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II PROJETO DE MICRODRENAGEM

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PROJETO DE MICRODRENAGEM -
Galerias
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
DRENAGEM URBANA
Prof. Vanusa Soares
Galerias
• As galerias destinam-se a transportar as águas 
pluviais coletadas pelas B.L. funcionando por 
gravidade;
• Estão conectadas as B.L. através dos Poços de 
Visita;
• Estão conectadas ao longo de sua extensão 
pelos Poços de Visita (trecho)
Poço de visita: Câmara visitável através de uma abertura
existente na sua parte superior, ao nível do terreno,
destinado a permitir a reunião de dois ou mais trechos
consecutivos e a execução dos trabalhos de manutenção nos
trechos a ele ligados
Chaminé
Balão
PV pré moldado
• Os poços de vista executados com 
anéis pré-moldados de concreto 
armado são muito raros, tendo em 
vista que as tubulações de saída são 
raramente inferiores a 400 mm de 
diâmetro.
• São construídos com a superposição 
vertical dos anéis de altura 0,30m 
ou 0,40m, sendo que, para o balão, 
estas peças tem 1,00 a 1,50 m de 
diâmetro e, para a chaminé 0,60m, 
como dimensões úteis mínimas
PV moldado in loco
• São estruturas mais
viáveis, inclusive
economicamente.
• Facilidade de adaptação
de diferentes tamanhos
conforme a necessidade
Peça de 
transição 
Poços de visita
• DAEE/CETESB (1980) sugere o uso da tabela que apresenta o espaçamento 
máximo recomendado para os poços de visita. 
• Deve haver poços de visita nos pontos onde há mudança de direção, de 
declividade e de diâmetro e nos cruzamentos de vias públicas.
Caixas de ligação
• Quando é necessária a construção de bocas-de-lobo intermediárias ou 
para evitar que mais de quatro tubulações cheguem em um determinado 
poço de visita, utilizam-se as chamadas caixas de ligação. 
• A diferença entre as caixas de ligação e os poços de visita é que as caixas 
não são visitáveis.
Caixa de ligação
Galerias
 As galerias pluviais devem ser projetadas para funcionarem em
escoamento livre com a vazão de projeto de acordo com a área de
infuência do PV CL a montante.
 A velocidade máxima admissível determina-se em função do material a
ser empregado na rede. Para tubo de concreto a velocidade máxima
admissível é de 5,0 m/s e a velocidade mínima 0,60 m/s;
 O recobrimento mínimo da tubulação da rede de galerias de águas
• A) 300 mm a 1200 m = 1,00 m
• B) 1200 mm = 1,20 m;
• C) 1500 mm = 1,50 m.
• 0,30 m (concreto simples, não é armado Classe PS-1 da ABNT NBR
8890/2003);
• 0,40 m (tubo com armadura/sem armadura);
• 0,50 m (tubo com armadura Classe PA-2 da NBR 8890/2003);
• 0,60 m (tubo com armadura)
• 0,80 m (tubo com armadura)
• 1,00 m (tubo com armadura)
• 1,20 m (tubo com armadura)
• 1,50 m. (tubo com armadura)
• Acima de 1,50m usarmos aduelas de concreto.
Existem tubos com junta rígida ou junta elástica. Os tubos comumente usados
conforme a profundidade e a especificação da obra são das Classes: PA-1, PA-2,
PA-3, PA-4 e PS-1 Os comprimentos dos tubos normalmente são de 1,00m, mas
podem ser de 1,50m.
DIÂMEROS COMERCIAIS
Tabela preço médio
Galerias
 Nas mudanças de diâmetro os tubos deverão ser alinhados pela geratriz
superior, como indicado na Figura abaixo:
O
recobrimento
mínimo deverá
ser a partir da
geratriz
superior
Trecho
 È a denominação dada á galeria situada entre dois PVs;
 O primeiro número corresponde ao elemento de montante e os segundo
ao elemento de jusante.
CRITÉRIOS BÁSICOS:
Delimitação da bacia de contribuição
• A presença de equipe topográfica in loco é fundamental para a
delimitação da bacia contribuinte, assim como para identificar o sentido
do escoamento em cada rua e lote.
1) Áreas de influência
Após o lançamento dos poços de visita e bocas de lobo, inicia-
se a delimitação da bacia de contribuição a cada poço de
visita, formando um mosaico de áreas de influência, conforme
Figura
2) Trecho
• Corresponde à denominação dada à tubulação existente
entre dois poços de visita. O primeiro número
corresponde ao elemento de montante e o segundo
corresponde ao elemento de jusante.
• Por exemplo, na Figura, há o trecho 1-3, trecho 2-3,
trecho 3-4 e trecho 4-5.
3) Extensão da galeria (L)
Refere-se à distância entre dois poços de visita.
4) Área
Há a necessidade de se considerar a área de contribuição
total para cada poço de visita.
5) Coeficiente de escoamento superficial ou de “runoff”
A estimativa do coeficiente de escoamento superficial das
áreas de contribuição a um determinado PV pode ser feita
utilizando valores tabelados, ou ainda havendo a
caracterização de mais do que um tipo de solo e uso, o
valor de “C” adotado será o resultado de uma ponderação:
6) Tempo de concentração (tc)
• Trata-se do tempo que uma gota de chuva demora a
percorrer do ponto mais distante na bacia até um
determinado PV.
• Para os PV’s iniciais de uma rede de drenagem, adota-se
um tempo de concentração de 5 minutos, enquanto que
para os demais PV’s os tempos de concentração
correspondentes são obtidos acrescentando o tempo de
percurso (tp) de cada trecho.
• Quando existirem mais de um trecho afluente a um PV,
adota-se para este PV o maior valor do tempo de
concentração dentre os trechos afluentes, em
conformidade com a definição de tempo de
concentração.
7) Intensidade pluviométrica (i)
• A intensidade da precipitação pode ser obtida
com o emprego das equações de chuva
contidas no material de aula. Para Cuiabá:
8) Vazão superficial (Q)
Seu cálculo é realizado por meio da Equação Racional
Q = (C× I × A)/3,6 (m3/s)
A (km2)
I (mm/h)
9) Vazão total
• Corresponde ao somatório de vazões afluentes ao PV 
que chegam através de galerias, além da vazão do 
local em estudo (Qloc).
• Esta vazão “Q” será utilizada no dimensionamento 
da galeria a jusante do PV.
10) Diâmetro (D)
• São admitidos os seguintes diâmetros comerciais 
para as galerias: 300, 400, 500, 600, 800, 1000, 
1200 e 1500 mm.
• Acima de 2000 mm, a praxe é de moldar a galeria 
in loco.
• A relação entre a altura de água e o diâmetro da 
tubulação deve ser no máximo de 85%.
11) Declividade do terreno no trecho (St)
• Representa a razão entre a diferença das
cotas de montante e jusante, nas tampas
dos PV’s, e a extensão do trecho
12) Cotas inferiores da galeria
• Correspondem às cotas relativas à geratriz inferior da tubulação. São 
calculadas através das equações:
13. Tempo de percurso (tp)
Onde:
 tc = tempo (min)
 L = extensão do trecho (m)
 V = velocidade da água do techo a montante
60V
L
tp


