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ANALISE MICROBIOLOGICA E FISICO QUIMICA DA AGUA RURAL E URBANA

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ICS
Curso de Biomedicina
Taís Zanetti Garcia
ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DA ÁREA RURAL E URBANA DO MUNICÍPIO DE CLEMENTINA/SP
Orientadora: Prof. Me. Simone Belorte Andrade
Co-orientadora: Prof. Esp. Joselaine de Oliveira
ARAÇATUBA - SP
2014
TAÍS ZANETTI GARCIA
ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DA ÁREA RURAL E URBANA DO MUNICÍPIO DE CLEMENTINA/SP
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Biomedicina apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Orientadora: Prof. Me. Simone Belorte Andrade
Co-orientadora: Prof. Esp. Joselaine de Oliveira
ARAÇATUBA - SP
2014
DEDICATÓRIA
Dedico o meu trabalho aos meus pais que colocaram uma lâmpada em minhas mãos, acreditando que ela um dia iria brilhar iluminando o meu caminho, sempre me ensinando que esse brilho seria fruto do meu esforço e dedicação.
 Aos meus amigos e colegas, e em especial a uma grande amiga que ajudou a acender a lâmpada e compreender seu brilho. 
AGRADECIMENTO
Quero agradecer, em primeiro lugar, а Deus, pela força е coragem durante toda esta longa caminhada;
Аоs meus pais, irmã e sobrinho, pelas alegrias, tristezas, dores compartilhas, pelo incentivo е apoio;
À minha orientadora Simone Belorte Andrade pela paciência, suporte, correções е incentivo, no pouco tempo qυе lhe coube;
À professora е coordenadora do curso Luciane Galindo de Almeida, pelo convívio, pelo apoio e pela compreensão;
Aos técnicos e responsáveis pelos laboratórios, Elaine, Dene e Dagmar pela confiança e ajuda constante.
Meus agradecimentos аоs amigos Adrian, Daiani, Danúbia, Diego, Dionatan, Eduardo, Jéssica e Lucas. 
Agradeço a Juliana, Natália, Pamela, Silvana, Thayki qυе fizeram parte da minha formação е qυе vão continuar presentes em minha vida com certeza;
E por ultimo e não menos importante, obrigada Ana Flávia, amiga de longa jornada, que mesmo distante, por muitas vezes foi o alicerce que precisava, me apoiando nas dificuldades e não deixando me abater pelos obstáculos encontrados.
“De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar...
Façamos da interrupção um novo caminho; da queda um passo de dança; do medo uma escada; do sonho uma ponte;
E da procura... Um encontro”.
 (Fernando Sabino)
RESUMO
GARCIA, T. Z. Análise físico-química e microbiológica da água da área rural e urbana do município de Clementina/SP. [Monografia] Universidade Paulista – UNIP, Araçatuba - SP, 2014. 
Introdução: A água é um dos meios de transmissão de doença de mais fácil acesso, ainda assim existem lugares onde famílias não recebem água tratada e nem ao menos recebem uma avaliação da qualidade da água que consomem. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água que abastece a região rural e urbana do município de Clementina, interior do estado de São Paulo. Metodologia: A qualidade da água foi avaliada por métodos físico-químicos e microbiológicos, métodos elaborados pela FUNASA 2006 e QUÍMICA AMBIENTAL 2009. Foram analisadas 8 amostras da área rural e 8 da área urbana. Os parâmetros avaliados foram pH, temperatura, acidez, sólidos totais, ausência e presença de coliformes totais e coliformes termotolerantes. Resultados: Á agua da área rural apresentou em média pH 6,5; sólidos totais 0,29; acidez 22,9 com presença de coliformes totais e termotolerantes em todas as amostras, a água da área urbana apresentou pH 6,8; sólidos totais 0,91; acidez 14,4 com pequena presença de coliformes totais e ausência de coliformes termotolerantes. Verificou-se que no aspecto físico-químico a água das propriedades rurais e urbanas encontravam-se dentro dos padrões, em aspecto microbiológico a água da região rural estava imprópria para o uso. Conclusão: A qualidade das águas que abastece inúmeras propriedades rurais da cidade de Clementina está seriamente comprometida pela contaminação bacteriana, impossibilitando essa água para consumo humano e animal. Já as águas tratadas que abastecem a área urbana apresentaram pouco crescimento bacteriano e apresentaram ausência de coliformes termotolerantes, podendo essas serem utilizadas ao consumo humano.
Palavras chave: água, análise, físico-química, microbiológica.
ABSTRACT
GARCIA, T. Z. Physicochemical and microbiological analysis of the water that supplies the rural and urban áreas of Clementina/SP [Monograph] Universidade Paulista – UNIP, Araçatuba - SP, 2014. 
 
