Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CADERNO DE DIREITO PRIVADO GERAL - GLADSTONE LEONEL AULA I Introdução ao Dir. Privado - Direito Romano → Corpus iuris civilis (influencia a construção do dir.priv.) - 1° Identidade civil → 1804 (CC Francês)* (perspectiva moderna)** → ideias liberais → Propriedade privada (proteção)*** → patrimonialista e individualista **** *contrato passa a apresentar função de lei **revolução burguesa, combate a monarquia estatal ***sem intromissão do Estado nos contratos, na prop. e na família ****defesa do patrimônio dos indivíduos/ defesa dos indivíduos - 1896 → Código Alemão (2° grande código da era moderna, sem grandes distinções) → patrimonialista e individualista, rompe com o controle estatal monarquista - Direito Privado X Direito Público → autonomia → Estado de vontade - Brasil (1824) → 1° constituição (outorgada) → 1855 - Teixeira de Freitas → 1862 (esboço, +5000 artigo = civil+comercial) → 1899 - Clóvis Beviláqua → 1916 (CC) (entra em vigor em 1917) → patrimonialistas e individualista → Década de 50 → Leis esparsas (microssistemas) Críticas do Direito Privado - Engels - Pasukanis → Forma jurídica = forma mercadoria → direito → direito com a eminentemente perspectiva burguesa burguês ex.: - Orlando Gomes → conteúdo classista Direito Civil - CF/88 - Limites Direito Privado → nova tábua axiológica - Valores constitucionais: → dignidade da pessoa humana → solidariedade social (e a erradicação da pobreza) → liberdade (foco na liberdade material) → igualdade substancial ● também no direito privado - Incorpora institutos do direito privado - Deslocamento do eixo → Constitucionalização do Direito Civil (reconhece o deslocamento) → Publicização do Direito Civil (intervenção do poder público em um relação privada) OBS.: Paradigmas CC/02 → Socialidade → Eticidade → Operabilidade AULA II LICC/LINDB - LEI DE INTRODUÇÃO AO CÓDIGO CIVIL/ LEI DE INTRODUÇÃO AS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO - Histórico → influência francesa (código napoleônico) → DL 4657/42 (compatibilização) - Objeto e Aplicação → normas em geral/formatar a estrutura das normas → Código geral sobre normas → Exceções: Penal e Tributário nem sempre se utiliza a LINDB → em regra são exceção OBS.: 12.376/10 → correção histórica: LICC → LINDB - Estrutura da LINDB → Art. 1° e 2°: vigência normativas → Art. 3°: obrigatoriedade → Art. 4°: integração das normas → Art. 5°: Interpretação → Art. 6°: aplicação da lei no tempo → Art. 7° ao 19: aplicação da lei no espaço Vigência das Normas (Art. 1° e 2°) → → Vigência vem no corpo da lei ou em 45 dias (exterior → 3 meses) Existe → promulgação // vacatio legis → período de adaptação e conhecimento Art. 1° : - no texto - 45 dias - 3 meses Art. 8° LC 95/98 → não é de escolha do legislador → “entra em vigor na data de sua publicação” → Lei de pequena repercussão Ex.: 12.004/09 (reconhecimento de paternidade); 12.010/09 (lei de adoção) → pequena repercussão → grande OBS¹.: OBS².: Vacatio legis → indicado em n° de dias Art. 132, CC → Prazo em dia: dia a dia (exclui o dia inicial e inclui o dia final → Art. 132) → Prazo em mês e ano: dia de igual n° ou no imediato (data a data) → Meado do mês: dia 15 AULA III Vigência das Normas **Promulgação ≠ Vigência → Promulgação: A oficialização da lei. (Sua paorvação em todos os trammits necessários) → Vigência: Quando a lei irá fazer-se valer. A vigência vem no texto (vacatio legis -> tempo até vigência) OBS.: para existir formalmente, deve existir a promulgação mas a promulgação não determina a vigência. Vacatio legis -> período para conhecimento da norma. Artigo 1º -> Determina o tempo para que as leis entrem em vigor. Caput: Salvo em disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o País 45 dias depois de oficialmente publicada. Se escrito no texto -> Vale a partir da data determinada. (Lei Complementar nº 95/98, art. 8º §2º -> As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula “esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial) Se não estiver escrito -> 45 dias. Em estados estrangeiros -> 3 meses. (Artigo 1º, §1 -> Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 3 meses depois de oficialmente publicada) Lei Complementar nº 95/98, Art 8º, caput: A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão. O legislador que decide se é pequeno ou grande. OBS¹.: O Legislador não é punido na distinção da vacatio. OBS².: Período de vacatio é indicado em dias. Vacatio legis Art 8º LC 95/98 §1° -> Inclui o 1º e o último dia, mas só começa a vigorar no dia subsequente (A fórmula é