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Aula 05 Sistemas Construtivos

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Arquitetura Brasileira I 
 
 
Sistemas construtivos tradicionais – 
Minas Gerais, séculos XVIII e XIX 
 
Prof(a): Fernanda Alves de Brito Bueno 
 
Aula: Prof. Tito Flávio Rodrigues de Aguiar - DEARQ 
Curso de Arquitetura e Urbanismo 
Escola de Minas – Universidade Federal de Ouro Preto 
objetivos desta aula 
 
Analisar técnicas e materiais de construção empregadas em Minas 
Gerais na arquitetura setecentista e ao longo do século XIX. 
 
Levar o aluno a desenvolver a capacidade de observação das técnicas 
e das características construtivas da arquitetura tradicional brasileira; 
possibilitar ao estudante identificar elementos construtivos, bem 
como técnicas e materiais empregados, dentro do contexto de 
produção local. 
oito obras 
 
ÁVILA, Affonso; GONTIJO, João Marcos Machado; MACHADO, Reinaldo Guedes. 
Barroco mineiro, glossário de arquitetura e ornamentação. 3. ed. rev. amp. Belo 
Horizonte: Fundação João Pinheiro/Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1996. 
232 p. 
BOLTSHAUSER, João. Arquitetura no Brasil colonial. In: BOLTSHAUSER, João. 
História da arquitetura. Belo Horizonte: Escola de Arquitetura da UFMG, 1969. v. 5, 
parte II. p. 2877-3014. 
KATINSKY, Júlio Roberto. Sistemas construtivos coloniais. In: VARGAS, Milton 
(Org.). História da técnica e da tecnologia no Brasil. São Paulo: Editora da 
Universidade Estadual Paulista/Centro de Estadual de Educação Tecnológica Paula 
Souza, 1994. Cap. 3. p. 67-94. 
oito obras 
 
MELLO, Suzy de. Barroco no Brasil. In: MELLO, Suzy de. Barroco. São Paulo: 
Brasiliense, 1983. p. 84-118. 
MELLO, Suzy de. Construtores, projetos e sistemas construtivos. In: MELLO, Suzy 
de. Barroco mineiro. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 239-259. 
NOLASCO, Ney. Cadernos Ofícios: alvenaria. Ouro Preto: FAOP, 2008. 
VASCONCELLOS, Sylvio de. Arquitetura no Brasil: sistemas construtivos. 5. ed. rev. 
Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1979. 
WEIMER, Günter. As técnicas construtivas. In: WEIMER, Günter. Arquitetura 
popular brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 2005. Cap. 7. p. 227-275. 
abordagens historiográficas 
 
 
Sylvio de Vasconcellos (1979) fez uma análise das técnicas em função das aplicações 
em construções (principalmente da arquitetura civil) e um estudo analítico dos vários 
elementos construtivos, baseado nos materiais empregados, na forma arquitetônica 
obtida e nos processos de construção (técnicas). 
abordagens historiográficas 
 
Sylvio de Vasconcellos (1979) estudou os seguintes elementos construtivos : 
 
Alicerces em alvenaria de pedra, taipa ou com elementos em madeira; paredes 
estruturais em alvenaria de pedra ou tijolos e em taipa; estruturas autônomas de 
madeira ou com pilares de alvenaria de pedra ou tijolos; vedações (fechamentos) 
em pau-a-pique, adobes, estuques e tabiques; pisos interiores e exteriores em 
terra batida, ladrilhos, lajeados, seixos rolados, tabuados; forros internos, segundo 
sua geometria e de acordo com seus materiais (esteiras de taquaras, tábuas, 
estuque, abóbadas maciças em pedra ou tijolos); vãos (de portas e janelas), 
balcões e sacadas, principalmente a partir da forma obtida e dos materiais 
empregados; coberturas, com ênfase nas estruturas de madeira e nos arremates 
inferiores (beirais e cimalhas); escadas, com ênfase na forma arquitetônica. 
 
O autor analisou também as técnicas de pintura e a construção de armários 
incorporados aos ambientes interiores. 
abordagens historiográficas 
 
Suzy de Mello (1985) buscou ir além da análise formal dos elementos construtivos. 
 
Para tanto, partiu de um mapeamento dos construtores e projetistas atuantes no Brasil, 
especialmente em Minas Gerais, no período colonial. A seguir, fez uma descrição dos 
processos de contratação dos projetos arquitetônicos (riscos) e das obras 
(arrematação), com ênfase nas obras de maior importância: igrejas, capelas e 
construções destinadas a uso oficial ou feitas sob a responsabilidade da administração 
pública (casas de câmara e cadeia, chafarizes e pontes, por exemplo). 
 
Foram utilizadas como fontes trabalhos de pesquisadores como Judith Martins, Rodrigo 
Melo Franco de Andrade, Augusto Carlos da Silva Telles e Germain Bazin, que 
consultaram livros de registro das irmandades e ordens terceiras, documentos civis e 
religiosos, recibos e testamentos. 
abordagens historiográficas 
 
Suzy de Mello (1985), por fim, abordou os sistemas construtivos brevemente, distinguindo 
as construções de terra (mais difundidas e presentes em Minas desde o início do 
povoamento) das construções em pedra (características, segundo a autora, de uma 
“natural evolução” dos processos construtivos locais). 
 
Essa abordagem desconsiderou, por vezes, o fato de os sistemas construtivos em terra 
terem convivido até o fim do século XIX com os sistemas construtivos em pedra e com 
o uso de estruturas independentes de madeira, de acordo com peculiaridades locais 
(em especial, a disponibilidade de mão-de-obra e de materiais de construção) 
abordagens historiográficas 
 
Júlio Roberto Katinsky (1994) fez distinção entre sistemas construtivos e técnicas 
construtivas. Os sistemas construtivos devem ser estudados como associação de 
técnicas construtivas e programas sociais ou utilitários, ou seja, a vinculação entre a 
técnica (materiais e processos) e sua finalidade ou destinação. 
 
