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29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 1/13 Capítulo 1 Introdução à Sistematização do Cuidar II Capítulo 1: Parte 1 Introdução à Sistematização do Cuidar II Posição do paciente para o exame físico e divisão da superfície corporal em regiões O enfermeiro é o pro†⁐ssional com maior facilidade para detectar as alterações nas condições físicas e do estado geral de uma pessoa, por ter maior tempo de contato e acompanhar o processo de resolução do problema de saúde dos pacientes. Logo, a importância do desenvolvimento do raciocínio clínico e o desenvolvimento do pensamento crítico tornam-se ainda maiores para a 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 2/13 interpretação dos dados coletados e associados às alterações †⁐siológicas apresentadas pelos pacientes. As ferramentas disponíveis ao enfermeiro incluem a coleta de dados subjetivos e objetivos de saúde, de forma sistematizada e fundamentada em uma Teoria de Enfermagem, mediante a realização de um exame físico completo, que possibilitam avaliar os padrões de saúde e suas alterações, bem como o progresso do paciente perante as terapêuticas realizadas. Para a coleta de dados por meio do exame físico, é necessário ao enfermeiro retomar conhecimentos de anatomia e †⁐siologia, assim como o desenvolvimento de habilidades de semiologia e semiotécnicas. Para realização do exame físico, o enfermeiro deve considerar as possíveis variações anatômicas e obedecer às recomendações internacionais para o registro sobre a posição anatômica. Algumas posições são utilizadas para facilitar a realização do procedimento pelo enfermeiro. 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 3/13 A aquisição de habilidades para realizar o exame físico está fundamentada em conhecimentos sobre as posições mais adequadas para melhor visualização e avaliação clínica, que subsidiarão o planejamento da assistência de enfermagem. Fundamentos teóricos da propedêutica do exame físico A precisão de uma história clínica e de um exame físico in††uencia a escolha de terapias medicamentosas e, consequentemente, as reações frente aos tratamentos. Um exame rigoroso, entretanto, deve ser direcionado às necessidades atuais do paciente e, após uma melhora em seu quadro geral, realiza-se o exame físico para avaliar a sua evolução clínica e a resposta às terapêuticas e para de†⁐nição de novas necessidades de intervenção. Utiliza-se o exame físico aprofundado para promover comportamentos de saúde e medidas preventivas, para reconhecer a necessidade de liberação do auxílio-saúde ou mesmo do seguro-saúde, para ingresso no serviço militar e até mesmo para conseguir um novo emprego. Nas instituições de saúde, ressaltamos seus objetivos: Auxiliar na coleta de dados sobre a história de saúde do paciente; Con†⁐rmar, contestar ou complementar dados apurados durante a entrevista; 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 4/13 Con†⁐rmar, contestar ou complementar dados apurados durante a entrevista; Contribuir na elaboração dos diagnósticos de enfermagem; Auxiliar na avaliação do estado geral de saúde do paciente e na descrição de sua evolução clínica; Contribuir para a reformulação de prescrições sobre ações de cuidado a serem implementadas. Logo, para que o enfermeiro consiga participar e intervir no problema de saúde atual do paciente, é necessário manter uma interação interpessoal e criar um vínculo de con†⁐ança entre ambos. Com paciência, dedicação e atenção aos detalhes, torna-se possível identi†⁐car as preocupações do paciente, relacionadas ao seu problema de saúde, e auxiliá-lo na busca de estratégias e soluções mais adequadas aos recursos pessoais, familiares e de assistência à saúde, disponíveis para cada paciente. A formação do banco de dados completo e detalhado sobre o estado de saúde do paciente é con†⁐rmado e complementado com a realização do exame físico, que, por sua vez, necessita de experiência clínica e da capacidade de raciocínio clínico para interpretar os achados e descartar falsas evidências. A coleta de dados completa favorece a elaboração dos diagnósticos de enfermagem, além de promover condições para a avaliação e comparação do estado de saúde futuro do paciente, com apresentação de melhora ou não, após a implementação das intervenções de enfermagem e, por conseguinte, a avaliação da assistência de enfermagem. O exame físico é um processo contínuo, permitindo