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Marina Middendorf, R.A. 21060314; Regimes de negociação financeira internacional e a estratégia brasileira, Prof. Valter Pomar. Resenha sobre o livro “O mito do colapso do poder americano”. O MITO DO COLAPSO DO PODER AMERICANO (José Luís Fiori, Carlos Medeiros e Franklin Serrano, 2008) Nesse livro, temos o trabalho de três diferentes estudiosos do sistema financeiro, que, ao longo de seus textos fazem análises e críticas de importantes décadas para a estruturação e estabilização do mercado financeiro internacional e das relações de poder entre Estados a partir da taxação do câmbio, que dá valor ao dinheiro e influencia a capacidade capitalista dos envolvidos. O principal objetivo deste trabalho é realizar uma reflexão ao longo das principais estruturas financeiras, a fim de evitar equívocos quanto ao olhar sobre poder econômico e político exercido pelas atuais hegemonias nos períodos de crise, que podem levar a conclusões precipitadas como, por exemplo, um possível declínio do sistema capitalista ou ainda a consagração de uma nova hegemonia. Saindo do olhar geral da obra, voltamos ao suposto colapso do poder norte americano estadunidense. Desde a década de 70, marcada pela desestruturação do sistema monetário de Bretton Woods e que, por sua vez questionava o poderio do dólar no mercado financeiro mas resultou num numa nova capacidade flexível da moeda, diversas teorias procuram prever o fim da hegemonia do Estados Unidos, falhando novamente na década de 80. Durante o período de introspecção da economia estadunidense,cujas principais características foram o foco na importação de recursos financeiros e produtos, a macroeconomia do todo global foi beneficiada ao ponto de haver fomento no mercado de exportações e movimentação monetária favorável ao desenvolvimento. Analisando em conjunto as décadas de 90 e novo milênio, o poderio norte americano é marcado não somente pelo poder econômico e sua influência global (nitidamente constatadas na crise de 2008), mas no setor tecnológico e bélico que não sofrem abalos significativos. Do ponto de vista internacional, há certa apreensão ao destacar os BRICS, em especial Rússia e China, no sentido de desenvolvimento econômico de sub potências, capacidade de influência política internacional e precificação no mercado de exportações. Na Rússia a influência dos EUA se dá no âmbito político ao que, na recentralização do Estado e inserção no complexo do sistema capitalista acontece o fomento no comércio interno, e no restabelecimento de empresas estatais no comércio a mesma se vê na sombra dos interesses políticos e comerciais dos norte americanos sobre a ásia e o leste europeu. Já quando trabalhamos a estrutura do desenvolvimento Chinês pós Bretton Woods, o interesse é visivelmente mútuo. Diante da intenção estadunidense de estabelecer presença na ásia e, dos chineses com a nova política de internacionalização do renminbi e desenvolvimento da indústria nacional, os Estados Unidos estabelecem uma relação de produção e exportação nas ZEE’s chinesas. Podemos considerar como uma conclusão desse estudo, a influência norte americana extremamente presente até a atualidade nas suas zonas de interesses comerciais, financeiros e militares, com destaque para relação entre a forte presença militar no oriente médio e a quantidade de gás e petróleo presentes na região e, da produção pós fordista que se desmonta na américa latina e américa do sul e se estende até a Ásia, na China, sem qualquer sinal de enfraquecimento nas relações de poder econômico e político, mesmo após a grande crise de 2008 que abalou o sistema financeiro do país.
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