Assim, a abordagem de Katinsky pode ser considerada como essencialmente 
funcionalista: só interessa o estudo da técnica construtiva no contexto específico da 
sua utilização. 
abordagens historiográficas 
 
Júlio Roberto Katinsky (1994) agrupou as construções coloniais em três grandes 
conjuntos a serem estudados separadamente: 
 
• “Construções destinadas a amparar a produção colonial de exportação”; 
• “Construções públicas destinadas a garantir a continuidade administrativa e social da 
colônia”; 
• “Construções da sociedade civil destinadas predominantemente à vida econômica e 
social, com vistas à satisfação de necessidades internas da colônia”. 
 
Na prática, o autor organizou seu estudo como um panorama da arquitetura brasileira no 
período colonial. 
abordagens historiográficas 
 
Günter Weimer (2005) enfatizou o estudo da arquitetura comum, tradicional e popular, 
especialmente das construções destinadas à moradia. 
 
Tomou com base o estudo dos materiais e das suas aplicações. Distinguiu materiais 
orgânicos (folhas, fibras vegetais; madeira; couro; excrementos e pêlos de animais); 
construções de terra (terra natural; torrões; taipa de pilão; taipa de mão; taipa de sebe; 
taipa de sopapo; adobe; cerâmica); e construções de pedra. 
abordagens historiográficas 
 
Günter Weimer (2005) não estudou apenas a arquitetura do período colonial, mas buscou 
analisar a arquitetura popular brasileira até os dias de hoje. Interessou, ainda, ao autor 
mapear os caminhos de introdução das diferentes técnicas construtivas no país 
(influências portuguesas, africanas, indígenas e de outros imigrantes europeus e 
asiáticos). 
abordagens historiográficas 
 
Ney Nolasco (2008) distingue vários tipos de materiais empregados na arquitetura 
tradicional: 
 
• Produtos de origem vegetal (madeiras, fibras, folhas, resinas, látex, óleos, cinzas, 
corantes); 
• Produtos de origem animal (peles e couros, fezes, sangue, gordura, ossos, penas, 
conchas, corantes); 
• Produtos de origem mineral naturais (terra, rochas, areias, argilas, cinzas, 
betume/óleos, corantes); 
• Produtos de origem mineral transformados (cal, gessos, cerâmica, metais). 
 
abordagens historiográficas 
 
Ney Nolasco (2008) define os sistemas construtivoscomo conjuntos de elementos 
construtivos que, nas construções, desempenham funções específicas. Assim: 
 
Sistema estrutural é o conjunto dos elementos essenciais (portantes) da construção, sua 
infraestrutura (fundações e alicerces) e superestrutura (paredes estruturais, assoalhos, 
pilares, vigas, lajes, rampas, escadas); 
 
Sistema de vedação e proteção, composto de elementos complementares que fecham os 
espaços e ambientes (paredes, esquadrias, coberturas, forros, guarda-corpos); 
 
Sistemas agregados, com elementos incorporados permanentemente à construção para 
melhorar sua funcionalidade ou modificar sua forma (instalações hidráulicas e 
ornamentos, por exemplo); 
 