assim modi†⁐cações no plano de cuidados de acordo com as condições do paciente, reavaliação dos diagnósticos de enfermagem estabelecidos, identi†⁐cação de novos problemas e complementação da prescrição de enfermagem. Através destas ações podemos alcançar o sucesso do planejamento, obter os resultados esperados e dar continuidade ao cuidado. As habilidades em realizar o exame físico também contribuem para a avaliação do cuidado, determinando o alcance dos resultados propostos. Aspectos relacionados à cultura do paciente e a visão do seu problema de saúde devem ser considerados e respeitados, para que o enfermeiro, ao realizar o contato físico necessário, consiga estabelecer uma relação de respeito e conforto para com ele. Além dos padrões culturais, é necessário ainda obter conhecimentos sobre doenças relacionadas à etnia e as variações nas características físicas in††uenciadas pela cultura, promovendo o respeito pela individualidade do paciente. A realização do exame físico total ou parcial deve ser incorporada ao cuidado de 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 5/13 paciente. A realização do exame físico total ou parcial deve ser incorporada ao cuidado de enfermagem, onde a experiência clínica e a habilidade pro†⁐ssional podem contribuir na identi†⁐cação de achados mais relevantes, além de otimizar o tempo de trabalho da equipe de enfermagem. Contudo, o exame físico deve considerar a hierarquia de necessidades humanas básicas, que subsidia a Teoria de necessidades humanas básicas de Wanda de Aguiar Horta, adotada para fundamentar o Processo de Enfermagem na nossa Instituição. Instrumentais para realização do exame físico Para realização do exame físico, devemos utilizar nossos sentidos (visão, audição, olfato e tato) de forma mais organizada e, ainda, recorrer às quatro semiotécnicas: inspeção, palpação, percussão e ausculta. Apesar de ser uma técnica simples, é pouco utilizada devido ao tempo prolongado de trabalho, mas, quando realizada de forma e†⁐caz e focalizada, contribui com a geração de muitos dados e com a qualidade do exame físico realizado. É de extrema importância o paciente estar relaxado para não in††uenciar os resultados e o enfermeiro deve estar com as mãos aquecidas para maior conforto do paciente e unhas curtas para INSPEÇÃO Remete o pro†⁐ssional ao processo de observação, que deve ser realizado de forma concentrada. A inspeção no corpo do paciente pode detectar alterações consideradas diferentes do padrão de normalidade ou, ainda, revelar traços físicos importantes, desde que realizada com atenção e observação cuidadosa dos movimentos e da idade cronológica do paciente. Primeiramente, o paciente deve ser observado como um todo e, em seguida, a observação é detalhada em cada sistema. PALPAÇÃO É a segunda semiotécnica, utilizada para con†⁐rmar os achados da inspeção, que é realizada com a utilização das mãos para realizar aferições delicadas e sensíveis como resistência, elasticidade,rugosidade, textura, temperatura, mobilidade, umidade, localização e tamanho dos órgãos, detecção do aumento de volume, vibração, pulsação, rigidez, espasticidade, crepitação, presença de nódulos ou massas, existência de dor e de hipersensibilidade. 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 6/13 não causar-lhe lesões, além de observar as informações não verbais apresentadas durante este procedimento. A palpação inicia-se de forma super†⁐cial seguindo para profunda, alterando a pressão realizada pelo enfermeiro com os dedos ou com a palma da mão. As áreas sensíveis são examinadas posteriormente para evidenciar a presença de alterações em relação ao padrão de normalidade. Para garantir melhor a sensibilidade, a palpação super†⁐cial deve ser realizada com uma pressão super†⁐cial e intermitente para favorecer a sensibilidade do enfermeiro em identi†⁐car as alterações no paciente. Já a palpação profunda é utilizada para avaliar as condições dos órgãos e é realizada com cautela para evitar desconforto ou lesão. A mão sensível deve ser posicionada de forma relaxada sobre a pele do paciente e a outra é responsável por aplicar pressão sobre ela, o que facilita a percepção e detecção das características de um órgão, como a posição, a textura, o tamanho, a consistência, a pulsação e a formação de massas ou tumorações. O dorso da mão e a ponta dos dedos são mais sensíveis à temperatura, enquanto a superfície palmar absorve as vibrações. Assim, o enfermeiro deve