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aula 3 farmacologia sna

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Prof. Daniel Castro
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
sinapse
Neurotransmissores
As substâncias neurotransmissoras mais conhecidas são:
� acetilcolina,
� norepinefrina,
�epinefrina,
�histamina,
�ácido gama-aminobutírico,
�glicina,
� serotomina e dopamina
�glutamato.
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SNA
Regula processos corpóreos que não estão 
sob a dependência direta do controle 
voluntário.
Ex: manter respiração; freqüência 
cardíaca; produção de urina 
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SNA
NEUROTRANSMISSORES
ACETILCOLINA
PARASSIMPÁTICO
NORADRENALINA
SIMPÁTICO
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NEUROTRANSMISSORES
Substância química liberada pela terminação 
nervosa. Interação com seus receptores, 
estimulando ou inibindo a célula. 
FUNÇÂO: 
• contração e relaxamento muscular
• secreção ou inibição de substâncias (via glândula)
• Estimula produção de enzima; hormônios
• Regulam o SNC
• Regulam nossos movimentos; comportamento; vida afetiva
Sistema Nervoso Autônomo
Sistema Nervoso Autônomo
� Mantém o equilíbrio interno do corpo.
� Estimula a musculatura lisa, cardíaca e glândulas.
� Involuntário
� Medular e ganglionar
Sistema Nervoso Autônomo
Sistema Nervoso Autônomo
• SIMPÁTICO
– ADRENÉRGICO
– TORACOLOMBAR
– CATABÓLICO
– SISTEMA DE 
DESGASTE
• PARASSIMPÁTICO
– COLINÉRGICO
– CRANIOSSACRAL
– ANABÓLICO
– SISTEMA DE 
CONSERVAÇÃO
ORGÃO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO
Íris Dilatação da pupila(midríase) Constrição da pupila(miose)
Glândula lacrimal Vasoconscrição;
Pouco efeito sobre a secreção.
Secreção abundante.
Glândulas salivares Vasoconscrição; secreção 
viscosa e pouco abundante.
Vasodilatação; secreção fluída e 
abundante.
Glândulas sudoríparas Secreção copiosa
( fibras colinérgicas )
Ausência de inervação.
Músculos eretores dos 
pelos
Ereção dos pelos. Ausência de inervação.
Coração Aceleração do ritimo 
cardíaco;
Dilatação das coronárias.
Diminuição do ritmo cardíaco;
Constrição das coronárias.
Brônquios Dilatação Constrição
Tubo digestivo Diminuição do peristaltismo e 
fechamento dos esficteres.
Aumento do peristaltismo e 
abertura dos esficteres.
ORGÃO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO
Bexiga Pouca ou nenhuma ação. Contração da parede 
promovendo o esvaziamento.
Genitais masculinos Vasoconstrição; ejaculação. Vasodilatação; ereção.
Glândula supra-renal Secreção de adrenalina
( através fibras pré-ganglionares)
Nenhuma ação.
Vasos sanguíneos dos 
troncos e das 
extremidades
Vasoconstrição***(α) Nenhuma ação; inervação 
possivelmente ausente.
Farmacologia do SNA
Drogas que imitam a ação do SN Simpático
Simpaticomiméticas
Drogas que imitam a ação do SN 
Parassimpático 
Parassimpaticomiméticas
TIPOS DE RECEPTORES
São conhecidos cinco grupos de adrenoceptores ou 
receptores adrenérgicos:
� α 1
� α 2
� β 1
� β 2
� β 3
Receptores Adrenérgicos
� Alfa 1: Vasoconstrição – aumento da resistência periférica –
aumento da pressão arterial –midríase – estimulo da 
contração do esfíncter superior da bexiga – secreção salivar 
– glicogenólise hepática – relaxamento do músculo liso 
gastrintestinal.
� Alfa 2: Inibição da liberação de neurotransmissores, 
incluindo a noradrenalina – inibição da liberação da 
insulina – agregação plaquetária – contração do músculo 
liso vascular.
Receptores Adrenérgicos
� Beta 1: Aumento da freqüência cardíaca (taquicardia)
– aumento da força cardíaca (de contratilidade do
miocárdio) – aumento da lipólise.
� Beta 2: Broncodilatação – vasodilatação – pequena
diminuição da resistência periférica – aumento da
glicogenólise muscular e hepática – aumento da
liberação de glucagon – relaxamento da musculatura
lisa uterina – tremor muscular.