Sistemas temporários, com elementos que não integram permanentemente a construção e 
são utilizados temporariamente no decorrer dos processos de obra (andaimes, 
escoramentos, cambotas, formas, etc.). 
Muro de pedra seca, casa 
de Tomás Antônio 
Gonzaga, Rua do Ouvidor 
(Rua Cláudio Manuel) Ouro 
Preto. 
PEDRA 
Alvenaria de pedra . 
Alvenaria – construção de 
paredes, muros e alicerces 
utilizando peças de pequena 
dimensão, superpostas e 
justapostas, com ou sem o 
uso de argamassa de 
assentamento. 
Argamassa de assentamento – na alvenaria de pedra era 
uma calda de barro (terra argilosa úmida) ou misturas de cal 
(aglomerante) com areia ou argila (aglomerado) e água. 
A alvenaria de pedra erguida sem argamassa de 
assentamento era chamada de alvenaria insossa ou pedra 
seca, sempre produzindo paredes grossas (de 40 a 120 cm). 
Alvenaria de pedra . 
Fonte: KATINSKY, 1994, p. 82. 
Paredes e 
cunhais. 
PEDRA 
Argamassa de revestimento - 
usada como chapisco, reboco 
e emboço, era uma mistura 
de cal, areia ou argila e água. 
Fonte: KATINSKY, 1994, p. 83. 
Alvenaria de pedra usada 
para estruturar vãos de 
janelas e portas. 
Alvenaria de pedra. 
PEDRA 
Arco de descarga. 
Verga. 
Ombreira. 
Peitoril ou parapeito. 
Ensilharia – alvenaria 
de pedra, assentada 
com argamassa de 
barro. A face externa 
das pedras é aplainada 
e regular, enquanto a 
interna permanece 
irregular. Segundo 
Sylvio de Vasconcellos, 
a face externa era 
chamada de lioz e a 
interna era denominada 
tardoz). 
Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 
1784 - 1817. 
Projetada por Luís da Cunha Menezes, governador e capitão-general da 
Capitania das Minas Gerais, e desenhada por Manoel Ribeiro Guimarães. 
PEDRA 
Cantaria - pedra 
(rocha) lavrada em 
formas regulares, para 
aplicação em 
elementos construtivos. 
Nesse caso, todas as 
faces, aparentes ou 
ocultas dos blocos de 
pedra são regulares. A 
rocha também pode ser 
lavrada em formas 
figurativas, para 
ornamentação. 
Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 
1784 - 1817. 
Projetada por Luís da Cunha Menezes, governador e capitão-general da 
Capitania das Minas Gerais, e desenhada por Manoel Ribeiro Guimarães. 
PEDRA 
Base ou sôco. 
Fuste, liso. 
Capitel, jônico. 
Museu da Inconfidência, 
antiga Casa da Câmara e 
Cadeia, Ouro Preto, 1784 – 
1817. 
PEDRA 
Bacia. 
Capitel, jônico. 
Entablamento. 
Museu da Inconfidência, 
antiga Casa da Câmara e 
Cadeia, Ouro Preto, 1784 – 
1817. 
PEDRA 
Chafariz e muro de pedra, 
Mariana. 
Bacia do 
chafariz, em 
pedra. 
Muro em alvenaria de pedra, com partes 
construídas em diferentes épocas, 
empregando materiais diversos. 
Entablamento 
em pedra. 
Cunhal em 
pedra, com 
recomposição 
em concreto. 
PEDRA 
Condutor de 
água pluvial, 
formado por 
três lajes 
(chapas) de 
pedra. 
Quartzito. 
Canga 
(minério de 
ferro). 
Chafariz e muro de pedra, 
Mariana. 
PEDRA 
Casa de Tomás Antônio Gonzaga, pátio 
interno, com paredes e abóbada de 
alvenaria de pedra, Ouro Preto. 
Muro em 
alvenaria de 
pedra. 
Abóbada em 
alvenaria de 
pedra. 
PEDRA 
Igreja de São Pedro dos Clérigos, Mariana – 
1753-1926. 
Projeto: Antônio Pereira de Souza Calheiros. 
Aduelas do arco 
lateral da galilé. 
Cantaria. 
PEDRA 
Imposta do 
arco-cruzeiro. 
Ensilharia. 
PEDRA 
Igreja de São Pedro dos Clérigos, Mariana – 
1753-1926. 
Projeto: Antônio Pereira de Souza Calheiros. 
Imposta do arco-
cruzeiro. 
Ensilharia. 
Capitéis 
compósitos. 
Ensilharia. 
PEDRA 
Igreja de São Pedro dos Clérigos, Mariana – 
1753-1926. 
Projeto: Antônio Pereira de Souza Calheiros. 
Pilastras do arco-cruzeiro, bacia do púlpito e 
portal, em ensilharia de pedra, Igreja de São 
Pedro dos Clérigos, Mariana. 
sobreverga. 
verga. 
ombreira. 
bacia do púlpito 
pilastra. 
PEDRA 
Conversadeira 
em arenito, 
século XVIII. 
Ensilharia. 
Ladrilho 
hidráulico, de 
cimento, século 
XX. 
PEDRA 
Igreja de São Pedro dos Clérigos, Mariana – 
1753-1926. 
Projeto: Antônio Pereira de Souza Calheiros. 
Sacadas em pedra-sabão 
(esteatito), casa do Barão de 
Pontal, Rua Direita, Mariana. 
Construtor, José Pereira 
Arouca. 
PEDRA 
Detalhe do fechamento 
vertical, sacada. Cantaria. 
Casa do Barão de Pontal, 
Rua Direita, Mariana. 
PEDRA 
Detalhe da ornamentação do fechamento 
vertical da sacada. Cantaria. Casa do 
Barão de Pontal, Rua Direita, Mariana. 
Construtor, José Pereira 
Arouca. 
PEDRA 
Alvenaria de pedra. 
Fonte: KATINSKY, 1994, p. 75. 
Arcos de pontes. 
PEDRA 
Ponte de Antônio Dias, Ouro 
Preto. 
PEDRA 
Alvenaria de pedra. 
Fonte: KATINSKY, 1994, p. 74. 
Arcos de pontes. 
PEDRA 
Alvenaria de pedra. 
Pontes no córrego do Lenheiro, 
São João d´El-Rei. 
PEDRA 
Alvenaria de pedra. 
Muros de contenção de terraços ajardinados na 
margem direita do córrego do Xavier ou do Ouro 
Preto, ao lado da Casa dos Contos. 
PEDRA 
Alvenaria de pedra. 
Muros de contenção de terraços ajardinados na 
margem direita do córrego do Xavier ou do Ouro 
Preto, ao lado da Casa dos Contos. 
PEDRA 
Alvenaria de pedra. 
Taipa de pilão 
Fonte: KATINSKY, 1994, p. 86. 
TERRA 
Taipa de pilão – 
técnica que utiliza 
terra crua para 
erguer paredes 
maciças e 
alicerces. 
Fonte: KATINSKY, 1994, p. 86. Taipa de pilão 
TERRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 17. 
Taipa de pilão 
Travamento dos taipais, com 
travessas de madeira, inseridas a 
cada 50cm em orifícios nas formas 
(cabodás). 
TERRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 22. 
Planta com o travejamento vertical no 
meio da taipa, com peças de madeira 
(início do século XVII). 
Taipa de pilão 
TERRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 22. 
Planta exibindo o travejamento 
vertical pela face interior da parede, 
com peças de madeira (fins do 