aliar seus conhecimentos para conseguir interpretar as alterações identi†⁐cadas no paciente. Temos a percussão direta, que consiste em golpear a superfície corporal diretamente com um ou dois dedos. A percussão indireta é realizada através da colocação do dedo médio da mão não dominante na superfície corporal e, com a ponta do dedo médio da outra mão, realiza golpes sobre o outro dedo. Os sons veri†⁐cados podem ser classi†⁐cados como timpânico, ressonante, hiperressonante, maciço e submaciço e são criados por determinados tipos de tecidos subjacentes e avaliados pelo seu volume, duração e qualidade. Clique na imagem para ampliar PERCUSSÃO Consiste em golpear levemente o corpo com as pontas dos dedos, com toques curtos e †⁐rmes, para avaliar estruturas subjacentes com relação ao tamanho, às bordas e à consistência dos órgãos corporais, além de descobrir a presença de líquido nas cavidades, através da geração de vibrações e sons característicos. Requer uma habilidade avançada e, normalmente, é utilizada para con†⁐rmar achados de outras semiotécnicas. 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 7/13 Sons veri†⁐cados na percussão. Ribeirão Preto, 2015. A percussão é utilizada para: Mapear a localização e as dimensões de um órgão através do som emitido em suas bordas; Indicar a densidade de uma estrutura (ar, líquido ou sólido); Encontrar massas anormais de localização super†⁐cial; Provocar dor na presença de in††amação; Promover re††exo tendinoso profundo. A percussão de uma estrutura gera uma vibração, a qual produz ondas sonoras características, que possuem amplitude (intensidade), frequência (tonalidade), qualidade (timbre) e duração. Para obter uma ausculta de qualidade, o enfermeiro deve promover um ambiente silencioso, com temperatura agradável, utilizar instrumentos aquecidos, não realizar a semiotécnica sobre vestimentas e, ainda, umedecer-lhe os pelos, caso o paciente apresente uma quantidade razoável. O desenvolvimento de habilidades para realizar as semiotécnicas inspeção, palpação, percussão e ausculta requerem dedicação e persistência, que podem ser aperfeiçoadas em práticas de AUSCULTA Consiste em ouvir os sons produzidos pelo corpo, como os do coração, pulmão e abdome, através de um estetoscópio, e avaliar suas características. É de difícil domínio, pois primeiramente é necessário conhecer os vários sons, considerados dentro do padrão de normalidade, para então começar a perceber os sons anormais e os suplementares. 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 8/13 ausculta requerem dedicação e persistência, que podem ser aperfeiçoadas em práticas de laboratório, e inicialmente, o enfermeiro deve ater-se aos padrões de normalidade. Posteriormente, com maior segurança e ao longo dos estágios práticos, é possível re†⁐nar esta capacidade com a realização de discussões de casos, com vinculação dos achados à †⁐siopatologia, sinais e sintomas, a tratamentos e à terapêutica medicamentosa do paciente. Preparação do paciente para realização do exame físico É necessário assegurar uma preparação adequada do paciente, com um ambiente propício e equipamentos adequados e em perfeito estado de funcionamento para impedir interrupções durante a realização do exame físico, além de reduzir a ocorrência de erros e resultados incompletos. Portanto, é importante assegurar os seguintes passos: Utilizar equipamentos de proteção-padrão garante a segurança do pro†⁐ssional e impede a proliferação de micro-organismos com a infecção cruzada e a disseminação de patógenos pelo ambiente hospitalar. O uso de luvas pode prejudicar a realização de algumas semiotécnicas, mas a política de controle de infecção hospitalar deverá ser seguida rigorosamente. O ambiente deve oferecer privacidade, conforto, iluminação e temperaturas adequadas, além de ser livre de fontes de ruídos. Os equipamentos devem estar limpos, disponíveis e acessíveis durante o exame. O paciente deve utilizar o sanitário e esvaziar a bexiga antes de iniciar o exame e, se necessário, neste momento deve ser realizada a coleta de exames de fezes e urina. Como vestimenta, para facilitar os procedimentos, o paciente deve usar um roupão simples ou uma camisola, pois favorece a realização do exame físico em razão de sua fácil remoção para expor somente a área em avaliação. Ao †⁐nal, posicionar-se na maca de exames. A posição adotada pelo paciente deve facilitar a realização do exame, logo existem posições especí†⁐cas