� Beta 3 : Termogênese e lipólise.
Agonistas adrenérgicos
� Também chamados de simpaticomiméticos ou
adrenomiméticos ou apenas adrenérgicos, constituem
os fármacos que estimulam direta ou indiretamente os
receptores adrenérgicos ou adrenoreceptores.
� O efeito de um fármaco agonista adrenérgico
administrado em determinado tipo de célula efetora
depende da seletividade desta droga pelos receptores,
assim como, das características de resposta das
células efetoras, e, do tipo predominante de receptor
adrenérgico encontrado nas células.
Agonistas Adrenérgicos
� Os agonistas adrenérgicos podem ser de:
� Ação direta 
� Ação indireta
� Ação mista.
Agonistas Adrenérgicos
� Agonistas de ação indireta – são os que não afetam
diretamente os receptores pós-sinápticos, mas
provocam a liberação de noradrenalina dos terminais
adrenérgicos.
�Os fármacos de ação indireta são: anfetamina –
tiramina.
� Agonistas de ação mista – são os que ativam os
receptores adrenérgicos na membrana pós sináptica,
e, causam a liberação de noradrenalina dos terminais
pré-sinápticos (adrenérgicos).
�Os fármacos de ação mista são: efedrina –
metaraminol
Agonistas Adrenérgicos
1. Agonistas de ação direta - São os que atuam 
diretamente nos receptores adrenérgicos alfa ou 
beta produzindo efeitos semelhantes ou liberando a 
adrenalina pela medula adrenal.
� Os fármacos de ação direta são: adrenalina –
noradrenalina – isoproterenol – fenilefrina –
dopamina – dobutamina – fenilefrina – metoxamina –
clonidina – metaproterenol ou orciprenalina –
terbutalina – salbutamol ou albuterol.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Adrenalina
• Estimula predominantemente o receptor
adrenérgico beta 1,
• Possui também, embora menor, ação sobre o receptor
alfa 1 e outros receptores
• Aumento da PA:
�Estimulação direta do miocárdio: efeito inotrópico
positivo
�Efeito cronotrópico positivo
�Vasoconstrição em muitos leitos vasculares
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Adrenalina
� Ocorre aumento da pressão sistólica e pequena
diminuição da pressão diastólica (redução da resist.
Periférica)
� É um dos vasopressores mais potentes
� Contrai as arteríolas da pele, das membranas mucosas
(sobre receptores alfa);
� Provoca a dilatação dos vasos sangüíneos do fígado e
musculatura esquelética
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Adrenalina
• Provoca a elevação da glicemia devido estimular a 
glicogenólise, e, inibir a secreção da insulina (α2). 
• Provoca a lipólise transformando triglicerídeos em 
ácidos graxos (β).
• É utilizada como terapêutica inicial no tratamento da 
asma aguda (causa broncodilatação em potencial), 
e, do choque anafilático.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
• Adrenalina
• Utilizada no tratamento das reações alérgicas causadas
pela liberação de histamina.
• Na anestesia local pode ser utilizada (1:100.000 partes
de adrenalina) aumentando a duração da anestesia:
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
A via de administração pode ser venosa (em 
emergência), subcutânea, cânula endotraqueal, 
inalação, e, ocular (glaucoma), entretanto, as 
catecolaminas não devem ser administradas por
� Via oral = são inativadas pelas enzimas intestinais.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Efeitos adversos:
• Arritmia cardíaca
• Hiperglicemia
• Ansiedade, pânico, cefaléia e tremores (ações no SNC).
• Pode também provocar o edema pulmonar. Em
pacientes com hipertireoidismo a dose deve ser
reduzida,pois, aumenta as ações cardiovasculares
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Noradrenalina
• Utilizada no tratamento do choque
• Sua ação ocorre predominantemente sobre o receptor
adrenérgico alfa 1 e beta.
• Pouca ação em beta 2
• Menos potente que a adrenalina em receptores alfa
• Nunca é utilizada no tratamento da asma. Provoca
aumento da pressão arterial sistólica e diastólica
devido a vasoconstriçãoda maioria dos vasos
sangüíneos incluindo do rim.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Efeitos adversos
� Disritmias ventriculares,
� Intensa vasoconstrição
� Hipertensão arterial.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Isoproterenol
• Catecolamina sintética que estimula (agonista) 
predominantemente os receptores adrenérgicos beta 1 
e beta 2 (beta não-seletivo)
• Utilizado no tratamento do bloqueio átrio-
ventricular ou da parada cardíaca, pois, provoca a 
estimulação cardíaca (através dos receptores beta-1).
