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Aula 07 Arquitetura Religiosa

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Arquitetura Brasileira I
Arquitetura religiosa na América 
portuguesa – séculos XVI a XVIII
Adaptado aula Professor Tito Flávio Rodrigues de Aguiar - DEARQ 
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Escola de Minas – Universidade Federal de Ouro Preto
Professora: Fernanda Alves de Brito Bueno
objetivos desta aula
Analisar a arquitetura religiosa produzida no Brasil durante o período 
colonial, com ênfase no estudo da produção erguida em Minas 
Gerais no século XVIII, e situar a arquitetura religiosa brasileira no 
contexto histórico, social, cultural e econômico.
dez obras
ÁVILA, Affonso; GONTIJO, João Marcos Machado; MACHADO, Reinaldo Guedes. 
Barroco mineiro, glossário de arquitetura e ornamentação. 3. ed. rev. amp. Belo 
Horizonte: Fundação João Pinheiro/Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1996.
BAZIN, Germain. O Aleijadinho e escultura barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 
1971. Título original: Aleijadinho et la sculpture baroque du Brésil. Publicado 
originalmente em 1963.
CAMPOS, Adalgisa Arantes. Introdução ao Barroco mineiro: cultura barroca e 
manifestações do rococó em Minas Gerais. Belo Horizonte: Crisálida, 2006.
CARVALHO, Cláudia; NÓBREGA, Cláudia; SÁ, Marcos. Introdução: guia da arquitetura 
colonial. CZAJKOWSKI, Jorge (Org.). Guia da arquitetura colonial, neoclássica e 
romântica no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/Prefeitura da Cidade do 
Rio de Janeiro, 2000. p. 5-24.
MELLO, Suzy de. As construções religiosas. In: MELLO, Suzy de. Barroco mineiro. São 
Paulo: Brasiliense, 1985. p. 122-164.
dez obras
MENEZES, Joaquim Furtado de. Igrejas e irmandades de Ouro Preto. Belo Horizonte: 
IEPHA, 1975. Publicado originalmente em 1911.
OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de; CAMPOS, Adalgisa Arantes. Barroco e rococó 
nas igrejas de Ouro Preto e Mariana: roteiro do patrimônio. Brasília: IPHAN/Monumenta, 
2010. 2 v.
TELLES, Augusto Carlos da Silva. Atlas dos monumentos históricos e artísticos do 
Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Ministério da Educação/Fundação de Assistência ao 
Estudante, 1985.
VERÍSSIMO, Francisco Salvador; BITTAR, William Seba Mallmann; MENDES, Chico. 
Arquitetura no Brasil: de Cabral a D. João VI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 
2007.
VERÍSSIMO, Francisco Salvador; BITTAR, William Seba Mallmann; MENDES, Chico. 
Arquitetura no Brasil: de D. João VI a Deodoro. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 
2010.
agradecimento
Agradecemos ao professor Paulo Marcos de Barros Monteiro 
(DECAT, Escola de Minas), pela cessão de imagens do acervo do 
fotógrafo Luiz Fontana, atuante em Ouro Preto entre as décadas 
de 1920 e 1970, e pelas preciosas informações.
agradecimento
Agradeço ao Prof. Tito Flávio, que 
gentilmente cedeu materiais e 
apresentações de aulas.
América portuguesa – do século XVI ao XVIII
Os termos barroco e rococó
Segundo Myriam Oliveira e Adalgisa Campos, barroco e rococó são 
estilos arquitetônicos diversos, com características próprias, que 
podem ser percebidas ao se comparar ,em Ouro Preto, a Matriz do 
Pilar e a Capela do Carmo e, em Mariana, a Catedral e São Francisco 
de Assis (OLIVEIRA; CAMPOS: 2010, p. 91).
América portuguesa – do século XVI ao XVIII
Os termos barroco e rococó
Barroco: presente no Pilar, de Ouro Preto, e na Catedral de Mariana, 
com interiores grandiosos, com ornamentação dourada, pensados 
para produzir nos fiéis uma sensação de deslumbramento e assinalar 
a manifestação de um poder maior, que passa deste mundo ao outro.
América portuguesa – do século XVI ao XVIII
Os termos barroco e rococó
Rococó: presente no Carmo de Ouro Preto e em São Francisco de 
Assis, em Mariana, com decoração mais leve, com ornamentação 
intercalando elementos dourados e fundos brancos, pensados para 
produzir nos fiéis uma sensação de encantamento e bem-estar, em 
harmonia com Deus e com o universo.