Introduction: The water is one of the diseases transmition ways of most easy access, nevertheless there are places where families don’t receive treated water and not even receive one evaluation of the water quality that they consume. Objective: This work had as objective evaluate the water quality that supplies the rural and urban areas of Clementina, interior of Sao Paulo. Methodology: The water quality was evaluate by physicochemical and microbiological methods, elaborated by FUNASA 2006 and AMBIENTAL CHEMISTRY 2009. Were analyzed 8 rural area samples and 8 urban area samples. The parameters evaluated was pH, temperature, acidity, total solids, absence and presence of total coliforms and thermotolerant coliforms. Results: The water of the rural area presented an average pH 6,5; total solids 0,29; acidity 22,9 with the presence of total and thermotolerants coliforms in all samples, the water of the urban area presented pH 6,8; total solids 0,91; acidity 14,4 with a little presence of total coliforms and absense of thermotolerant coliforms. Has been found that in physicochemical aspects, the water of the rural and urban properties were within the standards, in microbiological aspect, the water of the rural area was improper for use. Conclusion: The quality of water that supplies numerous rural properties of Clementina city is seriously compromised by the bacterial contamination, making it impossible for human and animal consumption. However, the treated water that supplies the urban area showed little bacterial growth and absence of thermotolerant coliforms, making it able for human consumption. 
Keywords: water, analysis, physicochemical, microbiological.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – pH da água da região urbana e rural do município de Clementina.........13
Figura 2 – Sólidos Totais Dissolvidos da água da região urbana e rural do município de Clementina............................................................................................................13
Figura 3 – Acidez total da água da região urbana e rural do município de Clementina ....................................................................................................................................14
Figura 4 – Coliformes totais (teste presuntivo e confirmativo) e coliformes termotolerantes da água da região urbana e rural do município de Clementina.......15
SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
	2 MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................................6
	2.1 Tipo de estudo......................................................................................................6
	2.2 Local......................................................................................................................6
	2.3 Amostragem.........................................................................................................6
	2.4 Ficha de avaliação................................................................................................72.5 Análise fisíco-química.........................................................................................9
	2.5.1 pH......................................................................................................................10
	2.5.2 Determinação de sólidos totais.....................................................................10
	2.5.3 Determinação da acidez.................................................................................10
	2.6 Analise Microbiológica........................................................................................7
	2.6.1 Preparação dos meios de cultura....................................................................7
	2.6.1.1 Caldo lactosado de concentração dupla......................................................7
	2.6.1.2 Caldo lactosado de concentração simples..................................................7
	2.6.1.3 Caldo lactosado verde brilhante a 2%..........................................................8
	2.6.1.4 Meio EC...........................................................................................................8
	2.6.2 Analise de coliformes totais.............................................................................8
