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Arquitetura Brasileira I Minas Gerais: povoamento e formação dos núcleos urbanos Professora: Fernanda Alves de Brito Bueno Aula: professor Tito Flávio Rodrigues de Aguiar - DEARQ Curso de Arquitetura e Urbanismo Escola de Minas – Universidade Federal de Ouro Preto objetivos desta aula Analisar criticamente a arquitetura portuguesa nos séculos XVI a XVIII, buscando compreender as características estilísticas dessa produção arquitetônica que teve influência marcante na arquitetura brasileira e situá- la no contexto histórico, social, cultural e econômico. Esta apresentação aborda sucessivamente o gótico tardio português (estilo manuelino), as influências renascentistas e maneiristas na arquitetura portuguesa do século XVI, o chamado estilo chão do século XVI e, por fim, o barroco em Portugal nos séculos XVII e XVIII. agradecimento Agradeço ao Prof. Tito Flávio, que gentilmente cedeu materiais e apresentações de aulas. dez autores: BENEVOLO, Leonardo. A colonização européia no Mundo. In: BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003. p. 469-502. BOXER, C. R. O império colonial português (1415-1825). 2. ed. Lisboa: Edições 70, 1981. BOLTSHAUSER, João. História da Arquitetura. Belo Horizonte: Escola de Arquitetura da UFMG, 1969. v. 5, parte II, cap. XXXIV, p. 2877-3014. CAMPOS, Adalgisa Arantes. Cultura barroca e manifestações do rococó nas Gerais. Ouro Preto: FAOP/BID, 1998. DELSON, Roberta Marx. Novas vilas para o Brasil-Colônia. Brasília: Alva/CIORD, 1997. FONSECA, Cláudia Damasceno. Rossios, chãos e terras. Revista do Arquivo Público Mineiro, Belo Horizonte, ano XLII, n. 2, p. 34-41, jul-dez. 2006. dez autores: GOMBRICH, Ernst. A Europa católica, primeira metade do século XVII. In: GOMBRICH, E. H. A história da arte. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. p. 387-411. MELLO, Suzy de. O barroco no Brasil. In: MELLO, Suzy de. Barroco. São Paulo: Brasiliense, 1983. p. 84-114. MELLO, Suzy de. Barroco mineiro. São Paulo: Brasiliense, 1985. REIS, Nestor Goulart. Evolução urbana do Brasil – 1500-1720. 2. ed. rev. amp. São Paulo: Pini, 2000. SUMMERSON, John. A retórica do barroco. In: A linguagem clássica da arquitetura. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002. p. 63-88. VASCONCELLOS, Sylvio de. Vila Rica. São Paulo: Perspectiva, 1977. Pico do Itacolomi, Ouro Preto. Vista panorâmica, Ouro Preto. Torres sineiras da capela da Ordem Terceira de N. Sra. das Mercês, da freguesia de Antônio Dias (Mercês de Baixo). Município Povoamento inicial Arraiais Criação da vila Elevação a cidade Habitantes do município em 1855 Mariana. c. 1696. Ribeirão do Carmo (arraial de Cima), Mata Cavalos e Rosário. 1711 – Vila de Nossa Senhora do Carmo ou Vila do Ribeirão do Carmo. 1745 – Mariana. 50.000. Ouro Preto. c. 1697. Ouro Preto e Antônio Dias. 1711 – Vila Rica de Albuquerque, depois Vila Rica. 1823 – Imperial Cidade de Ouro Preto. 34.000. Sabará c. 1690. Roça Grande, Barra do Sabará, Caquende. 1711 – Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará. 1838 – Sabará. 50.000. São João del Rei. c. 1702. Arraial do Pilar. 1713 – Vila de São João d’El-Rei. 1838. 26.000. QUADRO 1 – Vilas criadas em Minas Gerais no período colonial. Fontes: BARBOSA, 1995; TSCHUDI, 1998. Município Povoamento inicial Arraiais Criação da vila Elevação a cidade Habitantes do município em 1855 Caeté. c. 1701. Caeté. 1714 – Vila Nova da Rainha. 1865 – Caeté. 15.000. Serro. c. 1702. Lavras Velhas do Serro do Frio. 1714 – Vila do Príncipe. 1838 – Serro. 41.000. Pitangui. c. 1710. Pitangui. 1715 – Vila de Nossa Senhora da Piedade. 1855 – Pitangui. 28.000. Tiradentes. c. 1702. Arraial Velho de Santo Antônio. 