América portuguesa – do século XVI ao XVIII
Exemplo notável de combinação de características estilísticas diversas é 
a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, erguida no Rio de 
Janeiro entre 1714 e 1739.
“A concepção da igreja da Glória conjuga a busca pelo 
movimento característica do barroco, ao gosto pela geometria 
simples, típica do maneirismo português, dando lugar a uma 
construção original, excepcional tanto para o Brasil quanto 
para Portugal” (CZJAJKOWSKI, 2000, p. 86).
Igreja de Nossa Senhora da Glória do 
Outeiro, capela da Imperial Irmandade de 
Nossa Senhora da Glória, Rio de Janeiro.
Imagem: 
panoramio.com.
Desenho de Nara Iwata. Fonte: 
CZAIJKOWSKI, 2000, p. 87.
Planta baixa da Igreja de Nossa 
Senhora da Glória do Outeiro, Rio de 
Janeiro, 1714-1739.
Sacristia.
Capela-mor.
Púlpito do lado 
da epístola.
Nave.
Pórtico de 
entrada, sob a 
torre sineira.
Adro.
A organização espacial 
proposta pelo risco da 
igreja da Glória do Outeiro 
pode ser considerada um 
ensaio de se criar um 
interior movimentado, 
característico do barroco, 
que contrasta com a 
sobriedade e a contenção 
geométrica do exterior, 
próprio da arquitetura chã 
portuguesa.
Púlpito do lado 
do evangelho.
Coro sobre a 
entrada.
Perspectiva axonométrica, 
desenho de Felipe Prouvot. 
Fonte: TELLES, 1985, p. 130.
Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio 
de Janeiro, 1714-1739, projeto atribuído ao 
tenente-coronel José Cardoso Ramalho.
Igreja de Nossa Senhora da Glória 
do Outeiro, Rio de Janeiro.
O Outeiro da Glória, com a igreja da Irmandade de N. S. da Glória, 
Rio de Janeiro. Óleo sobre madeira, Leandro Joaquim, 1790.
Fonte: pt.wikipédia.org
Igreja de Nossa Senhora da Glória 
do Outeiro, Rio de Janeiro. 
Interior da nave. 
Fonte: 
CZAIJKOWSKI, 
2000, p. 87.
Imagem: Vera 
Voto.
Igreja de Nossa Senhora 
da Glória do Outeiro, Rio 
de Janeiro.
Capela-mor, com retábulo 
barroco, e arco-cruzeiro, em 
feições maneiristas.
Capela-mor: espaço ocupado 
pelo altar principal;
Arco-cruzeiro: arco que 
separa a nave e a capela-
mor.
Igreja de Nossa Senhora 
da Glória do Outeiro, Rio 
de Janeiro.
Vista do lado esquerdo da 
nave (o lado do Evangelho), 
com altar lateral, púlpito e 
barrado de azulejos, 
barrocos.
Igreja de Nossa Senhora da 
Glória do Outeiro, Rio de Janeiro.
Vista do lado direito da nave (o lado da 
Epístola), com altar lateral, púlpito e 
barrado de azulejos, barrocos.
Arco-cruzeiro marcado por molduras 
retilíneas, feitas em cantaria.
Arquitetura 
chã ou 
maneirismo 
português.
Igreja de Nossa Senhora da 
Glória do Outeiro, Rio de Janeiro.
Altar lateral, com curvas e contracurvas 
barrocas e com rocalhas típicas do rococó.
Igreja de Nossa Senhora da Glória 
do Outeiro, Rio de Janeiro.
Rococó
Ornatos em estilo rococó, 
inseridos na talha barroca do 
retábulo de um altar lateral, do 
lado da Epístola.
Igreja de Nossa Senhora 
da Glória do Outeiro, Rio 
de Janeiro.
América portuguesa – do século XVI ao XVIII
estilos arquitetônicos
Rococó: caracterizado “pela utilização de ornatos de forma irregular e 
ondulante – conchas estilizadas -, mas em seu vocabulário também 
aparecem alusões à elementos vegetais, como flores e folhagens. [...] 
O rococó pode ser interpretado como uma suavização e diluição das
fortes, expressivas e dinâmicas formas do barroco” (CARVALHO et al, 
2000, p. 11).
Rococó
Sanefa, arremate interno da 
verga de uma porta lateral, do 
lado do Evangelho.