diferente, no entanto o prazo é o mesmo) -> ( § 1º A contagem do prazo para a entrada em vigor de leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à consumação integral.) Obs: A vacatio legis não se aplica para atos administrativos, apenas para atos normativos legislativos. Uma lei que ainda não entrou em vigor, ou seja, ainda está em período de vacatio legis, não pode ser alterada. (apenas uma nova lei pode) Quando ocorrem inexatidões, ou seja, erros de português, a lei deve ser republicada com as correções, de forma que se reinicia o período de Vacatio. A vigência de uma lei se inicia após seu período de vacatio. A vigência da lei se dá até que se esgote sua vigência (em caso de determinado no texto) ou até que uma nova lei a revogue.-> Princípio da continuidade. Revogação (Art. 2º) A revogação de uma lei pode ser de forma expressa ou tácita (implícita). (Art 2º, LINDB, § 1º - A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que trata a lei anterior) Dessueto (revogação da lei por costume) é proibido no Brasil. A revogação pode se dar de forma total (ab-rogação) ou parcial (derrogação) A repristinação não é admitidana legislação brasileira. Art 2º, LINDB, § 3º - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Repristinação se dá pela revalidação da lei revogada através da revogação de uma lei revogadora da primeira. Por ex: A é revogada por B. Em outro momento, B é Revogada por C. Como não se admite efeitos repristinatórios na lei brasileira, C não revalida os efeitos de A. Somente é permitida a repristinação caso a lei revogadora (C) determine expressamente em seu texto tais efeitos. Há caso de repristinação em caso de controle de constitucionalidade concentrado, ou seja, se o STF determinar que a lei revogadora (B) é inconstitucional. (Modulação da eficácia da inconstitucionalidade -> pode não implicarem efeito retroativo) AULA IV Obrigatoriedade das Normas (Art.3°) Art.3° → Proibição da alegação de erro de direito → Presunção relativa → conhecimento geral das leis Ex.: Direito Penal maior incidência da presunção → Direito Civil → Art. 1561 → casamento putatível (boa fé, porém com erro) → Art. 139, III, CC/02 (erro de direito) Integração das Normas (Art.4°) → Proibição ao (princípio) Non Liquet → o juiz não pode deixar de julgar um caso alegando inexistência, lacuna ou desconhecimento da lei. → Presunção Relativa → juiz é conhecedor de todas as leis → Art. 376, CPC/16 → Integração normativa: em caso de lei omissa 1° Analogia 2° Costume 3° Princípios Gerais de Direito → Rol taxativo e preferencial a. Analogia - integração da lei pautada na comparação com caso que possui um tratamento legal Ex.: Art. 499, CC/02 a.1 A. legis: comparação da situação fática não prevista em lei com uma lei existente a.2 A. juris: comparação com o sistema jurídico como um todo OBS.: Direito Penal e Direito Tributário → Bonna partem b. Costumes - usos reiterados de um lugar b.1 Costume Secundum Legem : a própria lei manda que se aplique os costumes / própria aplicação da lei. b.2 Costume Contra Legem: costume que vai contra a lei Ex.: Abuso de direito → proibido por lei b.3 Costume Praeter Legem: costume que preenche lacuna da lei ou matéria que não disciplina situação fática Ex.: cheque pré datado são contra a lei, porém, é um direito costumeiro, que não prejudica o credor nem o devedor → “No caso de cheque pré-datado, é estipulado o dia para o qual o cheque valerá, apesar de ser uma ordem de pagamento à vista. Se o cheque for depositado antes da data estipulada (o que não está, em regra, errado, pois pressupõe pagamento à vista), e o signatário não tiver fundos, esse pode entrar com ação de danos morais. Reconhece-se em determinados julgados o dano moral por meio dos costumes, já que isso não está previsto em lei. Além disso, a caderneta de fiado pode ser utilizada em julgamento.” OBS.: Prova dos costumes é feita pela parte interessada por quem invocou o direito c. PGD - recomendações genéricas/ fórmulas genéricas - meramente informativos → doutrina civilista tradicional - método integrativo sem força normativa OBS.: Upiano → não lesar ninguém; dar à cada um o que é seu; viver honestamente → influencia a utilização dos PGD → aumento da subjetividade Princípio da equidade (Aristóteles) → justiça por equidade Art. 4°, LINDB → apelo à justiça social OBS¹.: PGD ≠ Princ. Fundamentais de Direito → centralidade no ordenamento → fundante → princípio com força normativa OBS².: a) Art 413, CC (redução da cláusula penal - equitativamente) b) Art. 944, § único (redução da indenização - equitativamente) → excessiva