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CURSO PRATICO DE REDACAO

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OFICINA PRÁTICA DE
REDAÇÃO
TÉCNICAS PARA ESCREVER BEM
· Redações escolaRes · TRabalhos acadêmicos 
· ofícios · concuRsos · PRofissão · coTidiano
Mozart J Fialho
VER
SÃO
 RE
SUM
IDA
2
Este material foi preparado exclusivamente
para a Oficina Prática de Redação.
Sua reprodução - parcial ou integral - é
permitida sem qualquer ônus judicial.
OFICINA PRÁTICA DE
REDAÇÃO
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Conteúdo
Apresentação 4
I. Introdução à Redação 5
II. Tipos e Gêneros 9
III. Os 10 mandamentos da boa redação 17
IV. Uso da Crase 21
V. Como Empregar a Vírgula Corretamente 29
VI. O Uso dos PORQUÊS 37
VII. Hifenização 39
VIII. Temas para Redação 43
IX. AS REDAÇÕES NO ENEM 45
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ApresentAção
O que você verá neste curso?
Dê um basta no constrangimento! Neste curso prático de redação, você aprenderá a dominar 
as tec´nicas básicas da escrita, para redigir textos de qualidade em sua escola, no seu trabalho, em 
concursos públicos e, até mesmo, no seu dia a dia. 
Quanto tempo durará o curso?
Como usaremos a prática na maior parte do tempo, em poucas aulas você já estará dominando, 
pelo menos, boa parte das técnicas. Serão necessárias 16 (doze) horas no total, divididas em 2 (duas) 
horas cada aula, ministradas 2 (duas) vezes por semana. Portanto, teremos 4 (quatro) semanas, ou 
1 mês, de curso.
Quais os requisitos mínimos para fazer este curso?
Saber ler e escrever. O curso não o ensinará a ler ou escrever o "bê-a-bá", nem mesmo a racio-
cinar ou ter ideias para escrever, mas como escrever corretamente, com coerência e coesão. 
Há idade mínima para fazer este curso?
O curso primará pela boa escrita, portanto, basta estar em idade escolar - ideal que seja a partir 
do 6º ano (7ª série) do ensino fundamental. As turmas serão separadas por faixas etárias e/ou gru-
pos de interesse.
A quem é dirigido este curso?
A qualquer pessoa que precisa saber escrever: estudantes, universitários, estagiários de comu-
nicação, concurseiros, empresários, secretárias, enfim, a todos aqueles profissionais que lidam com 
a comunicação escrita em seu cotidiano.
Será uma aula de gramática portuguesa?
Sim e não. Sim, porque, ao lidar com textos, a pessoa precisa ter noções gramaticais, mesmo 
que de forma sucinta. Não, porque iremos lidar com situações práticas e cotidianas, com expressões 
comuns e que servirão como modelos para a correta aplicação em quaisquer outras ocorrências 
textuais.
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I. Introdução à redAção
O QuE é REDigiR?
Redigir é o ato de escrever, ou seja, exprimir por escrito aquilo que se concebe e deseja externar, 
colocar em evidência, explicar, descrever ou narrar.
Você pode redigir qualquer coisa que seja passível de publicação escrita. O resultado disso é a 
redação. 
A REDAÇÃO
A redação, no entanto, não pode ser vista como qualquer texto que tenha sido escrito. A reda-
ção, para caber em sua definição, deve conter os seguintes elementos:
Todos esses elementos devem se interconectar, direta ou indiretamente, a fim de compor a 
textualidade, ou seja, o contexto do tema em questão.
REDAÇÃO é pRáticA?
Sim, redação é prática! E o mais importante é a leitura. Ela é o ponto de partida para que você 
tenha uma redação bem contextualizada, coerente e precisa.
tODA LEituRA é iMpORtANtE!
Jornais, revistas, gibis, livros, manuais, anúncios publicitários, redações alheias (especialmente, 
as “premiadas”), e até monografias são fontes de inspiração textual. É a partir da leitura de diferen-
tes textos que você vai encontrar chão e teto para concretizar os seus. É claro que, dentre inúmeras 
fontes de leitura, encontramos coisas aproveitáveis, como também, completa e necessariamente 
dispensáveis.
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Pratique a boa leitura. Leia, pelo menos, um bom livro a cada semestre, leia revistas e jornais de 
circulação nacional ou local diariamente, e leia prestando atenção, também, na forma com que os 
jornalistas discorrem seus textos. Contextualidades diferentes apresentam diferentes abordagens.
é pREciSO SER uM DiciONáRiO AMbuLANtE?
Há pessoas que realmente se parecem mais com um dicionário ambulante do que com um ser 
humano, em termos vocabulares. Mas, não, para saber escrever bem, não é necessário que você seja 
um dicionário, mas, como sugere o tópico anterior, sobre a leitura, conhecer palavras diferentes faz 
a diferença em seus textos. E, o mais importante: saber usá-las na hora certa, escrever direito, sem 
as falhas ortográficas que mexem com os revisores. Por isso, ler com atenção é superimportante, 
isto é, para você memorizar a forma com que a palavra é escrita corretamente.
EScREvER, EScREvER, EScREvER!
Há quanto tempo você não pega pra valer em um lápis ou uma caneta? Depois do advento 
dos computadores e, mais recentemente, dos smartphones, escrever com estes dois instrumentos 
tornou-se algo exclusivo - e não muito praticado - para estudantes, pois as salas de aula ainda não 
substituíram os cadernos por computadores e tablets. É claro que algumas profissões ainda exigem 
a escrita à mão, mesmo assim, geralmente são anotações, e não textos dissertativos ou narrativos.
Nosso curso começará, então, com o resgate da escrita manual. A seguir, um texto que você 
deverá escrever, enquanto é ditado. Esse tipo de exercício serve não só para chamar a sua atenção, 
como tamb´ém testar suas habilidades de escrita. Não se preocupe, pois a correção e comentários a 
respeito desta primeira redação virão a seguir.
Título:
Heroísmo2
Texto principal:
Ele usava um colete à prova de balas. Não importava que dia da semana, do mês ou do ano, 
ele sempre usava o seu colete à prova de balas. Era precavido, ele dizia. “A cidade anda muito 
violenta; nunca se sabe o que pode acontecer”. Isso é uma verdade!
Um belo dia, quando estava no banco, ocorreu um assalto. Três bandidos, armados de pis-
tolas e metralhadoras, ameaçavam matar os reféns se o dinheiro não lhes fosse entregue com 
velocidade. Ele, muito seguro de si, sabendo da vantagem que levava sobre os assaltantes, afinal, 
seu colete estava bem escondido sob a camisa, disparou na direção de um deles para desarmá-lo. 
Um segundo depois, caiu morto.
Ataque cardíaco fulminante, disseram os legistas quando chegaram na cena do crime.
2 Texto extraído do site http://www.napontadoslapis.com.br/2011/03/dois-pequenos-contos.html, Leonardo Schabbach, 
in 09/07/2015
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Comentários em sala de aula:
Veja que o texto tem início, meio e fim: o autor conseguiu nos transmitir claramente a mensa-
gem em apenas três parágrafos curtos. O texto é coeso, já que apresenta uma ligação harmoniosa 
entre os parágrafos. É também coerente, pois seu entendimento se faz do início ao fim, sem inter-
rupções que possam gerar dúvidas a respeito do que está sendo falado. Voltaremos a falar sobre 
coesão e coerência.
cALigRAfiA
Uma das coisas que não podemos deixar de falar a respeito é a caligrafia. Ela pode ser compa-
rada a tapetes: aquele que está mais limpo demonstra que a organização da casa e de suas cercanias 
é melhor do que a que tem o tapete sujo na entrada. 
Uma boa caligrafia denota segurança e, ao mesmo tempo, facilita a leitura e o entendimento 
da mensagem por parte do receptor. Uma mensagem mal interpretada pode gerar um conflito sem 
precedentes. Portanto, cuidado na hora de escrever. Pratique ao máximo sua forma de escrita, pro-
curando sempre fazer com que as letras sejam legíveis, nem que, para isso, você tenha que “dese-
nhá-las”, no início. Além do mais, “trocar a letra” é também um ótimo exercício mental.
Como sugestão, use a página seguinte para treinar sua escrita. Voltaremos um pouco no tempo 
para você refazer um exercício que não faz há um bom tempo: a folha de caligrafia. Apenas repita 
cada uma das letras, da forma como são apresentadas. Tire cópias da página, se quiser repetiro 
exercí´cio mais vezes. 
Se você possui boa caligrafia, evidentemente, não precisa fazer este exercício, a não ser que 
queira matar saudades. :)
fORMALiDADE NA EScRitA
A grande maioria dos textos, especialmente aqueles de conteúdo dissertativo, utilizam regras 
de conduta próprias, ou seja, são bastante formais. 
Nas redações em geral, aplicadas em concursos públicos, ou mesmo nas empresas, escolas e 
faculdades, o uso da escrita formal é praticamente uma exigência. A não ser em casos específicos 
dentro do texto, como num diálogo, por exemplo, o uso de gírias é impraticável. Sacou, velho? Por 
isso, a leitura de textos em fontes de informações mais sérias se faz importante, porque não se usa 
o vocabulário chulo ou gíria em narrativas e discursos escolares, acadêmicos, científicos, oficiais etc.
Nos capítulos a seguir, veremos preceitos gramaticais importantes para não sucumbirmos dian-
te de redações. Analisaremos alguns textos com erros comuns, tanto na gramática como na estru-
tura, e os reconstruiremos da forma correta. O exercício da correção fará você ter uma visão crítica 
sobre o texto e o ajudará a compor melhor os seus próprios textos.
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II. tIpos e Gêneros
Como foi dito no capítulo anterior, ler e compreender os diferentes tipos e gêneros de textos 
é uma das premissas mais importantes para você redigir um bom texto. Veja, a seguir, quais são os 
tipos e gêneros textuais a serem entendidos.
tipOS tExtuAiS
Quando se vai compor qualquer tipo de texto, conscientemente ou não, você define, primeira-
mente, que tipo de discurso sua redação terá. Os tipos textuais são enunciados que se organizam e 
se agrupam de acordo com a finalidade da comunicação, isto é, a forma do discurso dependerá do 
objetivo que deverá ter o texto.
Os tipos de redação, ou discurso, mais comuns são:
· Narração
· Dissertação
· Descrição
· Exposição
· Injunção
De fato, os três primeiros são tipos tradicionais e são os mais requisitados em concursos, vesti-
bulares e também nas redações do Enem. Vejamos, contudo, o contexto de cada um deles.
NARRAÇÃO
A narração é o tipo mais comum de textualização. Ela responde a perguntas, como: “O que 
aconteceu?”; “Quando foi que aconteceu?”; “Por que aconteceu?”; “Como aconteceu?”. As respostas 
a estas perguntas formariam uma sequência textual que resultaria em uma narrativa. Veja como:
- José quebrou a perna direita.
- Ontem à noite.
- Ele quis consertar a antena.
- Perdeu o equilíbrio e caiu do telhado da casa.
Pronto. Respostas curtas e diretas para perguntas idem. Agora, vamos concatenar as respostas 
e redigi-las em um só parágrafo, como se estivéssemos contando esse “fato” para alguém. De forma 
direta, isso poderia ficar assim:
José quebrou a perna direita ontem à noite. Ele quis consertar a antena, perdeu o equilíbrio e 
caiu do telhado da casa.
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A narrativa deve permitir ao interlocutor não só entender o contexto do fato, como também 
imaginá-lo enquanto é narrado.
DEScRiÇÃO
A descrição já é uma narrativa mais detalhada, pois você é levado a descrever as características 
do que está sendo falado: um objeto, uma pessoa, um ambiente etc. 
No texto descritivo, devemos responder à pergunta: “Como a coisa (objeto, lugar, pessoa) é?”. 
Na resposta, seja o mais detalhista possível, pois a intenção com a descrição é fazer o interlocutor 
sentir o que está sendo descrito, sem vê-lo.
Vamos praticar, tendo como exemplo a figura do carro abaixo. Atente-se ao máximo de deta-
lhes e tente descrever o que você viu, primeiramente na forma de tópicos. Em seguida, compare o 
que você descreveu com o que é sugerido nesta apostila.
- Ferrari F12 Berlinetta
- Compacto
- Estilo coupé esportivo
- Cor azul metálica
- Teto externo preto
- Rodas esportivas de magnésio
- Está sobre uma base de plástico
- Nome do carro na base
- Materiais usados: ferro fundido, plástico e borracha
- É uma miniatura colecionável
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Vamos a um texto para você comparar com o seu? 
“Comprei uma Ferrari F12 Berlinetta! É um carro compacto, estilo coupé esportivo. A cor é azul 
metálica, com a parte externa do teto preta. Possui rodas esportivas de magnésio. Os materiais 
