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Relatório - Volumetria de precipitação

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Universidade Federal de Itajubá 
Instituto de Ciências Exatas – Departamento de Física e Química 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Volumetria de precipitação 
 
 
 
 
 
Gabriel da Silva Dias 24394 
Lucas Raposo Carvalho 23872 
 
 
 
 
ITAJUBÁ 
2013 
 
Universidade Federal de Itajubá 
Instituto de Ciências Exatas – Departamento de Física e Química 
 
 
 
 
 
Gabriel da Silva Dias 24394 
Lucas Raposo Carvalho 23872 
Felipe Cângero Spadacio 23962 
 
Volumetria de precipitação 
 
Relatório submetido à Prof.ª Márcia, como 
requisito parcial para aprovação na disciplina 
de QUI027 - Química Analítica Experimental II - 
do curso de graduação em Química 
Bacharelado da Universidade Federal de 
Itajubá. 
 
 
ITAJUBÁ 
2013 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 7 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 11 
4. CONCLUSÃO ............................................................................................ 18 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 Dentre os vários métodos para determinação do íon Cl- (Cloreto) por 
titulação (argentometria) [1], todos seguem o princípio de usar um sólido 
colorido, que é facilmente dissociado, para indicar que todos os íons prata 
foram precipitados. [1][2][3] 
 A certeza de que os íons prata se precipitarão antes do sólido colorido 
ser formado se dá pelas diferenças de Kps (Produto de Solubilidade) entre os 
sólidos em questão. [2] 
 Um dos métodos utilizados para a titulação é o método de Mohr (usado 
para determinação de cloretos e brometos), no qual se usa a formação de AgCl 
(Cloreto de Prata) e de Cromato de Prata (Ag2CrO4), sendo que o Cromato de 
Prata possui uma coloração avermelhada e o Cloreto de Prata possui uma 
coloração branca. A titulação se proçede usando a solução neutra (que possui 
íons Cloreto) em presença de K2CrO4 (Cromato de Potássio), que atua como 
indicador. A solução titulante mais usada é o AgNO3 (Nitrato de Prata). [3] 
 Na determinação do cloreto usando método em questão, duas reações 
estão envolvidas: a de precipitação do AgCl (Cloreto de Prata) e a de 
precipitação do Ag2CrO4 (Cromato de Prata), que ocorrem em momentos 
diferentes, graças à diferença de Kps entre os sólidos. As equações que 
representam as reações são as seguintes [2]: 
)(42)(
2
4)(
)()()(
2 saqaq
saqaq
CrOAgCrOAg
AgClClAg




 
(Equações 1 e 2: Reações envolvidas no processo Mohr da determinação de cloretos e 
brometos através de titulação). [2] 
 Como o Kps do AgCl (Cloreto de Prata) é 1,77.10-10 [4] e o Kps do 
Ag2CrO4 (Cromato de Prata) é de 2,00.10-12 [5], a precipitação do Cloreto de 
Prata ocorre antes do Cromato de Prata [2]. Sendo assim, observando a 
formação da coloração avermelhada da solução durante a titulação [2], pode-
se calcular a quantidade de cloreto na amostra pelo volume de Nitrato de Prata 
adicionado, pois a estequiometria da reação de precipitação do Cloreto de 
Prata (Eq. 2) é de 1:1. 
 Outro método conhecido da determinação de cloreto usando titulação é 
o método de Charpetier-Volhard, que usa o método a retrotitulação. [1] 
 Procede-se adicionando excesso de AgNO3 (Nitrato de Prata) ao analito 
a ser estudado que contém o ânion Cl- (Cloreto). A reação entre o cátion Ag+ 
(Prata) e o ânion Cl- (Cloreto) produz o sólido AgCl (Cloreto de Prata), como 
está na Equação 1. A solução restante é filtrada e a parte líquida, que contém 
somente a quantidade de Ag+ (Prata) em excesso é usada com o titulante de 
uma solução de KSCN (Tiocianato de Potássio) ou NH4SCN (Tiocianato de 
Amônio), usando uma solução de Amôniossulfato de Ferro (III) (NH4Fe(SO4)2 • 
12H2O) [6] como indicador, formando um composto vermelho-sangue 
([Fe(SCN)(H2O)5]2+). [1] 
 As reações que indicam as transformações acimas são as seguintes: 
)(
2
52)()(
2
52
)()()(
)()()(
]))(([)]()([ aqaqaq
saqaq
saqaq
OHSCNFeSCNOHOHFe
AgSCNSCNAg
AgClClAg