desproporção Interpretação das Normas (Art 5°) ≠ Art 4° → buscar o sentido e o alcance da norma existente → toda aplicação tem que ser precedida de interpretação → por mais literal que seja vai valer → nega (“in claris interpretatio cessat”) → “quando a lei for clara não precisa ser interpretada” → negado pelo Art. 5° → Interpretação teleológica → toda interpretação tem esse caráter, deve ter uma finalidade social, busca-se o bem social (Estado democrático de direito → impacto social) → impacto social → abertura de precedentes → observação dos bens sociais, os fins comuns OBS.: Interpretação deve ser feita conforme a CF (a partir dos dispositivos constitucionais) → deve-e buscar os fins sociais também → Ex.: Art 1337, CC → Interpretação leva em conta outras questões e a constituição amparado com o bem comum (teleológica) - Resultado da Interpretação da norma 1°) Ampliativa → ampliando garantias, direitos sociais 2°) Declarativa → normas que declaram 3°) Restritiva → estabelece sanção, aval, previlégio → Ex.: Art. 819, súmula 214 AULA V Aplicação da Lei no Tempo (Art. 6°) → Lei nova → fatos futuros → Regra → Princípio da Irretroatividade das normas (dos efeitos das normas) → retroatividade deve ser dita expressamente → Exceção: - Direito adquirido (§2°) → conteúdo patrimonial // incorporação patrominial Ex.: aposentadoria OBS.: STF → não existe Direito Adquirido em face de emenda constitucional → mudança da CF → direito adquirido pode mudar com alteração da CF → Doutrina tem um entendimento ≠ → mesmo com emenda cabe-se de falar em direito adiquirido - Coisa Julgada (§3°) → qualidade que reveste efeitos decorrentes de uma decisão judicial que não cabe mais impugnação/recurso Ex.: Casos envolvendo filiação → reconhecimento de paternidade OBS.: Jurisprudência vem relativizando os efeitos da coisa julgada. → STF → flexibilização dos efeitos em casos de identificação de paternidade + STJ → dignidade do suposto filho - Ato Jurídico Perfeito (§1°) → ato que já exauriu todos os seus efeitos → não pode ser atingido por lei nova → estabilidade jurídica → não se modifica por lei ou por emenda à CF Ex.: Aposentadoria com 35 anos de serviço → Lei Nova: aposentadoria com 40 anos de serviço → não atinge o indivíduo já aposentado OBS¹.: Inexiste essa situação em caso de negócio jurídico inválido OBS².: Ato jurídico Perfeito ≠ Relação Jurídica Continuativa → os efeitos ainda se produzem Ex.: Casamento: 1) existência e validade - lei do momento que o negócio foi estabelecido (anterior). 2) eficácia - lei do momento (posterior) → Ultratividade da Norma → possibilidade de invocar uma norma que já foi revogada (após ela ter sido revogada) → esfera penal é mais comum → beneficiar réu Aplicação da Lei no Espaço (Art. 7°) → Princípio → territorialidade mitigada ou moderno - território brasileiro → Estatuto pessoal → regra de conexão de leis estrangeiras em territórionacional → aplicação de lei estrangeira quando permitido→ lei de domicílio do interessado OBS.: 7 exceções de admissão da lei estrangeira em território brasileiro 1) nome 2) personalidade 3) capacidade 4) direito de família 5) bens móveis que traz consigo 6) penhor 7) capacidade p/ suceder Casos: - querer casar com um peruano que já é casado em Lima (não pode o estado civil dele continua valendo no Brasil) - querer casar com um árabe (poligamia) → a ordem jurídica interna não admite bigamia (incompatibilidade constitucional) → não pode ser incompatível com CF ou a ordem jurídica interna Exceções das exceções: a) bens imóveis ( lei do local que o imóvel estiver situado) b) lugar da obrigação (domicílio do proponente) c) regra sucessória mais benéfica → se aplica a lei estrangeira mesmo sem a LINDB prever → 10 hipóteses de aplicação da lei estrangeira no Brasil OBS¹.: Requisitos para homologação STJ → súmula 420 do STF → necessidade de compatibilidade - cumprimento de sentença estrangeira - carta rogatória, carta de citação, intimação etc. - laudo arbitral OBS².: as autoridades consulares brasileiras têm poder de celebrar separação consensual/ divórcio fora do país, em território estrangeiro, quando não houver filho menor ou uma das partes for incapaz. AULA VI Direito Subjetivo → possibilidade de exigir de alguém um comportamento específico. Uma vez violado, o titular desse direito subjetivo tem uma pretensão diante de outrem. - História do conceito: (Alexandre da Maia) → Racionalidade moderna ideia de passado e futuro a. pré → relacionado com o modelo judaíco-cristão (controle social, forma de controle do futuro, sanção apocalítica) b. moderna → textos escritos