	2.6.3 Analise de coliformes termotolerantes...........................................................9
	2.7 ANÁLISE DOS DADOS..........................................................................................
	3 RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................11
	4 CONCLUSÃO.........................................................................................................14
	REFERÊNCIAS.........................................................................................................15
	 ANEXOS
	Anexo 1 – Termo de compromisso do pesquisador.............................................19
	Anexo 2 – Orçamento de projeto de pesquisa......................................................20
	Anexo 3- Termo de consentimento livre es..clarecido........................................21
	 Apêndice 1 – Formulário para coleta de dados da área rural e urbana de Clementina................................................................................................................23
1 INTRODUÇÃO
A humanidade esta tentando de todas as formas armazenar e diminuir o consumo de água, tendo em vista que ela está se tornando um bem natural insubstituível e cada vez mais escasso, e sua qualidade se deteriora cada vez mais, por conta de fatores como desinformação e descuido da população (FREITAS, BRILHANTE & ALMEIDA, 2001).
Segundo a Fundação Nacional da Saúde (FUNASA) (2006), “de várias maneiras a água pode afetar a saúde: pela ingestão direta, na preparação de alimentos, na higiene pessoal, na agricultura, na higiene do ambiente, nos processos industriais ou nas atividades de lazer”. Atualmente a humanidade conhece a importância de se tratar a água destinada ao consumo humano, pois, esta é capaz de veicular grande quantidade de contaminantes físico-químicos e/ou biológicos. (TORRES et al., 2000)
Em alguns países em desenvolvimento devido às precárias condições de saneamento básico, e da má qualidade do tratamento da água, as doenças diarreicas de veiculação hídrica, entre as quais: a febre tifoide, cólera, salmonelose, shigelose e outras gastroenterites, poliomielite, hepatite A, verminoses, amebíase e giardíase, tem sido responsáveis por vários surtos epidemiológicos e também pelas elevadas taxas de mortalidade infantil. (FREITAS, BRILHANTE & ALMEIDA, 2001). As doenças de veiculação hídrica são causadas, principalmente, por microrganismos patogênicos de origem entérica, animal ou humana, transmitidos basicamente pela rota fecal-oral, ou seja, são excretados nas fezes de indivíduos infectados e ingeridos na forma de água ou alimento contaminado por água poluída com fezes (RIGOBELO et al., 2009).
A qualidade da água depende das condições ambientais na qual a mesma está exposta (RIGOBELO et al., 2009), podendo ser encontrada em forma de mares, rios, lagos, poços artesianos e poços superficiais, próximos a áreas de despejos de lixo, de resíduos industriais, podendo ainda ser encontrada na área rural, onde o uso de pesticidas e fossas sépticas construídas de forma irregular, não respeitando o espaço mínimo recomendado, podendo causar interferências no seu padrão de potabilidade. (SILVA & ARAÚJO, 2003)
A possibilidade de ocorrência de surtos de doenças de veiculação hídrica no ambiente rural é elevada, principalmente em função da probabilidade de contaminação bacteriana de águas, que na maioria das vezes são captadas em poços velhos, inadequadamente vedados e próximos de fontes de contaminação, como fossas e áreas de pastagens ocupadas por animais (STUKEL et al., 1990). A água é um dos importantes veículos de enfermidades diarreicas de natureza infecciosa, o que torna primordial a avaliação de sua qualidade microbiológica (RIGOBELO et al., 2009).
O Ministério da Saúde, através da Portaria n° 1469 de 29/12/2003, deixa claro que é dever seu (do Ministério) e das Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde zelar para que a população consuma água de qualidade de acordo com seus padrões. Quando tal situação não ocorrer, o mais recomendável a fazer é procurar esses órgãos com a finalidade de remediar tais problemas (COSTA.; et al, 2004).