1718 – Vila de São José d’El-Rei. 1860 (Tiradentes a partir de 6/12/1889). 16.500. Minas Novas. c. 1727. Minas Novas, pertencente à Capitania da Bahia até 1760. 1731 – Vila das Minas Novas do Araçuaí ou do Fanado. 1840 – Minas Novas. 72.000. Itapecerica . c. 1740. São Bento do Tamanduá. 1790 – Vila de São Bento do Tamanduá. 1862 – Tamanduá (Itapecerica após 1882). 25.000. QUADRO 1 – Vilas criadas em Minas Gerais no período colonial. Fontes: BARBOSA, 1995; TSCHUDI, 1998. Município Povoamento inicial Arraiais Criação da vila Elevação a cidade Habitantes do município em 1855 Conselheiro Lafaiete. c. 1700. Arraial dos Carijós. 1791 – Vila de Queluz. 1866 (Cons. Lafaiete a partir de 1934). 24.000. Barbacena. c. 1720. Arraial da Igreja Nova do Campolide. 1791 – Vila de Barbacena. 1840. 18.500. Paracatu. c. 1740. Arraial de São Luiz e Santana do Paracatu. 1798 – Vila do Paracatu do Príncipe. 1840 – Paracatu. 37.000. Campanha. c. 1740. Campanha do Rio Verde. 1798 – Vila da Campanha da Princesa. 1840 – Campanha. 27.000. Baependi. c. 1720. Monserrate do Baependi. 1814 – Vila do Baependi. 1856. 29.500. Jacuí. c. 1750. N. Sra. da Conceição do Jacuí. 1814 – Vila de São Carlos do Jacuí. 1881 – (Jacuí desde 1923). 14.000. Fontes: BARBOSA, 1995; TSCHUDI, 1998. QUADRO 1 – Vilas criadas em Minas Gerais no período colonial. Província de Minas Gerais Mapa elaborado por Henrique Guilherme Fernando Halfeld e Frederico Wagner, produzido em 1855 e publicado em 1862.Fonte: HALFELD; TSCHUDI, 1998. Região central da então província de Minas Gerais, com as antigas vilas do ouro: Vila Rica (Ouro Preto), Vila do Carmo (Mariana), Vila Real do Sabará, Vila Nova da Rainha (Caeté), São João d´El- Rei, Vila da Piedade (Pitangui), Vila de São Bento do Tamanduá (Itapecerica), Vila de Queluz (Conselheiro Lafaiete), Vila de Barbacena, Vila da Campanha da Princesa (Campanha) e Vila de Baependi. Província de Minas Gerais Mapa elaborado por Henrique Guilherme Fernando Halfeld e Frederico Wagner, produzido em 1855 e publicado em 1862. Fonte: HALFELD; TSCHUDI, 1998. Detalhe da região central da então província de Minas Gerais, com o arraial do Curral d´El-Rei, no município de Sabará. Província de Minas Gerais Mapa elaborado por Henrique Guilherme Fernando Halfeld e Frederico Wagner, produzido em 1855 e publicado em 1862. Fonte: HALFELD; TSCHUDI, 1998. Região norte da então província de Minas Gerais, com o antigo arraial do Tijuco (Diamantina) e as vilas criadas no período colonial: Vila de Minas Novas, Vila do Príncipe (Serro), Vila Real do Sabará e Vila Nova da Rainha (Caeté). Província de Minas Gerais Mapa elaborado por Henrique Guilherme Fernando Halfeld e Frederico Wagner, produzido em 1855 e publicado em 1862. Fonte: HALFELD; TSCHUDI, 1998. Detalhe da região norte da então província de Minas Gerais, com o antigo arraial do Tijuco (Diamantina) e as antigas vilas: Vila de Minas Novas e Vila do Príncipe (Serro). Província de Minas Gerais Mapa elaborado por Henrique Guilherme Fernando Halfeld e Frederico Wagner, produzido em 1855 e publicado em 1862. Fonte: HALFELD; TSCHUDI, 1998. Região oeste da então província de Minas Gerais, com a antiga Vila de São Carlos do Jacuí. Província de Minas Gerais Mapa elaborado por Henrique Guilherme Fernando Halfeld e Frederico Wagner, produzido em 1855 e publicado em 1862. Fonte: HALFELD; TSCHUDI, 1998. Detalhe da região oeste da então província de Minas Gerais, com a antiga Vila de SãoCarlos do Jacuí. Província de Minas Gerais Mapa elaborado por Henrique Guilherme Fernando Halfeld e Frederico Wagner, produzido em 1855 e publicado em 1862. Fonte: HALFELD; TSCHUDI, 1998. Região noroeste da então província de Minas Gerais, com a antiga Vila de Paracatu do Príncipe. Ouro Preto, panorama da freguesia do Pilar, a partir da Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Paula, anos 1870. Acervo Museu da Inconfidência. Antigo quartel dos Dragões. Acervo Museu da Inconfidência. Rua das Flores. Casa dos Contos. Rua Direita. Teatro. Capela da Ordem Terceira do Carmo. Casa da Câmara e Cadeia. Ouro Preto, panorama da freguesia de Antônio Dias, anos 1870. Acervo Museu da Inconfidência. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis. Acervo Museu da Inconfidência. Matriz de Nossa Senhora da Conceição, freguesia de Antônio Dias. Casa da Câmara e Cadeia. Terraplenos nos quintais das casas na encosta do Morro de Santa Quitéria. Antigo Mercado. Quintais das casas, descendo até o córrego. Córrego. Ouro Preto, panorama da freguesia do Pilar, anos 1870. Acervo Museu da Inconfidência. Capela da Irmandade de N. Sra. do Rosário (Rosário dos Pretos). Acervo Museu da Inconfidência. Matriz de N. Sra. do Pilar. Rua das Cabeças. Um circo, armado junto à chamada Praia (a várzea dos córregos do Tripuí e do Funil). Morro da Forca. Capela da Irmandade de São José. Capela da Ordem Terceira do Carmo. Ouro Preto, panorama da freguesia do Pilar, a partir da Capela do Carmo, anos 1870. Acervo Museu da Inconfidência. Acervo Museu da Inconfidência. Cabeças, com a Capela da Irmandade de São Miguel e Almas (ou do Bom Jesus de Matozinhos). Capela do Rosário dos Pretos. Caquende, bairro da freguesia do Pilar. Matriz de N. Sr. do Pilar. Córrego do Funil. Ouro Preto, panorama do Rosário, com a Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Paula ao alto, anos 1870. Acervo Museu da Inconfidência. Acervo Museu da Inconfidência. Capela das Mercês e Misericórdia (Mercês de Cima). Palácio dos Presidentes da Província (hoje Escola de Minas). Capela de São José. Casa em que se instalou a Escola de Minas (1876- 1898). Largo do Rosário.Capela do Rosário dos Pretos. Capela de S. Francisco de Paula. Ouro Preto, anos 1870 - Praça da Independência, atual Praça Tiradentes, com o monumento erguido nos anos 1860 (coluna de Saldanha Marinho) e o Palácio dos Presidentes da Província, hoje Escola de Minas velha. Acervo Museu da Inconfidência. Palácio dos Presidentes da Província. Coluna de Saldanha Marinho. Assembléia provincial. Esteios de madeira, provavelmente para obra de construção de edifício junto à praça. Calçadas escalonadas.Animais de carga. Acervo Museu da Inconfidência. Ouro Preto, anos 1870 - Praça da Independência, atual Praça Tiradentes, com a Assembléia provincial, hoje Centro Acadêmico da Escola de Minas. Acervo Museu da Inconfidência. Ouro Preto, grupo no balcão da Assembléia provincial. No frontão triangular, as armas do Império, anos 1870. Rincão do telhado. Gárgula – condutor de águas da chuva. Balcão, com base de madeira e guarda-corpo em ferro. Bandeira da porta- janela. Cimalha coberta com telhas, assentadas em sentido transversal à água do telhado. Cimalha superior do frontão triangular. Cimalha inferior do frontão triangular. Sobreverga em arco abatido, emoldurando a porta-janela. Evolução urbana de Vila Rica, hoje Ouro Preto. Segundo Sylvio de Vasconcellos, a antiga Vila Rica se formou a partir de arraiais de mineradores estabelecidos ao longo da estrada tronco que ligava o campo ao mato dentro. 1696-1720. estrada tronco. Evolução urbana de Vila Rica, hoje Ouro Preto. estrada tronco. Perfil das três elevações que marcam o sítio urbano. Evolução urbana de Vila Rica, hoje Ouro Preto. As três elevações (Cabeças, Santa Quitéria e Vira e Sai) figuram nas armas atribuídas à vila ainda no século XVIII. A última modificação das armas, em 2006, alterou a divisa em latim: de pretiosum tamem nigrum (precioso, ainda que preto) passou a pretiosum aurum nigrum (precioso ouro preto). Com a construção no morro de Santa Quitéria da antiga Casa da Câmara (a partir de 1716) e da Casa dos Governadores (por volta de 1740), foi estabelecido um centro comum às duas freguesias (Ouro Preto e Antônio Dias) que compunham a Vila Rica: a Praça. 