usados para sua fabricação: ferro fundido, plástico e borracha. Ele está sobre uma base de plástico, 
onde também encontra-se seu nome e modelo. Trata-se de uma miniatura colecionável.”
Simples, assim. Você tem algumas diretrizes, que são as palavras-chaves para a constituição da 
narrativa. Para, então, constituir uma narrativa coesa e precisa, evidentemente, você irá complemen-
tar seu texto com o que for necessário: adicionar novas palavras, como: substantivos, verbos, prono-
mes, adjetivos, preposições e deverá, também, usar pontuações oportunas, acentuar corretamente 
etc. Você pode enriquecer sua narrativa como quiser, desde que não saia da linha de desenvolvi-
mento proposta, que é a descrição detalhada do objeto.
DiSSERtAÇÃO
Na dissertação, você vai “falar sobre”, ou seja, discorrer e discutir alguma coisa: um fato, uma 
ideia já plantada, um pensamento ou qualquer outro assunto que lhe permita explanar, argumentar 
e, ainda, revelar sua opinião a respeito do assunto.
Em concursos públicos e vestibulares, a dissertação é o modelo mais comum nas provas de re-
dação, isto é, o tipo de texto que é solicitado ao candidato desenvolver. A dissertação, nesses casos, 
deve obedecer geralmente a uma determinada extensão, que costuma ser de 20 a 30 linhas. Aí, vem 
a pergunta:
cOMO é QuE vOu SAbER cOMO EScREvER uM tExtO cOM DEtERMiNADO NÚMERO DE 
LiNHAS?
A resposta a essa pergunta, além de não ser fácil, é bastante subjetiva. Não há uma regra espe-
cífica para se ditar algo em “x” número de linhas. Uma das formas mais fáceis de se conseguir isso é, 
primeiramente, desenvolver um rascunho de seu texto. Use lápis, pois fica mais fácil apagar os erros 
ou trechos considerados dispensáveis. Ao passá-lo a limpo, ou seja, convertê-lo no texto definitivo, 
é que você irá adicionar ou excluir palavras ou frases inteiras, a fim de ajustá-lo à extensão solicitada. 
Mas, transcreva com atenção e cuidado, pois o texto final é sempre à caneta.
Geralmente, um tema é dado. A partir desse tema, você deverá se ater à estrutura de um texto 
dissertativo, que é:
1. introdução
Geralmente, usamos o primeiro parágrafo para apresentarmos o tema que será abordado. Aqui, 
não cabe sua opinião, e sim uma abordagem geral sobre o assunto.
2. Desenvolvimento
Nessa etapa, que pode conter dois a três parágrafos, você deve apresentar os argumentos de 
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forma lógica - isto é, ordenados e sem perder o sentido -, a fim de prender o leitor. Aqui, você ar-
gumenta, expõe sua opinião e prova sua tese.
3. conclusão
Usa-se o último parágrafo para amarrar as ideias e conseguir transmitir a mensagem ao recep-
tor/leitor. A conclusão deve ser clara, coerente e simplificada, a fim de confirmar o que foi escrito na 
etapa de desenvolvimento do texto.
pLANEjAMENtO DA DiSSERtAÇÃO
A dissertação não pode ser escrita a esmo, muito menos, em forma descritiva ou narrativa, 
senão, foge de sua própria funcionalidade. Ela deve ter um planejamento para que haja lógica no 
contexto. 
Imagine-se numa situação de passeio no domingo com a família. Vocês não vão, simplesmen-
te, sair de casa sem rumo, portanto, o primeiro passo é definir para onde vocês vão. Vocês devem 
ter um roteiro prévio dos lugares onde vão passear, quanto vão poder gastar, o que vão comprar, 
enfim, ter ao menos um esquema do que vão fazer para não chegarem em qualquer lugar e não 
encotnrar o que fazer.
Assim, é a redação dissertativa. Nela, o que sai para o papel é o que você tem em sua cabeça, 
isto é, o tema a ser tratado. É a estória que você tem para passar e, sendo assim, ela deve ter organi-
zação nas palavras para que seja compreendida. Então, você a esquematiza, antes de um rascunho, 
usandoos três tópicos de organização do texto: introdução, desenvolvimento e conclusão. É melhor 
que você tenha o esquema escrito, o que ajudará a organizar melhor suas ideias, mas se você tem 
boa memória, use seu esquema “mental” como base para desenvolver um rascunho.
A partir do momento que você tem o esquema pronto, vá para o rascunho. Desenvolva o texto 
de forma ‘livre’, mas coerentemente, já pensando no texto final, como deverá ficar. 
Há tamb´ém outra linha de raciocínio para ajudá-los a construir uma boa redação dissertativa, 
que segue as seguintes prerrogativas:
1. Interrogue o tema.
Transforme o tema proposto em uma pergunta. Exemplo: o tema dado é Sem planejamento, 
fica dif´ícil. Converta isso em uma pergunta: sem planejamento, fica difí´cil?
2. Responda à pergunta com sua própria opinião.
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De forma simples, clara e honesta, responda a essa pergunta, pois este será o seu ponto de vista 
em relação ao tema.
3. Apresente um argumento básico.
Por que você pensa assim sobre o tema? Por favor, explique-se. Qual o seu argumento em re-
lação ao que você pensa sobre “planejar”.
4. Apresente argumentos auxiliares.
Fundamente seu posicionamento. Há algum outro pensamento que segue o seu, ou pelo qual 
você tenha tido influência? Explique.
5. Apresente um fato como exemplo.
Você pode apresentar um fato que confirme o que foi dito nas linhas do texto. 
6. Conclua.
Faça a conclusão do texto, não saindo da linha de pensamento que você usou para conduzir 
a dissertação. Na conclusão, de forma sutil e quase indireta, dê sua opinião a respeito do assunto.
Para que uma redação seja bem feita, fique atento a estas dicas importantes. O que é necessário 
para uma boa redação?
· Simplicidade
Não use palavras de dificil entendimento, ou que não sejam usadas com frequência pelas pes-
soas. Procure usar sentenças (frases) curtas em seus textos, pois isso facilita o seu domínio sobre a 
linha de pensamento. Atenção para não mudar de assunto repentinamente, dentro do texto e con-
duza o leitor de forma leve através do texto.
· Clareza
Não deixe nada subentendido, nem faça charadas com o seu leitor. Lembre-se de que você, 
como redator, é quem está expressando sua opinião e suas ideias, portanto, deixe seu texto bastan-
te lúcido e evidente.
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· Objetividade
Seja objetivo em seu texto. Evite repetição de ideias, não use a mesma palavra excessivamente 
e concentre-se no que realmente é pertinente e importante ao texto. Sem embromação, pois, há 
redatores que “enchem linguiça” só para aumentar o número de linhas, o que é perceptível e, em 
muitos casos, inaceitável.
· Unidade
O texto, por maior ou menor que ele seja, deve seguir uma linha de raciocínio, que está atrelada 
ao seu tema. Do início ao fim, respeitando-se as etapas de introdução, desenvolvimento e conclu-
são, procure não sair dessa linha, a fim de manter a unidade do texto.
· Coerência
Um texto coerente é um texto que não foge à lógica e ao proposto pelo tema. Todos os seus 
parágrafos devem estar, de uma forma ou de outra, interligados e dependentes, isto é, cada pará-
grafo é uma parte do todo, e não pode estar fora da linha de raciocínio.
· Ordem
Respeitar uma ordem cronológica dentro da redação é uma maneira de acertar sempre, mesmo 
não sendo a mais criativa. Nesta linha, parta do geral para o particular, do objetivo para o subjetivo, 
do concreto para o abstrato. Figuras de linguagem, como metáforas, por exemplo, fazem com que 
o texto fique interessante. 
· Ênfase
Enfatizar é dar destaque em determinados trechos do texto, especialmente, usando palavras 
fortes e com significados densos. Use-os, especialmente, já no início do sua redação, ou quando de-
sejar destacar trechos importantes. Por exemplo: na conclusão, você pode levar o leitor novamente 
para o início do texto, o que enfatiza ainda mais o tema e a ideia que você propôs.
· Leia e releia
É fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu texto. Em redação, quase que mais do que 
qualquer outra coisa, a pressa é realmente inimiga da perfeição. Mesmo com todos os cuidados, 
pode ser que você não consiga se expressar de forma clara e concisa. Com calma, verifique se os 
períodos não ficaram longos, obscuros, palavras ou ideias repetidas. À medida que você relê o texto, 
essas falhas aparecem, inclusive, erros de ortografia e acentuação. Não se apegue ao escrito. Refaça, 
se for preciso.
gêNEROS tExtuAiS
Os gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou 
escritos. Tais estruturas são reconhecidas socialmente, pois elas mantêm um certo padrão em seu 
contexto. 
Em outra visão, gênero textual é nome que se dá às diferentes formas de linguagem emprega-
das no texto. Estas formas podem ser formais ou informais, dependendo da situação em que são 
empregadas.
A seguir, uma lista de gêneros textuais:
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· Resumo
De um texto, remove-se palavras e até frases sem muita importância, desde que não o deixe 
sem sentido. A intenção é ocupar menor espaço, sem perder a lógica da mensagem. 
· Biografia
Um texto biográfico é aquele em que se fala a respeito de alguém. Na maioria das vezes, é 
escrito em terceira pessoa do singular, mas, acontece de haver autobiografias na primeira pessoa, 
também. 
· Resenha
É uma espécie de resumo crítico, no qual os detalhes sobre o que é analisado têm grande sig-
nifcado. Muito usada no mundo jornalístico, ela pode ser descritiva e/ou crítica.
· Carta
As cartas podem ser pessoais ou institucionais. Sendo a primeira forma, regras não se fazem 
necessárias, desde que a comunicação surta efeito. Já na segunda, o texto é formal e possui regras 
para ser escrito.
· Anúncio publicitário
Tanto na forma oral, quanto na escrita, o texto publicitário é um gênero textual peculiar, pois, 
intenciona divulgar, argumentar, expor e vender a ideia, um serviço ou produto. O texto é claro, 
objetivo e costuma despertar emoções.
· Diário
Tipo de gênero de caráter subjetivo, o diário é uma forma explícita de se falar sobre o cotidia-
no. Normalmente, é escrito em primeira pessoa e tem a informalidade como uma de suas maiores 
características. 
· Fábulas e Contos de fadas
As fábulas e os contos são verdadeiras preciosidades. Exigem um texto altamente rico em deta-
lhes e uma narrativa que prenda o leitor do início ao fim, fazendo-o imaginar lugares (normalmente, 
criados a partir da mente do autor), rostos, personagens e objetos nos contos, como se estivesse 
olhando para fotografias. 
· Editorial
Normalmente empregados no meio jornalístico, os editoriais fazem um apanhado geral dos as-
suntos, ou do principal assunto, de um jornal, revista ou outro tipo de publicação periódica, tentan-
do, assim, chamar a atenção do leitor já em suas primeiras páginas, preparando-o para o que vem a 
seguir. É ditado, geralmente, pelo editor da publicação, de forma pessoal e com certa informalidade.
· Relatório
Sua finalidade é detalhar informações sobre qualquer assunto, pessoa ou objeto, a fim de pres-
tar contas, sejam financeiras ou administrativas. Pode ser complexo, como de uma empresa, ou 
simples, como de um estágio, mas deve ser sempre bem escrito, coeso e coerente. 
· Jornalístico
Na forma de notícia, possui característica narrativa e descritiva, com o objetivo de informar um 
fato, por exemplo. Outra característica inerente ao texto jornalístico é a presença de elementos, 
como: tempo, lugar e personagens envolvidos no fato.
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Existem diversos outros gêneros, como: romance, carta de leitor, ensaio, seminário, conferência, 
prescritivos, regulamentos etc.
O importante é que você saiba que cada gênero requer uma espécie de linguajar, isto é, uma 
forma específica de escrita dos textos. 
Vamos a um exemplo clássico, comparando um texto jornalístico com um publicitário acerca do 
mesmo fato.
Digamos que as LojasArarinha estão fazendo uma promoção para o mês dos pais. Como a 
verba era boa, resolveram anunciar as ofertas tanto em forma de matéria jornalística, como num 
outdoor. Feitas todas as “pesquisas” pelo repórter e também pelo publicitário, eis o que foi apre-
sentado ao gerente da rede:
Veja que há diferenças cruciais na comunicação de um mesmo acontecimento. No texto jorna-
lístico, à esquerda, o leitor é “situado” no interior da loja, praticamente, enquanto que no informe 
publicitário, o mesmo é convidado a comparecer à loja e aproveitar as promoções. 
EScREvER é pRAticAR
Para que você fique fera na redação, a prática é sua melhor ferramenta. 
