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A LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL ESQUEMATIZADA 
INTRODUÇÃO 
A criação do Distrito Federal é decorrente da necessidade de existência de um território neutro, não pertencente a nenhum dos 
Estados, para instalação da sede do governo federal. 
O DF sucedeu o “município neutro”, que era a sede da capital enquanto o Estado bra , 
Elementos de direito constitucional, p. 101). Em 1988, a Constituição da República Federa l 
entre os entes federativos (arts. 1º e 18), dotando-o de autonomia organizatória, política, adm
A sede do governo do Distrito Federal é Brasília, a Capital Federal, conforme o art. 18, § 1º
A natureza jurídica do Distrito Federal tem implicações significativas no campo das f s 
demais unidades federativas, não resta dúvida que o DF deve ser considerado ente fede , 
Estado ou entidade sui generis? 
A doutrina diverge quanto à natureza jurídica do DF, para Leon Fredja Szklarowsky, n 
Estado? O autor sugere que o DF seja uma unidade com natureza hibrida, ou seja, tr 
Município. Já para o autor José Afonso da Silva, o sentido é exatamente o oposto, o DF não 
unidade federada com autonomia parcialmente tutelada. 
O STF, em entendimento adotado pelo Min. Carlos Ayres Britto, acompanhado pelo P 
que o DF está bem mais próximo da estruturação dos Estados-membros do qu s 
Municípios, declarando que o DF não é Estado, nem Município. Conforme ADI n.º 3.756 d
Dessa forma, a natureza jurídica do DF é a de unidade federada com autonomia parcialm
COMPETÊNCIAS 
Conforme o art. 32, § 1º da Constituição da República Federativa do Brasil, ao DF são 
demais unidades da federação brasileira, sendo-lhe reservadas, com determinadas re
municipais. Em suma, possui competências próprias, legisla sobre elas e as executa por meio
AUTO-ORGANIZAÇÃO 
O Distrito Federal se organiza por lei orgânica, com processo legislativo de elaboração id
com quorum de dois terços para aprovação e votação em dois turnos, com interstício m
acrescenta o art. 32 da CF/88, deve-se observar os princípio da Constituição da Rep
municípios. 
HIERARQUIA DAS NORMAS NO AMBITO DO 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUTOLEGISLAÇÃO 
O Distrito Federal, com algumas exceções, possui competência legislativa estadual e m
competência para legislar sobre a organização judiciária, Ministério Público e Defensoria
CF/88). 
AUTOGOVERNO 
sileiro era unitário (MICHEL TEMER
tiva do Brasil elencou o Distrito Federa
inistrativa e de Governo. 
. 
inanças públicas e nas relações com a
rativo, no entanto, será ele Município
o livro Distrito Federal: Município ou
ata-se de um Estado e também de um
 é Estado e nem é Município! Mas uma
lenário, se posicionou pela corrente de
e da arquitetura constitucional do
e 21/06/2007. 
ente tutelada. 
asseguradas as mesmas autonomias das 
strições, as competências estaduais e 
 de suas próprias autoridades. 
êntico ao das leis orgânicas municipais, 
ínimo de dez dias entre eles. Conforme 
ública, sendo vedada sua divisão em 
DF 
 
• Lei Orgânica do DF 
 
• Leis Distritais 
• Decretos / 
Regulamentos 
• Resoluções Adm / 
Inst. Normativas / 
Portarias 
unicipal. Exemplo dessa restrição é a 
 Pública (art. 22, XVII e art. 48, IX da 
O Distrito Federal possui legitimidade para eleger seu Governador e os seus Deputados Distritais, sem qualquer ingerência da 
União, ainda, no âmbito federal, elege para a Câmara dos Deputados, Deputados Federais e Senadores para o Senado Federal. 
AUTO-ADMINISTRAÇÃO 
O Distrito Federal possui competência legislativa para se auto-administrar, no entanto, há a reserva prevista no art. 21, XIII e XIV 
da CF/88, que mantém no âmbito da União a organização e manutenção do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria 
Pública e da Polícia do Distrito Federal. Quanto à competência tributária, o DF institui e arrecada seus tributos com as 
características dos impostos estaduais e municipais. 
PREAMBULO 
Apesar das discussões doutrinárias acerca da natureza jurídica do preâmbulo constitucional, ou mesmo de uma lei orgânica, o STF 
adotou o entendimento de que o preâmbulo não possui força cogente de caráter normativo, não podendo prevalecer contra o texto 
constitucional. 
 