1720-1760. Evolução urbana de Vila Rica, hoje Ouro Preto. A expansão da antiga Vila Rica se deu no fim do século XVIII e ao longo do século XIX de modo centrípedo, a partir do novo centro da vila, a Praça, ampliada em 1797, após a construção da nova Casa da Câmara e Cadeia. 1760-1890. Evolução urbana de Vila Rica, hoje Ouro Preto. Ouro Preto, 1888. Acervo Arquivo Público Mineiro. Praça Tiradentes e Palácio, Ouro Preto, século XIX. Acervo Arquivo Público Mineiro. Praça Tiradentes e Escola de Minas, Ouro Preto. Praça Tiradentes, com Monumento erguido em 1892 e com o Museu da Inconfidência, anos 1990. Eduardo Tropia. Ouro Preto anos 1870 - Praça da Independência, atual Praça Tiradentes, com a Casa da Câmara e Cadeia, hoje Museu da Inconfidência. Acervo Museu da Inconfidência. Ouro Preto, anos 1870 - Praça da Independência, atual Praça Tiradentes, junta de bois e burros de tropa. Acervo Museu da Inconfidência. Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Projetada por Luís da Cunha Menezes, governador e capitão- general da Capitania das Minas Gerais, e desenhada por Manoel Ribeiro Guimarães. Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Luís da Cunha Menezes, governador e capitão-general da Capitania das Minas Gerais. Acervo Arquivo Público Mineiro. Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Acervo Arquivo Público Mineiro. Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Luís da Cunha Menezes, governador e capitão-general da Capitania das Minas Gerais. Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Luís da Cunha Menezes, governador e capitão-general da Capitania das Minas Gerais. Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Luís da Cunha Menezes, governador e capitão-general da Capitania das Minas Gerais. Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Luís da Cunha Menezes, governador e capitão-general da Capitania das Minas Gerais. Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Luís da Cunha Menezes, governador e capitão-general da Capitania das Minas Gerais. Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Luís da Cunha Menezes, governador e capitão-general da Capitania das Minas Gerais. Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Luís da Cunha Menezes, governador e capitão-general da Capitania das Minas Gerais. Museu da Inconfidência, antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Luís da Cunha Menezes,governador e capitão-general da Capitania das Minas Gerais. Antiga Casa da Câmara e Cadeia, Ouro Preto, 1784-1817. Luís da Cunha Menezes. Palazzo Senatorio, Campidoglio, Roma, 1537-1560. Michelangelo. Segundo Suzy de Mello, a Casa da Câmara e Cadeia de Vila Rica, projetada por Luís da Cunha Menezes, teria sido “inspirada no Capitólio de Roma, com predominância do espírito clássico” (MELLO, 1983, p. 112). Em 1985, a arquiteta voltou a apontar a “indiscutível semelhança da solução da fachada principal da Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica com a do Capitólio, de Roma, desenhada por Miguel Ângelo em 1537 e de acordo com uma gravura de Étienne Dupérac, de 1569”. Para Suzy de Mello, essa semelhança tornaria evidente “a erudição do autor do projeto” (MELLO, 1985, p. 177). Para João Boltshauser, o paralelo entre a Casa da Câmara e Cadeia de Vila Rica e o Palazzo Senatorio romano não teria maior significação: “já foi lembrada uma certa semelhança deste edifício de Vila Rica com o Palácio dos Senadores no Campidoglio, projeto de Miguel Ângelo, dois séculos antes, em Roma. Acreditamos que se trata