Portanto, mãos à obra.
1. Escreva, em caráter narrativo, o encontro entre um casal, no qual ele a 
pede em namoro e ela o responde com um singelo “NÃO!”.
2. Converta essa narrativa em dissertação.
3. Resuma a dissertação que você fez.
4. Escreva uma carta pessoal, como se fosse o(a) personagem deste encontro. Esta carta seria 
escrita logo após o encontro “que não deu certo”. O rapaz escreve a carta lamentando o fato de ela 
não tê-lo aceito; a moça escreve explicando o porquê da negativa.
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III. os 10 mAndAmentos dA boA redAção
Abaixo, dicas importantes para você desenvolver uma boa redação. Guarde-as todas em sua 
memória, a fim de utilizá-las na hora certa.
1) Não use palavras difíceis. Dê preferência a palavras mais comuns, contudo, evite também o 
coloquialismo, a linguagem popular, que não exige muita atenção da gramática.
2) Evite termos estrangeiros e jargões e dê preferência à voz ativa, ao invés da passiva.
3) Jamais use a “linguagem da Internet” em uma redação ou textos oficiais. Abreviações, como: 
‘vc’, ‘tb’, ‘pq’ são abominadas fora dos bate-papos e redes sociais.
4) Evite usar o gerúndio com frequência (gerundismo), porque empobrece o texto. Exemplo: 
“Ela vai estar fazendo...” (isso mata qualquer um!); “Combinando X e Y, estamos tentando conseguir 
Z e fazendo com que N seja igual a...”. Pegue leve!
5) Evite o uso excessivo do "que", a fim de reduzir períodos longos. Escreva frases curtas e dire-
tas, sem “encher linguiça”. Exemplo: O Carlos, que trabalha na padaria que é do “seu” Pedro, disse 
que o dia que ele voltar das férias, vai ajudar-me a montar o aviãozinho, que nem meu é.” Poderia 
ser assim: Carlos, funcionário na padaria do “seu” Pedro, disse que, ao voltar das férias, vai ajudar-me 
a montar o aviãozinho, que nem meu é.” 
6) Evite clichês (lugares comuns) e frases feitas. Exemplos: "fazer das tripas coração", "encerrar 
com chave de ouro", “silêncio mortal", "calorosos aplausos", “luxuosa mansão”. Ah! “Menas” não 
existe!
7) Não faça repetições desnecessárias no texto, pois passa a impressão ao leitor de que você 
não tem muita leitura. Ao invés de repetir uma palavra, procure usar um sinônimo, não havendo ou-
tra forma. Se, numa sentença, você usou a palavra “menina” e precisa repeti-la, use “garota”, “guria”, 
ou outro sinônimo equivalente. 
8) Cuidado com redundâncias. É errado escrever, por exemplo: "Há cinco anos atrás". Corte o 
"há" ou dispense o "atrás". A forma correta é “Há cinco anos...”. “Subir lá em (ou para) cima”, “Descer 
lá em (ou para) baixo”, esqueça isso! Subir já se sabe que é para cima e descer, para baixo. 
9) O uso correto das pontuações também é de grande importância. Muita gente se confunde, 
inserindo ponto onde deveria ser vírgula e vice-versa. O mesmo acontece com o ponto-e-vírgula. 
Apesar das regrinhas da gramática referentes a pontuação, a melhor forma de evitar isso é a leitura 
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insistente: leia bastante (livros, revistas, jornais etc), pois só assim você reconhecerá o momento 
certo para usar tais pontuações.
10) Cuidado com todos os usos gramaticais. Acentuações, concordâncias verbais, grafias, tudo 
isso é levando em consideração em uma redação. 
Mais uma vez, reforço que a leitura e a prática da escrita são os motes mais importantes para se 
aprender realmente a escrever bem.
Guarde bem esses 10 mandamentos e você já fará boas redações. 
0S 10 ERROS MAiS cOMuNS EM REDAÇÕES
Para aumentar um pouco mais as chances de uma boa escrita, veja a seguir os 10 erros mais 
comuns em redações.
1. “para mim saber, preciso pesquisar a respeito.” O “mim” é um pronome do caso oblíquo e 
só é usado quando tratar-se de objeto direto. P. ex.: Traga essa lanterna para mim. O certo é: “para 
eu saber, preciso pesquisar a respeito.” Sendo assim, sempre diga e escreva: Para eu fazer, para eu 
levar, para eu falar, pois o verbo precisa de um sujeito!
No entanto, “para mim” não precisa encontrar-se, obrigatoriamente, no final da frase. Por exemplo, ao 
expressar sua opinião: “Para mim, trocar a lâmpada é a melhor solução.” estará correto. Mas, em uma re-
dação, prefira substituir esse início por “Pessoalmente, sugiro que...”, ou “Na minha opinião”. Soa melhor. 
Em uma frase, após uma preposição, o “mim” também fica correto. P. ex.: “Entre mim e a empresa, não 
há sequer um risco.” Mas, se você inverter a ordem dos sujeitos “mim” e “empresa”, o pronome oblíquo 
deve ser substituído pelo pronome pessoal do caso reto “eu”: “Entre a empresa e eu...”.
2. “fazem seis anos que não nos vemos”. O verbo “fazer”, no senti-
do de tempo decorrido ou de fenômenos atmosféricos, é impessoal, ou 
seja, fica no singular: Faz seis anos... Faz muito frio...
3. “Houveram muitas manifestações neste fim de semana.” O 
verbo haver acompanha o mesmo raciocínio do verbo “fazer”, citado 
acima. No sentido de ‘existir’, ou na ideia de 
tempo decorrido, o verbo haver é impessoal: 
Houve muitas manifestações... Há tempos não 
o vejo... Havia algumas mesas desocupadas.
4. “Há muito tempo atrás, comprei uma 
bicicleta.” O verbo “haver”, neste caso, tem 
sentido de tempo passado, logo não há neces-
sidade de adicionar “atrás”. Opções corretas: 
“Há muito tempo”; “Tempos atrás”; “Há muitos 
anos”; “Muitos anos atrás”.
19
5. “Aonde vocês estão?”. “Aonde o carro está estacionado.” O correto, nestas duas frases, é 
“onde”, pois, “aonde” dá ideia de movimento, ao contrário de “onde”. Então, seria assim: “Onde 
vocês estão?” e “Onde o carro está estacionado.” 
Se você fizer a pergunta “aonde vocês estão indo?” está tão correta quanto “para onde vocês estão 
indo?”, porque dá a entender que eles já estão a caminho para algum lugar, ou seja, estão se movimen-
tando. “Aonde vai com esse carro?” ou “Para onde vai com esse carro?” também estão corretas. “Até 
onde vai esse carro?” já tem um sentido diferente, pois dá a ideia de que o carro tem algum problema e 
não vai muito longe. 
6. “No mesmo dia, passei lá e peguei ela pra irmos à escola juntos.” Quando for necessário um 
pronome como objeto direto (pegou algo: ela), nunca use pronome pessoal. Opte pelo caso oblíquo 
átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes): Pegou-o, avisou-o, apresentei-a, levou-nos, ama-
me, leva-nos. Portanto, o correto é: “No mesmo dia, passei lá e peguei-a para irmos à escola juntos.”. 
Também estaria correto: “... passei lá e a peguei para ...”.
Outros exemplos (errado ==> correto):
Você amou ele enquanto estiveram juntos ==> Você o amou enquanto estiveram juntos.
O policial prendeu ele às algemas. ==> O policial prendeu-o às algemas.
Me mostre as provas. ==> Mostre-me as provas.
Viram ele invadir a calçada. ==> Viram-no invadir a calçada.
Fizeram ela de refém. ==> Fizeram-na refém.
Fizeram elas de refém. ==> Fizeram-nas reféns.
Sempre vou respeitar vocês. ==> Sempre vou respeitar-lhes.
Sempre vou respeitar eles. ==> Sempre vou respeitá-los.
7. “Ela tem menas chance de passar do que ele.” Coloque, 
de uma vez por todas, uma coisinha em sua cabeça: MENAS 
NÃO EXISTE! Em hipótese alguma! O correto, então, é: “Ela 
tem menos chance de passar do que ele.”
8. Tudo junto é separado e separado é tudo junto. “Agente” e “a 
gente” são coisas visivelmentedistintas. “Agente”, escrito junto, refere-
se a um profissional da área de fiscalização, da polícia, detetives etc. “A 
gente”, de forma separada, são suas palavras - uma, fazendo a função 
de artigo definido; a outra, de substantivo - para substituir o pronome 
pessoal “Nós”. Portanto, “a gente gostaria de comer alguma coisa” é bem 
diferente de “agente gostaria de comer alguma coisa”. A não ser que você 
queira matar a fome de outra pessoa, de um agente federal, por exemplo. 
Outros casos comuns (errado ==> correto):
- porisso ==> por isso
- apartir de ==> a partir de
- encontra partida ==> em contrapartida
- com tigo ==> contigo
- com nosco ==> conosco
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- com sigo ==> consigo
- com migo ==> comigo
- concerteza ==> com certeza
- emloco, em loco, inloco ==> in loco (no lugar, no local)
- apriori ==> a priori (a princípio)
- de mais ==> demais
- demenos ==> de menos
- por menores ==> pormenores (detalhes)
- pormenores ==> por menores que sejam...
9. Erros relacionados à sonoridade das palavras. 
“Não tenho nada haver com isso.” Oops! Não tem, mesmo, porque 
“haver”, no sentido de existir alguma coisa, não entra neste contexto. “Não 
tenho nada a ver com isso.” é a forma correta, já que diz que eu não tenho nada que ver com isso.
“Se você não sabe lhe dar com isso, deixa.” Você sabia que existe um verbo que cabe direitinho 
nesse contexto? Sim, o verbo é lidar (eu lido, tu lidas, ele lida...). Portanto, o correto é: “Se você não 
sabe lidar com isso, deixa.”
“Essa pendência está mau resolvida.” Difícil, já que “mau” é o contrário de “bom”, e não de 
“bem”. “Essa pendência está mal resolvida.” é o correto.
“Isso é um mal exemplo para a sociedade.” Pense: “isso é um bem exemplo...” Não ficaria nada 
coeso, não é? Portanto, o correto é: “Isso é um mau exemplo para a sociedade.”.
10. Erros de grafia. “Casado” com “z”; “Precisar” com “z”; “Abraço” com “s” ou “ss”; “Assassino” 
com “c” no “ssino”; “Necessidade” com “c” + “c”... enfim, uma quantidade de erros de grafia que não 
teríamos espaço para colocar aqui. E sabe por que isso acontece? Pela simples falta de leitura (aten-
ta) de artigos, contos, romances, matérias jornalísticas, enfim, tudo o que leva texto desenvolvido 
com seriedade. E não basta ler. Se você tem intenção de aprender a escrever corretamente, deve-se 
ler com atenção e gravar a grafia correta das palavras.
EScREvER é pRAticAR
Sugestões para exercitar a escrita:
1. Eleja uma revista ou jornal de conteúdo sério. Escolha uma matéria 
de sua preferência e reescreva, à mão, pelo menos dois parágrafos, ficando 
atento às grafias de cada palavra. Enquanto estiver vivo e lutando por uma 
vaga num concurso público ou no vestibular, faça isso todos os dias. Em pou-
co tempo, verá evolução no seu vocabulário, na gramática e também na sua 
forma de escrever.
2. O professor deve ditar um texto em sala para que os alunos o redijam. A correção poderá ser 
feita logo em seguida, ou na aula seguinte.
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IV. uso dA CrAse
A crase ocorre, normalmente, durante a contração de duas vogais semelhantes, no caso, a letra 
“a”. No entanto, cada uma das vogais “a” tem uma função: a primeira é uma preposição e, a segun-
da, um artigo definido: a + a = à.
Na língua portuguesa, a crase é assinalada com um acento grave ( ` ) na vogal “a”.
A crase, via de regra, é utilizada antes de um substantivo feminino. No masculino, o caso mais 
comum de uso de crase é com os pronomes demonstrativos “aquele” e “aquilo” (no singular e no 
plural). Estende-se o caso em relação ao pronome relativo “a qual (as quais)”.
Para efeito de comparação:
O carro foi levado “a/para aquele” lavajato. 
O carro foi levado àquele lavajato. 
Tudo está ligado “a aquilo” que você mesmo cria.
Tudo está ligado àquilo que você mesmo cria.
Passei as informações “a/para aqueles” senhores.
Passei as informações àqueles senhores.
João fez o acerto com a concessionária, “para a qual” de-
volveu o carro.
João fez o acerto com a concessionária, à qual devolveu o carro.
REgRAS pARA uSO DA cRASE
Regra geral:
Haverá crase sempre que o termo exigir que a preposição “a” e o artigo definido “a” o precedam.
Exemplos: 
Fui a a cidade. Fui à cidade.
( a + a = prep. + art. )
( subst. fem. )
Entreguei os relatórios a a secretária. Entreguei os 
relatórios à secretária.
( a + a = prep. + art. )
( subst. fem. )
Em relação a lugares:
Vou a Brasília, depois, à Bahia. 
( verbo “ir” - exige prep. “a” )
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( na segunda parte da sentença, o verbo “ir” fica subentendido, mas de acordo com a aceitação 
de artigos, Bahia é um substantivo que exige tanto a preposição como o artigo antes dele )
( palavra que não aceita artigo na primeira parte da sentença + palavra que aceita )
Veja:
como saber se uma palavra aceita ou não o artigo?
1. se puder empregar a combinação “da” antes da palavra, é sinal de que ela aceita o artigo.
2. se puder empregar apenas a preposição “de”, é sinal de que ela não aceita.
 