e adequadas à realização de cada uma das semiotécnicas nas diferentes regiões do corpo do paciente. Vale ressaltar que a viabilidade do posicionamento adequado do paciente depende de sua força física, mobilidade, capacidade de respirar, idade e presença de dor. Durante a realização do exame, somente a parte a ser examinada deverá †⁐car exposta, assegurando a privacidade do paciente. É necessário conquistar a empatia do paciente, através de explicações claras, com linguagem simples e postura pro†⁐ssional, promovendo maior con†⁐ança e liberdade de expressão, menor vergonha e ansiedade relacionada aos possíveis achados anormais. Para que o exame físico seja relevante, ele deve ser realizado de forma sistematizada, para que nenhuma informação 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 9/13 seja omitida. Assim o enfermeiro deve inicialmente: Comparar ambos os lados do corpo analisando a simetria; Em pacientes com maior comprometimento clínico, iniciar o exame físico pelo sistema que envolve maior risco ou apresente maiores alterações; Nunca provocar a exaustão, oferecendo ao paciente o tempo necessário para obter sua colaboração; Realizar os procedimentos dolorosos próximo ao †⁐nal, para não ocasionar tensão ou estresse ao paciente. O registro dos resultados do exame é imprescindível, por isso utilizar linguagem cientí†⁐ca especí†⁐ca. Completar as anotações ao †⁐nal do exame para não cansar o paciente ou ainda, causar a falsa impressão de descaso ou faltade interesse. A organização do ambiente e o preparo do paciente para realizar o exame físico é de extrema importância, pois otimiza o tempo envolvido e principalmente favorece o conforto e a privacidade do paciente, além de possibilitar dados †⁐dedignos e completos para o planejamento da assistência de enfermagem. Avaliação das condições emocionais e mentais do paciente na avaliação clínica ou aspectos psicológicos do exame físico A capacidade emocional e cognitiva de uma pessoa é um processo relativo e contínuo, que deve se manter em equilíbrio para que ela possa não só atuar social e pro†⁐ssionalmente, mas também manter as atividades cotidianas. Vários fatores podem in††uenciar este equilíbrio, como o caso de situações difíceis e estressantes, de perda ou luto, que podem resultar em uma disfunção transitória ou, ainda, em episódios de reações exacerbadas caracterizando os transtornos mentais. Estes transtornos são de†⁐nidos como um padrão comportamental ou psicológico associado a sentimentos como angústia e sensação de incapacidade, os quais são capazes de provocar dor, verdadeira incapacitação, restrição de liberdade e até mesmo óbito. Os transtornos mentais são classi†⁐cados como orgânicos (aqueles que possuem causa especí†⁐ca e conhecida) e como doenças mentais psiquiátricas (que não possuem etiologia orgânica). Para determinar a função mental de um paciente, o enfermeiro deve observar de forma 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 10/13 Para determinar a função mental de um paciente, o enfermeiro deve observar de forma indireto seu comportamento, considerando: A consciência: função elementar, onde a pessoa é capaz de demonstrar sua percepção sobre sua própria existência, seus sentimentos e pensamentos; A linguagem: utilização da voz para comunicar seus pensamentos e sentimentos; O afeto: expressão temporária dos sentimentos e do estado da mente; O humor: exibição mais prolongada e estável dos sentimentos, é o comando da vida emocional da pessoa; A orientação: consciência de sua relação e de inserção no mundo; A atenção: capacidade de concentração, de manter o foco sem distração; A memória: capacidade de gravar e guardar as experiências recentes (dia a dia) e remotas (o conjunto do passado, o que foi vivenciado); O raciocínio abstrato: capacidade de equilibrar seus signi†⁐cados mais profundos com o concreto e real; O processo de pensamento: forma própria de pensar e o encadeamento lógico; O conteúdo do pensamento: seu pensamento, ideias e crenças; As percepções: consciência relacionada com os cinco sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato). O exame integral das funções mentais é realizado de forma sistematizada, no decorrer da anamnese, onde o enfermeiro deve estar atento e observar a aparência, o comportamento, a capacidade cognitiva e os processos de pensamento. No geral, um exame mais simpli†⁐cado pode ser realizado durante a entrevista, onde o enfermeiro deverá identi†⁐car e avaliar os pontos relevantes da saúde mental, além da capacidade do paciente em lidar com as situações problemáticas. Algumas situações indicam a necessidade de realização de um exame completo: Demonstração pela família/cuidador de preocupação devido ao aparecimento de alterações de comportamento; Presença de lesões cerebrais como traumas, neoplasias ou acidente vascular cerebral; Apresentação de quadro de afasia, com aparecimento de depressão ou agitação; Sintomas agudos de patologias psiquiátricas. 