A garantia de consumo humano de água segundo padrões de potabilidade é questão relevante para a saúde pública. No Brasil, a Norma responsável pela Qualidade da Água para Consumo Humano é estabelecida na Portaria n° 1469, do Ministério da Saúde, definindo os valores máximos permissíveis (VMP) para as características bacteriológicas, organolépticas, físicas e químicas da água potável (BRASIL, 2000). De acordo com o art.4º dessa portaria, água potável é a água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereça nenhum risco a saúde humana (SILVA & ARAÚJO, 2003).
Diante do exposto acima, fez-se relevante estudar a qualidade da água da cidade de Clementina, analisando aspectos físico-químicos e microbiológicos da água de propriedades rurais em comparação com a água previamente tratada, obtida na área urbana da cidade. 
2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Tipo de estudo
A presente pesquisa tratou-se de um estudo de campo de natureza transversal descritiva de caráter observacional que visou avaliar a qualidade da água da zona rural e urbana de Clementina.
2.2 Local
A coleta das amostras foi realizada em um bairro da zona rural e também em cinco bairros da zona urbana de Clementina, interior do estado de São Paulo.
2.3 Amostragem
A coleta das amostras foi realizada mediante a autorização através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As amostras foram coletadas em frasco estéril, transparente com capacidade de 550 ml. Foram coletadas águas de 8 poços na área rural e em 5 bairros na área urbana. Após a coleta as amostras foram enviadas e analisadas no laboratório da Universidade Paulista-UNIP. 
As técnicas de amostragem e conservação das amostras seguiram as recomendações da FUNASA 2006 (Fundação Nacional de Saúde).
2.4 Ficha de avaliação
Após as análises laboratoriais os dados foram passados a uma ficha (APENDICE 1), onde os dados foram previamente organizados. Dados como: nº da amostra, pH, temperatura, sólidos totais, acidez, coliformes fecais (teste presuntivo e confirmatório) e coliformes totais.
2.5 Análise fisíco-química
2.5.1 pH 
A leitura da dosagem de pH foi realizada pelo método potenciométrico, utilizando um pHmetro da marca analyser modelo 300; previamente calibrado, onde mediu-se o pH, introduzindo completamente a ponta do pHmetro dentro da amostra (FUNASA, 2006).
2.5.2 Determinação de sólidos totais
Para a Determinação de Sólidos Totais foi necessário determinar a massa do béquerde 150 mL. Utilizando uma Balança analítica eletrônica e anotando a massa com todas as casas decimais indicadas. Agitou-se bem cada frasco da amostra e transferiu-se, com o uso de uma proveta, exatamente 50 mL da solução de amostra para o béquer de 150 mL previamente pesado. Mediu-se novamente a massa. Colocou-se o béquer contendo a amostra em uma chapa aquecedora até que entrem em ebulição. A ebulição não pôde ser violenta, para evitar que se percam sólidos por borbulhamento. Pouco antes de todo o líquido evaporar, reduziu-se a temperatura da chapa, do contrário os béqueres podem rachar devido ao aquecimento rápido. Observou-se a total evaporação de qualquer traço de água para evitar erros no resultado final. Após evaporar completamente a água, os frascos foram colocados em um dessecador para o resfriamento. Depois de resfriados, determinou-se a massa do béquer com o resíduo. A quantidade de sólidos totais foi calculada pela diferença entre as massas do béquer antes e depois do procedimento. Sabendo que o volume de amostra foi de 50 mL, utilizou-se a fórmula padrão para determinar a quantidade de sólidos totais em mg/L (GOIAS, 2009).
2.5.3 Determinação da acidez
A Acidez da amostra foi feita por titulação com hidróxido de sódio. Com auxilio de uma pipeta volumétrica, foi tranferido 100 mL da amostra homogeneizada, para um erlenmeyer 250 mL. Adicionou-se 3 a 4 gotas de fenolftaleína e titulou-se com solução de hidróxido de sódio 0,02 molar, agitou-se constantemente até o ponto de viragem, do incolor para o rosa. Anotou-se o volume gasto de hidróxido de sódio 0,02 mol. A acidez é dada em mg/L de CaCO3, obtida pela equação: mg/L CaCO3 = V x Fc x 1,0 x 1000 Va. Onde, V = volume (mL) de hidróxido de sódio 0,02 mol gasto. Sendo Fc = fator de correção volumétrica e Va = volume (mL) da amostra (GOIAS, 2009).
2.6 Analise Microbiológica
2.6.1 Preparação dos meios de cultura