Ex: Vim da Bahia. (aceita) ==> Vou à Bahia.
 Vim de Brasília (não aceita) ==> Vou a Brasília.
 Vim da Itália. (aceita) ==> Um Viva à Itália.
 Vim de Roma. (não aceita) ==> Um Viva a Roma.
Outra forma que você pode usar como “atalho” para saber se usa ou não crase antes de algum 
substantivo feminino, é substituí-lo por um análogo masculino. Se, antes deste, precisar usar, ou 
couber, a contração “ao”, é sinal que, na versão feminina, o “a” deverá ser craseado.
“Fui a faculdade.” ou “Fui à faculdade.”?
Experimente substituir o substantivo “faculdade” por “cinema”. 
“Fui ao cinema.”
Portanto, o correto é: “Fui à faculdade.”
Não ocorre crase:
 
1) Antes de masculino.
Caminhava a passo lento.
 (preposição)
 
2) Antes de verbo.
Estou disposto a falar.
 (preposição)
 
3) Antes de pronomes em geral (com exceção dos pron. demonstr. “aquele” “aquela” “aquilo”).
Eu me referia a esta menina.
(prep. + pron. demonstrativo)
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Exceção:
Eu me referia àquela menina.
( prep. + art. + pron. dem. fem. )
Eu me referia àquele problema.
( prep. + art. + pron. dem. masc. )
 
Eu falei a ela.
(prep. + pron. pessoal)
 
4) Antes de pronomes de tratamento.
Dirijo-me a Vossa Senhoria.
(prep.)
Observações:
 I. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase: senhora, se-
nhorita e dona.
Dirijo-me à senhora.
 
II. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como: mesma, própria...
Eu me referi à mesma pessoa.
Não deu valor à própria vida.
 
5) com as expressões formadas de palavras repetidas.
Venceu de ponta a ponta.
 (preposição)
Outros casos semelhantes: “passo a passo”, “porta a porta”, “dia a dia” etc.
 
6) Antes dos nomes de cidade.
Cheguei a Goiânia.
 (preposição)
 
Observação:
Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase.
Cheguei à Goiânia dos parques e das pracinhas.
 (adjunto adnominal)
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 7) Quando a preposição “a” (no singular) vem antes 
de um nome plural.
Falei a pessoas estranhas.
 ( preposição )
 
Observação:
Se o mesmo a vier seguido de “s” haverá crase.
Falei às pessoas estranhas.
( a + as = prep. + art. )
 
Sempre ocorre crase:
 
1) Na indicação pontual do número de horas.
Às duas horas chegamos.
(prep. a + art. as)
 
Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + artigo, basta confrontar com uma expres-
são masculina correlata.
Ao meio-dia chegamos.
(prep. a + art. o)
 
2) Com a expressão à moda de e à maneira de.
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da expressão (moda de) venha implícita.
Escreve à ( moda de ) Machado de Assis.
 
3) Nas expressões adverbiais femininas.
Expressões adverbiais femininas são aquelas que se referem a verbos, exprimindo circunstâncias 
de tempo, de lugar, de modo...
Chegaramà noite.
( expr. adverb. fem. de tempo )
 
Caminhava às pressas.
( expr. adverb. fem. de modo )
 
Ando à procura de meus arquivos.
( expr. adverb. fem. de fim, finalidade )
 
25
4) Uso facultativo da crase
Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de pronomes possessivos femininos, 
pode ou não ocorrer a crase.
Ex: Falei à Maria.
 ( prep. + art. )
 
 Falei à sua classe.
 ( prep. + art. )
 
 Falei a Maria.
 (prep. sem artigo)
 
 Falei a sua classe.
 ( prep. sem artigo )
 
Note que os nomes próprios de pessoa femininos e os pronomes possessivos femininos 
aceitam ou não o artigo antes deles. Por isso mesmo é que a crase é opcional.
 
casos especiais:
 
1) Crase antes de casa.
A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, se não vier determinada por um 
adjunto adnominal não aceita o artigo, portanto não ocorre a crase.
Por outro lado, se vier determinada por um adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a crase. 
Ex:
Volte a casa cedo.
(prep. sem artigo)
 
Volte à casa dos seus pais.
(preposição sem artigo)
(adj. adnominal)
 
2) Crase antes de terra.
A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição a mar ou ar, se não vier deter-
minada, não aceita o artigo e não ocorre a crase. Ex:
Já chegaram a terra.
(prep. sem artigo)
 
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Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:
Já chegaram à terra dos antepassados.
(prep. + art.)
(adj. adnominal)
 
3) Crase antes dos pronomes relativos.
Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase. Ex:
Achei a pessoa a quem procuravas.
Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu.
 
Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o masculino correspondente for “ao qual”, 
“aos quais”. Ex:
Esta é a festa à qual me referi.
Este é o filme ao qual me referi.
Estas são as festas às quais me referi.
Estes são os filmes aos quais me referi.
 
4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo.
Sempre que o termo antecedente exigir a preposição “a” e vier seguido dos pronomes demons-
trativos: aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase. Ex:
Falei àquele amigo.
Dirijo-me àquela cidade.
Aspiro a isto e àquilo.
Fez referência àquelas situações.
 
5) Crase depois da preposição “até”.
Se a preposição até vier seguida de um nome feminino, poderá ou não ocorrer a crase. Isto 
porque essa preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em locução com a preposição a (até 
a). Ex:
Chegou até à muralha.
(locução prepositiva = até a)
(artigo = a)
 
Chegou até a muralha.
(preposição sozinha = até)
(artigo = a)
 
6) Crase antes do “que”.
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Em geral, não ocorre crase antes do “que”. Ex: Esta é a cena a que me referi.
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome demonstra-
tivo a (equivalente a aquela).
Para empregar corretamente a crase antes do “que” convém considerar:
I. se, com antecedente masculino, ocorrer “ao que” / “aos que”, com o feminino ocorrerá crase;
Ex: Houve um palpite anterior ao que você deu.
 ( a + o )
 Houve uma sugestão anterior à que você deu.
 ( a + a )
 
II. se, com antecedente masculino, ocorrer “a que”, no feminino não ocorrerá crase.
Ex: Não gostei do filme a que você se referia.
 (ocorreu a que, não tem artigo)
 Não gostei da peça a que você se referia.
 (ocorreu a que, não tem artigo)
 
Observação:
O mesmo fenômeno de crase (preposição a + pronome demonstrativo a) que ocorre antes do 
que, pode ocorrer antes do “de”. Ex:
Meu palpite é igual ao de todos.
(a + o = preposição + pronome demonstrativo)
 
Minha opinião é igual à de todos.
(a + a = preposição + pronome demonstrativo)
 