século XVII). 
Taipa de pilão 
TERRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 22. 
Planta apresentando o travejamento vertical no interior 
da parede, com estacas de madeira, isoladas (início 
do século XVIII). 
Taipa de pilão 
TERRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 16. 
Corte, detalhando o reforço do topo das 
paredes de taipa, com peças de madeira. 
Taipa de pilão 
TERRA 
Fonte: KATINSKY, 1994, p. 80. 
Reforço do topo das paredes de 
taipa, na Capela de Nossa Senhora 
do Carmo (1756-1784). 
Taipa de pilão 
TERRA 
Fonte: KATINSKY, 1994, p. 87. 
Reforços dos vãos 
(portas e janelas). 
Taipa de pilão 
TERRA 
Proteção dos muros 
externos em taipa ou 
alvenaria de pedra. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 58.TERRA 
Argamassa de revestimento - uma 
mistura de cal, areia ou argila e 
água era usada como chapisco, 
reboco e emboço, regularizando as 
superfícies e protegendo-as contra 
as águas. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 59. 
Proteção dos muros 
externos em taipa ou 
alvenaria de pedra. 
TERRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 61. 
Proteção dos muros 
externos em taipa ou 
alvenaria de pedra. 
TERRA 
Muro do adro da Capela da Ordem 
Terceira de São Francisco de Paula, 
Ouro Preto, século XIX. 
Mureta, com 
paramento 
vertical caiado. 
Face superior com 
lajes de quartzito, 
esquadrejadas 
A capela da 
Ordem Terceira 
de São 
Francisco de 
Paula foi 
construída 
entre 1804 e 
1878. 
TERRA 
Estrutura autônoma de madeira Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 38. 
Enquadramento ou gaiola. 
fechamento 
em terra ou 
pedra. 
frechal. 
esteio. 
trave. 
verga. 
parapeito. 
ombreira. 
baldrame. 
MADEIRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 16. 
Esteios e 
baldrames. 
esteio. 
baldrame. 
vedação do 
alicerce. 
Estrutura autônoma de madeira 
MADEIRA 
Esteios de 
madeira, 
provavelmente 
para obra de 
construção de 
edifício junto à 
praça (a atual 
Câmara 
municipal). 
Acervo: Museu da 
Inconfidência. 
Ouro Preto, anos 1870. Praça da Independência (hoje Praça 
Tiradentes). 
MADEIRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 35. 
Frechais, esteio e baldrames. 
sambladura 
(encaixe) dos 
frechais e dos 
esteios. 
sambladura 
do esteio e 
dos 
baldrames. 
nabo do esteio (apoio da 
peça, enterrado no solo. 
Estrutura autônoma de madeira 
MADEIRA 
Fonte: KATINSKY, 
1994, p. 85. 
Estrutura autônoma de madeira 
MADEIRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 15. 
Baldrames, esteio e alicerce 
em pedra. 
sambladura (encaixe) dos 
baldrames e dos esteios. 
abertura, em 
forma de 
fêmea, para 
encaixe do 
esteio. 
sambladura do 
esteio, em 
forma de 
macho. 
alicerce em 
blocos de 
pedra. 
Estrutura autônoma de madeira 
MADEIRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 14. 
esteio. 
sarjeta. 
proteção da 
alvenaria. 
Estrutura autônoma de madeira 
MADEIRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 67. 
Acabamento do cunhal 
com tábuas de 
madeira, por vezes 
com relevos em 
estuque. 
esteio. 
cravos de fixação. 
tábuas recortadas. 
Estrutura autônoma de madeira 
MADEIRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 67. 
Acabamento do cunhal 
com tábuas de madeira, 
por vezes com relevos em 
estuque. 
relevo 
ornamental. 
Estuque (em italiano, 
stucco): massa de cal 
extinta e pó de mármore, 
alabastro ou giz, usada 
para fazer peças e 
elementos decorativos. 
Estrutura autônoma de madeira 
MADEIRA 
Estrutura autônoma de madeira 
Cunhal 
Cimalha 
MADEIRA 
Acabamento do cunhal e arremate 
com a cimalha. Residência, 
Mariana. 
Arcada em madeira, Casa da 
Câmara, Tiradentes. 
MADEIRA 
Estrutura autônoma de madeira. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 38. 
Estrutura da 
varanda da antiga 
Casa de Câmara e 
Cadeia, Tiradentes. 
MADEIRA 
Tabiques usados como fechamento lateral de empenas com 
chapas de aço galvanizadas ou zincadas (lata), técnica usada 
em reformas do fim do século XIX e do início do século XX. 
MADEIRA 
Tabiques. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 55. 
Embasamento de 
construção com estrutura 
autônoma de madeira feito 
por paredes de alvenaria de 
pedra. 
Estrutura autônoma de madeira 
MADEIRA
E PEDRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 55. 
Embasamento de 
construção com estrutura 
autônoma de madeira feito 
por pilares de alvenaria de 
pedra. 
Estrutura autônoma de madeira 
MADEIRA
E PEDRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 55. 
Embasamento de 
construção com estrutura 
autônoma de madeira feito 
por arcadas de alvenaria de 
pedra. 
Estrutura autônoma de madeira 
MADEIRA
E PEDRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 52. 
Estrutura autônoma de madeira 
e vedação em adobe 
MADEIRA 
E TERRA 
Estrutura autônoma de 
madeira e vedação em 
adobe 
Fechamento de vão 
(guarnecido de ombreiras e 
verga em madeira) com 
adobes, assentados com 
argamassa de barro. 
MADEIRA 
E TERRA 
Fonte: KATINSKY, 
1994, p. 85. 
Estrutura autônoma de 
madeira e vedação em pau-
a-pique ou taipa de mão 
MADEIRA 
E TERRA 
Fonte: MELLO, 1985, p. 255. 
Estrutura autônoma de 
madeira e vedação em pau-
a-pique ou taipa de mão 
MADEIRA 
E TERRA 
Estrutura autônoma de 
madeira e vedação em pau-
a-pique ou taipa de mão 
Testemunho, em construção 
erguida em Ouro Preto, 
mostrando os piques, as 
taquaras e a amarração , 
bem como uma peça em 
diagonal, funcionando como 
contraventamento. 
MADEIRA 
E TERRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 48 e p. 50. 
Estrutura autônoma de 
madeira e vedação em pau-
a-pique ou taipa de mão 
MADEIRA 
E TERRA 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 49. 
Estrutura autônoma de 