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Isoproterenol
• Embora produza rápida broncodilatação (através dos
receptores beta-2) que deve ser por via inalatória,
pouco tem sido usado no tratamento da asma, devido
aos efeitos adversos semelhantes aos da adrenalina.
• A forma injetável é usada no tratamento do choque.
• Ação curta � é eficientemente biotransformada pelo
COMT.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
Dopamina
� Estimula predominantemente os receptores 
adrenérgicos alfa (em doses altas) e beta 1 (em doses 
baixas). 
� Consiste no precursor metabólico da adrenalina, e, 
ocorre normalmente no SNC, nos gânglios de base e na 
medula adrenal.
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
• A dopamina é fármaco de escolha para o tratamento do
choque, tem sido também usada no tratamento da
insuficiência cardíaca congestiva. Aumentando a
pressão sangüínea devido à estimulação do coração (no
receptor beta 1), e, aumenta a circulação sangüínea
renal e do baço.
• No rim aumenta a filtração glomerular provocando a
diurese de sódio
Agonistas Adrenérgicos de Ação Direta
Não- seletivos
� A única via de administração é intravenosa em
infusão, inclusive pode causar necrose tecidual em
conseqüência do extravasamento durante a infusão.
Agonistas Adrenérgicos de Ação direta - Seletivos
Β2-adrenérgicos Seletivos
�Metaproterenol:
� Resistente à ação da COMT
� Menos seletivo que o salbutamol e terbutalina.
� Administração oral e inalatória
� Oral: inicio de efeito mais lento durando até 4h.
� Inalatória: Início rápido
Agonistas Adrenérgicos de Ação direta - Seletivos
� Terbutalina:
Administração inalatória, oral e parenteral
Inalatória: imediata persistindo por até 6h (3-6h)
Oral: início do efeito lento (1-2h)
Parenteral: Imediato (Emergência de mal asmático)
Agonistas Adrenérgicos de Ação direta - Seletivos
� Salbutamol
Administração inalatória e oral
� Inalatória: broncodilatação significatica em 15 minutos 
podendo persistir por3-4h
� Oral: início do efeito lento; alívio sintomático do 
brroncoespasmo, tem potencial de retardar o trabalho 
de parto prematuro.
Agonistas Adrenérgicos de Ação direta - Seletivos
Ritodrina
Agonista seletivo β2 desenvolvido ESPECIFICAMENTE 
para uso como relaxante uterino.
Agonistas Adrenérgicos de Ação direta - Seletivos
Outros fármacos β2 seletivos
� Isoetarina
� Pributerol
� Bitolterol (pró-fármaco)
� Fenoterol
� Formoterol (ação longa-12h)
� Procaterol
� Salmeteterol (ação longa-12h) mais seletivo que o 
salbutamol
Agonistas Adrenérgicos de Ação direta - Seletivos
� Agonistas adrenérgicos α1 Seletivos
� Principais efeitos clínicos:
� Ativação de receptores α-adrenérgicos no musculo liso
vascular� aumento da resistência periférica vascular �
elevação ou manutenção da PA.
Agonistas Adrenérgicos de Ação 
direta - Seletivos
� Agonistas adrenérgicos α1 Seletivos
� Fenilefrina:
� Atinge receptores β quando em concentrações muito
elevadas;
� Provoca acentuada vasoconstrição arterial em infusão
venosa;
� Descongestionante nasal
� Midriático
Agonistas Adrenérgicos de Ação 
direta - Seletivos
� Agonistas adrenérgicos α2 Seletivos
� Fármacos:
� Clonidina (protótipo)
� Apraclonidina: (Uso tópico trtamento de glaucoma)
� Brimonidina: (Uso tópico trtamento de glaucoma)
� Guanfacina: mais seletivo que a clonidina
� Guanabenzo
Prof. Daniel Castro da Costa
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1) Síntese da Acetilcolina
É sintetizado no citosol do neurônio a 
partir da coenzima A (mitocôndria) e da 
colina (fenda sináptica).
