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MEDRESUMOS 2016 - FISIOLOGIA 02 - Introdução à endocrinologia

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● FISIOLOGIA 
1 
 
www.medresumos.com.br 
 
 
INTRODUÇÃO À ENDOCRINOLOGIA 
 
 As funções e atividades das células, tecidos e dos órgãos do organismo são reguladas pela associação do 
sistema nervoso e do sistema endócrino ou hormonal. 
 
HORMÔNIOS 
 Hormônios são mensageiros químicos produzidos pelas glândulas endócrinas e enviados para células-alvo 
através do sangue. A natureza de um hormônio determina seu mecanismo de ação (sendo o efeito de curta ou de longa 
duração) 
 
CLASSES GERAIS DE HORMÔNIOS 
1. Proteínas e Polipeptídios: hormônios secretados pela hipófise anterior e posterior, pelo pâncreas, pelas 
glândulas paratireoides. Ao serem produzidos, ficam armazenados em vesículas secretórias até serem 
necessários. São principalmente hidrossolúveis. Ex: insulina, glucagon e FSH. 
2. Derivados de Amino Ácidos: secretados pela tireoide (provenientes da tirosina) e pela medula adrenal. São 
hidrossolúveis. Ex: tiroxina e adrenalina. 
3. Derivados de Esteroides e Ácidos Graxos: hormônios secretados pelo córtex suprarrenal, pelos ovários, pelos 
testículos e pela placenta. São sintetizados a partir do colesterol e não são armazenados. São lipossolúveis. Ex: 
progesterona, estradiol e testosterona. 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO LOCAL DE AÇÃO DOS HORMONIOS 
 Locais (autócrino): tem ação no próprio tecido que é sintetizado ou em células adjacentes. Ex: acetilcolina, 
secretina, colecistocinina, etc. 
 Gerais (parácrino): secretados por glândulas e causam repostas em tecidos distantes. 
 
LOCALIZAÇÃO DOS RECEPTORES DE HORMÔNIOS 
Tendo sido liberado na corrente sanguínea, o hormônio primeiro liga-se a receptores específicos na (ou dentro 
da) célula. Podem estar: 
 Aderidos na superfície da membrana celular ou sobre ela 
 No citoplasma celular. 
 No núcleo das células. 
 
 Depois do hormônio ter ativado a célula-alvo, é gerado um sinal inibidor que retorna, direta ou indiretamente, 
para a glândula endócrina (Mecanismo de Retroalimentação) para interromper a secreção desse hormônio. 
 
MECANISMO DE AÇÃO GERAL 
Os hormônios agem em nível celular via AMP cíclico. Para isso, o hormônio interage com uma proteína 
específica de membrana e ativa a enzima adenil ciclase, que converte ATP em AMPc, o qual ativa proteínas quinases 
(responsáveis por fosforilar e ativar outras proteínas intracelulares) e gerar respostas celulares. 
 
 
Arlindo Ugulino Netto. 
FISIOLOGIA 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● FISIOLOGIA 
2 
 
www.medresumos.com.br 
 
HORMÔNIOS SECRETADOS PELO HIPOTÁLAMO 
A secreção de quase todos os hormônios produzidos pela hipófise é controlada por sinais hormonais ou 
nervosos emitidos pelo hipotálamo. Constituindo assim, o centro encefálico para manutenção da homeostasia. Os 
hormônios hipotalâmicos que estimulam (hormônios liberadores) ou inibem (hormônios inibidores) a adenohipófise são: 
 Hormônio liberador de tireotrofina (TRH) 
 Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) 
 Hormônio liberador de somatotrofina (SRH) 
 Hormônio liberador de prolactina (PRH) 
 Hormônio inibidor de prolactina (PIH) 
 Hormônio liberador de corticotrofina 
 Hormônio melanócito estimulante 
 