madeira e vedação em pau-
a-pique ou taipa de mão 
MADEIRA 
E TERRA 
MADEIRA 
E TERRA 
Günter Weimer distingue quatro técnicas de execução da taipa: 
Taipa de pilão, em que o barro é socado com ajuda de um pilão dentro de uma forma; 
Taipa de mão é técnica diretamente associada ao pau-a-pique: bolas de barro são 
pressionadas com as mãos sobre as fasquias e os piques, de modo a preencher todos os 
espaços existentes; 
Taipa de sebe é técnica associada à confecção de cercas, utilizando galhos amarrados a 
estacas fincadas no chão. Os vãos dessa malha são, então, preenchidos à mão com 
barro misturado a fibras vegetais; 
Taipa de sopapo é também associada ao pau-a-pique: bolas de barro amassado são 
arremessadas contra o reticulado de piques e fasquias por dois ou mais taipeiros, que 
sincronizam seu trabalho para preencherem os vãos dessa malha de madeira. 
Outros autores geralmente usam taipa de mão, taipa de sebe e taipa de sopapo como 
sinônimos e não fazem a mesma distinção que Weimer. 
Arco de 
descarga. 
Imposta de 
pedra. 
Arco pleno, de 
tijolos cerâmicos, 
com chave de 
pedra. 
TIJOLO E 
PEDRA 
O atual centro 
cultural da UFSJ 
ocupa a antiga 
residência da 
baronesa de 
Itaverava, 
construída entre 
1810 e 1830. 
Centro Cultural da Universidade 
Federal de São João del Rei. 
Forro de saia e 
camisa – forro 
de tábuas 
sobrepostas, 
sendo umas 
salientes (as 
saias) e outras 
recuadas (as 
camisas). 
Saia. Camisa. 
Tabuado corrido. 
PISOS E 
FORROS 
Casa dos Contos, Ouro Preto. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 74. 
Tabuado de junta seca, sem encaixe entre 
as peças. Para melhor acabamento, 
usavam-se cordões para matar as juntas. 
Tabuado com encaixe de meio fio ou meia 
madeira. 
Tabuado com encaixe de macho e fêmea, 
tipo usado mais raramente. 
PISOS E 
FORROS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 76. 
Campas, feitas para 
fechar as sepulturas no 
interior das naves das 
igrejas e capelas: piso 
de tabuado encaixado 
em barrotes. Os 
barrotes formavam 
quadros de 
aproximadamente 
200x80cm e tinham 
rebaixos na face 
superior para receber 
as tábuas do piso. 
PISOS E 
FORROS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 76. 
Alinhamento das 
peças - relação 
entre os barrotes 
e os vãos abertos 
nas paredes de 
sustentação do 
piso. 
PISOS E 
FORROS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979,p. 78. 
Piso de seixos 
rolados, com 
costelas. 
PISOS E 
FORROS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 79. 
Costelas – pequenas lajes 
colocadas a prumo, formando 
faixas ou fiadas, dando 
sustentação aos seixos rolados 
e evitando que as enxurradas 
arrastassem os seixos e 
danificassem a pavimentação. 
Costela. 
PISOS E 
FORROS 
Casa dos Contos, Ouro Preto. 
Piso de seixos rolados, com caimento em direção ao 
ralo (bueiro), para escoamento das águas de chuva, 
com costelas. 
Calçada ou sarjeta, com 
lajes de pedra. 
Costela. 
PISOS E 
FORROS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 86. 
Forro de gamela – forro composto por cinco painéis de tábuas ou esteiras de 
taquara, sendo o central retangular, mais alto do que os demais e nivelado. Os 
outros quatro painéis são trapezoidais e inclinados, fazendo a concordância das 
paredes do cômodo com o painel central do forro. 
Painel retangular, 
nivelado. 
Painel trapezoidal, inclinado. 
Perna ou madre da 
tesoura. 
Frechal. 
Parede de 
taipa. 
PISOS E 
FORROS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 89. 
Sambladuras ou ensambladuras – para realizar os encaixes, as bordas das 
tábuas são cortadas em perfis regulares. Quando não se utilizam as 
sambladuras, as peças são esquadrinhadas ou esquadrejadas, ou seja, 
cortadas em ângulos retos, para se obter acabamento mais uniforme. 
PISOS E 
FORROS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 89. 
Forro de saia e camisa – processo mais sofisticado, empregado em 
construções mais recentes, usando tábuas de largura uniforme, niveladas. 
Segundo Sylvio de Vasconcellos, esse tipo de forro era sempre entabeirado, 
ou seja, dotado de um arremate vertical, a chamada tabeira, na junção da 
parede com as tábuas niveladas. 
Tábua superior – camisa. 
Tábua inferior – saia. 
Face superior do forro. 
Corte. 
PISOS E 
FORROS 
Casa dos Contos, Ouro Preto. 
Arco abatido. 
Forro inclinado 
sob o lance 
superior da 
escada 
(também feito 
em madeira). 
Forro de saia e camisa, 
sem tabeira ou cimalha. 
PISOS E 
FORROS 
Lajeado de pedra. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 94. 
Aba – tábua de arremate de um forro, muitas vezes formando uma cimalha. 
Cimalha – arremate inclinado, fazendo a concordância do forro com a 
parede. As cimalhas são em geral perfiladas, formando molduras inspiradas 
nas arquitraves e nos entablamentos das cinco ordens clássicas da 
arquitetura. 
Forro nivelado, 
com cimalha. 
Forro alteado, com 
aba e cimalha. 
Forro nivelado, com friso 
vazado, para ventilação do 
espaço livre entre o forro e o 
telhado (o entreforro). 
PISOS E 
FORROS 
Forro de saia e camisa, com 
cimalha. 
Imposta de pedra. 
Arco pleno, de 
tijolos cerâmicos, 
com chave de 
tijolo. 
PISOS E 
FORROS 
Centro Cultural da Universidade 
Federal de São João del Rei. 
Forro de saia e camisa, com 
cimalha. 
Alvenaria de 
pedra. 
Cimalha. 
Recorte para luminária 
embutida. PISOS E 
FORROS 
Centro Cultural da Universidade 
Federal de São João del Rei. 
Camisa. 
Chave do arco 
feita com 
tijolos 
cunhados. 
Cimalha. 
Saia. 
PISOS E 
FORROS 
Centro Cultural da Universidade 
Federal de São João del Rei. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 31. 
Denominação dos 
elementos construtivos 
(de pedra ou de madeira) 
usados para estruturar 