Coenzima A Colina
Catalizada pela O acetil transferase
Acetilcolina
Receptores
� Nicotínicos
� Muscarínicos
Receptores nicotínicos
� Receptores nicotínicos:
Os receptores nicotínicos são canais iónicos na membrana
plasmática de algumas células, cuja abertura é
desencadeada pelo neurotransmissor acetilcolina, fazendo
parte do sistema colinérgico.
O seu nome deriva do primeiro agonista seletivo encontrado
para estes receptores, a nicotina, extraída da planta
Nicotiana tabacum. O primeiro antagonista seletivo
descrito é o curare (d-tubocurarina).
Transmissão Colinérgica
Receptores nicotínicos
Divididos em três classes principais:
� Muscular = são confinados à junção
neuromuscular esquelética
� Ganglionar = responsáveis pela transmissão nos
ganglios simpáticos e parassimpáticos
� Do SNC = encontram-se disseminados no cérebro
e são heterogêneos quanto a sua composição
Receptores Nicotínicos
Receptores Nicotínicos
� Atuação sobre o receptor do tipo ganglionar:
� Carbacol: instrumento experimental.
� Trimetafan: uso clínico, porém raro.
� Principal efeito sobre sistema cardiovascular.
� Redução da pressão arterial na cirurgia e em
emergências.
� Ação curta
Receptores Nicotínicos
� Atuação sobre o receptor do SNC
� Mecamilamina:
� Inicialmente utilizada para redução da PA (1950).
� Adesivos contra dependência nicotínica.
� Estudos para uso de adesivos para o tratamento de
alcoolismo.
Receptores Muscarínicos
• São estimulados pela acetilcolina, desencadeando uma 
cascata intracelular que é responsável pelas respostas 
ditas "muscarínicas“.
• Devem o seu nome à muscarina, um fármaco presente 
no cogumelo Amanita muscaria que ativa 
seletivamente estes receptores. 
• O seu antagonista clássico é a atropina, produzido, por 
exemplo, pela planta Atropa belladonna.
Receptores Muscarínicos
� Receptores muscarínicos: 5 receptores distintos
� M1: neurais
� M2: cardíacos
� M3: glandulares/ musculares lisos
� M4 e M5: SNC
� Papel funcional não está bem elucidado.
Agonistas Colinérgicos
� Fármaco ou medicamento agonista colinérgico,
são os caracterizados pelos efeitos que produzem
demodo semelhante aos da acetilcolina, e, agindo
ao nível da sinapse colinérgica (do sistema
nervosos autônomoparassimpático).
Agonistas Colinérgicos
� Os fármacos agonistas colinérgicos ou 
parassimpaticomiméticos ou colinomiméticos são 
distribuídos em dois grupos:
Agonistas colinérgicos
� Agonistas colinérgicos de ação direta, também
denominados de colinérgicos diretos ou
colinomiméticos diretos ou
parassimpaticomiméticos diretos :que agem nos
receptores colinérgicos como agonistas, ativando esses
receptores e desencadeando respostas semelhantes às
provocadas pela estimulação do parassimpático.
Agonistas Colinérgicos
• Agonistas colinérgicos de ação indireta, também
denominados de colinérgicos indiretos ou
colinomiméticos indiretos ou
parassimpaticomiméticos indiretos – que embora
não tenham ação direta sobre os receptores
colinérgicos, são drogas que proporcionam maior
tempo da ação da acetilcolina, inibindo a enzima que
tem o poder de destruir a acetilcolina, portanto, os
inibidores da acetilcolinesterase ou
anticolinesterásicos
Agonistas colinérgicos
� Estes inibidores da acetilcolinesterase podem ser 
reversíveis e irreversíveis.
� Pouca seletividade = efeitos adversos
Efeitos Farmacológicos
Sistema Cardiovascular
� Efeito inotrópico negativo(↓força de contração 
cardíaca-M2)� Efeito cronotrópico negativo(↓frequênciacardíaca-M2)
� Efeito dromotrópico negativo (↓taxa condução-
nódulos sinoatrial, atrioventricular)-M2
� Vasodilatação(todos os leitos vasculares-M3 / NO)
Sistema Gastrointestinal
� Contração do músculo liso do TGI.
� Estimulação da secreção ácida (M1).
Efeitos Farmacológicos
Sistema Genitourinário
� Contração do músculo destrusor da bexiga. 