• Levando-se em conta o custo de escavação, 
arbitra-se inicialmente Sg=St
15) Profundidade da galeria
Corresponde à soma do recobrimento mais o diâmetro da 
galeria.
Dimensionamento conforme Baptista & Lara 
2010
O dimensionamento pode ser realizado através
de tabelas auxiliares levando em consideração a
relação do conduto parcialmente cheio e o
conduto cheio (Qx/Qp), e a relação do tirante
máximo (y/D)
Dimensionamento conforme Baptista & Lara 
2010
O dimensionamento do diâmetro pode ser realizado
pela equação:
D = [(Q . n)/(I1/2 . 0,314)]3/8
Onde:
D= diâmetro calculado em (m)
I = declividade do terreno (m/m)
n = coeficiente de rugosidade de manning
Dimensionamento conforme Baptista & Lara 
2010
Com o diâmetro calculado adota-se um diâmetro comercial
imediatamente superior ao valor obtido.
Com este diâmetro comercial calcula-se a vazão á seção plena
pela equação:
Qp = (0,1 . 3,14 . D8/3 . I1/2)/n
Onde:
Qp = vazão a seção plena (m3/s)
D= diâmetro calculado em (m)
I = declividade do terreno (m/m)
n = coeficiente de rugosidade de manning
Dimensionamento conforme Baptista & Lara 
2010
Com o valor da vazão a seção plena, faz-se a relação com a
vazão afluente á galeria, obtendo o valorde y/D correspondente
na tabela auxiliar:
Qx/Qp y/D Ux/Up
Com o valor de Ux/Up, calcula-se a a velocidade no conduto
através da velocidade a seção plena:
Up = (0,4 . D2/3 . I1/2 )/n
Onde:
Up = velocidade a seção plena (m/s)
D= diâmetro calculado em (m)
I = declividade do terreno (m/m)
n = coeficiente de rugosidade de manning
Exemplo:
Visam-se dimensionar galerias de águas pluviais para a área mostrada na 
Figura , atendendo aos seguintes critérios:
• C médio = 0,65
• tempo de concentração inicial tc = 5 min
• recobrimento mínimo = 1m
• profundidade máxima da galeria = 4 m
• diâmetro mínimo = 300 mm
• n = 0,018
• velocidade mínima = 0,60 m/s
• velocidade máxima = 5,00 m/s
• chuvas com período de retorno T = 5 anos
• Cidade: Cuiabá
OBS: Deve ser considerada a economia no projeto, respeitando os limites de h/d 
e velocidade.

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