7) há / a (uma das maiores confusões na redação)
Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não confundir a grafia do “a” (preposição) com 
a grafia do “há” (verbo haver).
Para evitar enganos, basta lembrar que nas referidas expressões:
“a” (preposição) indica tempo futuro (a ser transcorrido);
“há” (verbo haver) indica tempo passado (já transcorrido). Ex:
Daqui a pouco terminaremos a aula.
Há pouco recebi o seu recado.
Estou aqui há duas semanas.
Daqui a duas semanas, voltarei.
Vamos à prática.
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EScREvER é pRAticAR
Complete as sentenças com ou sem crase, conforme a necessidade.
1. Júlio passou ________ (a/à) ver o caso de forma diferente.
2. Vou _________ (a/à) cidade comprar mantimentos.
3. Por favor, entregue este documento ________ (a/à) gerente do Financeiro.
4. _____________________ (Aqueles/Àqueles) que pensam que fui derrotado, minhas saudações.
5. Cheguei ___________ (a/à) São Paulo sem problemas.
6. Faça aos outros o que gostaria que fizessem ___________ (a/à) você.
7. Faça esse favor __________ (a/à) ela.
8. ________ (A/À) diretoria, você deve explicações; _______ (a/à) mim, nada. 
9. Vim falar sobre __________________ (aquele/àquele) assunto, referente ___________________ (aque-
la/àquela) senhora.
10. Devo explicações _________ (a/à) você ou ________ (a/à/as/às) elas? 
11. Acordaremos ______ (as/às) cinco da manhã. Essa é a surpresa ______ (a/à) qual me referi.
12. Por gentileza, uma pamonha _______ (a/à) moda.
13. Sim, pode ser ______ (a/à) sua maneira.
14. Vou ajudar __________________________ (aqueles/àqueles) que me ajudaram.
15. Vou dizer __________________________ (aqueles/àqueles) que me ajudaram: muito obrigado!
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V. Como empreGAr A VírGulA CorretAmente
O emprego da vírgula é outro dos grandes desafios nas redações de todas as categorias. Há 
alguns detalhes nos quais não nos prendemos, mas empregar a vírgula na hora correta não é tarefa 
das mais árduas, mesmo que você tenha que se ater à gramática sempre que for empregá-las. Con-
tudo, há alguns atalhos que favorecem a decisão entre inserir ou não a vírgula, como segue abaixo:
1. Caso mais comum: usar a vírgula para separar 
“elementos” dentro de uma oração. Tais elementos 
podem ser substantivos, verbos, adjetivos etc.
Ex.:
 Virão à minha casa: Telma José Maria Chico e 
Lívia. (dá a impressão de ser um nome só).
 Virão à minha casa: Telma, José, Maria, Chico e 
Lívia. (agora, sim, vi que são várias pessoas).
 João planta arroz milho mandioca e cria algu-
mas galinhas.
 João planta arroz, milho, mandioca e cria algu-
mas galinhas.
2. Separar uma “explicação” no meio da frase. Em português gramatical, quando houver um 
aposto, uma oração adjetiva explicativa, um vocativo, ou outro elemento que sirva de “justificativa” 
no sentido da frase. 
Ex.:
 Luís que trabalha na oficina ao lado comprou um carro novo.
Nesta frase, o que parece ser uma explicação? O trecho “que trabalha na oficina ao lado”, já que 
se explica quem é Luís. Portanto, aplicando as vírgulas, ela fica assim:
 Luís, que trabalha na oficina ao lado, comprou um carro novo.
 Leila, a dona do restaurante, veio aqui hoje.
 Nós, que somos amigos dele, devemos ajudá-lo.
 O carro, antes impecável, quase se acabou na enxurrada. 
 Karam, apesar da descendência árabe, nunca foi ao Oriente Médio.
3. para separar orações independentes. As orações independentes são aquelas que não per-
dem o sentido se forem separadas na oração, formando outras novas.
Ex.:
 Luana foi embora estava com sono.
Luana foi embora | estava com sono - duas orações que não precisam uma da outra, se separadas. 
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Mas, juntas, precisam da virgula.
 Luana foi embora, estava com sono.
 Ela chegou pegou um copo encheu-o de água sentou-se bebeu um pouco e ficou observan-
do os convidados.
Aqui, vemos várias pequenas frases que poderiam estar separadas, sem perder o sentido: Ela che-
gou | pegou um copo | encheu-o de água | sentou-se| bebeu um pouco e ficou observando os 
convidados.
 Ela chegou, pegou um copo, encheu-o de água, sentou-se, bebeu um pouco e ficou obser-
vando os convidados.
 Dois quilos de picanha, dois de cupim, três pacotes de pão com alho, duas caixas de cerveja, 
um vidro de pimenta e, obrigado, pode convidar-me para sua festa!
4. para separar o lugar, tempo ou modo no início da frase. Quando um tipo específico de ex-
pressão — indicando tempo, lugar, modo e outros — iniciar a frase, usa-se vírgula. Veremos, então, 
que se tratam de adjuntos adverbiais, os quais são seguidos por vírgulas quando iniciam frases.
Ex.:
 Ontem você chegou cedo.
 Ontem, você chegou cedo.
 Semana passada isso foi entregue a mim.
 Semana passada, isso foi entregue a mim.
 Às 16 horas passe aqui por favor.
 Às 16 horas, passe aqui, por favor.
Outros exemplos:
De certa forma, você estava certo. (adj. adv. modo)
De maneira alguma, eu voltaria naquele lugar. (adj. 
adv. negação)
De um modo geral, as falhas cessaram. (adj. adv. 
modo)
No final, tudo dá certo! (adj. adv. tempo)
De vez em quando, faço um jogo na loteria. (adj. adv. 
tempo)
Aqui, só tranquilidade. Lá, trabalho à vontade. (adj. 
adv. lugar)
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5. para separar frases onde há uma explicação, uma alternância, ou uma inversão na ideia 
central, na mesma oração. Neste caso, costuma-se usar uma conjunção adversativa e, sendo as-
sim, ela vem precedida por vírgula. 
Veja:
Eu gosto muito de Salvador, mas prefiro Fortaleza.
Carlos já sabe dirigir, porém seu pai não dá as chaves.
Jozi adora bolo, no entanto evita comer para não engordar.
Eu sou fã de sorvete, entretanto não exagero.
Lucas nunca foi bom aluno, todavia é um ótimo profissional.
Não fomos ao clube, pois está chovendo muito.
Às vezes, pode acontecer de um “e” fazer o papel de conjunção adversativa, onde não há o sen-
tido de “adição” entre os termos. Nestas frases, este mesmo “e” poderia ser substituído por “mas”, 
“porém”, ou outras destas conjunções. Veja:
O telefone tocou, tocou, e ninguém o atendeu.
O telefone tocou, tocou, mas ninguém o atendeu.
Viu? Não perdeu o sentido.
6. Quando ocorrer, na frase, uma elipse, ou seja, ocultar uma mesma palavra (um verbo, por 
exemplo) para não repeti-la, como mostram os exemplos a seguir.
Ex.:
Eu quero comer churrasco; você, pizza.
João comprou um carro. Maria, uma moto.
7. Em frases com vocativos, sejam eles no início, 
no meio ou no fim da oração, usa-se vírgula. 
Ex.:
Meu amigo, cante uma do Rappa.
Pare com essas ideias, rapaz!
Luiz, qual o valor da minha conta?
Mãe, não quero ir.
filho, não tem essa de não querer ir! vai, sim!
Alguém entrou em contato com você, Ana?
ilmo. Sr. ferreira, este convite se estende à sua família, também.
8. Em frases com topônimos (você sabe o que isso?), o uso da ví´rgula é imprescindível. Veja 
os exemplos:
32
Goiânia, 15 de Agosto de 2015.
Av. 85, nº 420, Setor Sul, Goiânia-GO.
Dia 15, às 14 hs, na Praça Santos.
Rio pedregoso, perene, águas cristalinas.
Chama-se topônimo nome ou expressão usado para rotular um lugar, ou seja, um acidente geográ-
fico (seja ele físico - rios, serras, igarapés etc, seja ele humano - cidades, bairros, ruas, praças etc). Deste 
modo, o topônimo (ou signo toponímico) também é um nome próprio.
vÍRguLA ANtES DE “E”, “NEM” E “Ou”
Quando elementos com a mesma função sintática aparecem na frase unidos pelas conjunções 
“e”, “nem”, “ou”, não se usa vírgula, a não ser no caso em que há repetição dessas conjunções. 
Veja:
Nem Roberta, nem Ronaldo puderam comparecer à festa do pai.
Ou você, ou seu irmão, ou mesmo outra pessoa deveria voltar à cidade.
Ela corre e brinca, e pula, e conversa, e se esbalda o tempo todo: felicidade.
O uSO DO pONtO-E-vÍRguLA
O ponto-e-vírgula (;) é uma pontuação gráfica bastante interessante, já que ela fica entre a vír-
gula e o ponto final, ou seja, ela permite uma parada para a “reorganização das ideias”, ao mesmo 
tempo indica que aquela linha de raciocínio não terminou. Devem ser empregadas nos seguintes 
casos:
- para separar orações que guardem relação entre si.
Hoje é segunda-feira; nada de clube.
- para separar orações, quando pelo menos uma delas já possui separação por vírgula.
O resultado foi o seguinte: dez vereadores votaram a favor do acordo; três, contra.
- para separar itens de uma enumeração ou parágrafos em tópicos.
No parque de diversões, as crianças encontram:
brinquedos;
balões;
pipoca.
- para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entre-
tanto, etc.), substituindo, assim, a vírgula.
33
Gostaria de comprar o barco ainda hoje; todavia, não tenho recursos.
SObRE A iMpORtÂNciA DA vÍRguLA
“A vírgula pode ser uma pausa ou não. Não, espere. Não espere. Ela pode sumir com o seu di-
nheiro. Pode ser autoritária. Aceito, obrigado. Aceito obrigado. Pode criar heróis. Isso só, ele resolve. 
Isso só ele resolve. A vírgula muda uma opinião. Não queremos saber. Não, queremos saber. Uma 
vírgula muda tudo.”2
jAMAiS uSE vÍRguLA...
- Para separar sujeito de predicado.
 O garoto, saiu para ir à escola.
 O garoto saiu para ir à escola.
- Para separar um verbo transitivo de seu complemento.
 Débora gosta, de sair com os amigos.
 Débora gosta de sair com os amigos.
cASOS OpciONAiS
- Com expressões adverbiais breves, antepostas ou intercaladas:
 O governo fará neste sábado mais um pronunciamento.
 O governo fará, neste sábado, mais um pronunciamento.
 O diretor participará em Brasília de uma reunião com o governador do Estado.
 O diretor participará, em Brasilia, de uma reunião com o governador do Estado.
- Depois de “no entanto”, “entretanto”, “por isso”, “porém”, “contudo”, “portanto”, “todavia”, 
quando essas palavras ou expressões iniciarem o período.
 No entanto o Juiz permaneceu decidido em condená-lo.
 No entanto, o Juiz permaneceu decidido em condená-lo.
 Por isso o carro ficou tão danificado!
 Por isso, o carro ficou tão danificado!
2 Extraído do site: http://www.terminologia.com.br/2010/01/a-importancia-da-virgula - Acesso em 12/08/2015.
34
 Contudo ele se demitiu hoje.
 Contudo, ele se demitiu hoje.