2.6.1.1 Caldo lactosado de concentração dupla
Foi dissolvido 26 gramas do meio em 1000 ml de água destilada e foram colocados 10 ml em tubos de ensaio contendo o tubo Duhan, os tubos foram esterilizados em autoclave a 121ºc por 15 minutos, sendo guardados em refrigerador. A validade é de uma semana (FUNASA, 2006).
2.6.1.2 Caldo lactosado de concentração simples
Foi dissolvido 13 gramas do meio em 1000 ml de água destilada e foram colocados 10 ml em tubos de ensaio contendo o tubo Duhan, os tubos foram esterilizados em autoclave a 121ºc por 15 minutos, sendo guardados em refrigerador. A validade é de uma semana (FUNASA, 2006).
2.6.1.3 Caldo lactosado verde brilhante a 2%
Foi dissolvido 40 gramas do meio em 1000 ml de água destilada e foram colocados 10 ml em tubos de ensaio contendo o tubo Duhan, os tubos foram esterilizados em autoclave a 121ºc por 15 minutos, sendo guardados em refrigerador. A validade é de uma semana (FUNASA, 2006).
2.6.1.4 Meio EC
Foi dissolvido 37 gramas do meio em 1000 ml de água destilada e foram colocados 10 ml em tubos de ensaio contendo o tubo Duhan, os tubos foram esterilizados em autoclave a 121ºc por 15 minutos, sendo guardados em refrigerador. A validade é de uma semana (FUNASA, 2006).
2.6.2 Analise de coliformes totais
A analise de Coliformes totais foi realizada pelo teste presuntivo e teste confirmativo. A técnica presuntiva necessitou de uma estante contendo 15 tubos de ensaio distribuídos de 5 em 5; nos primeiros 5 tubos, que continham 10 ml caldo lactosado de concentração dupla, com o tubo de Duhan invertido. Inoculou-se com pipeta esterilizada, 10 ml da amostra de água a ser examinada, em cada tubo, (diluição 1:1); nos 10 tubos restantes que continham caldo lactosado de concentração simples, inoculou-se nos 5 primeiros 1 ml da amostra de água (diluição 1:10) e nos 5 últimos tubos, inoculou-se 0,1 ml da amostra de água, em cada tubo (diluição 1:100). Homogeneizou-se, e incubou-se a 35 ±0,5 ºC, durante 24±48 horas. Se ao final de 24±48 horas, houver formação de gás dentro do tubo de Durhan, significa que o teste Presuntivo foi positivo, acaso não houver formação de gás o teste é considerado negativo (FUNASA, 2006).
A técnica Confirmativa foi realizada com o uso dos tubos do Teste Presuntivo que deram positivos nas 3 diluições 1:1, 1:10, 1:100; com uma alça de platina, previamente flambada no bico de bulsen e fria, retirou-se de cada tubo positivo uma porção de amostra e inoculou-se em um tubo correspondente contendo nele o meio de Cultura Verde Brilhante Bile a 2%, chama-se esse processo de repicagem. Após a inoculação identificou-se os tubos, incubou-se durante 24±48 horas a 35 ±0,5; se ao final desse período houver formação de gás dentro do tubo de Durhan o teste é considerado Positivo. Caso não haja formação de gás, o teste é considerado negativo (FUNASA,2006).
2.6.3 Analise de coliformes termotolerantes
A analise de coliformes termotolerantes é feita pelo método de tubos múltiplos, necessitou-se de 3 dos tubos do Teste Presuntivo que deram Positivos e todos os tubos em que houve crescimento após 48 horas nas 3 diluições (1:1. 1:10 e 1:100); transferiu-se com alça de platina flambada em bico de bulsen e fria, uma porção para os tubos de ensaio contendo o meio EC; misturou-se e deixou-os em banho de água durante 30 minutos; incubou-se em banho maria a 44,5±0,2ºC durante 24±2 horas; se ao final de 24 ou menos houver a formação de gás, está indicado a presença de coliformes de origem fecal; calcula-se o N.M.P (Numero Mais Provavel) de Bactérias consultando uma tabela própria (FUNASA, 2006).
2.7 ANÁLISE DOS DADOS
Para a avaliação dos padrões de potabilidade da água para consumo humano baseou-se na legislação brasileira de controle ambiental da qualidade da água, através do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA 20/86) e da Portaria 1469/2000, do Ministério da Saúde. Ambas determinam os valores médios permitidos (VMP) para classificar a água como própria ou não para consumo (COSTA.; et al, 2004).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos das amostras de águas coletadas estão apresentados nas Figuras 1, 2, 3 e 4. Os dados da Figura 1, 2 e 3 estão expressos em média, a Figura 4 foi expressa em porcentagem. 
 