apenas, no caso, de uma coincidência de silhueta, em conseqüência da solução geral dada às fachadas das Casas de Câmara e Cadeia no Brasil colonial, com sua torre (ou sineira) no eixo do conjunto, norma que já vimos obedecida em Salvador e em Sto. Amaro, na Bahia” (BOLTSHAUSER, 1969, v. V, parte II, p. 2977). Casa da Câmara, Salvador, Bahia, construída por volta de 1550, reformada nos anos 1650 e ampliada no fim do século XVIII. Vista panorâmica, Ouro Preto. Vista panorâmica, Ouro Preto. Vista panorâmica, Ouro Preto. Vista panorâmica, Ouro Preto. Capela das Mercês de Baixo, Antônio Dias, Ouro Preto. Capela de São Francisco de Paula, Ouro Preto. Largo do Rosário, Pilar, Ouro Preto. Casa dos Contos, Ouro Preto. Construída entre 1782 e 1784, possivelmente por Antônio de Sousa Calheiros, para José Rodrigues de Macedo, negociante e contratador de impostos e dízimos da Coroa. Casa dos Contos, Ouro Preto. A ponte de São José ou dos Contos, construída em 1744 por Antônio Leite Esquerdo e recomposta nos 1930 por iniciativa de Gustavo Barroso, diretor do Museu Histórico Nacional, do Rio de Janeiro. Motivo ornamental em forma de flor, que seria o símbolo de João Rodrigues de Macedo, o primeiro proprietário da Casa dos Contos. Planta do andar térreo, anos 1990, Casa dos Contos, Ouro Preto. Primeiro forno de fundição de ouro. Pátio externo. Latrinas. Pátio interno. Acesso à senzala, situada no porão. Salão de exposições. Agência da Receita Federal. Saguão principal e escadaria. Planta do andar nobre, anos 1990, Casa dos Contos, Ouro Preto. Sala da fundição, primitivamente a cozinha da residência de João Rodrigues de Macedo. Forno de fundição. Latrina ou retrete. Varanda. Centro de Estudos do Ciclo do Ouro. Vestíbulo. Biblioteca. Sala da escada em caracol. Sala de jogos. Salão nobre. Casa dos Contos, Ouro Preto. Vista do saguão principal. Casa dos Contos, Ouro Preto. Arco abatido. Pilastra, ordem dórica. Degraus de convite. Patamar inferior. Lance inferior. Patamar intermediário. Forro inclinada sob o lance superior. Lajeado, de pedra. Fuste de pedra lavrada, ornado com um florão. Casa dos Contos, Ouro Preto. Desenho: Elison de Novais Simas. Casa dos Contos, Ouro Preto. Vista do pátio interno, a partir da varanda do andar nobre. Casa dos Contos, Ouro Preto. Balaustrada de madeira serrada e pintada. Arco pleno, de pedra, revestido com argamassa e pintado. Piso de seixos rolados, com caimento em direção ao ralo (bueiro), para escoamento das águas de chuva, com costelas.Calçada ou sarjeta, com lajes de pedra. Costela – fiada de lajes colocadas a prumo (na vertical) para reforçar e estruturar o piso de seixos rolados. Vista do pátio interno, a partir do pátio externo, Casa dos Contos, Ouro Preto. Desenho: Elison de Novais Simas. Casa dos Contos, Ouro Preto. Salão de exposições, andar térreo (rés-do-chão), foi criado a partir da junção de vários cômodos que originalmente teriam servido como a casa comercial de José Rodrigues de Macedo e como dependências da sua residência. Casa dos Contos, Ouro Preto. Forro de saia e camisa – forro de tábuas sobrepostas, sendo umas salientes (as saias) e outras recuadas (as camisas). Saia. Camisa. Tabuado corrido. Casa dos Contos, Ouro Preto. Saguão do andar nobre, com o guarda-corpo de madeira da escadaria e, à esquerda, o acesso à varanda. Casa dos Contos, Ouro Preto. Biblioteca. Casa dos Contos, Ouro Preto. Salão nobre, provavelmente o principal cômodo da residência de José Rodrigues de Macedo. Forro de tábuas, pintado com rocalhas, com cimalha marmorizada. Casa dos Contos, Ouro Preto. Forno de fundição, com chaminé em alvenaria de pedra. Casa dos Contos, Ouro Preto. Chaminé, com aberturas laterais, colocadas acima da cumeeira vizinha. Casa dos Contos, Ouro Preto. Vista