 
HIPÓFISE 
Também chamada de glândula pituitária (por possuir células chamadas pituícitos), a hipófise tem menos de 1 cm 
de diâmetro, pesando cerca de 0,5 a 1g, e está conectada ao hipotálamo pelo pedúnculo ou haste hipofisária. 
O hipotálamo tem apenas conexões eferentes com a hipófise, sendo geralmente associadas à síntese e 
secreção de hormônios. As secreções hipotalâmicas são hormônios estimuladores/inibidores da hipófise anterior (adeno-
hipófise) ou hormônios que são armazenados na hipófise posterior (neuro-hipófise) para que, só depois, sejam 
secretados por essa glândula. 
 A produção de hormônios pela hipófise anterior (TSH, GH, etc.) é controlada por hormônios do hipotálamo (TRH, 
GnRH, etc.), que são secretados na chamada eminência mediana e que alcançam, então, os vasos do sistema 
porta hipotalâmico-hipofisário. 
 Já os hormônios da neuro-hipófise não são produzidos por ela: a hipófise posterior nada mais é que uma “via” de 
secreção dos hormônios hipotalâmicos, como o antidiurético (ADH) e a ocitocina. 
 
CONTROLE DA HIPÓFISE PELO HIPOTÁLAMO 
 Tracto hipotálamo-hipofisário: é formado por fibras que se originam em núcleos do hipotálamo e terminam na 
neuro-hipófise (hipófise posterior). As fibras deste tracto constituem os principais componentes estruturais da 
neuro-hipófise, sendo elas ricas em neurossecreção, sendo as principais o hormônio antidiurético (ADH) e a 
ocitocina. 
 Tracto túbero-infundibular: é constituído de fibras neurossecretoras que se originam em neurônios pequenos 
do hipotálamo e convergem para a região hipotalâmica chamada, secretando hormônios diretamente no sistema 
porta-hipotálamo-hipofisário. São fatores secretados por esta via: GnRH, TRH, CRH, etc. 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● FISIOLOGIA 
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HORMÔNIOS DA HIPÓFISE ANTERIOR 
 A hipófise anterior produz hormônios sob estímulo do hipotálamo. São eles: 
 Somatotrofina / STH / Hormônio do crescimento / GH: promove o aumento da taxa de metabolismo celular e 
aumento de mitoses celulares no disco epifisário. 
 Corticotropina / CTH / Adrenocorticotrofina / ACTH: estimula a síntese e a liberação de hormônios do córtex 
da adrenal. 
 Hormônio estimulador da tireoide/ TSH: Estimula a síntese de hormônios pela tireoide, que aumenta o 
metabolismo corpóreo. 
 Hormônio folículo estimulante/ FSH: No Homem: estimula as células de Sertoli a produzirem proteína ligante 
de andrógeno; Na mulher: crescimento do folículo ovariano. 
 Hormônio Luteinizante/ LH: Na mulher: hormônio da ovulação, formação do corpo lúteo e a secreção de 
progesterona e estrógeno. No homem: estimula a síntese de testosterona pelas células de Leydig. 
 Prolactina: promove o desenvolvimento de mamas femininas e produção de leite. 
 
HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS SECRETADOS PELA HIPÓFISE POSTERIOR 
 A hipófise posterior não produz hormônios, apenas libera hormônios produzidos pelo hipotálamo. São eles: 
 Hormônio Antidiurético / ADH / Vasopressina: aumenta a reabsorção de água pelos rins; vasoconstricção; 
elevação da pressão arterial. 
 Ocitocina: contração uterina no trabalho de parto e desenvolvimento de glândulas mamárias para ejeção de 
leite 
 
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO HORMONIO DO CRESCIMENTO (GH) 
 Causa crescimento de todos dos tecidos corporais. 
 Aumenta o tamanho das células. 
 Aumenta o numero de mitoses. 
 
EFEITOS METABÓLICOS DO GH 
 Aumento da síntese proteica. 
 Maior mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo com fins energéticos. 
 Conserva de carboidratos (não entram na via metabólica). 
 