Figura 1 – pH da água da região urbana e rural do município de Clementina. Clementina/SP, 2014
Figura 2 – Sólidos Totais Dissolvidos da água da região urbana e rural do município de Clementina. Clementina/SP, 2014
	Analisando as Figuras 2 e 3 verificou-se que a água das propriedades rurais e urbanas encontra-se dentro das especificações do CONAMA, que estabelece como padrão de potabilidade pH entre 6,0 a 9,0 e sólidos totais dissolvidos de 0 á 500 mg/l. Esta grandeza mede o índice da quantidade de substâncias dissolvidas na água. Altas concentrações dessa grandeza limitam a adequabilidade de uma água como fonte para abastecimento público (COSTA.; et al., 2004).
Figura 3 – Acidez total da água da região urbana e rural do município de Clementina. Clementina/SP, 2014.
Segundo o estudo feito por SANTOS et al., 2010, a acidez total da água da região rural e urbana do município se apresenta dentro dos limites permitidos, tendo como o menor valor 15,4 e o maior 22,9. O trabalho feito por SANTOS et al., 2010 apresentou valores de acidez total da água entre 6,69 e 29,87.
Outro dado preocupante da água coletada nas propriedades rurais é a quantidade de coliformes fecais e totais que obtiveram crescimento. Em relação ao crescimento bacteriano pode se dizer que se deve às diferentes condições do meio ambiente, como temperatura, pH, necessidade de oxigênio e nutrientes, para a maioria das bactérias, o pH ótimo de crescimento se localiza entre 6,5 e 7,5 (RIGOBELO et al., 2009).
A Figura 4 apresenta em percentagem a quantidade de propriedades em que houve crescimento de coliformes totais e termotolerantes. A figura revela que na área rural houve 100% de crescimento no teste presuntivo,100% no teste confirmativo e 100% de crescimento nas analisesde coliformes termotolerantes. Porem a área urbana onde a água é previamente tratada antes de ser enviada para o consumo humano, apresentou-se respectivamente 87,5%, 25% e ausência de coliformes termotolerantes. 
Devido a um estudo realizado no México, pôde-se concluir que a presença de coliformes nas amostras das águas das propriedades rurais teve relação direta com a presença da chuva, por conta do arraste de excretas humanas e animais. Pôde-se concluir também que a ausência de tratamento favoreceu o alto nível de contaminação encontrado (RIGOBELO et al., 2009).
Figura 4 – Coliformes totais (teste presuntivo e confirmativo) e coliformes termotolerantes da água da região urbana e rural do município de Clementina. Clementina/SP, 2014
O Ministério da Saúde, através da Portaria n° 1469 de 29/12/2003, deixa claro que é dever seu (do Ministério) e das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde zelar para que a população consuma água de qualidade de acordo com seus padrões. Quando tal situação não ocorrer, o mais recomendável a fazer é procurar esses órgãos com a finalidade de remediar tais problemas (COSTA.; et al, 2004).
.
4 CONCLUSÃO
Em relação a aspectos físico-químicos a qualidade das águas que abastece inúmeras propriedades rurais da cidade de Clementina está de acordo com os padrões de potabilidade especificados pelo CONAMA 20/86, porém em relação a analises microbiológicas a água esta seriamente comprometida pela contaminação bacteriana, em forma de coliformes totais e termotolerantes. Impossibilitando essa água para consumo humano e animal. Já as águas tratadas que abastecem a área urbana apresentaram pouco crescimento bacteriano e apresentaram ausência de coliformes termotolerantes, podendo essas, serem contaminações obtidas durante a recepção das amostras. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual prático de análise de água. 2ª ed. rev. – Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2006.
Disponível em:< http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/manual_pratico_de_analise_de_agua.pdf> Acesso em: 19/03/2014
 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 1.469, de 29 de dezembro de 2000. Anexo Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano. 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução Normativa
n. 020. 1986. Qualidade de água. Disponível em:<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiano1.cfm?codlegitipo=3&ano=1989> Acesso em: 15/10/2014
COSTA, M. E.P.; NASCIMENTO, D. M. C.; OLIVEIRA, T. M.; PEREIRA. F. L.; ESPINHEIRA, A. R. L. A Qualidade da Água em Pequena Comunidade. Uma Vivência de Extensão – UFBA, Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, Belo Horizonte, setembro. 2004.
Disponível: < https://www.ufmg.br/congrext/Meio/Meio17.pdf> Acesso em: 17/11/2014
FREITAS, M. B.; BRILHANTE, O. M. & ALMEIDA, L. M. Importância da análise de água para a saúde pública em duas regiões do Estado do Rio de Janeiro: enfoque para coliformes fecais, nitrato e alumínio, Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, mai-jun. 2001.
Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/csp/v17n3/4647.pdf>. Acesso em: 26/03/2014
GOIÁS universidade católica de. EXPERIÊNCIAS DE LABORATÓRIO: Em Química Ambiental MAF 1063. 2009.
Disponível em: <http://professor.ucg.br/siteDocente/admin/arquivosUpload/3280/material/QU%C3%8DMICAAMBIENTAMAF1063.pdf> Acesso em: 24/04/2014
RIGOBELO, E. C.; MINGATTO, F. H.; TAKAHASHI. S. L.; ÁVILA. F. A., Padrão físico-químico e microbiológico da água de propriedades rurais da região de Dracena, Revista Acadêmica, Ciência Agrárias e Ambientais, Curitiba, v.7, n. 2, p. 219-224, abr./jun. 2009
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Anexo 1 - Termo de compromisso do pesquisador
Anexo 2 - Orçamento de projeto de pesquisa
Anexo 3- Termo de consentimento livre e esclarecido
Apêndice 1 – Formulário para coleta de dados da área rural e urbana de Clementina
	Local
	pH
	Sólidos totais
	Acidez
	Coliformes fecais
	Coliformes totais teste presuntivo
	Coliformes totais teste confirmativo
	Amostra1
	
	
	
	
	
	
	Amostra2
	
	
	
	
	
	
	Amostra3
	
	
	
	
	
	
	Amostra4
	
	
	
	
	
	
	Amostra5
	
	
	
	
	
	
	Amostra6
	
	
	
	
	
	
	Amostra7
	
	
	
	
	
	
	Amostra8

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