- Antes de orações adverbiais, que complementem a principal.
 Antes de orações adverbiais que complementem a principal.
 Antes de orações adverbiais, que complementem a principal.
 O prefeito J.J. deixará o partido se a nova lei não for aprovada.
 O prefeito J.J. deixará o partido, se a nova lei não for aprovada.
 Viajarei amanhã caso eu seja aprovado.
 Viajarei amanhã, caso eu seja aprovado.
EScREvER é pRAticAR
Leia e reescreva o texto a seguir, inserindo as vírgulas onde for necessário.
MANEIRA DE AMAR
O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. 
Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O gi-
rassol não ia muito com sua cara ou porque não fosse homem bonito ou porque os girassóis são 
orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças pois o girassol chegava a voltar-se contra a 
luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa que as outras flores 
não comentavam. Nunca entretanto o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe 
a terra na devida ocasião.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros 
aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora depois de assinar a carteira de 
trabalho.
Depois que o jardineiro saiu as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham in-
duzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol que não se conformava 
com a ausência do homem. “Você o tratava mal agora está arrependido?” “Não respondeu estou 
triste porque agora não posso tratá-lo mal. É minha maneira de amar ele sabia disso e gostava”.
Carlos Drummondde Andrade
35
use crase nas seguintes lucuções:
à altura (de)
à americana
à baiana
à baila
à bala
à base de
à beça
à beira (de)
à beira-mar
à beira-rio
à boca pequena
à brasileira
à bruta
à busca (de)
à cabeceira (de)
à caça de
à carga
à cata (de)
à chave
à conta (de)
à cunha
à custa (de)
à deriva
à direita
à disparada
à disposição
à distância de
à entrada (de)
à escolha (de)
à escovinha
à escuta
à espada
à espera (de)
à espreita (de)
à esquerda
à evidência
à exaustão
à exceção de
à faca
à falta de
à fantasia
à farta
à feição (de)
à flor da pele
à flor de
à fome
à força (de)
à francesa
à frente (de)
à fresca
à gaúcha
à grande
à guisa de
à imitação de
à inglesa
à italiana
à janela
à japonesa
à larga
à livre escolha
à [moda] Luís XV
à luz
à maneira de
à mão armada
à mão direita
à mão esquerda
à máquina
à margem (de)
à marinheira
à matroca
à medida que
à meia-noite
à mercê (de)
à mesa
à mesma hora
à mexicana
à milanesa
à mineira
à míngua (de)
à minha disposição
à minha espera
à minuta
à moda (de)
à moderna
à morte
à mostra
à navalha
à noite
à noitinha
à nossa disposição
à nossa espera
à ocidental
à ordem
à oriental
à paisana
à parte
à passarinho
à paulista
à ponta de espada
à porta
à portuguesa
à praia
à pressa
à prestação
à primeira vista
à procura (de)
à proporção que
à prova
à prova d’água
à prova de fogo
à pururuca
à que (= àquela que)
à queima-roupa
àquela hora
àquelas horas
àquele dia
àqueles dias
àqueloutros(s)
àqueloutra(s)
à raiz de
à razão (de)
à ré
à rédea curta
à retaguarda
à revelia (de)
à risca
à roda (de)
à saciedade
à saída
à saúde de
à semelhança de
à socapa
à solta
à sombra (de)
à sorrelfa
à sorte
à sós
à sua disposição
à sua escolha
à sua espera
à sua maneira
à sua moda
à sua saúde
36
à sua volta (casos específicos)
à superfície (de)
à tarde
à tardinha
à testa (de)
à tinta
à toa
à-toa3
à traição
à tripa forra
à última hora
à uma (hora)
à unha
à vaca-fria
à valentona
à venda
à Virgem
à vista (de)
à vista desarmada
à vista disso
à volta (de)
à vontade
à-vontade
à vossa disposição
à zero hora
às apalpadelas
às armas!
às ave-marias
às avessas
às bandeiras despregadas
às barbas de
às boas
às cambalhotas
às carradas
às catorze (horas)
às cegas
às centenas
às cinco (horas)
às claras
às costas
às dez (horas)
às dezenas
às direitas
às doze (horas)
às duas (horas)
às dúzias
às encobertas
às escâncaras
às escondidas
às esquerdas
às expensas de
às falas
às favas
às gargalhadas
às lágrimas
às léguas
às mancheias
às margens de
às marteladas
às mil maravilhas
às moscas
às nove (horas)
às nuvens
às oito (horas)
às onze (horas)
às ordens (de)
às portas de
às pressas
às quais
às que (= àquelas que)
às quartas-feiras
às quatro (horas)
às quintas-feiras
às quinze (horas)
às segundas-feiras
às seis (horas)
às sete (horas)
às sextas-feiras
às sete (horas)
às soltas
às suas ordens
às tantas
às terças-feiras
às tontas
às três (horas)
às turras
às últimas
às vésperas (de)
às vezes
às vinte horas
às vistas de
às voltas com
bater à porta
beber à saúde de
condenado à morte
dar à estampa
dar à luz
dar a mão à palmatória
dar tratos à bola (= esforçar-se)
dar vazão à
descer à sepultura
de uma ponta à outra
estar às mínguas
exceção à regra
falar à razão
faltar à aula
graças às
ir à bancarrota
ir à forra
ir às compras
ir às do cabo
ir às nuvens
ir às urnas
jogar às feras
mandar às favas
mãos à obra
marcha à ré
passar à frente
pôr à mostra
pôr à prova
pôr às mãos à cabeça
pôr fim à vida
quanto às
recorrer à polícia
reduzir à expressão mais simples
sair à rua
saltar à vista
tirar à sorte
uma à outra
umas às outras
voltar à carga
voltar à cena
voltar às boas
voltar às aulas
3 Quando escrito sem hífen, "à toa" tem a função de modificar o verbo, ou seja, é uma locução adverbial. Já quando 
usado com hífen, "à-toa" funciona como um substantivo e será precedido por um determinante (o, um, algum...). Exs.: A. Eu 
estava à toa, ontem. B. Você é um à-toa, mesmo, né? O mesmo ocorre com "à vontade" e "à-vontade". 
37
VI. o uso dos porQuês
É muito comum nos depararmos com um “problemão”, enquanto estamos fazendo uma reda-
ção, que é o uso (correto) dos “porquês”:
A partir de regras simples, você não terá problema algum em usar a grafia correta. Veja:
1. por Que
O “por que” separado tem dois empregos diferenciados:
A) Quando, na frase, ele puder ser substituído por “por qual razão” ou “por qual motivo”.
Exs.: - por que você não vai à festa? / por qual motivo você não vai à festa?
- Não sei por que você se preocupa com isso. / 
Não sei por qual razão você se preocupa com 
isso.
B) Quando ele puder ser substituído por “pelo 
qual”, “pelos quais”, “pela qual”, “pelas quais”.
Exs.: - Esse é o motivo por que vos trago essa 
mensagem. / Esse é o motivo pelo qual vos trago 
essa mensagem.
- Aqui estão as razões por que estamos lutando. / 
Aqui estão as razões pelas quais estamos lutando.
2. por quê
O “por quê”, separado e acentuado com circunflexo, vem no final da frase, geralmente, acom-
panhado por um ponto (final, interrogação ou exclamação). 
Exs.: - Laís saiu correndo, você sabe por quê?
- Fazer isso agora, por quê? Faça depois.
- Você sabe muito bem por quê!
38
(Note, nesta última sentença, a falta de um artigo definido antes de “por quê”. Por enquanto, apenas 
note).
- Ora, por quê!...
3. porque
Em geral, emprega-se o “porque”, junto e sem acento, para responder ou explanar alguma 
coisa, pois trata-se de uma conjunção casual ou explicativa, com a mesma validade de “pois”, “uma 
vez que”, “para que”. Empregado para responder uma pergunta feita com “Por que” ou “por quê”.
Exs.: - porque ele, ao sair, não disse nada a ninguém. 
- Só porque vocês são muito bacanas, vamos comemorar.
- Só porque vocês são muito bacanas, vamos comemorar?
- Ela não veio hoje porque perdeu as chaves do carro.
- Por que você não tenta Medicina?
- porque prefiro Engenharia.
4. porquê
Trata-se de um substantivo e tem o mesmo sentido de “motivo” ou “razão”. Por exemplo:
- Diga-me o motivo de sua agonia, amigo. / Diga-me o porquê de sua agonia, amigo.
- Não acho a razão disso estar assim. / Não acho o porquê disso estar assim.
- Você está tão feliz! Conte-me o motivo. / Você está tão feliz! Conte-me o porquê.
EScREvER é pRAticAR
Preencha os espaços com o “porquê” correto:
1. Não disse ________________________ viria, apenas vim.
2. ________________________ você não vai conosco?
3. O ________________________ dessa briga toda, ninguém entendeu.
4. ________________________ o governo liberou o aumento em até 5%.
5. Eu expliquei o ________________________ de não ter feito a pesquisa, mas não adiantou.
6. ________________________ você não pensa melhor? - ________________________ já tomei a decisão.
7. Você não compareceu ontem, ________________________?
8. Não tem o ________________________ em causar esse alarde.
9. ________________________ não paramos um pouco?
10. ________________________ agora é a hora.
11. Vamos ter que trabalhar menos, só ________________________ hoje é sexta-feira?
12. ________________________ alguém falou, eu tenho que acreditar?
39
VII. HIfenIzAção
O uso de hífens conforme a Nova Ortografia Portuguesa sofreu algumas readaptações, mas a 
tabela a seguir mostra para você quando usá-los ou não.
PREFIXOS REGRAS EXEMPLOS OBSERVAÇÕES
Vogais iguais Usa-se o hífen quando 
o prefixo e o segundo 
elemento juntam-se 
com a mesma vogal.
anti-ibérico, auto-
organização, contra-
almirante, infra-axilar, 
micro-ondas, neo-
ortodoxo, sobre-elevação, 
anti-inflamatório.
Mas os prefixos co, pro, 
pre, re se juntam ao 
segundo elemento, ainda 
que este inicie pelas 
vogais o ou e: coocupar,coorganizar, coautor, 
coirmão, cooperar, 
preenchimento, 
preexistir, 
preestabelecer, 
proeminente, propor 
reeducação, reeleição, 
reescrita.
Vogais diferentes Não se usa o hífen 
quando os elementos 
se unem com vogais 
diferentes.
autoescola, autoajuda, 
autoafirmação, 
semiaberto, semiárido, 
semiobscuridade, 
contraordem, 
contraindicação, 
extraoficial, 
neoexpressionista, 
intraocular, semiaberto, 
semiárido. 
Consoantes iguais Usa-se o hífen se a 
consoante do final 
do prefixo for igual à 
do início do segundo 
elemento.
inter-racial, 
super-revista,
hiper-raquítico, 
sub-brigadeiro.
Se o segundo elemento 
começa com s, r.
Não há hífen quando 
o segundo elemento 
começa com s ou r; 
nesse caso, duplicam-
se as consoantes.
antirreligioso, 
minissaia, ultrassecreto, 
ultrassom. 
Porém, coforme a regra 
anterior, com prefixos 
hiper, inter, super, deve-
se manter o hífen: 
hiper-realista,
inter-racial, 
super-racional,
super-resistente.
Se o segundo elemento 
começa com h, m, n, ou 