PAPEL DO GH NA PRODUÇÃO DE PROTEÍNAS 
 Aumento do transporte de aminoácidos através da membrana. 
 Aumento da síntese proteica pelos ribossomos. 
 Aumento na formação de RNA (transcrição do DNA). 
 Redução do catabolismo (degradação) de proteínas e aminoácidos. 
 
EFEITOS DO GH NA UTILIZAÇÃO DE LIPÍDIOS 
 Aumento na utilização de lipídios para fins energéticos. 
 Aumento da liberação de ácidos graxos pelo tecido adiposo. 
 
 
TIREOIDE 
 A tireoide secreta dois hormônios importantes, a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), ambos de fundamental 
importância para os processos de metabolismo do corpo. 
 O T4 é mais abundante por ser mais produzido, enquanto o T3 é mais potente (cerca de 4x mais, o que prova a 
conversão de T4 em T3 nos tecidos de alto metabolismo, como o fígado). 
 
FUNÇÕES BIOLÓGICAS DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS 
 Tiroxina (T4) e Triiodotiroinina (T3): aumento do metabolismo das reações. 
 Calcitonina: deposição de íons cálcio nos ossos. 
 
NECESSIDADE DE IODO PELO ORGANISMO 
 Necessário na formação de tiroxina e triiodotironina. 
 Deve-se ingerir cerca de 1mg de Iodo por semana. 
 
OBS: O sal comum utilizado na dieta comum das pessoas já é iodetado,isto é, adicionado do íon iodeto. 
 
ETAPAS DA PRODUÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS 
1) Bomba de iodeto (transporte ativo primário): ocorre transferência de iodeto do sangue para as células 
glandulares e para o folículo, influenciada pela concentração de TSH no sangue. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● FISIOLOGIA 
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2) Tiireoglobulina e formação de T3 e T4: a tireoglobulina é uma glicoproteína presente nos coloides da glândula 
tireoidea, formada e secretada pelo folículo tireoidiano, contendo ela 70 resíduos de tirosina (aminoácido 
responsável pela produção dos hormônios tireoidianos). Os hormônios são formados no interior da 
tireoglobulina, quando a tirosina é ligada ao iodeto oxidado. Como dito anteriormente, a produção do T4 é cerca 
de 20x maior que a do T3; o T4, entretanto, é convertido perifericamente em T3 (que é, de fato, o hormônio 
biologicamente ativo) pela enzima desiodinase I. 
3) Oxidação do iodeto: é uma etapa essencial devido à conversão de iodeto a sua forma oxidada, realizada por 
ação do peróxido de hidrogênio por meio da ação da enzima peroxidase. Dessa maneira, a combinação do 
iodo com a tirosina é mais facilmente aceita. 
4) Iodetação da tirosina: participação da enzima no processo de incorporação da molécula de iodeto na tirosina, 
acelerando processo. 
5) Armazenamento na tireoglobulina: após a síntese dos hormônios tireoidianos, cada molécula de tireoglobulina 
contém ate 30 moléculas de tiroxina e algumas moléculas de triiodotironina. Dessa forma, os hormônios são 
armazenados suficientemente para 2 a 3 meses. 
6) Liberação da tiroxina e triiodotironina: ocorre a ligação de T3 e T4 às proteínas plasmáticas no organismo. 
Cerca de 99% do T3 e T4 estarão ligados a globulina fixadora de tiroxina, que é uma proteína específica para 
esta fixação. 
 50% da tiroxina é liberada a cada 6 dias por ter alta afinidade às proteínas plasmáticas. 
 50% da triiodotironina é liberada a cada 1 dia por ter baixa afinidade. 
 Nas células teciduais vão se ligar à proteínas intracelulares. 
 