 
(Equações 1, 3 e 4: Reações envolvidas no processo Charpentier-Volhard de determinação do 
cloreto através da retrotitulação). [1] 
 A reação 1 ocorre na adição do Nitrato de Prata em excesso à solução 
que contém o analito. A equação 3 ocorre na titulação da solução com excesso 
de íons Ag+ (Prata) e a equação 4 ocorre quando todo o ânion SCN- 
(Tiocianato) foi precipitado na forma de AgSCN (Tiocianato de Prata), fazendo 
com que ele se misture ao cátion proveniente do Amôniossulfato de Ferro (III) e 
forme o cátion que origina a coloração vermelha da solução, indicando o ponto 
de viragem da titulação, o qual indica que a adição da solução de KSCN 
(Tiocianato de Potássio) deve ser cessada. [1] 
 O método utilizado nessa prática foi o método gravimétrico da 
determinação do cloreto, que utiliza o mesmo princípio da formação de AgCl 
(Cloreto de Prata) utilizando AgNO3 (Nitrato de Prata) com uma solução 
contendo ânions cloreto. O sólido formado é filtrado, e consequentemente 
pesado. Com a massa de sólido obtida, calcula-se a massa de cloreto presente 
no sólido, comparando-a com a quantidade de cloreto presente inicialmente.[7] 
 A quantidade de cloreto presente na amostra inicial pode ser calculada 
conhecendo as especificações do produto que contém o ânion o qual, no caso 
desta prática, foi o soro fisiológico contendo NaCl (Cloreto de Sódio). [7] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
 2.1 Método de Mohr: Preparo e padronização de solução de 
AgNO3 0,1 mol L-1 
 • Para preparar a solução de AgNO3 (Nitrato de Prata) a uma 
concentração de 0,1 mol.L-1, necessitou-se fazer o cálculo da massa de nitrato 
de prata a ser usado para que a concentração desejada fosse atingida. Para 
isso, considerou-se a massa molar do AgNO3 como 169,873 g.mol-1 [4][8] e o 
volume de solução a ser preparado de 250 mL. 
 O cálculo realizado para a massa de AgNO3 (Nitrato de prata) a ser 
usada foi o seguinte: 
soluçãosoluçãoAgNOAgNO CVMm s  3)(3
 
 Onde M(AgNO3) é a massa molar do nitrato de prata (em g/mol), Vsolução é 
o volume final da solução (em litros) desejada e Csolução é a concentração da 
solução final (em mol/L). 
 • Para preparar a solução de NaCl (Cloreto de Sódio), que foi 
utilizado como padrão primário para padronização de NaCl e estava 
previamente seco em mufla à temperatura de 500-600º C por 2 horas, levou-se 
em conta que a solução final deveria ser de 15 mL (quantidade a ser utilizada 
em cada padronização, dentre as três necessárias) e que a massa molar do 
NaCl é de 58,49 g/mol-1 [4][8]. 
 O cálculo realizado para a massa de NaCl (Cloreto de Sódio) a ser 
usada foi o seguinte: 
soluçãosolução
NaCl
NaCl
AgNOeqNaCleq
VC
M
m
nn