posterior da Casa dos Contos, com a varanda do andar nobre, a água furtada, a camarinha e a chaminé do forno da sala de fundição. Água-furtada, aproveitando os desvãos da cobertura, compondo um terceiro pavimento sobre o andar nobre (VASCONCELLOS, 1977, p. 147). Camarinha ou mirante ou, ainda, torreão – ampliação do espaço de moradia, com um cômodo único, formando um quarto pavimento elevado sobre a cobertura da residência (VASCONCELLOS, 1977, p. 148). Em Minas, varanda é um cômodo aberto, cuja cobertura se faz por prolongamento da cobertura principal do edifício (VASCONCELLOS, 1977, p. 148). Casa dos Contos, Ouro Preto.Desenho: Elison de Novais Simas. Casa dos Contos, Ouro Preto. Camarinha da Casa dos Contos. Casa dos Contos, Ouro Preto. Camarinha da Casa dos Contos. Casa dos Contos, Ouro Preto. Janela na camarinha da Casa dos Contos. Casa dos Contos, Ouro Preto. Detalhe da moldura do portal de entrada, na Rua de São José, com um ornato em forma de concha combinado a duas volutas. Portada principal e janelas laterais, Casa dos Contos, Ouro Preto. Desenho: Elison de Novais Simas. Casa dos Contos, Ouro Preto. Cartão-postal dos anos 1930, mostrando a Ponte dos Contos com o gradil colocado no século XIX, antes da recomposição do peitoril de pedra com assentos e cruzeiro. Casa dos Contos, Ouro Preto. A ponte dos Contos em 2008, setenta anos após a recomposição do peitoril de pedra com assentos e cruzeiro. Casa dos Contos, Ouro Preto. Terraços na margem direita do córrego do Tripuí ou do Ouro Preto, ao lado da Casa dos Contos. Casa dos Contos, Ouro Preto. Terraços na margem direita do córrego do Tripuí ou do Ouro Preto, ao lado da Casa dos Contos. Vista da antiga freguesia de Antônio Dias, Ouro Preto. Vista da antiga freguesia de Antônio Dias, Ouro Preto. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Risco de Manoel Francisco Lisboa, 1766. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Risco de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 1765, alterado em 1774. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. São Francisco recebendo as chagas de Cristo, medalhão esculpido por Antônio Francisco Lisboa. Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias,Ouro Preto. Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, Ouro Preto. Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, Ouro Preto. Chafariz do Largo de Marília, Antônio Dias, Ouro Preto. Risco e construção de Manuel Francisco Lisboa, 1758. A cidade de Mariana, no início do século XIX. Mapoteca do Itamaraty, Rio de Janeiro. Evolução urbana da Vila do Carmo, mais tarde Mariana. De acordo com Suzy de Mello, os primeiros arraiais foram estabelecidos nas proximidades do Ribeirão do Carmo. A estrada tronco articulou o arraial de Mata Cavalos e o arraial de Cima, onde se localizou a matriz da freguesia. Em 1745 a Vila do Carmo foi elevada à condição de cidade, para ser sede do bispado criado nas Minas. Por ordem do rei, foi elaborado um novo traçado urbano, ortogonal e associado aos antigos logradouros. Esse plano foi elaborado pelo brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim, engenheiro militar, que também projetou o palácio dos governadores em Vila Rica e o palácio dos vice-reis no Rio de Janeiro. Fonte: MELLO, Suzy de, 1985, p. 84. A cidade de Mariana, em 2008. A cidade de Mariana, por volta de 1821, segundo registro de Johann Emmanuel Pohl. Aquarela de Thomas Ender. A parte baixa da cidade de Mariana, por volta de 1821, de acordo com Johann Emmanuel Pohl. Detalhe, aquarela de Thomas Ender. A parte alta da cidade de Mariana, por volta de 1821, de acordo com Johann Emmanuel Pohl. Detalhe, aquarela de Thomas Ender. Capelas da Ordem Terceira de São Francisco de Assis e da Ordem Terceira do Carmo, século XVIII. Mariana, Minas Gerais. Capelas da Ordem Terceira do Carmo e da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, século XVIII. Mariana, Minas Gerais. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, século XVIII. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Vista da cidade a partir da Igreja de São Pedro dos Clérigos. Mariana, Minas Gerais. Vista da cidade a partir da Igreja de São Pedro dos Clérigos, set. 2007. Mariana, Minas Gerais. Vista da cidade a partir da Igreja de São Pedro dos Clérigos, abr. 2008. Mariana, Minas Gerais. Casa da Câmara e Cadeia. Mariana, Minas Gerais. Risco de José Pereira dos Santos, c. 1762. Casa da Câmara e Cadeia. Mariana, Minas Gerais. Casa da Câmara e Cadeia. Mariana, Minas Gerais. Casa da Câmara e Cadeia. Mariana, Minas Gerais. Casa da Câmara e Cadeia. Mariana, Minas Gerais. Pelourinho. Mariana, Minas Gerais. Pelourinho. Mariana, Minas Gerais. Pelourinho. Mariana, Minas Gerais. Evolução urbana da Vila de São João d´El-Rei, Minas Gerais. Fonte: MELLO, Suzy de, 1985, p. 75. Vista da Vila de São João d´El-Rei, Minas Gerais. Aquarela de Johann Moritz Rugendas, 1824. Acervo Academia de Ciências de Moscou. Vista da Rua Direita de São João d´El-Rei, Minas Gerais, 2007. Evolução urbana da Vila de São José d´El-Rei, mais tarde Tiradentes, Minas Gerais. Fonte: MELLO, Suzy de, 1985, p. 84. Vista da Rua Direita de Tiradentes, a antiga São José d´El-Rei, Minas Gerais, 2007. Vista da Rua Direita de Tiradentes, a antiga São José d´El-Rei, Minas Gerais, 2007. Vista do núcleo histórico de Tiradentes, a antiga São José d´El-Rei, Minas Gerais, 2007. Evolução urbana da Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará, Minas Gerais. Fonte: MELLO, Suzy de, 1985, p. 75. Minas Gerais, século XVIII – Povoamento e formação de núcleos urbanos Referências bibliográficas: BENEVOLO, Leonardo. A colonização européia no Mundo. In: BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003. p. 469-502. BOXER, C. R. O império colonial português (1415-1825). 2. ed. Lisboa: Edições 70, 1981. BOLTSHAUSER, João. História da Arquitetura. Belo Horizonte: Escola de Arquitetura da UFMG, 1969. v. 5, parte II, cap. XXXIV, p. 2877-3014. CAMPOS, Adalgisa Arantes. Cultura barroca e manifestações do rococó nas Gerais. Ouro Preto: FAOP/BID, 1998. DELSON, Roberta Marx. Novas vilas para o Brasil-Colônia. Brasília: Alva/CIORD, 1997. FONSECA, Cláudia Damasceno. Rossios, chãos e terras. Revista do Arquivo Público Mineiro, Belo Horizonte, ano XLII, n. 2, p. 34-41, jul-dez. 2006. GOMBRICH, Ernst. A Europa católica, primeira metade do século XVII. In: GOMBRICH, E. H. A história da arte. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. p. 387-411. MELLO, Suzy de. O barroco no Brasil. In: MELLO, Suzy de. Barroco. São Paulo: Brasiliense, 1983. p. 84-114. MELLO, Suzy de. Barroco mineiro. São Paulo: Brasiliense, 1985. REIS, Nestor Goulart. Evolução urbana do Brasil – 1500-1720. 2. ed. rev. amp. São Paulo: Pini, 2000. SUMMERSON, John. A retórica do barroco. In: A linguagem clássica da arquitetura. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002. p. 63-88. VASCONCELLOS, Sylvio de. Vila Rica. São Paulo: Perspectiva, 1977. VASCONCELLOS, Sylvio de. Arquitetura no Brasil: sistemas construtivos. 5. ed. rev. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1979. Minas Gerais, século XVIII – Povoamento e formação de núcleos urbanos Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix Curso de Arquitetura e Urbanismo História da Arquitetura, da Cidade e das Artes II Professor: Tito Flávio de Aguiar Belo Horizonte, abril de 2008. referências bibliográficas: BOLTSHAUSER, João. História da Arquitetura. 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