Seu caráter é meramente político-ideológico de diretriz hermenêutica, por elencar valores supremos de uma sociedade. 
 
PREÂMBULO – Lei Orgânica do Distrito Federal 
Sob a proteção de Deus, nós, Deputados Distritais, legítimos representantes do povo do Distrito Federal, investidos de Poder 
Constituinte, respeitando os preceitos da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgamos a presente Lei Orgânica, que 
constitui a Lei Fundamental do Distrito Federal, com o objetivo de organizar o exercício do poder, fortalecer as instituições 
democráticas e os direitos da pessoa humana. 
Brasília-DF, 8 de junho de 1993. 
DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES E DO DISTRITO FEDERAL 
 
 
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal 
e desta Lei Orgânica. 
O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República Federativa do Brasil 
 
Valores fundamentais: 
I - a preservação de sua autonomia como unidade federativa 
II - a plena cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa 
V - o pluralismo político 
Ninguém será discriminado ou prejudicado em razão de nascimento, idade, etnia, cor, sexo, estado civil, trabalho rural ou 
urbano, religião, convicções políticas ou filosóficas, orientação sexual, deficiência física, imunológica, sensorial ou mental, 
por ter cumprido pena, nem por qualquer particulari ade ou condição, observada a Constituição Federal. d 
 
Objetivos prioritários do Distrito Federal: 
I - garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição Federal e na Declaração Universal dos Direitos 
Humanos 
II - assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe couberem, relativos ao controle da legalidade e 
legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos 
III - preservar os interesses gerais e coletivos 
IV - promover o bem de todos 
V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a dignidade humana, a justiça social e o bem 
comum 
VI - dar prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de educação, saúde, trabalho, transporte, segurança 
pública, moradia, saneamento básico, lazer e assistência social 
VII - garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos 
VIII - preservar sua identidade, adequando as exigências do desenvolvimento à preservação de sua memória, tradição e 
peculiaridades 
IX - valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a contribuir para a cultura brasileira 
X - assegurar, por parte do poder público, a proteção individualizada à vida e à integridade física e psicológica das vítimas e 
testemunhas de infrações penais e de sues respectivos familiares 
XI - zelar pelo conjunto urbanístico de Brasília, tombado sob a inscrição nº 532 do Livro do Tombo Histórico, respeitadas 
as definições e critérios constantes do Decreto nº 10.829, de 2 de outubro de 1987, e da Portaria nº 314, de 8 de outubro de 
1992, do então Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural - IBPC, hoje Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 
- IPHAN 
• É assegurado o exercício do direito de petição ou representação, independentemente de pagamento de taxas ou 
emolumentos, ou de garantia de instância. 
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos 
da lei, mediante: 
I - plebiscito 
II - referendo 
III - iniciativa popular 
 