pré determinados → textos jurídicos (controle social) + materializar modelos liberais de justificação de poder - No absolutismo: subordinação da moral à política → sujeição a relação de poder (súdito → monarca - obediência) - Revolução Burguesa: subordinação da política à moral (modernidade) → mínimo de segurança jurídica → legitimação do direito → direitos controlados e ampliados ao mesmo tempo → direito como ciência → Direito → controle e manutenção do status quo (legitimação) controle do futuro → Sujeito → s/ sujeição → ator do conhecimento → produz regras jurídicas → Controle do futuro → por meio de textos previamente escritos → pretensamente discutidos, racionalmente. - Direito Subjetivo → se desenvolve enquanto categoria científica do direito → se baseia numa subjetividade plena → expressão da autonomia da vontade (dir. subj. é o garantidor) → marca a individualização das relações jurídicas → forma idealizada (abstrata) de conceber o direito - Horizonte de expectativas → Paradoxo do direito moderno → abre a noção de direito subjetivo a modernidade amplia a perspectiva e a noção de desenvolver ou trabalhar o direito subjetivo → paradoxo, também, pois é necessário fixar estruturas formais para controlar o futuro e expectativas de direito subjetivo → Desde século XIX → controle do futuro pela lei → século XX→ múltiplas formas de criar e conceber o direito subjetivo, mudança na forma de interpretar → possibilidade de interpretar de uma forma alternativa → Paradoxo atual → se a moralidade é um campo aberto de possibilidade como um juiz pode decidir o que é mais ou menos radical nas decisões jurídicas → Indivíduo → unidade indivisível e pretensamente racional - Conceitos e classificações Direito subjetivo Direito objetivo relação jurídica → alguém manifesta uma vontade (enquadrada na lei, amparada no direito obj.) sobre outra vontade → Conceito - “direito subjetivo é a faculdade, assegurada por norma jurídica de exigir determinada conduta de alguém, que por lei, por ato ou contrato, está obrigado a observá-la” - Kelsen: observará duas impurezas que tornavam incompatível a noção de direito subjetivo quanto a TPD - origem jusnaturalista do seu conceito ( e anterior a existência do Estado) - se trata de uma camuflagem do direito de propriedade vinculado a um ideologia (trata-se de uma ideologia, não de direito) - Duguit - Direito Subj. Primário (anterior a sociedade) o indivíduo só existe como ser social; o indivíduo isolado não vale nada - Direito Subj. Secundário (determinado pelas regras) para Duguit é inadmissível uma vontade se sobrepor a outra - Teoria do Direito Subjetivo → Pandectistas - noção de dir. subjetivo baseado na vontade, poder, dominío de vontade fundamentado no ordenamento jurídico crítica: sujeitos de direito subjetivo sem estarem aptos a manifestar sua própria vontade (ex.: menores de idade) → Ihering - direitos subjetivos para garantias, se baseia em determinados interesses para atingir determinados fins → Classificações - Direito Subjetivo Público - possibilidade de usufruir das leis - Direito Subjetivo Privado - estabelecido em contratos - Direito Subjetivo Relativo - acordo entre as partes para alterar os direitos subjetivos - Direito Subjetivo Real - vinculado a bens materiais - Direito Subjetivo Personalístico - inerentes à pessoa humana AULA VII PRINCÍPIOS - Francisco Amaral → o pensamento jurídico deve ser prático (objeto) → é necessário usar o direito privado visando alcançar algo concreto → relação entre as pessoas, pessoas e bens, terceiros etc - Direito Civil - Boa -fé - “agir correto/lela/confiável” → segue padrões de época/local/culturais → subjetiva - parte do indivíduo → objetiva - conjunto de deveres, exige das partes um comportamento, uma conduta - Autonomia da vontade → engloba a liberdade de contratual e liberdade de contratar → realizar ou se abster de determinados atos → celebrar ou não o contrato (lib. contratual) → determinar conteúdo do contrato → escolher com quem celebrar (lib. de contratar) → fundamento por uma base principiológica - Função Social → busca promover equilíbrio entre a função → individual da propriedade e a impacto que ela tem → respalda a livre iniciativa porém se preocupando com o impacto social - Operabilidade com relevância → possibilidade que um magistrado tem de contemplar as relações jurídicas fazendo uma ponderação para promover justiça no caso concreto → operar para conseguir trazer a justiça Sujeito de Direitos - Pessoa Natural e Direito de Personalidade→ sujeito o qual vai ser → teoria natalista - o direito de destinado direitos