� Relaxamento dos músculos trígono e esfíncters.
� Contração do músculo liso do epidídimo, ducto 
deferente, vesícula seminal e próstata.
Efeitos Farmacológicos
Sistema Nervoso Central 
� Regulação de funções cognitiva (memória e aprendizagem), comportamental, 
sensorial e motora.
� Transmissão colinérgica tem importância em várias patologias como 
Alzheimer, Parkinson, esquizofrenia, depressão, entre outras.
Alzheimer →agonistas M1 em estudo – cevimelina, milamelina, talsaclidina, 
sabcomelina, xanomelina.
Outros efeitos 
� Pulmão →broncoconstriçãoe ↑da secreção traqueobrônquica.
� Glândulas→↑da secreção salivar, sudorípara e lacrimal.
� Olho→contração dos músculos circular e ciliar da íris (acomodação visual)
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
DIRETA
• Mais utilizados: Betanecol, e, a pilocarpina.
• O betanecol (Liberan))
• É um éster da colina, que não é hidrolisado pela
acetilcolinesterase, e, possui intensa atividade muscarínica,
e, pouca ou nenhuma ação nicotínica.
• Devido a ação de estimular o músculo detrusor da bexiga,
e, relaxar o trígono e o esfíncter, provocando a expulsão da
urina, o betanecol é utilizado para estimular a bexiga
atônica, principalmente no pós-parto, e, na retenção
urinária não-obstrutiva pós-operatória.
• Efeitos adversos:
• efeitos adversos da estimulação colinérgica generalizada,
como a queda da pressão arterial, a sudorese, a salivação, o
rubor cutâneo, a náusea, a dor abdominal, a diarréia e o
broncoespasmo
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
DIRETA
� Via de administração do betanecol : oral ou
subcutânea, não devendo ser
� utilizada por via intramuscular, nem por via
venosa, pois, pode provocar efeitos
� adversos potencialmente graves ou mesmo
fatal principalmente a hipotensão arterial.
� Contra-indicação: úlcera péptica, asma,
insuficiência coronária, e , hipertireoidismo.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
DIRETA
� A pilocarpina (Isopto Carpine) é um alcalóide, capaz de
atravessar a membrana conjuntival, e, consiste em uma
amina terciária estável à hidrólise pela acetilcolinesterase. É
muito menos potente do que a acetilcolina, possui
atividade muscarínica.
� Com a aplicação ocular, produz contração do músculo
ciliar, provocando a miose, e, também tem a ação de abrir a
malha trabecular em volta do canal de Schlemm, sendo
utilizada em oftalmologia para terapêutica do glaucoma,
principalmente em situação de emergência, devido a
capacidade de reduzir a pressão intra-ocular.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
DIRETA
� Como efeito adverso, a pilocarpina pode atingir o SNC
(principalmente em idosos com a idade avançada
provocando confusão), e, produzir distúrbios de
natureza central, e, produzir sudorese e salivação
profusas.
� A via de administração da pilocarpina é
unicamente ocular.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
• Mecanismo de ação: inibem a enzima
acetilcolinesterase, prolongando a ação da acetilcolina;
• Provocam a potencialização da transmissão colinérgica
nas sinapses autônomas colinérgicas e na junção
neuromuscular.
• Estes anticolinesterásicos podem ser:
• reversíveis, se a ação não for prolongada, e,
• irreversíveis, se esta ação for prolongada.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
• Fármacos anticolinesterásicos reversíveis: Fisostigmina –
neostigmina – piridostigmina – edrofônio – inibidores
dirigidos contra a enzima acetilcolinesterase no SNC.
• A fisostigmina (Antilirium) (Enterotonus),
• alcalóide que consiste em uma amina terciária,
• bloqueia de modo reversível a acetilcolinesterase
• potencializa a atividade colinérgica em todo o organismo
• A duração de ação : 2 a 4 horas.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
� Usos clínicos da fisostigmina:
� tratamento do glaucoma porque produz miose, e,
contração do músculo ciliar permitindo a drenagem dos
canais de Schlemm, o que diminui a pressão intraocular,
� tratamento da superdosagem de fármacos com atividade
anticolinérgica (por exemplo, a atropina, fenotiazínicos, e
antidepressivos tricíclicos, pois, estes fármacos penetram
no SNC
� Utilizada na atonia do intestino e da bexiga, aumentando a
motilidade destes órgãos.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
� Vias de administração :
� Para tratamento sistêmico, a fisostigmina pode ser
administrada IM e IV sendo muito bem absorvida
em todos os locais de aplicação,
� ***Distribui-se para o SNC, e, pode provocar
efeitos tóxicos, inclusive convulsões
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
Neostigmina (Prostigmine):]
� Mecanismo de ação: inibe reversivelmente a enzima
acetilcolinesterase
� É mais polar do que a fisostigmina e não penetra no SNC,
tendo atividade sobre a musculatura esquelética mais
intensa do que a fisostigmina.