7) Latência (inativo) e duração da ação (ativo) da tiroxina: devido à ligação das proteínas plasmáticas e 
teciduais, há um longo período de latência (2 a 3 dias inativo) após a ingestão de tiroxina, que pode durar de 10 
a 12 dias ativo. Ou seja, o efeito da tiroxina reposta dura cerca de 10 dias para ter inicio. 
8) Latência e duração da triiodotironina: o T3 tem período de latência (inativo) durando cerca de 6 a 12 horas 
apenas, enquanto a sua ação ocorre quatro vezes mais rápido e eficaz que o T4 por ser mais potente, durando 
cerca de 2 a 3 dias ativo. 
9) Conversão de T4 em T3: perifericamente, acontece a remoção de um iodo da molécula de T4 (pela 
desionidase) e acontece o aumento da afinidade dos hormônios T3 pelos receptores intracelulares, tendo efeito 
sobre as mitocôndrias: aumentam de tamanho, número e área total de membrana. 
 
OBS: Sabendo-se que o principal hormônio produzido pela tireoide é o T4 e que este regula, por feedback, a produção 
do TSH, podemos medir laboratorialmente a função tireoidiana solicitando-se, rotineiramente, apenas o TSH e/ou T4 
livre (a dosagem do T3 livre deve ser solicitada apenas na suspeita de tireotoxicose por T3, o que ocorre em 3-5% dos 
casos). 
 
FUNÇÃO DOS HORMONIOS DA TIREOIDE 
 Aumento da transcrição gênica. 
 Aumento da atividade enzimática. 
 Aumento das proteínas estruturais. 
 Aumento das proteínas transportadoras. 
 Aumento generalizado da atividade funcional do corpo. 
 
EFEITO DOS HORMONIOS TIREOIDIANOS NO CRESCIMENTO 
 Esses hormônios manifestam-se principalmente em crianças na fase de crescimento. 
 Crianças hipotireoideas: retardo no crescimento. 
 Crianças hipertireoideas: crescimento em excesso. 
 Durante a vida fetal e os primeiros anos, os hormônios da tireoide são importantes para o crescimento e 
desenvolvimento cerebral. 
 
EFEITOS DOS HORMONIOS SOBRE OS MECANISMOS CORPORAIS 
 Metabolismo dos Carboidratos: aumentam a atividade enzimática. 
 Metabolismo dos lipídios: aumento do metabolismo e esgotamento de reservas adiposas. Redução do 
colesterol e triglicerídeos. 
 Peso corporal: redução do peso, mas acompanhado de aumento de apetite. 
 Sistema cardiovascular: aumento do fluxo cardíaco; aumento do débito e frequência cardíaca. 
 Respiração: aumento da amplitude dos movimentos respiratórios. 
 Trato digestório: aumento de secreção de sucos digestivos e motilidade dos músculos lisos. 
 Sistema nervoso central: aumento da atividade. 
 Função muscular: enfraquecimento devido ao catabolismo proteico; tremores. 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● FISIOLOGIA 
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REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE HORMONIOS 
 É regulado, principalmente, pelo hipotálamo (TRH) e hipófise anterior (TSH): 
 Aumento da proteólise da tireoglobulina; 
 Aumento da atividade da bomba de iodeto e iodetação da tirosina 
 Aumento do tamanho e numero de células da glândula. 
 Aumento da atividade secretora das células. 
 Ativação da via do AMPc. 
 
OBS: O frio aumenta a liberação de TRH e TSH. 
 