 )()( 3
 
 Onde se estabeleceu a relação de que o número de mols no ponto de 
equivalência do NaCl (Cloreto de Sódio) e de AgNO3 (Nitrato de Prata) é o 
mesmo (representado por neq). mNaCl e MNaCl representam a massa necessária 
de NaCl (em g) e a massa molar do NaCl (em g/mol), respectivamente e Csolução 
e Vsolução representam a concentração (em mol/L) e volume da solução de 
AgNO3 (em litros), respectivamente. 
 Ao serem calculadasas massas para cada solução, a massa de nitrato 
de prata foi colocada em um balão volumétrico de 250 mL, adicionou-se água 
até o menisco, e, em seguida, homogeneizou-se a solução. Para a solução de 
cloreto de sódio, a massa pesada de NaCl foi colocada em um erlenmeyer, 
adicionando 50 mL de água destilada e 1 mL de K2CrO4 (Cromato de Potássio) 
5%, que foi usado como indicador. 
 Preparado o sistema da titulação, com o agente titulante (AgNO3 – 
Nitrato de Prata) devidamente colocado na bureta e o titulado em posição 
abaixo da bureta (NaCl – Cloreto de Sódio – com indicador – K2CrO4, Cromato 
de Potássio), procedeu-se à titulação. 
 Procedeu-se a titulação, sendo observada a coloração branca da 
solução no erlenmeyer, até que, em determinado volume de Nitrato de Prata 
adicionado, a solução se torna vermelha (deve-se parar de adicionar o nitrato 
de prata no momento em que a coloração vermelha mais leve for percebida por 
30 segundos). O procedimento foi feito em triplicata, achando assim, a 
concentração real da solução de AgNO3 preparada. 
 2.2 Método de Mohr: Determinação do teor de íons Cloreto em 
soro fisiológico. 
 Transferiu-se 15 mL da amostra de soro fisiológico (contendo, em teoria, 
0,9% m/m de NaCl – Cloreto de Sódio) a um erlenemeyer, adicionando 30 mL 
de água destilada e 1 mL de K2CrO4 (cromato de potássio). 
 Procedeu-se a titulação da mesma maneira que em 2.1,sendo que o 
agente titulante foi novamente o nitrato de prata (AgNO3) e o titulado foi o soro 
fisiológico. O ponto de viragem também foi o mesmo, o aparecimento de uma 
leve coloração avermelhada que persistisse por mais de 30 segundos. 
 Com o procedimento feio novamente em triplicata, calculou-se a 
concentração real de NaCl no soro fisiológico. 
 2.3 Método de Volhard: Preparação e padronização da solução 
de KSCN 0,1 mol L-1. 
 • Para preparar a solução de Tiocianato de Potássio (KSCN) a uma 
concentração de 0,1 mol.L-1, deveu-se calcular a massa necessária de KSCN a 
ser usada na solução, para isso, considerou-se a concentração da solução 
como 0,1 mol/L-1, o volume de solução como sendo 250 mL e a massa molar 
do KSCN como sendo 97,18 g.mol -1 [4][8]. 
 O cálculo realizado para a massa de KSCN (Tiocianato de Potássio) a 
ser usada foi o seguinte: 
KSCNsoluçãosoluçãoKSCN MCVm 
 