Igreja de Nossa Senhora 
da Glória do Outeiro, Rio 
de Janeiro.
Balcão do coro, com entalhes 
barrocos.
Ornamentação 
barroca.
Igrejade Nossa Senhora da Glória 
do Outeiro, Rio de Janeiro.
Balcão do coro, com entalhes 
barrocos.
Ornamentação 
barroca.
Igreja de Nossa Senhora da Glória do 
Outeiro, Rio de Janeiro.
Balcão do coro, com entalhes 
barrocos.
Pórtico de entrada, com arcos 
plenos e capitéis toscanos.
Arquitetura 
chã ou 
maneirismo 
português.
Igreja de Nossa Senhora da Glória 
do Outeiro, Rio de Janeiro.
Pórtico de entrada, sob a torre 
sineira, com pilastras da ordem 
toscana.
Ordem toscana, segundo 
Jacopo da Vignola (séc. 
XVI). Desenho de J.-A. 
Leveil, arquiteto francês, 
séc. XIX.
Fonte: 
arquitectura.spaziarte.com/tratados/
vignola .
Pórtico de entrada, com arcos 
plenos e capitéis toscanos.
Arquitetura 
chã ou 
maneirismo 
português.
Igreja de Nossa Senhora da Glória do 
Outeiro, Rio de Janeiro.
Sob o pórtico, a portada principal, 
barroca, com medalhão esculpido.
Ornamentaç
ão barroca.
Arquitetura 
chã ou 
maneirismo 
português.
Igreja de Nossa Senhora da Glória do 
Outeiro, Rio de Janeiro.
Arquitetura 
chã ou 
maneirismo 
português.
Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, 
Rio de Janeiro.
Torre sineira e parte da fachada 
lateral, octavada.
América portuguesa – do século XVI ao XVIII
estilos arquitetônicos
Maneirismo português ou arquitetura chã: se caracteriza pela “ 
tentativa de usar a linguagem clássica a partir de formas geométricas 
básicas, com a proporção de fachadas próxima ao quadrado, frontão 
triangular e forte contraste entre as linhas marcadas pelo uso da 
pedra e o paramento branco, revelando um caráter eminentemente 
bidimensional e, ainda, a subordinação da ornamentação à estrutura 
composisitva” (CARVALHO et al, 2000, p. 6).
América portuguesa – do século XVI ao XVIII
estilos arquitetônicos
Barroco: caracterizado “ pela expressividade no uso da linguagem 
clássica, pela incorporação do movimento e do claro-escuro nas 
composições, pelo ideal de criação de um espaço contínuo, pela sua 
„força expansiva‟ e, finalmente, pelo princípio da integração das 
artes. Esta última característica é tão significativa no estilo que nele 
já não se pode dissociar a ornamentação da estrutura compositiva” 
(CARVALHO et al, 2000, p. 8);
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco da Penitência, 
junto ao Convento de Santo 
Antônio, da Ordem do Frades 
Menores (franciscanos), Rio 
de Janeiro. Construção: 1657-
1747.
Barroco
Barroco
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da 
Penitência, Rio de Janeiro. Nave. Talha: Manuel de 
Britto e Francisco Xavier de Britto.
América portuguesa – do século XVI ao XVIII
ornamentação e talha barroca
Pesquisadores como Cláudia Carvalho, Cláudia Nóbrega e Marcos Sá 
nos alertam para a necessidade de buscarmos entender a arquitetura 
religiosa produzida na América portuguesa de acordo com uma 
abordagem ou chave de leitura que contemple a lógica de produção 
dessa arquitetura e deixe de lado a visão moderna ou modernista que 
tomou o ornamento como algo acessório e, mesmo, incompatível com 
a verdadeira arquitetura.
América portuguesa – do século XVI ao XVIII
ornamentação e talha barroca
Cláudia Carvalho, Cláudia Nóbrega, Marcos Sá nos dizem que na 
arquitetura religiosa colonial o ornamento era parte indissociável da 
composição arquitetônica. Na América portuguesa a disponibilidade de 
madeiras e a relativa dificuldade para ser realizar grandes trabalhos 
em pedra levou ao desenvolvimento da chamada talha, ou seja, da 
decoração dos interiores com painéis de madeira esculpida, muitas 
vezes pintada ou dourada (revestida com folhas de ouro). Na 
arquitetura luso-brasileira, a talha, mais do que decoração, organiza o 
espaço interior e cria efeitos espaciais, configurando, segundo esses 
autores, um cenário dinâmico e visualmente arrebatador, 
essencialmente barroco.