vão de janelas. No caso 
das portas, o peitoril dava 
lugar às soleiras. 
VÃOS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 101. 
Armação de 
janela, em 
madeira, para 
estruturar vão 
aberto em parede 
de alvenaria de 
pedra. 
Vista frontal. 
Planta baixa. 
Verga de madeira maciça. 
Ombreira principal, de madeira maciça. 
Peitoril de madeira maciça. 
Ombreira principal. 
Ombreira secundária, 
de madeira. 
Alizar, de madeira. 
VÃOS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 102. 
Armação de janela para 
estruturar vão aberto em 
parede de alvenaria de pedra. 
A padieira de vôo é um chanfro 
executado na alvenaria para 
reduzir o carregamento sobre a 
verga. Acima da padieira está 
um arco de descarga, não 
representado no desenho. 
Corte. 
Padieira de vôo ou capialçada. 
Ombreira principal, de madeira maciça. 
Peitoril de madeira maciça. 
Verga, de madeira. 
Ombreira secundária, 
de madeira. 
VÃOS 
VÃOS 
Armação de janela combinada 
com armação de porta: dois 
vãos são estruturados por três 
esteios verticais, integrados à 
estrutura autônoma de madeira. 
Residência, na Rua das 
Mercês, em Mariana. 
Ombreira da porta. 
Ombreira comum à janela 
e à porta. 
Ombreira da janela. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 108. 
Janela com verga em arco 
abatido – o centro do arco está 
sobre o eixo de simetria vertical 
do vão, mas abaixo do 
arranque do arco. 
Vista frontal. 
O vão é emoldurado. Cordões de 
madeira fazem o recobrimento 
das juntas entre o marco de 
madeira e a alvenaria. 
Centro do arco abatido. 
VÃOS 
VÃOS 
Janelas, Rua São José, Ouro Preto. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 111. 
Janela com verga em arco pleno – no 
início do século XIX, por influência do 
neoclassicismo, tornaram-se comuns 
janelas com arcos plenos. Nas 
construções mais refinadas, esses 
vãos eram arrematados por molduras 
que incorporavam elementos das 
cinco ordens clássicas da arquitetura. Vista frontal. 
VÃOS 
VÃOS 
Portas, Largo da Alegria, Ouro Preto. 
VÃOS 
Janelas e portas, Rua São José e 
Largo dos Contos, Ouro Preto. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 111. 
Janela com verga em arco 
ogival – em meados do século 
XIX, por influência do 
Romantismo e do estilo 
neogótico, surgiram janelas 
com arcos ogivais, por vezes 
trabalhados em curvas e 
contracurvas. 
Vista frontal. 
VÃOS 
VÃOS 
Janela, Caminho para Saramenha, 
Ouro Preto. 
VÃOS 
Janelas, Caminho para Saramenha, 
Ouro Preto. 
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; 
MACHADO, 1980, p. 96. 
Vergas. 
Desenho de João Marcos 
Machado Gontijo, 1980. 
VÃOS 
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; 
MACHADO, 1980, p. 56. 
Fechamento de vãos: caixilhos envidraçados, 
com duas folhas que deslizam verticalmente 
(guilhotina ou sash window) podem ser vedados 
externamente por folhas de madeira (escuros) 
adornadas por almofadas ou por calhas verticais. 
Desenho de João Marcos Machado Gontijo, 
1980. 
VÃOS 
VÃOS 
Janelas na camarinha da Casa dos 
Contos, e avarandado em balanço no 
Largo Frei Vicente Botelho, Barra, Ouro 
Preto. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 117. 
Arremate dos marcos – as juntas 
da alvenaria com os marcos de 
madeira eram ocultadas com 
alizares ou cordões de madeira, 
fixados nos marcos. 
Planta. 
VÃOS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 117. 
Fixação de caixilhos de 
madeira em marcos de 
pedra – os caixilhos eram 
fixados pelo lado interno 
do vão, formando 
arremate do marco com a 
alvenaria. 
Planta. 
VÃOS 
VÃOS 
Portas de loja, Rua de São José, Ouro Preto. 
VÃOS 
Portas de loja, Rua de São José, Ouro Preto. 
VÃOS 
Porta lateral emoldurada, 
Capela da Ordem Terceira do 
Carmo, Ouro Preto. 
Fonte: RODRIGUES, 1979, p. 43. 
Janela com parapeito sacado – esse 
desenho, feito por José Wasth 
Rodrigues, apresenta a vista frontal 
com cortes e detalhes específicos. 
Podem ser identificados: 
• o parapeito sacado; 
• a almofada da folha da janela; 
• o postigo envidraçado, fixado 
sobre a folha. 
•as ferragens. 
Vista frontal, com seções de detalhe. 
VÃOS 
VÃOSJanela com parapeito 
sacado, emoldurada, 
Capela da Ordem Terceira 
do Carmo, Ouro Preto. 
Fonte: RODRIGUES, 1979, p. 43. 
Janela com parapeito sacado, vista 
frontal, com seções de detalhe do 
trecho alto. 
VÃOS 
Fonte: RODRIGUES, 1979, p. 43. 
VÃOS 
Janela com parapeito sacado, vista 
frontal, com seções de detalhe do 
peitoril. 
Fonte: RODRIGUES, 1979, p. 43. 
VÃOS 
Janela com parapeito sacado, vista 
frontal, com seções de detalhe do 
peitoril. 
Fontes: RODRIGUES, 1979, p. 39 (desenho); 
Cláudio Tebaldi, 2010, (fotografia), disponível em: 
<http://www.flickr.com/photos/claudiotebaldi/>. 
Portal da Escola de Minas velha, antiga 
Casa dos Governadores, Ouro Preto. 
Projeto do engenheiro militar José 
Fernandes Pinto Alpoim, construído pelo 
mestre de obras Manuel Francisco Lisboa. 
Porta em arco pleno, com moldura da ordem 
toscana, encimada por janela com parapeito 
sacado. 
VÃOS 
VÃOS 
Janelas do piano nobile da 
Casa dos Contos: janelas com 
parapeito sacado e postigos 
envidraçados, na fachada 
principal, voltada para a Rua 
de São José, e janela com 
verga em arco abatido, de 
guilhotina, na fachada lateral 
voltada para o Largo dos 
Contos. 
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; 
MACHADO, 1980, p. 56. 
Grandes janelas, que sobem a partir dos pisos e têm altura de portas são denominadas 
janelas rasgadas. O parapeito, então, costuma ser entalado, ou seja, encaixado entre as 
ombreiras. Se o parapeito é vedado e está alinhado com a face externa da parede, a 
janela é chamada rasgada por dentro. Quando o parapeito é vazado e não está faceando 
