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Violência Doméstica e Familiar
Introdução
Nos últimos anos é crescente o numero de casos de violência domestica e familiar, muitos destes reincidentes. Muitas mulheres continuam a manter o relacionamento com seus agressores por dependência emocional, por uma parte não aceitar o fim ou por necessidade financeira.
Um problema que acontece com freqüência é que os agressores, autorizados pela cultura de desigualdade entre homens e mulheres, não enxergam que cometeram uma violência e jogam a responsabilidade dos seus atos na vítima.
E nesse contexto a mulher continua sendo responsabilizada por tais violências sofridas e então minimizando a gravidade do assunto.
A fim de prevenir, punir e erradicar a violência contra mulher, em 2006 é criado a LEI nº 11.340 também conhecida como LEI MARIA DA PENHA.
Amparadas pela lei, as mulheres vitimas podem buscar atendimento na delegacia da mulher, onde é realizado o registro das ocorrências. E quando necessário é aplicado a Medida Protetiva.
O Profissional do Serviço Social inserido atua juntos aos conflitos, relativos á violência domestica, tendo em vista sua capacidade instrumental e metodológica em questões interpessoais.
 “Utilizador das técnicas de base científica, nos problemas do ajustamento do homem à coletividade e de integração do mesmo em si próprio” (IAMAMOTO; CARVALHO, 2012:351).
Identidade e Gênero
Esse tipo de violência é atrelado aos conflitos de gênero, relações entre homem e mulher. Mesmo no século XXI, permaneceram resquícios da sociedade Ocidental do estereotipo da mulher sendo objeto ou propriedade do homem. Homens com características dominadores. Com isso surge a violência, pois algumas mulheres não mais se sujeitarem a esse processo de dominação masculina.
 Ao passar dos anos as teorias que explicam o abuso, onde está incluída a violência 
doméstica, e os aspectos que os envolvem sofreram evolução. De acordo com 
Magalhães (2010), com as últimas alterações do Código Penal, violência domestica define-se:
“Violência que se pratica no seio da relação familiar em sentido amplo, 
independentemente, do gênero e idade da vítima ou do agressor. [...] Estes 
comportamentos podem ser exercidos de forma direta ou indiretamente sobre vítima, sendo maus tratos físicos ou psicológicos, incluindo castigos corporais privações da liberdade e ofensas sexuais. . (MAGALHÃES, 2010:22)
O intuito é como buscar o entendimento para identificar as possíveis motivações que levam a relação de gênero violento, e como essa violência pode ser percebida pelas partes envolvidas principalmente pela mulher violentada.
“É necessário um conhecimento profundo do objeto sobre o qual se trabalha, para que se possa captar todas as inter- relações possíveis entre as diferentes dimensões e a forma como elas se articulam. Mioto (2003:102)
Assim se estabelecerão condições para o desenvolvimento de ações profissionais numa perspectiva crítica, visando o fim deste tipo de violência.
 LEI MARIA DA PENHA
 Um dos casos que ganhou destaque na mídia foi o caso da farmacêutica Maria da Penha Fernandes, que ficou paraplégica após sofrer duas tentativas de homicídio cometidas pelo marido que alem de impune quase conseguiu prescrever o crime.
Surge então a Lei Maria da Penha Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 criando mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, conforme previsto na Constituição Federal em seu artigo 226, parágrafo 8º.
 “O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações”
Em seu artigo 6º, pontua a violência doméstica e familiar contra a mulher como uma das formas de violação dos direitos humanos.
No artigo 8°, a Lei Maria da Penha determina que a assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar se dará por medidas integradas de prevenção. Ou seja, políticas públicas visando coibir este tipo de violência, mediante articulação entre União, Estado, Distrito Federal, municípios e ações não governamentais. A implementação de atendimento policial especializado para mulheres, em particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher, na qual se insere o objeto desta pesquisa, é uma das diretrizes constituída a partir das medidas integradas de prevenção. Prevê expressamente a necessidade de prestação de atendimento multidisciplinar voltado para a ofendida, o agressor e os familiares, assim como, a implementação de programas de enfrentamento da violência doméstica e familiar, conforme seus artigos 30 e 35, inciso IV.