Barroco
Igreja da Ordem Terceira 
de São Francisco da 
Penitência, Rio de Janeiro. 
Nave. Talha: Manuel de 
Britto e Francisco Xavier 
de Britto.
Barroco
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da 
Penitência, Rio de Janeiro. Altar-mor. Talha: 
Manuel de Britto e Francisco Xavier de Britto.
Barroco
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da 
Penitência, Rio de Janeiro. Porta lateral. Talha: 
Manuel de Britto e Francisco Xavier de Britto.
Barroco
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da 
Penitência, Rio de Janeiro. Ornamentação da nave.
Talha: Manuel de Britto e Francisco Xavier de Britto.
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, Rio de 
Janeiro. Coro e nave. Talha: Manuel de Britto e Francisco Xavier 
de Britto. Pintura: Caetano da Costa Coelho.
Barroco
América portuguesa – do século XVI ao XVIII
estilos arquitetônicos
Estilo pombalino: se caracteriza pela “rigidez das composições e um 
certo retorno à matriz clássica” (CARVALHO et al, 2000, p. 10). Surgiu 
nos trabalhos de reconstrução das partes da cidade de Lisboa que 
foram destruídas no terremoto de 1755 e seu nome evoca o marquês 
de Pombal, secretário de Estado de 1756 a 1777, responsável pela 
implantação de uma ditadura política, dentro do marco do chamado 
despotismo esclarecido. “As fachadas das igrejas são planas e 
inteiramente revestidas de pedra e a ornamentação concentra-se nas 
portadas, painéis e sobrevergas. Nos interiores, a decoração é feita a 
partir do revestimento das superfícies em mármore” (CARVALHO et al, 
2000, p. 10). 
Estilo pombalino
Igreja de Nossa Senhora da Candelária, 
Centro, Rio de Janeiro, risco de Francisco 
João Roscio, construída entre 1775 e 
1898.
Imagem: C. Marinho, panoramio.com.
Igreja de Santa Cruz dos 
Militares, Centro, Rio de 
Janeiro, risco atribuído ao 
brigadeiro José Custódio 
de Sá e Faria, construída 
entre 1780 e 1811. Fonte: 
TELLES, 1985, p. 137.
Estilo pombalino
A fachada de Santa Cruz dos Militares tem pontos em comum com a fachada barroca da 
Igreja de Jesus (acima, à esquerda), em Roma, executada por Giacomo della Porta 
(1575), completando o projeto inicial de Jacopo Barozzi da Vignola (1568). O frontispício 
de Santa Cruz dos Militares tem também semelhança com a da Igreja de Santa Susana
(acima, ao centro), em Roma, construída por Carlo Maderno (1597-1603). Ainda que 
podendo ser associada ao estilo pombalino, a fachada de Santa Cruz dos Militares seria 
“revivescência tardia do modelo barroco de Vignola” (CZAJKOWISKI, 2000, p. 56).
Arquitetura religiosa na América portuguesa – séculos XVI a XVIII
a particularidade da arquitetura religiosa mineira
Ao longo do século XVIII, por decisão política da Coroa portuguesa,
jesuítas, franciscanos, beneditinos e membros de outras ordens 
religiosas regulares (carmelitas, dominicanos e outros) foram 
impedidos de se instalar em Minas Gerais. 
Assim, segundo Sylvio de Vasconcellos e Suzy de Mello, a arquitetura 
religiosa mineira desenvolveu-se de modo particular, único na 
América portuguesa, com mais liberdade e sem vínculo com 
padrões e modelos privilegiados pelas ordens regulares. 
Arquitetura religiosa na América portuguesa – séculos XVI a XVIII
a particularidade da arquitetura religiosa mineira
De fato, as construções religiosas mineiras foram, essencialmente, 
igrejas paroquiais (matrizes), capelas de ordens terceiras (capelas 
maiores) e de irmandades e santuários de peregrinação (ermidas ou 
eremitérios), construídos segundo modelos da arquitetura tradicional 
portuguesa, não se registrando a atuação de arquitetos e 
construtores vinculados às ordens regulares. 