 Onde mKSCN é a massa de Tiocianato de Potássio (KSCN) a ser utilizada 
(em g), Vsolução é o volume final da solução preparada (em litros), Csolução é a 
concentração da solução a ser preparada (em mol/L) e MKSCN é a massa molar 
do KSCN. 
 • Para preparar a solução do indicador, uma solução saturada de 
sulfato ferroso amoniacal, de porcentagem 40% m/v, considerou-se que o 
volume da solução seria de 50 mL, e que isso equivale a 50 g de água. Sendo 
assim, a massa que corresponde a 40% desse valor é a massa de 20 g. 
 Procedeu-se a titulação (padronização do KSCN – Tiocianato de 
Potássio – produzido) transferindo uma alíquota de 10 mL da solução 
previamente padronizada de AgNO3 (nitrato de prata) para um erlenemeyer 
(utilizando a pipeta calibrada de 10 mL). À solução de nitrato de prata foi 
adicionado 1 mL do indicador preparado de sulfato ferroso amoniacal e 5 mL 
de HNO3 (ácido nítrico) a uma concentração de 6 mol/L. Á bureta, foi 
adicionada a solução de KSCN até o menisco. Preparado o esquema da 
titulação, procedeu-se à ela, sendo que o ponto de viragem é o aparecimento 
da primeira coloração avermelhada (que ocorre em 1% antes do ponto de 
equivalência) até que uma coloração marrom-avermelhada permaneça sob 
forte agitação. Feito em triplicata, o processo permite saber a concentração real 
da solução de KSCN preparada. 
 2.4 Método de Volhard: Determinação do ânion Cloreto na 
amostra. 
 Foi retirada uma alíquota de 10 mL de soro fisiológico e transferida para 
um erlenmeyer, utilizando uma pipeta calibrada de 10 mL, adicionando 5 mL de 
HNO3 (ácido nítrico) a 6 mol/L. À essa solução foram adicionados 25 mL da 
solução padronizada de AgNO3 (Nitrato de Prata) e 1 mL do indicador sulfato 
ferroso amoniacal em 40% m/v. 
 Titulou-se o excesso de nitrato de prata adicionado com a solução 
padronizada de KSCN, até a percepção de uma mudança de cor da solução 
para marrom-avermelhado de forma persistente (durante 30 segundos, sob 
forte agitação). 
 Feito em triplicata, o processo permite calcular a concentração de NaCl 
(Cloreto de sódio) na amostra de soro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 3.1 Método de Mohr: Preparo e padronização de solução de 
AgNO3 0,1 mol L-1. 
• 
gm
CVMm
s
s
AgNO
soluçãosoluçãoAgNOAgNO
2468,4)1,0()10.250()873,169( 3
)(3
3)(3



 
 Massa de AgNO3 (Nitrato de Prata) a ser pesada: 4,2468 g. 
 Massa de AgNO3 pesada: 4,2390 g. 
• 
gm
VC
M
m
nn
NaCl
soluçãosolução
NaCl
NaCl
AgNOeqNaCleq
0877,0)49,58()10.15()1,0( 3
)()( 3




 
 Massa de NaCl (Cloreto de Sódio) a ser pesada: 0,0877 g. 
 Massas de NaCl pesadas: 0,0829 g, 0,0907 g e 0,0873 g. 
 • A relação entre as massas de NaCl pesadas e o volume gasto de 
nitrato de prata está descrita na tabela a seguir: 
Tabela 1: Volumes de Nitrato de Prata 
gastos na titulação. 
Massa de NaCl Volume 
0,0829 g 14,3 mL 
0,0907 g 15,6 mL 
0,0873 g 15,0 mL 
 
 A média desses valores pode ser calculada através da seguinte fórmula 
[9]: 
n
x
x
n
i
i
 1 
 A média dos valores obtidos é de 14,97 mL. Com esse volume em mãos, 
calculou-se o número de mols de NaCl na solução do erlenmeyer, realizando o 
seguinte cálculo: 
NaCl
NaCl
NaCl
M
m
n 
 
 Onde n é o número de mols, m é a massa da espécie em gramas e M é 
a massa molar da espécie em gramas por mol. 
 Como foram pesadas 3 massas diferentes de cloreto de sódio, calculou-
se uma média do número de mols de NaCl em solução, dados organizados na 
seguinte tabela: 
Tabela 2: Quantidade de mols em cada 
pesagem de NaCl 
Massa (g) Quantidade (mol) 
0,0829 0,00142 
0,0907 0,00155 
0,0873 0,00149 
 
 A média dos valores acima é 0,001487 moles. Considerando que o 
nitrato de prata reagiu por completo com o NaCl antes de entrar em contato 
com o indicador, considera-se que foram utilizados também 0,001487 moles de 
AgNO3. A reação que mostra essa proporção é a reação a seguir: 
)()(3)(3)( saqaqaq AgClNaNOAgNONaCl 
 