e obrigações personalidade se adquire com o (humano) - ente de existência nascimento com vida visível - Nascituro (Art.2°, CC) → ente que já foi concebido, mas ainda não nasceu a) Teoria Natalista (clássica do direito brasileiro) → o nascituro goza de mera expectativa de direito → não é considerado pessoa → adquire personalidade jurídica só quando fizer a primeira troca oxicarbônica b) Teoria Concepcionista (conservadora) → nascituro é considerado pessoa → personalidade jurídica desde a concepção c) Teoria da Personalidade Condicionada → considera a concepção condicionada com o nascimento com vida → Quais direitos? proteção pré natal, à vida (patrimonial → expectativa do direito) → Obrigações ? Não, mas é possível existir situações que recaem sobre o nascituro Ex.: bem que for doado e tiver alguma oneração tributária. O curador paga em nome do nascituro → Lei 11804/08 - garantir alimentos gravídicos ao nascituro após o nascimento, esses alimentos são convertidos em pensão alimentícia → Indenização por dano moral? Sim. Ex.: Rafinha BAstos x Wanessa Camargo Ex.: Mãe do nascituro que sofreu tortura psicológica e isso interferiu na gravidez por via oblíqua Capacidade (de fato + de direito) - Incapacidade absoluta (Art.3°, CC) → alterado pela Lei 13.146/15 → menores de 16 anos - representação - Incapacidade relativa (Art.4°, CC) → 16 aos 18 anos → ébrios e viciados em tóxicos → pródigos → os que não não puderem exprimir sua vontade - Índios → capacidade regulada por lei especial Emancipação (Art.5°) - Voluntária - concedida a partir dos 16 anos, concedida pelos pais ou por um deles - Judicial - a partir dos 16 anos, solicitado à um juiz (a pedido de um tutor) - Legal - menor de 16 anos pode se emancipar, nos seguintes casos, casamento, curso público, ter economia própria, colar grau de ensino superior AULA VIII Extinção da Pessoa Natural → Critério: morte encefálica (+ Lei dos transplantes) - Morte real: morte encefálica, aferida à luz do corpo (identificação do cadáver) - Morte presumida 1. Sem decretação de ausência: a) morte provável de quem estava em risco de Art.7°,CC vida b) desaparecido ou prisioneiro de guerra não encontrado até 2 anos do final do conflito 2. Com decretação de ausência → Art.6°, CC I I sucessão do ausente (Art. 744 e 745, CPC) → aquele que deixou o lar sem deixar notícias do seu paradeiro → fases: 1°- curadoria do Agente: qualquer interessado ou o MP pode fazer o pedido em juízo 2°- sucessão provisória: sentença concessiva → validade de 10 anos// bens resolúveis// direito aos frutos do bem 3°- sucessão definitiva: adquire os frutos do bem → proprietá- rios // o ausente recebe o que sobrou, caso volte. Pessoa Jurídica → “Pessoa jurídica é considerada como conjunto de pessoas ou bens, dotado de personalidade jurídica própria constituído na forma da lei, com o intuito de atingir objetivos lícitos e comuns” - Conceito → Fato associativo → Ato constitutivo - a) Sociedades Empresariais → Registro I público de empresas mercantis I b) Fundações e Associações → Cartório de I registro civil de PJ I constitui a personalidade - Autorização especial → órgãos especiais (específicos), existem registros especiais EX.: universidades, hospitais, bancos etc. - Capacidade Jurídica → Nasce independente do registro do Ato constitutivo → sociedades irregulares - (soc. de fato) sociedades em funcionamento sem registro do ato constitutivo → apresenta capacidade → PJ ≠ sócios - apresentam direitos e obrigações distintas dos sócios → “outra pessoa” → Art. 50, CC e Art. 52, CC → Disregard Doctrine - desconsideração da personalidade da PJ → fraude dos sócios, confusão de patrimônio, desvio de finalidade → objetivo: atingir a personalidade dos sócios AULA IX Pessoa Jurídica - Espécies → Fundação de direito privado → decorre de um determinado patrimônio que vai ser afetado e se atinge uma finalidade específica (Art 62 CC) → Patrimônio se personifica: diferente de outras pessoas jurídicas, não se trata de uma união de indivíduos Ex: transformação de uma coleção de livros em uma biblioteca, cria-se uma pessoa jurídica → Constituição: fundação é constituída somente por escritura pública ou via testamento → Finalidade: de assistência social, educacional, proteção de meio ambiente, etc. Pode gerar receita, mas não necessariamente lucro. → Requisitos Fundação do Direito Privado: a) fundação se dá por afetação de bens livres (a pessoa que está instituindo uma fundação destacará bens que estão indo para fundação, ou seja, deixa de estar no nome da pessoa e passa para fundação) b) constituição por escritura pública