com vogais. 
Usa-se o hífen: se o 
primeiro elemento, 
terminado em m ou n, 
unir-se com as vogais 
ou consoantes h, m 
ou n.
circum-murado, 
circum-navegação,
pan-hispânico,
pan-africano,
pan-americano.
40
Ex, sota, soto, vice Usa-se hífen com os 
prefixos: ex, sota, soto, 
vice.
ex-almirante, 
ex-presidente,
sota-piloto, 
soto-pôr, 
vice-almirante, 
vice-rei.
Escreva, porém, 
sobrepor.
Pré, pós, pró Usa-se hífen com os 
prefixos pré, pós, pró 
(tônicos e acentuados 
com autonomia).
pré-datado, pré-escolar,
pré-financiamento, pré-
nupcial,
pós-graduação,
pós-tônico,
pós-cirúrgico,
pró-reitor, pré-
romantismo, pré-seleção,
pró-ativo,
pós-auricular.
Se os prefixos não forem 
autônomos, não haverá 
hífen: preâmbulo, 
predeterminado, 
precursor, predispor, 
pressupor, pospor, 
propor.
O prefixo termina em 
vogal, ou r e b, e o 
segundo elemento se 
inicia com h.
Usa-se o hífen quando 
o prefixo termina 
em r, b ou vogais e 
o segundo elemento 
começa com h.
anti-herói, 
inter-hemisférico, 
sub-humano, 
anti-hemorrágico, 
bio-histórico, 
super-homem, 
giga-hertz, 
poli-hidratação, 
geo-história, pré-história.
A) Mas as grafias 
consagradas serão 
mantidas: reidratar, 
desumano, inábil, 
reabituar, reabilitar, 
reaver.
B) Se houver perda 
do som da vogal final, 
prefere-se não usar hífen 
e eliminar o h: cloridrato 
(cloro+hidrato), 
clorídrico 
(cloro+hídrico).
Sufixos de origem tupi Usa-se o hífen com 
sufixo de origem tupi, 
quando a pronúncia 
exige distinção dos 
elementos.
Anajá-mirim,
Ceará-mirim,
capim-açu, 
andá-açu, 
amoré-guaçu.
Esta tabela tem origem na bibliografia seguinte: 
BECHARA, Evanildo. O que muda com o Novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2008. 
INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS. Escrevendo pela Nova Ortografia. Rio de Janeiro/São Paulo, Houaiss/Publifolha, 2008. 
GOMES, Francisco Álvaro. O acordo ortográfico. Porto, Porto Editora, 2008.
Extraído do site: http://http://educacao.uol.com.br/portugues/reforma-ortografica/2009/01/30/hifen-prefixos.jhtm - Acesso 
em 18/08/2015.
MAiS ALguMAS DicAS
No português, a letra “H” é sem personalidade, sem som. Ex.: Helicóptero, Helena, Hélio (gás e 
nome próprio) - nessas palavras, o H não tem som. Em “Hollywood”, palavra de origem inglesa, tem 
som de “R”. Portanto, não deve aparecer encostado em prefixos:
pré-história
anti-higiênico
sub-hepático
super-homem
41
Quando o prefixo termina com uma vogal e a palavra seguinte com a mesma vogal, há a 
separação por hífen. Quando as vogais são diferentes, não há hífen e as palavras são juntas. Então, 
letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.
Anti-inflamatório neoliberalismo
Supra-auricular extraoficial
Arqui-inimigo semicírculo
sub-bibliotecário superintendente
Quanto ao “R” e o “S”, se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada:
suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia)
minissaia antisséptico
contrarregra megassaia
Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum.
Sub-reino
ab-rogar
sob-roda
AtENÇÃO!
Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras iguais, SEPARA.
super-requintado super-radical
inter-racial hiper-realismo
cONtiNuAMOS A uSAR O HÍfEN
Diante dos prefixos “ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-“:
Ex-diretor, Ex-hospedeira, Sota-piloto, Soto-mestre, Vice-presidente , Vizo-rei
42
Diante de “pós-, pré- e pró-“, quando TEM SOM FORTE E ACENTO (TÔNICO)
pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-labore
pró-africano, pró-europeu, pós-graduação
Diante de “pan-, circum-, quando juntos de vogais.
Pan-americano, circum-escola
OBS. “Circunferência” – é junto, pois está diante da consoante “F”.
AtENÇÃO!
Não se usa o hífen diante de “cO, RE, pRE, pRO, pOS” (SEM AcENtO, átONO)
coabitar reedição preestabelecer 
coordenação refazer preexistir
coordenador reescrever prever
coobrigar relembrar preconceito
cooperação reutilização prepotência
cooperativa reelaborar precursor
REgRA gERAL (Resumo)
Letras iguais, separa-se com hífen(-).
Letras diferentes, palavras juntas.
O “H” não tem personalidade. Separa (-).
O “R” e o “S”, quando estão perto das vogais, 
são dobrados. Mas não se juntam com consoantes.
43
VIII. temAs pArA redAção
Chegou a hora de você colocar em prática o que aprendeu, até agora. Escolha um dos temas 
abaixo - que estão em voga, atualmente - e faça uma dissertação a respeito. Siga o modelo estrutu-
ral proposto para cada tema, a fim de desenvolver seu texto.
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A
S
C
U
N
H
O
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IX. As redAçÕes no enem
Todo ano a instituição ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - traz um tema novo para os 
candidatos desenvolverem suas redações. O ano de 2014 trouxe o tema “Publicidade infantil em 
questão no Brasil”. Dos 6,1 milhões de textos corrigidos, apenas 250 obtiveram nota 1000 (a máxi-
ma), e quase 500 mil redações foram anuladas. As mais de 80% de redações restantes ficaram entre 
boas e medianas. 
cOMO fuNciONA O SiStEMA DE cORREÇÃO?
A redação do Enem é corrigida por dois professores, que avaliam cinco competências valendo 
200 pontos cada. Se a diferença total da nota de cada corretor ultrapassar mais de 100 pontos, ou se 
ultrapassar mais de 80 pontos em cada competência, a redação é corrigida por um terceiro corretor. 
Além disso, se uma redação receber a nota total dos dois corretores, obrigatoriamente passará por 
uma banca com mais professores. Nesta última edição, foram encaminhadas 2.695.949 redações 
para um terceiro corretor. A banca de especialistas avaliou 283.746 textos.2 
cOMpEtêNciAS ANALiSADAS
- Norma culta: Avalia a obediência do candidato à norma-padrão da língua escrita.
- capacidade de leitura: Envolve a compreensão da proposta, a aplicação do conhecimento de 
várias áreas (aqui, entra a avaliação do repertório) e desenvolvimento do tipo de texto pedido - no 
caso, a dissertação. Nessa competência, é importante entender que um ponto chave da redação 
é não fugir do tema - para não correr riscos, leia com atenção (e mais de uma vez) a proposta e a 
coletânea.
- tese e argumentação: Avalia a capacidade de selecionar, relacionar e organizar fatos e opini-
ões em defesa do argumento.
- coesão: Avalia a articulação e os nexos que se estabelecem entre os elementos do texto. É, ba-
sicamente, a utilização de elementos e mecanismos de linguagem que possibilitem a argumentação.
- proposta de intervenção social: Avalia se o candidato conseguiu propor, de maneira objeti-
va, clara e detalhada a proposta de solução para o problema abordado, e se é plausível e faz sentido 
em relação ao tema. O aluno ainda deve se lembrar de manter o respeito aos direitos humanos. 
Repare que a proposta de intervenção é um dos itens mais importantes, pois há uma grade de ava-
liação somente para ela.
Nas páginas a seguir, temos a reprodução da proposta de redação do Enem 2014 e um co-
mentário a respeito. Atenção ao que é solicitado, pois assim ocorre em todas as edições do Enem, 
mudando apenas os temas e suas respectivas propostas.
2 Extraído do site: http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular-enem/espelho-redacao-enem-
2014-ja-esta-disponivel-863240.shtml - Acesso feito em 12/08/2015.
46
47
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ENEM 2015
Para informações gerais sobre o Enem 2015, acesse o site:
http://enem.inep.gov.br
Para baixar o PDF com informações a respeito do Enem 2015, acesse:
http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/edital/2015/edital_enem_2015.pdf
Para tirar suas dúvidas a respeito do Enem 2015, acesse:
http://enem.inep.gov.br/duvidas-frequentes.html
SugEStÕES pARA QuE vOcê fAÇA uMA bOA pROvA NO ENEM
Sugerir, dar conselhos, nem sempre é a melhor forma de dizer para alguém “Ei, estou tentando 
lhe ajudar!”. Mas, no nosso caso, é válido investir nisso, quando sabemos que a sugestão, ou o con-
selho, é positiva.
A seguir, algumas sugestões que vão ajudá-lo a fazer uma boa prova, independemente do tema:
1. Leia atentamente o enunciado do começo ao fim para identificar o tema proposto.
2. Entenda o tema proposto. É normal o tema da redação estar muito próximo do cotidiano do 
candidato. A proposta de redação traz elementos que mostram uma situação-problema.
3. Reflita sobre o tema.
4. Analise atentamente os textos motivadores para compreender bem o que está sendo solici-
tado na proposta de redação, para não fugir ao tema. É preciso entender a mensagem por trás dos 
textos motivadores que o MEC seleciona. Importante: nunca copie os trechos dos textos motivadores 
em sua redação.
5. Identifique a situação-problema e reflita sobre uma solução para esta questão.
6. Posicione-se diante do tema. Admire-se dentro dele, vivenciando-o. Desenvolva os argumen-
tos e contra-argumentos. Crie as suas próprias teses e defesas. É importante ser criativo. Evite clichês 
no texto, e pense em exemplos próprios e outros artifícios que o ajudem a argumentar.
7. Reúna as ideias que lhe ocorreram sobre o tema.
8. Comece a montar o texto dissertativo-argumentativo.
9. Examine com atenção a introdução e a conclusão para ver se há coerência.
10. Ofereça uma solução concreta e efetiva para o problema proposto, respeitando os direitos 
humanos. Não há espaço algum para que o aluno seja contrário a eles. A apresentação NÃO pode 
ser genérica e vaga, deve ser bem detalhada.
Pelo que se vê nesta lista, ler e estar bem informado em vários setores da vida, a esta altura do 
campeonato, é que vai regir seu futuro como profissional e como pessoa. 
49
Normalmente, os temas são dados já em cima do evento. Por isso, o candidato precisa ler muito, 
assistir a telejornais, saber as notícias locais, nacionais e do mundo; ler muitos textos crí´ticos, pois 
assim ele já vai adquirindo mais conhecimento e também alimentando seu próprio senso crítico.
50
ESTA APOSTILA ENCONTRA-SE EM VERSÃO RESUMIDA.
O CONTEÚDO COMPLETO SERÁ COMPARTILHADO 
GRATUITAMENTE POR MEIO DO SITE DO ISSU.COM, SEM 
DATA DE PREVISÃO.
BOA SORTE EM SUAS PROVAS!!!

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