DA ORGANIZAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL 
DAS DISPOSIÇÕESGERAIS 
• Brasília, Capital da República Federativa do Brasil, é a sede do governo do Distrito Federal. 
• São símbolos do Distrito Federal: a bandeira, o hino e o brasão. 
o A lei poderá estabelecer outros símbolos e dispor sobre seu uso no território do Distrito Federal. 
• O território do Distrito Federal compreende o espaço físico geográfico que se encontra sob seu domínio e jurisdição. 
• O Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento econômico-social, buscará a integração com a 
região do entorno do Distrito Federal. 
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO DISTRITO FEDERAL 
• O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à descentralização administrativa, à utilização 
racional de recursos para o desenvolvimento sócio-econômico e à melhoria da qualidade de vida. 
o A lei disporá sobre a participação popular no processo de escolha do Administrador Regional. 
o A remuneração dos Administradores Regionais não poderá ser superior à fixada para os Secretários de 
Governo do Distrito Federal. 
o As Administrações Regionais integram a estrutura administrativa do Distrito Federal. 
o Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de Representantes Comunitários, com 
funções consultivas e fiscalizadoras, na forma da lei. 
o A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei aprovada pela maioria 
absoluta dos Deputados Distritais. 
COMPETÊNCIAS 
A Constituição de 1988 atribui à União competências exclusivas, privativas, concorrentes e para estabelecer diretrizes gerais. 
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 
É aquela atribuída a um determinado ente da federação, é indelegável e não admite competência suplementar. São exemplos de 
competência exclusiva da União, as do art. 48, cuja regulamentação devam ser feitas por lei e as competências da Câmara e do 
Senado nos arts. 51 e 52, além, por óbvio, das previstas no art. 49. 
COMPETÊNCIA PRIVATIVA 
Podem ser objeto de delegação, como as matérias elencadas no art. 22 da CF/88, já que, por lei complementar, a União poderá 
autorizar os Estados a legislar sobre matérias específicas (art. 22, parágrafo único). 
COMPETÊNCIA CONCORRENTE 
É aquela que pode ser exercida por mais de ente federativo, conforme art. 24 da CF/88. Nesse caso, cabe à União estabelecer 
normas gerais. 
COMPETÊNCIA COMUM 
É aquela cujo ente estatal, juntamente com a União, se determina a legislar para a consecução de uma finalidade comum, como o 
bem estar da população ou a preservação da fauna e da flora. 
COMPTÊNCIA PARA ESTABELECER DIRETRIZES GERAIS 
Essa competência encontra-se espalhada pelo texto constitucional (ex, art. 21, XX e XXI, art. 22, incisos IX e XXIV, art. 174, § 
1º e art. 182. A finalidade de uma lei de diretrizes gerais é a de limitar ou delimitar as regulamentações a serem adotadas pelos 
demais entes estatais na regulamentação de determinadas hipóteses. 
 
DA COMPETÊNCIA DO DISTRITO FEDERAL 
• Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios, cabendo-lhe 
exercer, em seu território, todas as competências que não lhe sejam vedadas pela Constituição Federal. 
Da Competência Privativa 
I - organizar seu Governo e Administração 
II - criar, organizar ou extinguir Regiões Administrativas, de acordo com a legislação vigente 
III - instituir e arrecadar tributos, observada a competência cumulativa do Distrito Federal 
IV - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas e preços públicos de sua competência 
V - dispor sobre a administração, utilização, aquisição e alienação dos bens públicos 
VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços de interesse local, incluído o de 
transporte coletivo, que tem caráter essencial 
VII - manter, com a cooperação técnica e financeira da União, programas de educação, prioritariamente de ensino 
fundamental e pré-escolar 
VIII - celebrar e firmar ajustes, consórcios, convênios, acordos e decisões administrativas com a União, Estados e Municípios, 
para execução de suas leis e serviços 
IX - elaborar e executar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual 
X - elaborar e executar o plano diretor de ordenamento territorial e os planos diretores locais, para promover adequado 
ordenamento territorial integrado aos valores ambientais, mediante planejamento e controle do uso, parcelamento e ocupação 
do solo urbano 
XI - autorizar, conceder ou permitir, bem como regular, licenciar e fiscalizar os serviços de veículos de aluguéis 
XII - dispor sobre criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas 
XIII - dispor sobre a organização do quadro de seus servidores; instituição de planos de carreira, na administração direta, 
autarquias e fundações públicas do Distrito Federal; remuneração e regime jurídico único dos servidores 
XIV - exercer o poder de polícia administrativa 
XV - licenciar estabelecimento industrial, comercial, prestador de serviços e similar ou cassar o alvará de licença dos que se 
tornarem danosos ao meio ambiente, à saúde, ao bem-estar da população ou que infringirem dispositivos legais 
XVI - regulamentar e fiscalizar o comércio ambulante, inclusive o de papéis e de outros resíduos recicláveis 
XVII - dispor sobre a limpeza de logradouros públicos, remoção e destino do lixo domiciliar e de outros resíduos 
XVIII - dispor sobre serviços funerários e administração dos cemitérios 
XIX - dispor sobre apreensão, depósito e destino de animais e mercadorias apreendidas em decorrência de transgressão da 
legislação local 
XX - disciplinar e fiscalizar, no âmbito de sua competência, competições esportivas, espetáculos, diversões públicas e eventos 
de natureza semelhante, realizados em locais de acesso público 
XXI - dispor sobre a utilização de vias e logradouros públicos 
XXII - disciplinar o trânsito local, sinalizando as vias urbanas e estradas do Distrito Federal 
XXIII - exercer inspeção e fiscalização sanitária, de postura ambiental, tributária, de segurança pública e do trabalho, 
relativamente ao funcionamento de estabelecimento comercial, industrial, prestador de serviços e similar, no âmbito de sua 
competência, respeitada a legislação federal 
XXIV - adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação, por necessidade, utilidade pública ou interesse social, nos termos 
da legislação em vigor 
XXV - licenciar a construção de qualquer obra 
XXVI - interditar edificações em ruína, em condições de insalubridade e as que apresentem as irregularidades previstas na 
legislação específica, bem como fazer demolir construções que ameacem a segurança individual ou coletiva 
XXVII - dispor sobre publicidade externa, em especial sobre exibição de cartazes, anúncios e quaisquer outros meios de 
publicidade ou propaganda, em logradouros públicos, em locais de acesso público ou destes visíveis 
 