 Sabendo que, para um volume médio calculado de 14,97 mL de AgNO3 
usados, gastou-se 0,001487 moles de nitrato de prata, realizou-se o seguinte 
cálculo para achar a concentração real da solução preparada: 
Lmol
V
n
C
AgNO
AgNO
AgNO /0993,0
)10.97,14(
)001487,0(
3
3
3
3


 
 Portanto, a concentração real da solução de nitrato de prata preparada é 
de 0,993 mol/L. 
 3.2 Método de Mohr: Determinação do teor de íons Cloreto em 
soro fisiológico. 
 A equação que descreve a reação ocorrida na titulação é a seguinte: 
)()(3)()(3 saqaqaq AgClNaNONaClAgNO 
 
 Os volumes gastos de nitrato de prata para esta titulação foram de 22,4 
mL; 22,2 mL e 22,4 mL. A média desses valores é de 22,33 mL. 
 A concentração da solução padronizada de nitrato de prata é 0,993 
mol/L e o volume médio gasto da solução é de 22,33 mL. Realizando o 
seguinte cálculo, calculou-se o número de mols gastos em média nessa 
titulação: 
molCVn AgNOAgNOAgNO
33 10.083,2)993,0()10.33,22(
333
 
 
 Como o número de mols gastos de cloreto de sódio e de nitrato de prata 
é o mesmo (de acordo com a reação acima), conclui-se que se gastaram 
2,083.10-3 mols de cloreto de sódio, o que corresponde a 0,122 g de cloreto de 
sódio.Para saber a concentração do cloreto de sódio no soro, realizou-se o 
seguinte cálculo: 
%81,0
)15(
)100()122,0(
% 

NaCl
 
 A porcentagem real de cloreto de sódio de soro, portanto, é de 0,81%, o 
que representa um erro de 10% em relação ao valor indicado no rótulo. Esse 
valor de erro, mesmo sendo pequeno, não se encaixa no padrão de 95% de 
confiança que empresas devem ter ao indicarem a porcentagem em seus 
produtos. 
 3.3 Método de Volhard: Preparação e padronização da solução 
de KSCN 0,1 mol L-1. 
 • 
gm
MCVm
KSCN
KSCNsoluçãosoluçãoKSCN
4297,2)18,97()1,0()10.250( 3 


 
 Massa de KSCN (tiocianato de potássio) a ser pesada: 2,4297 g 
 Massa de KSCN pesada: 2,4852 g 
 • Massa pesada de 20,0021 g, concentração real da solução de 
indicador: 40,0042% 
 • Volume real da pipeta de 10 mL utilizada: 9,94 mL 
 • Reação entre o tiocianato de potássio e o nitrato de prata: 
)()(3)(3)( saqaqaq AgSCNKNOAgNOKSCN 
 
 Os volumes de KSCN utilizados na padronização foram de 8,7 mL; 8,3 
mL e 8,1 mL. A média desses valores é 8,37 mL. Sabendo que a quantidade de 
mols de nitrato de prata em 10 mL de solução (de concentração padronizada 
de 0,0993 mol/L) é de 9,33.10-4 mols, e que essa quantidade reagiu 
completamente com o tiocianato de potássio (em um proporção de 1 para 1, 
conforme a reação acima), realizou-se o seguinte cálculo para determinar a 
concentração real da solução de KSCN: 
Lmol
V
n
C
KSCN
KSCN
KSCN /11,0
)10.37,8(
)10.33,9(
3
4


