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30/07/2017 1 Filo Nematyhelmintes Profª Ma. Daniela Aquino Descrição • O nome vem da palavra grega nema, que significa fio. • Seu tamanho é muito variável, indo de aproximadamente 1 mm até cerca de oito metros de comprimento. • Possuem sistema digestório completo mas não possuem sistema circulatório. • São animais dióicos, em sua grande maioria, possuem sexos separados. • Apresentam dimorfismo sexual, ou seja, a fêmea é diferente do macho. • Normalmente os machos são menores e sua porção posterior é afilada e curva, para facilitar a cópula. 30/07/2017 2 Família Trichuroidea Trichuris trichiura • Causa a doença: tricuríase • Morfologia: ovo-50μm, fêmea – 4cm e macho 3cm. • Habitat: mucosa do ceco • Transmissão: ovos são resistentes ao meio ambiente – 1 ano ou + • Patogenia: baixo parasitismo; infecções maciças podem causar anemia, pode provocar prolapso retal, principalmente em crianças. • Diagnóstico: exame de fezes • Epidemiologia: 500milhões de pessoas no mundo; cosmopolita; Amazônia; mais comum em zona urbana. 30/07/2017 3 Morfologia T. trichiura Verme adulto • Machos menores que as fêmeas. • Na extremidade anterior localizam-se: boca (abertura simples e sem lábios, seguida por um esôfago longo e delgado que ocupa 2/3 do comprimento total do verme. • Na porção final, o esôfago apresenta-se como um tubo de parede delgada, rodeado por uma camada de unicelular de grandes esticócitos). • Na extremidade posterior, cerca de 1/3 do comprimento total corresponde a porção alargada, local este em que está localizado o sistema reprodutor simples e o intestino que termina no ânus. Morfologia • Macho: Mede cerca de 3 cm, possui testículo único, canal deferente, canal ejaculador que termina com um espículo. • Fêmea: Mede cerca de 4cm, possui ovário, oviduto, útero e vagina. 30/07/2017 4 Morfologia • Ovos: Medem cerca de 50-55 µm (comprimento) x 22 µm (largura), apresenta um formato elíptico e a casca formada por três camadas: • Camada externa (lipídica), • Camada intermediária (quitinosa) e • Camada interna (vitelínica), o que favorece a resistência destes ovos a fatores ambientais. A) Fêmea com extremidade superior reta; (B) Macho com extremidade posterior recurvada; (C) Ovo típico com dois tampões polares hialinos e uma massa de células; a)Orifício retal; b) Útero; c) Ovário; d) Aparelho reprodutor feminino; e) Faringe filiforme(nos dois sexos); f) Canal deferente; g) Espículo; h) Cloaca; i) Testículo. 30/07/2017 5 Ciclo biológico Família Ascaridae Ascaris lumbricoides • Parasitam o intestino delgado humano. • Popularmente conhecidos como lombrigas ou bicha, causando a doença Ascaridíase. • Possuem ciclo monoxênico (um único hospedeiro). • Ocorre principalmente em climas tropicais e subtropicais. São cosmopolitas. Preferem solos arginosos úmidos e aerosos. • São geo-helmintos, ou seja, a maturação de ovos ou larvas se faz no solo. HABITAT Intestino delgado, principalmente jejuno e íleo.Machos e fêmeas vivem juntos. Podem ficar presos à mucosa, devido aos fortes lábios, ou migrarem pela luz intestinal. 30/07/2017 6 Morfologia A. lumbricoides • MACHO: 20 a 30 cm. Extremidade posterior enovelada ventralmente. • FÊMEA: 30 a 40 cm. Extremidade posterior retilínea. Elimina 200 mil ovos por dia. • Os dois têm coloração branca e levemente rosada, pois se alimentam de sangue. Boca com três fortes lábios, e aparelho digestivo completo. • OVOS: cor castanha, ovais, 50 μm, com três membranas: a externa mamilonada composta por mucopolissacarídeos, média, rica em lipídeos, e interna, rica em proteínas. Resiste até 1 ano no solo. 30/07/2017 7 Ciclo biológico Patogenia • Ação espoliativa, pois os vermes consomem muitas proteínas, carboidratos, lipídios e vitamina A e C, levando o paciente a subnutrição e depauperamento físico e mental. • Ação tóxica, ação traumática e mecânica obstrutiva. Forma nódulos no intestino. • O Ascaris possui uma toxina, como a Hymenolepis nana, que provoca manifestações alérgicas, agindo no córtex cerebral, podendo causar meningite e ataques epiléticos. • Causa também prurido nasal e cutâneo. • Faz também o paciente ranger os dentes ao dormir e surgem manchas hipocrômicas na pele. 30/07/2017 8 Sintomatologia • Ap. respiratório: pneumonia difusa com febre, bronquite ascaridiana, Sínd. de Loeffler (tosse, febre e eosinofilia elevada). • Ap. digestório: cólica, dor epigástrica (ao redor do umbigo), má digestão, náuseas, perda de apetite, emagrecimento. • Sist. nervoso: meningite, nervosismo, excitabilidade e irritabilidade aumentada, insônia, convulsões. • Metabólicas: hipoglicemia, déficit pôndero–estatural. • Localizações ectópicas:apêndice cecal - apendicite aguda; fígado - abscesso hepático; canal pancreático - pancreatite (fatal) trompa de Eustáquio; ouvido médio - otite Diagnóstico e epidemiologia • DIAGNÓSTICO CLÍNICO: Difícil. Dores abdominais, abdome abaulado, cólica, vômitos • LABORATORIAL: Pesquisa de ovos nas fezes, por método da sedimentação espontânea ou por centrifugação. • EPIDEMIOLOGIA • A ascaridíase é uma das helmintoses mais comuns no Brasil senão a helmintose mais comum, bem como em todo mundo, principalmente nas regiões subtrtopicais do planeta. • Nas sociedades de baixo nível socioeconômico, sua prevalência facilmente ultrapassa os 80%. 30/07/2017 9 Tratamento e profilaxia • TRATAMENTO: Aspiração gástrica, óleo mineral para tentar desmanchar o bolo de Ascaris, cirurgia, sais de piperazina (Pyr-pan), Mebendazol, Albendazol. • PROFILAXIA: Educação sanitária, construção de fossas, tratamento em massa da população periodicamente durante 3 anos consecutivos, proteção dos alimentos contra poeiras e insetos. Família Oxyuridae Enterobius vermicularis • Nome popularmente difundido: oxiúros • Muito comum na faixa etária de 5 a 15 anos podendo ser encontrado também em adultos • Nítido dimorfismo • Causa a Enterobíase/Enterobiose ou Oxiurose/Oxiuríase. 30/07/2017 10 Morfologia E. vermicularis Adultos • Cor branca, filiformes, asas cefálicas, esôfago claviforme, que terminam em um bulbo cardíaco. • Fêmeas- 1 cm de comprimento, cauda pontiaguda e longa. • Macho- mede cerca de 5mm, cauda recurvada em sentido ventral espículo presente. • Ovo - Cerca de 50μm de comprimento, aspecto grosseiro de um D, membrana dupla, possui larva no interior. Vermes adultos de Enterobius vermicularis, macho à esquerda e fêmea à direita. 30/07/2017 11 30/07/2017 12 Diagnóstico • Clínico: prurido anal. • Laboratorial: • Método de escolha: Fita adesiva ou método de Graham: Corta-se um pedaço de 8 a 10cm de fita adesiva transparente Parte adesiva para fora sobre um tubo de ensaio. Apõe-se várias vezes a fita na região perianal Fita como se fosse uma lamínula sobre a lâmina de vidro Microscópico. Coleta: ao amanhecer, antes da pessoa banhar-se e é repetida várias vezes caso dê negativo. Família Strongyloididae Strongyloides stercoralis • Classe: Nematoda • Gênero: Strongyloides = 52 espécies – 2 infectantes para o homem: S. stercoralis e S. fuelleborni • Cosmopolita, parasita de homem cão e macaco • Importante problema médico social: elevada prevalência, facilidade de transmissão, caráter de cronicidade e auto- infecção – origina formas graves de hiperinfecção e disseminação e possibilidade de reagudização em indivíduos imunossuprimidos. • Causa a Estrongiloidíase ou Estrongiloidose. 30/07/2017 13 Morfologia • Fêmea partenogenética parasita: 1,7 a 2,5mm; 30 a 40 ovos pôr dia = ovovivípara. A larvaé liberada no interior do hospedeiro. Forma evolutiva de fundamental importância no diagnóstico • Fêmea de vida livre ou estecoral • Macho de vida livre • Ovos – idênticos ao de Ancilostomídeos • Larvas rabditoídes – 1 a 20 larvas pôr grama de fezes. Nas formas disseminadas são encontradas na bile, escarro, urina e líquidos duodenal, pleural e LCR. • Larvas filarióides: é a forma infectante do parasito. Larva de Strongyloides stercoralis corada pelo lugol (400X). Presença de primórdio genital (1) e vestíbulo bucal curto (2). 30/07/2017 14 (a) Fêmea partenogenética, (b) Macho de vida livre, (c) Fêmea de vida livre Ovo Referências • NEVES, D.P. Parasitologia Humana. Rio de Janeiro: Atheneu, 2000. • LEVENTHAL, R & CHEADLE. R. Parasitologia Médica – Textos & Atlas. São Paulo: Premier Ltda, 2000. • Atlas virtual: http://www.farmacia.ufmg.br/ACT/atlas/ • Blog Só Biologia: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/bionemate lmintos.php
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