Art. 30.
Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras
atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer
subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério Público e à Defensoria Pública,
mediante laudos ou verbalmente em audiência, e desenvolver trabalhos de
orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, voltados para a
ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e aos
adolescentes.
Art. 35.
A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das respectivas competências:
IV- programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E O SERVIÇO SOCIAL
A instrumentalidade no exercício profissional do Assistente Social, a primeira percepção que se tem é de que este assunto limita se a algo relativo aos instrumentos necessários para uma ação profissional, através dos quais, o profissional atinge suas finalidades.
Ao averiguar o termo instrumentalidade, verifica se que este se refere à capacidade, qualidade ou propriedade adquirida pelo profissional no interior das relações sociais.
 Assistente Social, tal qual a violência doméstica, consistem em um conjunto de elementos alteráveis, imprevisíveis, pleitos que exigem operacionalizações flexíveis e individualizadas, assim sendo, demandam um profissional qualificado e capacitado .
“O desenvolvimento das forças produtivas e as relações sociais engendradas nesse processo determinam novas necessidades sociais e novos impasses 
que passam a exigir profissionais especialmente qualificados para o seu 
atendimento, segundo os parâmetros da racionalidade e eficiência inerentes à sociedade capitalista (IAMAMOTO; CARVALHO, 2012: 83). “
o serviço social surgiu na profissão fundamentada na intervenção , tendo em vista que a mesma, proporciona modificações no cotidiano da vida social e dos indivíduos atendidos.
A ação profissional dos Assistentes Sociais em demandas familiares, inclusive na questão da violência, se apresenta desafiadora aos profissionais do Serviço Social, entretanto, estes vêm avançando com competência. 
CONSIDERAÇÕES Finais
A violência doméstica não é um problema recente, esteve presente em todos os 
períodos de nossa história, estando atrelada à questão cultural relativa ao gênero e 
seus conflitos. 
Vale ressaltar que o fenômeno da violência domestica não atinge apenas mulheres adultas, mas também crianças e idosas, em virtude da continuada discriminação de gênero.
 O tema escolhido é primeiro em busca da queda da violência contra mulher. 
As mulheres não são objetos e propriedades de nenhum agressor.
As mulheres têm o direito de ir e vir, ficar casada até quando ela se sentir feliz e bem para estar no relacionamento.
Desconstruir que a mesma foi feita apenas para procriar e ser do lar. 
Desassociar a mulher ao papel único de maternidade.
Dar fim ao machismo. E galgar mais espaços na sociedade.
Mostrar o quanto elas podem ser emponderadas. Sem medo e receio.
O quanto às mulheres tem força para ser o que quiserem. 
Explorar muito mais esse assunto para que todos tenham conhecimento desse ato cruel, que vem ceifando vidas e psicológico de muitas mulheres.
É necessário orientar essas mulheres vitimas de violência a refletir sobre seu papel na sociedade e seus direitos.
É frente a este quadro que o assistente social precisa criarestratégias, capazes de driblar as correlações de forças desfavoráveis e superar as dificuldades..
	
Referencias Bibliográficas:
http://www.agenciapatriciagalvao.org.br
http://www.compromissoeatitude.org.br/dados-nacionais-sobre-violencia-contra-a-mulher/
http://www.compromissoeatitude.org.br/alguns-numeros-sobre-a-violencia-contra-as-mulheres-no-brasil/
MIOTO, Regina Célia Tamaso. Para que tudo não termine como um “caso de família”: 
aportes para um debate sobre violência doméstica.
MAGALHÂES, Tereza. Violência e Abuso. Respostas Simples para questões complexas
Coimbra, 2010.
IAMAMOTO, Marilda; CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil
Esboço de uma interpretação histórica metodológica. 36 ed. São Paulo: Cortez, 2012
http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/lei-maria-da-penha/sobre-a-lei-maria-da-penha

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