 
 A concentração real da solução de KSCN é, portanto, de 0,11 mol/L. 
 3.4 Método de Volhard: Determinação do ânion Cloreto na 
amostra. 
 Por problemas durante as titulações anteriores, com relação a 
disponibilidade de solução (AgNO3), esse procedimento foi feito somente em 
duplicata. 
 Os volumes obtidos de KSCN na titulação do excesso de AgNO3 foram 
de 9,7 mL e 9,5 mL. A média desses dois valores é de 9,65 mL. Esse valor de 
volume da solução de KSCN (padronizada, com concentração de 0,11 mol/L) 
corresponde a 1,062.10-3 mol de KSCN. Essa quantidade de mols é a mesma 
para o AgNO3, pois a reação entre dois tem proporção estequiométrica de 1 
para 1, como mostra a reação em 3.3, logo, se conclui que foram usados 
1,062.10-3 mols de AgNO3. Com a concentração padronizada da solução da 
nitrato de prata (0,0933 mol/L), se conclui que foram colocados inicialmente 
(em 25 mL de solução), 2,333.10-3 mols de nitrato de prata. Subtraindo um 
valor do outro, obtém-se a diferença de 1,271.10-3 mols de nitrato de prata que 
reagiram com o soro fisiológico. Como foi descrito na etapa 3.2, a reação entre 
o ntirato de prata e o cloreto de sódio também tem proporção estequiométrica 
de 1 para 1, logo, 1,271.10-3 mols de cloreto de sódio sofreram reação, valor 
que corresponde a 0,074 g de cloreto de sódio (utilizando a massa molar do 
NaCl). 
 Com a massa obtida, calculou-se a porcentagem de cloreto de sódio na 
amostra, utilizando a seguinte fórmula: 
%74,0
)10(
)100()074,0(
% 

NaCl
 
 A porcentagem de NaCl no soro fisiológico, calculada pelo método de 
Volhard, é de 0,74%. 
 3.5 Discussões gerais 
 Os métodos de Vohlard e Mohr são fundamentados no princípio de 
equilíbrio de solubilidade de substâncias, já que trabalho com diferenças de 
Kps (Coeficientes de produto de solubilidade), que indica o quanto de um sólido 
está dissolvido em uma solução. Pela análise de Kps diferentes, pode-se 
prever certa ordem de precipitação entre as substâncias em questão, que é o 
que acontece nos processos [8]. 
 Os íons bromo e iodo, que posteriormente formariam os ânions iodeto 
(I-) e brometo (Br-) e reagiriam com a prata, formando o iodeto de prata e 
brometo de prata, não interfeririam com o experimento, tendo em vista que 
seus coeficientes de produtos de solubilidades são diferentes demais para que 
isso aconteça (8,3.10-17 para o iodeto de prata, 1,8.10-10 para o cloreto de prata 
e 5.10-13 para o brometo de prata) [8]. 
 Os cuidados principais ao manusear a solução de nitrato de prata é 
evitar o contato dela com qualquer parte do corpo, pois se trata de um tecido 
orgânico e o nitrato de prata é um forte agente oxidante e causa as chamadas 
queimaduras químicas, tornando a pele escura. 
 Além disso, deve-se manter o nitrato de prata no escuro, pois a sua 
reação com a luz (fotólise) libera prata pura, gás oxigênio e o gás tóxico NO2 
(dióxido de nitrogênio), de acordo com a seguinte reação: 
)(2)(2)()(3 222 ggsaq NOOAgAgNO 
 
 O pH da solução no método de Mohr deve estar controlado entre 6,5 e 
10 para que o cromato (CrO42-) não reaja com íons H+ que estejam 
eventualmente na solução, caso ela esteja ácida, formando o ácido crômico, e 
influenciando na verificação do ponto de viragem da titulação, de acordo com a 
reação: 
)(42)(
2
4)(2 aqaqaq CrOHCrOH 

 
 Já no método de Vohlard, a solução deve estar em um pH ácido, pois 
caso esteja básico, os ânios OH- podem reagir com os íons Fe3+ em solução, 
produzindo hidróxido de ferro (III), interferindo na observação do ponto de 
viragem da titulação, de acordo com a seguinte reação: 
)(3)()(
3 )(3 saqaq OHFeOHFe 

 
 A principal diferença entre os métodos de Volhard e de Mohr, 
encontradas ao se fazer o relatório, é que no método de Mohr, trabalha-se com 
uma titulação direta, ou seja, ela envolve apenas um processo, que envolve as 
duas seguintes reações, sendo que a segunda acontece logo após a primeira, 
por diferenças de Kps (o Kps do segundo sólido é, logicamente, maior que o do 
primeiro, portanto, se formando depois do primeiro): 
vermelhoCrOAgCrOAg
brancoAgClClAg
saqaq
saqaq