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 11/13 Existem situações que podem confundir o pro†⁐ssional com relação aos dados coletados, por apresentar alterações emocionais e cognitivas, em decorrência de: Presença de doença renal crônica ou alcoolismo; Uso de medicações; alterações comportamentais e de educação; História de tensão, alteração de hábitos de sono e uso de drogas. A interação e o vínculo estabelecido pelo enfermeiro com o paciente e família podem dar os primeiros indicativos de alterações das funções mentais e cognitivas, o que pode auxiliar no direcionamento do exame físico, com possibilidade de re†⁐nar ainda mais a avaliação clínica realizada pelo pro†⁐ssional. Para realização do exame das funções mentais, uma sequência de etapas hierárquicas é recomendada: Primeiramente, a veri†⁐cação da consciência; Alterações nos padrões e capacidade de linguagem; Aparência: postura (ereta e posição relaxada), movimentos corporais (voluntários, deliberados, ordenados, suaves e uniformes), vestuário (apropriado ao clima, idade, sexo e tamanho), cuidados pessoais e de higiene (pessoa limpa e arrumada, independentemente da condição econômica); Comportamento: nível de consciência (acordada, alerta, responsiva), expressões faciais, discurso (qualidade da fala, participação na conversa, articulação), humor e afeto (disposição para a cooperação); Funções cognitivas: orientação (tempo, local e pessoa), atenção (capacidade de concentração, registro e interpretação), memória recente (últimas 24 horas), memória remota (acontecimentos relevantes do passado), capacidade de adquirir novos conhecimentos (registro de novas memórias – teste das 4 palavras) e capacidade de julgamento; Processos de pensamento (onde cada pensamento deve ter uma conclusão) e percepções (consciência sistemática da realidade): investigação de pensamentos 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 12/13 suicidas (presença de tristeza, desesperança, desespero ou luto contribuem para o aumento do risco de causar danos físicos auto in††igidos, que devem ser investigados pelo enfermeiro, realizando questionamento especí†⁐co para esta hipótese). Os dados coletados, ao serem avaliados pelo enfermeiro, podem indicar possíveis alterações de comportamento e de funções mentais, além das necessidades prioritárias do paciente, as quais serão evidenciadas pelo diagnóstico de enfermagem, elaboração das metas e resultados esperados, estabelecimento e implementação da prescrição de enfermagem. Desta forma, os diagnósticos de enfermagem que podem ser elaborados para o tema em discussão são os seguintes: Cabe ressaltar que a habilidade do pro†⁐ssional para realizar o exame das funções mentais é aprimorada no decorrer de sua experiência clínica como enfermeiro. A avaliação clínica dos aspectos †⁐siológicos pode ser complementada com a avaliação das funções mentais, contudo isto exige maior desenvolvimento de habilidades do enfermeiro, pois a obtenção de dados objetivos e subjetivos depende da perspicácia aliada aos conhecimentos e ao pensamento crítico. DIAGNÓSTICO REAL Comunicação prejudicada relacionada a pensamento distorcido e irreal secundário a transtorno psicótico, evidenciada por resposta inapropriada e frases sem sentido ou confusas. DIAGNÓSTICO DE RISCO Risco de resiliência relacionados à presença de nova crise adicional (doença) e situações adversas múltiplas coexistentes. DIAGNÓSTICO DE BEM-ESTAR Comportamento de saúde propenso a risco relacionado à atitude negativa diante dos cuidados de saúde e aos recursos inadequados evidenciados por falha em adotar atitudes que previnem problemas de saúde. 29/08/2016 SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II http://portaldoaluno.webaula.com.br/Cursos/ebook/sistematizacao_do_cuidar_ii/?capitulo=1 13/13 CAPÍTULO 1 Introdução à Sistematização do Cuidar II Clique sobre os ícones abaixo. 1 2 CAP.
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