Da Competência Comum 
I - zelar pela guarda da Constituição Federal, desta Lei Orgânica, das leis e das instituições democráticas 
II - conservar o patrimônio público 
III - proteger documentos e outros bens de valor histórico e cultural, monumentos, paisagens naturais notáveis e sítios 
arqueológicos, bem como impedir sua evasão, destruição e descaracterização 
IV - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas 
V - preservar a fauna, a flora e o cerrado 
VI - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência 
VII - prestar serviços de assistência à saúde da população e de proteção e garantia a pessoas portadoras de deficiência com a 
cooperação técnica e financeira da União 
VIII - combater as causas da pobreza, a subnutrição e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
segmentos desfavorecidos 
IX - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar 
X -promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em 
seu território 
XII - estabelecer e implantar política para a segurança do trânsito 
 
Da Competência Concorrente 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico 
II - orçamento 
III - junta comercial 
IV - custas de serviços forenses 
V - produção e consumo 
VI - cerrado, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e 
controle da poluição 
VII - proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico e turístico 
VIII - responsabilidade por danos ao meio ambiente, ao consumidor e a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, 
espeleológico, turístico e paisagístico 
IX - educação, cultura, ensino e desporto 
X - previdência social, proteção e defesa da saúde 
XI - assistência jurídica nos termos da legislação em vigor 
XII - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência 
XIII - proteção à infância e à juventude 
XIV - manutenção da ordem e segurança internas 
XV - procedimentos em matéria processual 
XVI - organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil 
• O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar, observará as normas gerais estabelecidas pela 
União. 
• Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal exercerá competência legislativa plena, para 
atender suas peculiaridades. 
• A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia de lei local, no que lhe for contrário. 
 
DAS VEDAÇÕES 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus 
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público 
II - recusar fé aos documentos públicos 
III - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com recursos públicos, quer pela imprensa, rádio, televisão, serviço de alto-
falante ou qualquer outro meio de comunicação, propaganda político-partidária ou com fins estranhos à administração pública 
IV - doar bens imóveis de seu patrimônio ou constituir sobre eles ônus real, bem como conceder isenções fiscais ou remissões 
de dívidas, sem expressa autorização da Câmara Legislativa, sob pena de nulidade do ato 
 