)(42)(
2
4)(
)()()(
2
 
 No caso, o Kps do AgCl é de 1,8.10-10 e o do Ag2CrO4 é de 1,2.10-12 [8], 
mas a reação de precipitação do cromato de prata envolve a presença de 2 
íons Ag+, o que resulta em um Kps final maior que o do Cloreto de Prata. 
 No caso do método de Volhard, é feito o processo de retrotitulação, onde 
se adiciona excesso de prata ao meio, e esse excesso de prata é titulado e 
então, por diferença de mols adicionados e em excesso, obtêm-se o número de 
mols que reagiu com a amostra. As reações a seguir mostram o que acontece 
nesse processo: 
)(
2
52)(2)(
3
)(
)(3)()()tan)((3
)tan)((3)(3)()())((3
]))(([5 aqlaqaq
aqsaqteresaq
teresaqaqsaqexcessoaq
OHSCNFeOHFeSCN
KNOAgSCNKSCNAgNO
AgNONaNOAgClNaClAgNO
 


 
 Como se pode ver, o número de reações, assim como a possibilidade de 
se perder reagentes também, o que confere uma menor precisão a este 
método, quando comparado com o método de Mohr. No caso deste 
experimento, essa imprecisão foi percebida, já que o método de Vohlard 
encontrou uma porcentagem de NaCl menor no soro do que o método de Mohr. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. CONCLUSÃO 
 De acordo com os resultados obtidos, percebe-se que usando métodos 
diferentes (Mohr e Vohlard), encontraram-se porcentagens diferentes de cloreto 
de sódio no soro fisiológico. 
 Como era esperado, o método de Vohlard, por se tratar de uma 
retrotitulação (titulação envolvendo duas etapas), ofereceu um valor encontrado 
menos do que o obtido no método de Mohr. 
 Conclui-se que o método de Mohr, além de oferecer uma precisão maior, 
toma muito menos tempo e material para ser feito e é, portanto, o método de 
determinação de íons cloreto preferencial de ser usado na volumetria de 
precipitação. 
 Além disso, percebeu-se que o pH é extremamente influente em ambos 
os métodos, tanto para o método de Mohr (pH preferencialmentebásico) e para 
o método de Vohlard (pH preferencialmente ácido). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 • [1] Argentometry. Disponível em: 
<http://en.wikipedia.org/wiki/Argentometry>. Acesso em: 14 de abril de 2013. 
 • [2] Determinação do Cloreto. Disponível em: 
<http://pt.scribd.com/doc/63891048/Determinacao-de-Cloreto>. Acesso em: 13 
de abril de 2013. 
 • [3] Método de Mohr. Disponível em: 
<http://www.infopedia.pt/$metodo-de-mohr>. Acesso em: 16 de abril de 2013. 
 • [4] ATKINS, Peter. Princípios básicos de química: 
Questionando a vida moderna e o meio ambiente. 3 ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2006. 
 • [5] Solubility Product Constants (Ksp) Values at 25º C. 
Disponível em: <http://users.stlcc.edu/gkrishnan/ksptable.html>. Acesso em: 15 
de abril de 2013. 
 • [6] Ammonium iron (III) sulfate. Disponível em: 
<http://en.wikipedia.org/wiki/Ferric_ammonium_sulfate>. Acesso em: 14 de abril 
de 2013. 
 • [7] Determinação gravimétrica do Cloreto. Disponível em: 
<http://pessoal.utfpr.edu.br/feitosa/arquivos/03%20-
%20Cloreto_por_Gravimetria.pdf>. Acesso em: 16 de abril de 2013. 
 • [8] VOGEL, Arthur. Química Analítica Quantitativa. 5 ed. São 
Paulo: Ed. Mestre Jou, 1981. 
 • [9] VUOLO, J.H. Fundamentos da Teoria de Erros. 2ª Ed., São 
Paulo. Edgard Blücher. 1995.

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