� Duração de ação: 2 a 4 horas.
� Efeitos adversos da neostigmina: estimulação colinérgica
generalizada, salivação, rubor cutâneo, queda da pressão
arterial, náusea, dor abdominal, diarréia e broncoespasmo.
� A forma parenteral da neostigmina pode ser administrada
por via subcutânea, intramuscular e intravenosa.
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
� Indicações: Atonia do intestino e bexiga;miastenia
grave (prolongando a duração da acetilcolina na placa
motora terminal, conseqüentemente, aumentando a
força muscular);
� como antídoto a agentes bloqueadores
neuromusculares (por exemplo, a tubocurarina)
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
• A neostigmina é mais útil no tratamento da miastenia
grave do que a fisostigmina, pois, a fisostigmina tem 
menor potencia na junção neuromuscular do que a 
neostigmina. Entretanto, a fisostigmina é mais útil do 
que a neostigmina em condições de etiologia central, 
como por exemplo, em caso de superdosagem de 
atropina (pois, a atropina penetra no SNC, e, a 
neostigmina não atinge o SNC).
FÁRMACOS AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO 
INDIRETA OU
ANTICOLINESTERÁSICOS
• A piridostigmina (Mestinon):
• derivado do metilpiridínio
• Mecanismo de ação: inibidor da acetilcolinsterase
• Duração de ação: 3 a 6 horas
• *tempo de ação maior do que a neostigmina, e, a 
fisostigmina, também é utilizado no tratamento da 
miastenia grave e como antídoto de agentes 
bloqueadores neuromusculares.
� O edrofônio (Tensilon):
� Ações farmacológicas semelhantes às da neostigmina,
porém possui ação de curta duração, entre 10 a 20 minutos,
sendo utilizada em administração venosa, geralmente para
fins de diagnóstico da miastenia grave, provocando
rápido aumento da força muscular, **O excesso pode levar
a uma crise colinérgica.
� Tem sido também referido o uso do edrofônio para reverter
os efeitos do bloqueador neuromuscular após uma cirurgia
INIBIDORES DIRIGIDOS CONTRA A ENZIMA 
ACETILCOLINESTERASE NO
SNC 
� Consistem nos fármacos utilizados no tratamento da
Doença de Alzheimer, pois tem facilidade em penetrar no
SNC, e, com ação inibitória (reversível) da enzima
acetilcolinesterase, conseqüentemente, aumentando o
nível de acetilcolina.
� A Doença de Alzheimer consiste em doença
neurodegenerativa de desenvolvimento lento provocando a
perdaprogressiva da memória, e, da função cognitiva (a
cognição), comprometendo também capacidade de auto
cuidado dos indivíduos, levando à demência.
� Estudos indicam que essas alterações funcionais são
resultantes inicialmente da perda da transmissão
colinérgica no neocórtex.
� A tacrina é considerada hepatotóxica, e, todos os fármacos
atualmente utilizados no tratamento da doença, embora
proporcionem melhora da função cognitiva,
principalmente, em pacientes com alterações discretas a
moderadas, mas, não retardam a evolução da doença.
Anticolinesterásicos 
irreversíveis
• Os anticolinesterásicos irreversíveis correspondem aos
compostos organofosforados sintéticos que possuem a
capacidade de efetuar ligação covalente com a enzima
aceticolinesterase, com ação bastante prolongada, o que
leva ao aumento duradouro da concentração de acetilcolina
em todos os locais onde esta é liberada.
• As únicas drogas deste grupo utilizadas como terapêutica é
o isofluorato ou disopropilfluorfosfato (DFP), e,
oecotiofato (Phospholine iodide) utilizadas unicamente
por via ocular no tratamento do glaucoma.

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