: 19º C (292 K) Para determinar o volume de gás final, devido a ultrapassagem do limite de medição da proveta, foi necessário estabelecer uma proporção para calcular o volume, a qual foi determinada em 1,7 cm equivale a 10 mL. Como o volume final foi de 100 mL e 3,9 cm de gás, este foi de 122,9 mL. Subtraindo o volume final do volume inicial, obteve-se um volume de 59,1 mL (59,1 .10-3 L) de gás hidrogênio (H2). • Temperatura ambiente: 18º C • Pressão ambiente: 769 mmHg • Pressão de vapor de água: 15,5 mmHg • A fórmula usada para achar a pressão de hidrogênio foi a seguinte: vaporambiente pppH 2 Fazendo uso da fórmula, a pressão de gás hidrogênio encontrada foi de 753,5 mmHg. • Fazendo uso da equação 1, com a pressão em mmHg, volume em litros, n em mols, R em L.mmHg.mol-1.K-1, e temperatura em Kelvin, determinou-se o número de mols de gás hidrogênio formado: 2,44.10-3 mols. • Usando a equação 3 (de modo a verificar a relação estequiométrica entre o magnésio e o gás hidrogênio, a qual é de 1 para 1, possibilitando usar o número de mols magnésio sendo igual ao de gás hidrogênio obtido) e a equação 2, obteve-se uma massa molar de 21,311 g.mol-1 para o magnésio. • Massa molar tabelada do Magnésio: 24,312 g.mol-1. • Erro percentual: 12,34% 3.2 Discussões: A diferença entre a massa molar obtida e a tabelada pode ser explicada por uma série de fatores, sendo o mais influente a proporção estabelecida na medição volumétrica de gás hidrogênio na proveta, pois qualquer medição feita está sujeita à erros sistemáticos. Outro fator pode ser a presença de impurezas na amostra de magnésio que não reagiram com o ácido clorídrico, ou uma possível película de óxido de magnésio, que ao reagir com o ácido, formaria água ao invés de gás hidrogênio, comprometendo o volume final. A pressão de vapor da água foi descontada, pois a equação de Clapeyron foi usada para medir especificamente o número de mols de gás hidrogênio,caso a pressão do vapor d’água não fosse descontada, seria calculado o número de mols da mistura desses gases, sendo impossível aplicar a relação estequiométrica obtida na equação 3. Caso a quantidade de magnésio pesada não estivesse totalmente dentro do funil, uma parte dela reagiria liberando gás hidrogênio para fora do sistema, tornando a medição do volume de gás hidrogênio imprecisa, comprometendo os cálculos seguintes. 4. CONCLUSÃO Conclui-se que erros sistemáticos ou grosseiros influenciam em resultados obtidos, pois se remetem a medições, que sempre vêm acompanhadas de incertezas. Outra possível razão para erros percentuais de medição pode ser o uso de um sistema não totalmente fechado, que sugere troca de matéria entre o sistema e o ambiente. Além disso, as amostragens usadas em experimentos podem conter impurezas, que comprometem o decorrer da reação, influenciando, assim, nos cálculos posteriores. Por fim, é importante ressaltar a necessidade de se conhecer a equação da reação usada no experimento, de modo a estabelecer a relação estequiométrica entre os componentes desejados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Roteiro de química UNIFEI, experimento 5: Determinação da massa molar do magnésio. Maio de 2012 • ATKINS, Peter. Princípios básicos de química: Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
Compartilhar