a parte externa da parede, a janela é denominada rasgada por inteiro. Uma janela estreita 
e alta é chamada seteira. 
Desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980. Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 
1980, p. 56. 
VÃOS 
VÃOS 
Janela do coro da Capela de 
São Francisco de Assis: janela 
rasgada por inteiro, com 
postigo envidraçado e grade 
de ferro como peitoril. 
VÃOS 
Sacada corrida (no Solar da Baronesa de Camargos – hoje escritório do 
IPHAN) e sacadas isoladas (na Câmara municipal), Praça Tiradentes, Ouro 
Preto. 
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 84. 
Sacadas. 
Desenho de João Marcos Machado 
Gontijo, 1980. 
VÃOS 
VÃOS 
Sacadas corridas e 
sacadas isoladas, Rua 
de São José, Ouro 
Preto. 
VÃOS 
Sacadas corridas, Rua de São José, 
Ouro Preto. 
VÃOS 
Sacadas corridas, Rua de São José, 
Ouro Preto. 
VÃOS 
Divisão de trechos de uma sacada 
corrida, com tábuas de madeira, Rua 
de São José, Ouro Preto. 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 106. 
Barrotes balanceados, dando 
sustentação à bacia da sacada. 
Perspectivas. 
Cachorros de pedra, com 
perfis em curvas e 
contracurvas, também 
para apoio de sacadas. 
VÃOS 
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; 
MACHADO, 1980, p. 56. 
Janelas com treliças de vedação. As treliças ou gelosias de 
fasquias (pequenas ripas de madeira), são painéis vazados 
que permitem a passagem do ar, que amenizam a incidência 
de luz solar e que impedem o devassamento do interior da 
habitação a partir do exterior, assegurando certo grau de 
privacidade. 
Desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980. 
VÃOS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 124. 
Janela com rótulas e gelosias – os 
paineis em treliças de madeira, as 
gelosias, impedem a vista do 
interior a partir do exterior. Sua 
utilização na arquitetura 
portuguesa é considerada uma 
reminiscência de costumes 
mouriscos. O termo rótula designa 
a folha de gelosia com dobradiças 
horizontais, colocadas no alto do 
vão. Também é sinônimo de 
gelosia. 
Perspectiva. 
VÃOS 
Fonte: COSTA, 1997, p. 28. 
Janela com gelosias – 
Desenho produzido por 
Lucio Costa em 1922, em 
visita a Diamantina, para 
registrar a arquitetura 
setecentista mineira. 
Vista. 
VÃOS 
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 64. 
Muxarabi – balcão totalmente 
vedado por treliças de madeira 
- existente em casa na Rua da 
Quitanda, Diamantina. 
Desenho de João Marcos 
Machado Gontijo, 1980. 
VÃOS 
Muxarabi – Rua da Quitanda, Diamantina. 
Imagem: Eber Faioli/UFMG, 2006. Disponível em: 
<https://www.ufmg.br/online/arquivos/004275.shtml>. 
VÃOS 
Muxarabi – balcão totalmente vedado 
por treliças de madeira. Desenho 
produzido por Lucio Costa em 1922. 
Acima, vista lateral, vista frontal e 
corte; abaixo, planta. 
Fonte: COSTA, 1997, p. 501. 
VÃOS 
Fonte: COSTA, 1997, p. 501. 
Muxarabi – 
pormenor do 
detalhe apresentado 
por Lucio Costa. 
VÃOS 
Fonte: COSTA, 1995, p. 501. 
Muxarabi – pormenor do 
desenho apresentado por Lucio 
Costa. 
VÃOS 
Fonte: COSTA, 1995, p. 
501. 
Muxarabi – Diamantina, pormenor do corte 
(secção AB). 
VÃOS 
Fonte: COSTA, 1995, p. 501. 
Muxarabi – Diamantina, pormenor da vista frontal, 
com a sobreverga do muxarabi. 
VÃOS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 124. 
Postigos como passagem – 
em portas de grandes 
dimensões, como esse portão, 
postigos fixados nos caixilhos 
eram usados como passagem 
para pessoas, sem que fosse 
preciso abrir as folhas da 
porta. 
Perspectiva. 
Caibro corrido. 
Caixilho ou quadro da 
folha do portão. 
Muro com cobertura de 
telhas e base de 
alvenaria de pedra. 
Postigo. 
VÃOS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 139. 
Pernas caibrais e aspas 
francesas. 
Corte 
transversal. 
Frechal 
externo. 
Cumeeira. 
Terça. 
Frechal 
interno. 
Aspa. 
Terça. 
Linha baixa. 
COBERTURAS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 139. 
Tesoura de linha alta. 
Corte 
transversal. 
Frechal. 
Beiral. 
Perna. 
Linha alta. 
Linha baixa. 
COBERTURAS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 141. 
Telhado sobre pontaletes. Corte 
transversal. 
Frechal 
inferior. 
Cumeeira. 
Frechal 
superior. 
Forro. 
Forro. 
Perna
. 
Forro. 
COBERTURAS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 142. 
Sambladura 
do caibro. 
Corte 
transversal. 
COBERTURAS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 142. 
Sambladura 
dos caibros. 
Corte 
transversal. 
COBERTURAS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 144. 
Contrafeito. 
Corte. 
COBERTURAS 
COBERTURAS 
Contrafeito, com tábua triangular assentada 
no cachorro e no caibro principal. Capela das 
Mercês, Mariana. 
COBERTURAS 
Telhado com galbo (mudança de declividade junto ao beiral) e 
contrafeito, na casa da família do padre Henrique Vaz, Rua 
Alvarenga, Rosário, Ouro Preto. 
Imagem: Luiz Fontana, anos 1940. 
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; 
MACHADO, 1980, p. 33. 
Contrafeito. 
Desenho de João Marcos Machado 
Gontijo, 1980. 
COBERTURAS 
Estrutura do contrafeito, com caibro 
secundário assentado no cachorro e no 
caibro principal. 
COBERTURAS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 144. 
Cimalha, com perfil em peito 
de pomba. Perspectiva. 
COBERTURAS 
Fonte: VASCONCELLOS, 1979, p. 144. 
Cimalha, de tábua perfilada 
ou estuque. Corte. 
COBERTURAS 
Cachorrada e tabuado, formando beiral e 
contrafrechais balanceados. 
COBERTURAS 
Caibros apoiados nos 
contrafrechais. 
COBERTURAS 
Beiral em beira seveira, 
Matriz de Santo Antônio, 
Tiradentes. 
COBERTURAS 
Beiral em beira seveira e cimalha 
sobre pilastra, Matriz de Santo 
Antônio, Tiradentes. 
COBERTURAS 
referências bibliográficas 
 