ou via testamentária c) elaboração do estatuto da fundação OBS.: estatuto pode ser elaborado por seu instituidor em vida (testamento) ou pode ser elaborado por um terceiro (não vai ser necessariamente o instituidor que vai elaborar seu estatuto, essa tarefa pode ser delegada). Caso o terceiro perca o prazo, o Ministério Público pode inferir. (Art 65) d) aprovação do estatuto pelo MP ou pelo juiz (Art 67) e) registro da fundação no cartório de registro da pessoa jurídica Fim do patrimônio fundação privada: Art 69 CC: Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante. → Sociedade → Conceito: “A sociedade, espécie de corporação, dotada de personalidadejurídica própria e instituída por meio de contrato social, visa proveito econômico e partilha de lucro.” → CC/02: principais características que destacam a formação da sociedade são a finalidade lucrativa dessa sociedade e constituição a partir do contrato social Art 981 CC: OBS.:Espécies de sociedade (Art 982 CC) → Sociedade empresária: (Art 966) - Material: desempenhar atividade econômica organizada e ser regida pela impessoalidade. - Formal: registro via junta comercial, registro público de empresas. OBS.:sociedade empresária é diferente de sociedade empresarial, pois empresarial é a atividade em si. → Sociedade simples: sociedade que não é uma sociedade empresária. O próprio sócio que administra e supervisiona, podendo até mesmo executar a atividade. Regida pela pessoalidade, necessita da pessoa que forma a sociedade. EX: conjunto de médicos que formam um consultório conjunto, associação de advogados, etc. → Toda S.A. por força de lei é uma sociedade empresária e uma cooperativa é uma sociedade simples. → Associação → Conceito: “As associações são entidades de direito privado formadas pela união de indivíduos, nos termos do Art 53 CC, visando a finalidade não econômica.” → Ato constitutivo: união de indivíduos e finalidade não econômica. Constituída também por um estatuto, registrado no cartório de registro de pessoa jurídica. → Art 54 CC: Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: I – a denominação, os fins e a sede da associação; II – os requisitos para admissão, demissão e exclusão dos associados; III – os direitos e deveres dos associados; IV – as fontes de recursos para sua manutenção; V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. → Assembleia Geral: órgão mais importante de uma associação → Art 59: Compete privativamente à assembleia geral: I – destituir os administradores II – alterar o estatuto Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quórum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. → Art 55: Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais. → Art 57: A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. → Condomínios: penhora de imóvel no caso de condômino inadimplente. AULA X - 27/04 Direitos de Personalidade - Personalidade (externo) e direitos da personalidade (interno) - Direitos humanos, direitos fundamentais e direitos da personalidade → Construção histórica, proteção de abusos estatais, de particulares ou de outros indivíduos. → Direitos humanos → direitos garantidos por tratados internacionais (âmbito externo, entre Estados, entre países). → Direito fundamentais → direitos humanos garantidos pela constituição, no corpo da constituição (âmbito interno, dentro do país). → Direitos da personalidade → atributo da pessoa humana, mais um instrumento, mais um nome que tutela os direitos individuais, principalmente nas relações privadas. → Tutela, no âmbito das relações privadas, a dignidade da pessoa humana. → Os conteúdos desses direitos estão muito próximos, porém se encontram em plano diferentes. - Direito subjetivo – crítica → Os direitos subjetivos podem ser divididos em intrínsecos às pessoas (existenciais) e os adquiridos (patrimoniais). → Os direitos da personalidade são existenciais, mas o código civil dá uma visão/um trato patrimonial. Ex.: tratos indenizatórios - Personalidade enquanto círculo mínimo do indivíduo → Aberto! → O rol de direitos não se limita, pode se encaixar tudo que possa ser considerado de direitos existenciais da pessoa humana. - Art. 11, CC: irrenunciabilidade, inalienabilidade e as limitações voluntárias → Irrenunciáveis à a pessoa não pode abrir mão desses direitos p/ outrem// pode ter um direito e não exercer dele → Inalienabilidade à não se pode vender → imagem retrato (ex.: imagem publicitária) ≠ imagem direito (como você se vê e é visto). - Art. 12, CC, e Art. 5°, X, CF: violação dos direitos da personalidade → Dano moral à quando ocorre uma