 Hipertireoidismo / Bócio difuso toxico / Doença de graves: 
 Características: 
 Principal causa de hipertireoidismo (com tireotoxicose) em nosso meio. 
 Resulta de resposta autoimune às células da glândula. 
 Ocorre Aumento de 2 a 3 vezes no tamanho da glândula. 
 Aumento na secreção de 5 a 15 vezes. 
 É uma doença causada por um anticorpo: antirreceptor de TSH (TRAb) 
 Sintomas: alto grau de excitabilidade, intolerância ao calor, aumento da sudorese, grande perda de 
peso, fraqueza muscular, nervosismo, exoftalmia. 
 Testes diagnósticos 
 TSH baixo ou suprimido; 
 T4 livre alto; 
 Anticorpo: antirreceptor de TSH (TRAb) positivo. 
 Tratamento: remoção cirúrgica da glândula, fazendo uso antes de substâncias anti-tireoideas (como o 
Propiltiouracil, um bloqueador da formação dor hormônios da tireoide). 
 
 Hipotireoidismo: Tireoidite de Hashimoto e Bócio Coloide Endêmico 
 Características: 
 A principal causa de hipotireoidismo no Brasil é uma doença primária (sem fator desencadeante 
conhecido): Hashimoto, uma doença autoimune. Nesta doença, existe uma diminuição da 
produção dos hormônios tireoidianos, o que aumenta, por feedback positivo, o TRH e o TSH. 
 O bócio coloide endêmico ocorre devido a falta de iodo, o que resulta em uma produção 
deficiente de hormônios T3 e T4; sem hormônios, não há inibição do TSH, o qual se mostra 
aumentado; ocorre a produção excessiva de tireoglobulina (nos coloides) e, devido a isso, 
aumento da glândula (bócio) em 10 a 12 vezes o tamanho normal. 
 Sintomas: ocorrem efeitos opostos ao hipertireoidismo, tais como: sonolência extrema e lentidão 
muscular; redução da frequência cardíaca e débito cardíaco; redução do volume sanguíneo; aumento de 
peso; voz rouca (semelhante ao coaxar de sapo); aparência edematosa no corpo; mixedema. 
 Diagnóstico: 
 TSH alto; 
 T4 livre diminuído; 
 Anti-TPO positivo em caso de Hashimoto. 
 Tratamento: é realizado com administração de T4 exógeno (Levotiroxina) em doses calculadas com 
relação à massa corpórea do paciente. O controle do tratamento deve ser feito por meio de dosagens de 
TSH, que deve se manter em níveis normais, observando-se também os níveis de triglicerídeos e 
colesterol. 
 
OBS: Bócio, por definição, significa aumento da glândula tireoide. Em resumo, podemos definir que a glândula tireoide 
cresce por dois motivos, basicamente: ou porque o TSH está alto, ou porque existem anticorpos estimulando a glândula. 
 
HORMÔNIOS DO CÓTEX DA SUPRARRENAL 
 Cortisol: controla o metabolismo de proteínas, glicose e lipídios. 
 Aldosterona: promove a retenção renal de água e sal, reabsorvendo-os para manter a pressão arterial 
constante em caso de hemorragias. 
 
 
HORMÔNIOS DO PÂNCREAS 
 Todos produzidos nas Ilhotas de Langerhans. 
 Insulina: produzida pelas células β, com ação hipoglicemiante. 
 Glucagon: produzido pelas células α,com ação hiperglicemiante. 
 Somatostatina: inibição do STH. 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● FISIOLOGIA 
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HORMÔNIOS OVARIANOS 
 Estrogênio: estimulam o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos. 
 Progesterona: desenvolvimento do aparelho secretor das mamas. 
 
 
HORMÔNIOS DA PARATIREOIDE 
 Paratormônio: aumento do cálcio sanguíneo, através da: ativação da vitamina D3, que estimula a absorção de 
Ca
2+
 no intestino; estimula os rins na reabsorção de cálcio; retirada de cálcio do tecido ósseo pelos osteoclastos. 
 
 
HORMÔNIOS PLACENTÁRIOS 
 Gonadotrofina Coriônica / hCG: promove o crescimento do corpo lúteo e a secreção de estrógeno e de 
progesterona por ele. 
 Estrogênios e Progesterona 
 Somatotrofina Humana: promove o desenvolvimento de tecidos fetais, bem como as mamas da mãe.

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