ÁVILA, Affonso; GONTIJO, João Marcos Machado; MACHADO, Reinaldo Guedes. 
Barroco mineiro, glossário de arquitetura e ornamentação.3. ed. rev. amp. Belo 
Horizonte: Fundação João Pinheiro/Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1996. 
BOLTSHAUSER, João. Arquitetura no Brasil colonial. In: BOLTSHAUSER, João. 
História da arquitetura. Belo Horizonte: Escola de Arquitetura da UFMG, 1969. v. 5, 
parte II. p. 2877-3014. 
COSTA, Lucio. Registro de uma vivência. 2. ed. São Paulo: Empresa das Artes, 1997. 
KATINSKY, Júlio Roberto. Sistemas construtivos coloniais. In: VARGAS, Milton (Org.). 
História da técnica e da tecnologia no Brasil. São Paulo: Editora da Universidade 
Estadual Paulista/Centro de Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, 1994. 
Cap. 3. p. 67-94. 
referências bibliográficas 
 
MELLO, Suzy de. Barroco no Brasil. In: MELLO, Suzy de. Barroco. São Paulo: 
Brasiliense, 1983. p. 84-118. 
MELLO, Suzy de. Construtores, projetos e sistemas construtivos. In: MELLO, Suzy de. 
Barroco mineiro. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 239-259. 
RODRIGUES, José Wasth. Documentário arquitetônico, relativo à antiga construção 
civil no Brasil. 5. ed. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Editora da Universidade de São 
Paulo, 1979. 
VASCONCELLOS, Sylvio de. Arquitetura no Brasil: sistemas construtivos. 5. ed. 
rev. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1979. 
WEIMER, Günter. As técnicas construtivas. In: WEIMER, Günter. Arquitetura popular 
brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 2005. Cap. 7. p. 227-275. 
 
fotografias: Tito Flávio de Aguiar (exceto onde indicado). 
Sistemas construtivos tradicionais – Minas Gerais, séculos XVIII e XIX 
 
 
 
 
 
 
ARQ104 - Arquitetura Brasileira I 
Tito Flávio Rodrigues de Aguiar 
Ouro Preto, fevereiro de 2013.

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