violação de direitos da personalidade → dano moral não é uma punição (punitive damages – doutrina americana) à prática da jurisprudência, porém não encontra amparo na lei brasileira . → Art. 944, CC A indenização mede-se pela extensão do dano. - Corpo Art. 13 a 15, CC → Art. 13 Parágrafo Único à Lei 9.434/ 97 (Lei dos Transplantes) - Nome Art. 16 a 19, CC → Nome = prenome + sobrenome → Nomes considerados vexatórios → passível de alteração → direito ao esquecimento → Nome = pseudônimo - Honra Art. 20, CC → Honra ≠ imagem Ex.: divulgação de fatos falsos - Imagem Art. 20, CC → Liberdade de expressão x direitos de imagem. - Privacidade Art. 21, CC → Liberdade de expressão x direitos de imagem. - Como ficam os direitos da personalidade da pessoa falecida? E da pessoa jurídica? → PJ - súmula 227 do STJ + Art. 52, CC X Enunciado 286 IV Jornada de Direito Civil → Falecido e ausentes - a família pode entrar com ações caso os direitos de personalidade dessas pessoas sejam violados ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- P1 AULA XI Domicílio → domos - local onde se vive, localidade, também, religioso, ambiente doméstico Art. 70 CC → Ânimo Definitivo - intenção definitiva de estar/viver naquele lugar, fixar a residência, intenção de permanecer por um período maior de tempo. ≠ → Morada à lugar que a pessoa física se estabelece temporariamente, perspectiva temporária, não terá deslocamento de domicílio. → Residência à a pessoa se estabelece com uma habitualidade (significado mais amplo que a morada), caráter maior de fixidez. Ex.: casa de praia Art.71, CC → é permitida uma pluralidade de domicílio (residência, negócios, família em duas cidades). Ex.: médico que trabalha em mais de uma cidade e fica nas duas ao longo da semana (Art. 72, CC - “É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida” + Art. 72, § único, CC – “Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem”). - Domicílio → voluntário - fixado pela simples manifestação de vontade da parte (Ex.: mudança). → por eleição - estipulado pelas partes em um contrato (Art. 78, CC – “Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes”). → legal/ necessário - ex.: incapaz (domicílio do responsável, tutor ou curador), servidor público, militares (onde estiver servindo), preso. (Art. 76, CC – “Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, omilitar, o marítimo e o preso” + Art. 76, § único, CC + Art. 77, CC – “O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve”) Bem de Família - Histórico → decorre do que ficou conhecido como homestead act (lei de propriedade rural dos EUA) à primeira propriedade agrária era impenhorável. - Bem de família voluntário (art. 1711 CC – “Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento, destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição, mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial”) → Conceito: instituído por ato de vontade das partes, registrado no cartório de móveis. (manifestação de vontade + registro no cartório) → Efeitos à Art. 1717, CC à impenhorabilidade e alienabilidade OBS¹.: Para que seja vendido, é necessário o recolhimento a manifestação de todos os interessados e se houver incapaz haverá intervenção do Ministério Público, para assim possibilitar a venda do bem de família. OBS².: A impenhorabilidade, que deriva do bem de família voluntário, não é absoluta (Art. 1715, CC - “O bem de família é isento de execução por dívidas posteriores à sua instituição, salvo as que provierem de tributos relativos ao prédio, ou de despesas de condomínio”) - Características: 1) Não pode ultrapassar o teto de 1/3 do patrimônio líquido dos instituidores do bem de família. 2) Pode abranger valores mobiliários (Art. 1712, CC – “O bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família”). - Caso → Por alguma necessidade econômica, um casal estipula determinado bem de família, ele pode ser compelido a alugar seu único imóvel residencial. A renda proveniente desse aluguel é impenhorável. → Renda produzida pelo único imóvel é impenhorável - STJ - Bem de família legal (8009/90) → Independente de registro cartorial, a lei protege todos os tipos de bem de família. Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados. STJ → Admitiu, reconheceu a possibilidade de desmembramento do bem de família, do imóvel, para fins de penhora. EX.: Uma casa com um Porshe na garagem e um Picasso de decoração. EX.: Caso a vaga da garagem tenha registro próprio e matrícula ela pode ser objeto de penhora. → Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos suntuosos. Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade aplica-se aos bens móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam de propriedade do locatário, observado o disposto neste artigo. - Exceções (Art.3°) II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; III - pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida; IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do imóvel familiar; V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade familiar; . à Casa como garantia de pagando de empréstimo, por exemplo VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação . à O fiador pode perder o bem de família OBS.: decisão do STJ sobre o fiador perder o bem de família AULA XII Bens Jurídicos → Bem jurídico vai ser toda utilidade física ou ideal que for objeto de um direito subjetivo Bem x Coisa → Maria Helene Diniz à noção de coisa é mais abrangente do que bem → Orlando Gomes à bem é gênero, onde coisa é espécie. (+ aceita na doutrina) → W. B. Monteiro à bem e coisa têm o mesmo sentido Gênero → o conceito de bem jurídico abarca utilidades materiais e utilidades ideais - Classificações 1. Imóveis → Imóvel por força de lei → a lei caracteriza Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II - o direito à sucessão aberta. → Incide sobre imóvel → direito real incide sobre o imóvel Ex.: hipoteca, sucessão aberta (herança ainda não foi dividida) OBS.: Art.81 → separados do solo mas conservados e removidos para outro local (permanecem sendo imóveis) Ex.: tirar o chafariz de um lugar e colocar em outro local 2. Móveis → Móvel por força de lei (Art. 83) → energia, direito de crédito... OBS.: Navios e aeronaves à bens móveis especiais, pois admitem hipoteca sob eles, e têm registro peculiar. Art. 84, CC → materiais resultado de demolição são bens móveis. Cuidado!! - materiais que são resultado de demolição, mas serão reutilizados, serão considerados bens imóveis. Mesmo caso do Art. 81, II, CC. - Bem principal e acessório – (Art. 92) → Principal - Existe por si mesmo, se basta quanto bem. → Acessório - Não existe por si mesmo, pressupõe a existência do principal, acompanha o principal pelo princípio da GRAVITAÇÃO JURÍDICA. Ex.: Bens acessórios: produto/fruto/benfeitorias - Bem corpóreo e incorpóreo → Corpóreo - Tem existência material, são perceptíveis pelos sentidos. Ex.: livros, joias, imóvel. → Incorpóreo - Bens abstratos, existência jurídica com proteção jurídica, visualização ideal, não tem materialidade. Ex.: direito autoral sob uma música, honra. - Bem fungível (Art.85) e infungível (SEMPRE MÓVEIS) → Fungível - Substituíveis por outros, da mesma espécie, da mesma qualidade e quantidade Ex.: garrafa “normal” de água, sem especificações. → Infungível - Natureza de insubstituível Ex.: garrafa d’água benzida pelo Papa, com especificidade. - Bem consumível (Art.86) e inconsumível (SEMPRE MÓVEIS) → Consumível - Destruição imediata da própria substância Ex.: gênero alimentício → Inconsumível - Suportam um uso continuado, não vai ser destruído imediatamente Ex.: carro - Bem divisível (Art. 87) e Indivisível → Divisível - Podem ser repartidosem porções reais e essas porções serão um todo perfeito → Indivisível - não formam um todo perfeito na sua divisão 1. por natureza à ex.: animal 2. por determinação legal à ex.: módulo rural (menor que isso é minifúndio, que é proibido) 3. por convenção à combinado entre as partes à ex.: dívida - Bem singular e coletivo – (Art.89 a 91) → Singular - Considerados na sua individualidade → representa uma unidade autônoma → pode ser simples, as partes componentes desse bem se encontram-se ligados naturalmente, (ex.: flor) e pode ser composto, as partes componentes não se ligam// a coesão decorre da atividade humana// não ocorre ligação natural, (ex.: avião (peças), relógio) → Coletivo - Compostos de vários bens singulares Ex.: floresta (árvores), biblioteca (livro), rebanho de gado (gado). - Bem particular e Público (Art. 98) → Particular - Se define por exclusão, não pertencem ao domínio público → Público - Bens pertencentes à união, municípios, aos estados. 1.Bem de uso comum do povo à praias, ruas, estradas, praças → São inalienáveis 2.Bens de uso especial à motivo especial na forma de lei à atribuído a alguém durante um período → Ex.: prédio de escolas públicas 3.Dominiais/dominicais → (ex.: terra devoluta, não foram discriminadas, pertence o estado, mas não tem uma utilização direta ou indireta do povo ou da administração pública) → não foram afetados por utilização direta ou indireta do povo, mas mesmo assim são patrimônio do poder público
Compartilhar