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Docente: Lucas da Silva Moraes DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I CURSO: ENGENHARIA CIVIL FACULDADE ESTÁCIO DE NATAL CARGAS ATUANTES EM ESTRUTURAS ÍNDICE: 1. Definições 2. Durabilidade 3. Pré-dimensionamento 4. Ações 5. Cargas ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I 1. DEFINIÇÕES: ESTADOS-LIMITES As estruturas de concreto armado devem ser projetadas de modo que apresentem segurança satisfatória. Esta segurança está condicionada à verificação dos estados limites, que são situações em que a estrutura apresenta desempenho inadequado à finalidade da construção, ou seja, são estados em que a estrutura se encontra imprópria para o uso. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I ESTADOS-LIMITES Estado-limite último (ELU): Estado-limite que se relaciona ao colapso ou qualquer forma de ruína da estrutura, levando à necessidade de paralisação do seu uso devido à falta de segurança. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Edifício Gran Parc, Vitória, ES. Estado-limite último (ELU), são exemplos: ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I a) Perda de equilíbrio como corpo rígido: tombamento, escorregamento ou levantamento; b) Resistência ultrapassada: ruptura do concreto; c) Escoamento excessivo da armadura: εs > 1,0%; d) Aderência ultrapassada: escorregamento da barra; e) Transformação em mecanismo: estrutura hipostática; f) Flambagem; g) Instabilidade dinâmica − ressonância; h) Fadiga − cargas repetitivas. ESTADOS-LIMITES Estado-limite de serviço (ELS): Estado-limite relacionado à durabilidade, aparência, bom desempenho da estrutura e conforto do usurário. Pode ocorrer devido a deformações e deslocamentos excessivos. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Estado-limite último (ELS), são exemplos: ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I a) Danos estruturais localizados que comprometem a estética ou a durabilidade da estrutura − fissuração; b) Deformações excessivas que afetem a utilização normal da construção ou o seu aspecto estético − flechas; c) Vibrações excessivas que causem desconforto a pessoas ou danos a equipamentos sensíveis. 2. DURABILIDADE: Consiste na capacidade de a estrutura resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e pelo contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto (NBR 6118, 2014). ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I 2. DURABILIDADE: ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Mecanismos preponderantes de deterioração relativos ao concreto Lixiviação Expansão por sulfato Reação álcali-agregado 2. DURABILIDADE: ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Mecanismos preponderantes de deterioração relativos à armadura Despassivação por carbonatação Despassivação por ação de cloretos A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Nos projetos das estruturas, a agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado na Tabela: (NBR 6118, 2014) ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I OBSERVAÇÕES: a) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura). b) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras em regiões de clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65 %, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde raramente chove. c) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas. (Média Mensal, Natal-RN) Critérios de projeto que visam a durabilidade: Qualidade do concreto de cobrimento ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I (NBR 6118, 2014) A classe C15 pode ser usada apenas em fundações, conforme NBR 6122 (Projeto e execução de fundações), e em obras provisórias. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Cmin – cobrimento mínimo Cnom – cobrimento nominal (cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução) ΔC – tolerância de execução para o cobrimento dmáx ≤ 1,2 Cnom Dimensão máxima característica do agregado graúdo ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I OBSERVAÇÕES: a) Cobrimento nominal da bainha ou dos fios, cabos e cordoalhas. O cobrimento da armadura passiva deve respeitar os cobrimentos para concreto armado. b) Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento, como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos e outros, as exigências desta Tabela podem ser substituídas pelas de 7.4.7.5, respeitado um cobrimento nominal ≥ 15 mm. Cnom ≥ φ barra a) Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da classe de agressividade IV. b) No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação, a armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45 mm. 3. PRÉ-DIMENSIONAMENTO: ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS LAJES 3. PRÉ-DIMENSIONAMENTO: ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I LAJES MACIÇAS Nas lajes maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a espessura (h) : a) 7 cm para cobertura não em balanço; b) 8 cm para lajes de piso não em balanço; c) 10 cm para lajes em balanço; d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30kN; e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN; f) 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de l/42 para lajes de piso biapoiadas e l/50 para lajes de piso contínuas; g) 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo (fora do capitel). (NBR 6118, 2014) ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I LAJES MACIÇAS Para lajes com bordas apoiadas ou engastadas, a altura útil pode ser estimada por meio da seguinte expressão (Pinheiro, 2007): ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I LAJES NERVURADAS A espessura da mesa (hf), quando não existirem tubulações horizontais embutidas, deve ser maior ou igual a b2/15 da distância entre as faces das nervuras e não menor que 4 cm. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I LAJES NERVURADAS A largura das nervuras (bw) não deve ser inferior a 5 cm. Em casos no quais a largura da nervura seja menor que 8 cm, não deve haver armadura de compressão. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I LAJES NERVURADAS Para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras menor ou igual a 65 cm, pode ser dispensada a verificação da flexão da mesa. Ler item 13.2.4 (Lajes) da NBR 6118 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE VIGAS Uma estimativa grosseira para a altura das vigas é dada por: A seção transversal das vigas não pode apresentar largura menor que 12 cm A altura mínima indicada é de 25 cm (Bastos, 2015) ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE VIGAS Para armadura longitudinal, a relação entre a altura total e a altura útil é dada pela expressão: ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PILARES Área de seção transversalmínima de 360 cm² (independentemente da forma) ou possuir dimensão maior ou igual a 19 cm. Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados no dimensionamento por um coeficiente adicional γn, 4. AÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Na análise estrutural deve ser considerada a influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativos para a segurança da estrutura em exame, levando-se em conta os possíveis estados limites últimos e os de serviço. As ações classificam-se, de acordo com a NBR 8681:2003 (Ações e segurança nas estruturas – Procedimento), em: • PERMANENTES • VARIÁVEIS / ACIDENTAL • EXCEPCIONAIS Ler item 11(Ações) da NBR 6118 AÇÕES PERMANENTES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I As ações permanentes são aquelas que ocorrem com valores constantes ou com pequena variação em torno da média, durante praticamente toda a vida da construção. As ações permanentes são subdivididas em: • PERMANENTES DIRETAS • Peso próprio da estrutura • Elementos construtivos permanentes (paredes, pisos, revestimentos) • Peso de equipamentos fixos • Empuxos de terra não-removíveis • PERMANENTES INDIRETAS • Retração, Fluência, Recalques de apoio, Imperfeições, Protensão AÇÕES PERMANENTES (PERMANENTES DIRETAS) ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I NBR 6120/1980 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I kN/m³ ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I TABELA DE CONVERSÃO DE UNIDADES AÇÕES VARIÁVEIS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I São aquelas cujos valores têm variação significativa em torno da média, durante a vida da construção. Podem ser classificadas em ações variáveis DIRETAS e INDIRETAS: AÇÕES DIRETAS • CARGAS ACIDENTAIS PREVISTAS • Carga vertical de uso da construção • Cargas móveis (impacto vertical) • Força longitudinal de frenação ou aceleração e centrífuga • AÇÃO DO VENTO • AÇÃO DA ÁGUA • AÇÕES VARIÁVEIS DURANTE A CONSTRUÇÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I AÇÕES INDIRETAS • VARIAÇÃO DE TEMPERATURA • AÇÕES DINÂMICAS (choques ou vibrações) AÇÕES VARIÁVEIS DIRETAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I NBR 6120/1980 AÇÕES VARIÁVEIS DIRETAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I NBR 6120/1980 kN/m³ AÇÕES VARIÁVEIS DIRETAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I NBR 6120/1980 kN/m³ AÇÕES EXCEPCIONAIS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Correspondem a ações de duração extremamente curta e muito baixa probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, mas que devem ser consideradas no projeto de determinadas estruturas. • Explosões • Choques de veículos • Incêndios • Enchentes • Abalos sísmicos excepcionais 5. CARGAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Entende-se por carregamento o conjunto das ações que têm probabilidade não desprezível de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um determinado período de tempo pré-estabelecido. Pode-se distinguir os seguintes tipos de carregamento, passíveis de ocorrer durante a vida da construção: • CARREGAMENTO NORMAL • CARREGAMENTO ESPECIAL • CARREGAMENTO EXCEPCIONAL • CARREGAMENTO DE CONSTRUÇÃO CARREGAMENTO NORMAL ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I O carregamento normal decorre do uso previsto para a construção, podendo-se admitir que tenha duração igual à vida útil da estrutura. Verificação no ELU e ELS . (exemplo: ações permanentes e variáveis) CARREGAMENTO ESPECIAL O carregamento especial é transitório e de duração muito pequena em relação à vida da estrutura, sendo, em geral, considerado apenas na verificação de estados limites últimos. (exemplo: ações do vento) CARREGAMENTO EXCEPCIONAL ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Decorre da atuação de ações excepcionais, sendo, portanto, de duração extremamente curta e capaz de produzir efeitos catastróficos. Este tipo de carregamento deve ser considerado apenas na verificação de estados limites últimos e para determinados tipos de construção. CARREGAMENTO DE CONSTRUÇÃO Considera apenas estruturas em que haja risco de ocorrência de estados limites já na fase executiva. Devem ser estabelecidas tantas combinações quantas forem necessárias para a verificação das condições de segurança em relação a todos os estados limites que são de se temer durante a fase de construção. (exemplo: cimbramento e descimbramento) ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I Simbologia para as tabelas de ponderação dos carregamentos Coeficientes de ponderação das ações Os valores de cálculo (Fd) das ações são obtidos a partir dos valores representativos, multiplicando-os pelos coeficientes de ponderação γf. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I EXERCÍCIO: Lançamento dos elementos estruturais – Pavimento tipo (Edifício residencial em Natal) *Considerar alvenaria acabada com espessura de 15cm
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