Da Assistência Judiciária 
À Defensoria Pública, instituição essencial à função jurisdicional do Distrito Federal, compete, na forma do art. 134 da Constituição 
Federal, a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, observado quanto a sua organização e funcionamento 
o disposto na legislação federal. 
É assegurada ao policial militar, policial civil e bombeiro militar do Distrito Federal assistência jurídica especializada através da 
Assistência Judiciária, quando no exercício da função se envolverem em fatos de natureza penal ou administrativa. 
Haverá na Assistência Judiciária centro de atendimento para a assistência jurídica, apoio e orientação à mulher vítima de violência, 
bem como a seus familiares. 
DA SEGURANÇA PÚBLICA 
A finalidade da segurança pública é a manutenção e restabelecimento da ordem pública, bem como a preservação da 
incolumidade das pessoas e do patrimônio, sendo exercida, segundo a Constituição Federal pelos órgãos da polícia federal 
(inclusive a rodoviária e a ferroviária) e a estadual (polícias civil, militar e corpo de bombeiros militares) 
POLÍCIA OSTENSIVA 
A polícia ostensiva é a que age preventivamente, na tentativa de manter a ordem pública e evitar a atividade 
criminosa. No âmbito da União, compete às polícias federais (no policiamento marítimo, aeroportuário e de fronteiras, além da 
repressão ao tráfico de entorpecentes e drogas afins, além de outros como o descaminho e o contrabando), à polícia rodoviária 
federal (no patrulhamento ostensivo das rodovias federais) e à polícia ferroviária federal (em face ao patrulhamento das ferrovias 
federais). 
No Distrito Federal, a polícia ostensiva cabe à polícia militar e ao corpo de bombeiros militar incumbe as 
atividades de defesa civil, sem prejuízo de outras atribuições previstas em lei. Convém destacar que conforme decisão do 
Supremo Tribunal Federal, “não está o Departamento de Transito – DETRAN – apontado como órgão incumbido do exercício 
da segurança pública” (ADI 1182/06), sendo pois vedado ao DF a possibilidade de estender o rol das atividades policiais, eis que é 
considerado, o rol, numerus clausus, ou seja, exaustivo, taxativo, e não exemplificativo. Essa a razão da inconstitucionalidade da 
norma da LODF que acrescentou o DETRAN/DF como órgão da segurança pública. 
POLÍCIA JUDICIÁRIA 
Incumbida das investigações, atua depois de ocorrida a prática criminosa, visando a apuração da materialidade do 
crime e de sua autoria. No âmbito da União, compete à polícia federal tal ônus, no âmbito do Distrito Federal, compete à polícia 
civil. 
Apesar da competência de órgão constitucional, o STF decidiu que “o § 6º do art. 144 da Constituição diz que os 
delegados de polícia são subordinados, hierarquizados administrativamente aos Governadores de Estado, do Distrito Federal e dos 
Territórios. E uma vez que os delegados são, por expressa dicção constitucional, agentes subordinados, eu os excluiria desse foro 
especial, ratione personae ou intuitu personae”. Min. Carlos Britto (DJ 06/11/2006). Dessa feita, os delegados não possuem foro 
privilegiado em face a crimes cometidos. 
Por derradeiro os órgãos da segurança do DF estão subordinados ao Governador do Distrito Federal. 
Da Política Penitenciária 
A legislação penitenciária do Distrito Federal assegurará o respeito às regras da Organização das Nações Unidas para o tratamento 
de reclusos, a defesa técnica nas infrações disciplinares e definirá a composição e competência do Conselho de Política Penitenciária 
do Distrito Federal. 
O estabelecimento prisional destinado a mulheres terá, em local anexo e independente, creche em tempo integral, para seus filhos de 
zero a seis anos, atendidos por pessoas especializadas, assegurado às presidiárias o direito à amamentação. 
À mulher presidiária será garantida assistência pré-natal prioritariamente e a obrigatoriedade de assistência integral a sua saúde. 
Os estabelecimentos prisionais e correcionais proporcionarão aos internos condições de exercer atividades produtivas remuneradas, 
que lhes garantam o sustento e de suas famílias e assistência à saúde, de caráter preventivo e curativo, em serviço próprio do 
estabelecimento e com pessoal técnico nele lotado em caráter permanente. (Artigo com a redação da Emenda à Lei Orgânica n° 32, 
de 1999.)1
A Lei definirá as características do serviço e as modalidades de sua integração com a rede pública de saúde do Distrito Federal. 
                                                            
t
1 Texto original: Art. 124. Os estabelecimentos prisionais e correcionais proporcionarão aos 
internos condições de exercer atividades produtivas remuneradas, que lhes garan am o 
sustento e de suas famílias.

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