Minas Gerais – século XVIII
etapas de construção decapelas e igrejas
Segundo Sylvio de Vasconcellos, podem ser discernidos ao longo dos 
séculos XVIII e XIX quatro fases de construção de capelas e igrejas nas 
vilas e povoações mineiras:
primeira etapa – 1700 a 1720: capelas simples, distribuídas pelos arraiais 
e núcleos de povoamento;
segunda etapa – 1720 a 1750: construção das matrizes, sedes das 
freguesias, centralizando a vida religiosa e social das povoações;
Minas Gerais – século XVIII
etapas de construção de capelas e igrejas
terceira etapa – 1750 a 1800: nas vilas, construção das capelas maiores 
das irmandades e ordens terceiras, rivalizando com as matrizes das 
freguesias;
quarta etapa – século XIX: decadência econômica e declínio das 
povoações, dificuldade para cuidar das capelas das irmandades, as 
matrizes retomam a primazia e voltam a polarizar a vida social e 
religiosa das comunidades, tanto nas vilas quanto nos arraiais.
Desenvolvimento das povoações mineiras e edificação dos 
templos católicos, segundo Sylvio de Vasconcellos, 1957. 
Fonte: VASCONCELLOS apud MELLO, 1985, p. 144.
Desenvolvimento das povoações mineiras e edificação dos 
templos católicos, segundo Sylvio de Vasconcellos, 1957. 
Fonte: VASCONCELLOS apud MELLO, 1985, p. 144.
Arquitetura religiosa na América portuguesa – século XVIII
localização dos templos
Em 1701 foram adotadas as chamadas Constituições primeiras do clero 
da Bahia, conjunto de cânones - regras e leis religiosas - que era 
especificamente aplicado às dioceses existentes na América 
portuguesa (Bahia, Olinda, Rio de Janeiro, São Luís e, mais tarde, 
Mariana, São Paulo e Belém do Pará) e que vigoraram até o início do 
século XX.
Arquitetura religiosa na América portuguesa – século XVIII
localização dos templos
Nessas Constituições primeiras estavam definidos regras para a 
localização dos edifícios religiosos no Brasil:
Implantação em pontos destacados da paisagem urbana, em 
especial pontos elevados;
Existência de espaço livre ao redor dos templos, para as procissões.
As Constituições primeiras marcaram, assim, a paisagem de 
arraiais, vilas e cidades no Brasil do século XVIII
A paisagem urbana colonial e as 
regras estabelecidas pelas 
Constituições primeiras do clero da 
Bahia.
Vista do Antônio Dias, em Ouro Preto, com a 
matriz em posição destacada e as capelas das 
Mercês de Baixo, de São Francisco de Assis e as 
torres da capela do Carmo se destacando na 
paisagem urbana.
Imagem: Luiz Fontana
Arquitetura religiosa na América portuguesa – século XVIII
organização espacial dos templos na América portuguesa
As chamadas Constituições primeiras do clero da Bahia traziam, também, 
regras a respeito da organização do espaço interno dos templos, de 
acordo com as prescrições estabelecidas pelo Concílio de Trento, 
realizado na primeira metade do século XVII.
Altares laterais para a devoção aos santos;
Nave em forma de salão, para a pregação;
Capela-mor, com o altar-mor, em posição oposta à entrada;
Instalação do coro sobre a entrada.
Igreja matriz de nave única, sem 
corredores laterais, desenho de João 
Marcos Machado Gontijo, 1980. Fonte: 
ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 75.
Altares laterais
Nave em forma de salão
Capela-mor e altar-mor
Coro sobre a entrada
Minas Gerais – século XVIII
tipologias de capelas e igrejas
Escrevendo no fim dos anos 1950, Sylvio de Vasconcellos pontuou a 
evolução das plantas de capelas e igrejas construídas em Minas 
Gerais ao longo do século XVIII e da primeira metade do século XIX: a 
partir de formas retilíneas, as plantas transformam-se pela 
incorporação de chanfros e de curvas, até tornarem-se totalmente 
curvilíneas.
Sylvio de Vasconcellos destacou, também, dois tipos básicos de 
fachadas, ambos com frontões triangulares e um arranjo também 
triangular de aberturas, com porta central e duas janelas altas.
Para além desses tipos básicos de fachadas, Sylvio de Vasconcellos 
indicou três variantes, com torres únicas. 
Transformação das plantas das igrejas e capelas maiores 
em Minas Gerais ao longo do século XVIII, segundo Sylvio 
de Vasconcellos, 1957-1959. Fonte: VASCONCELLOS 
apud MELLO, 1985, p. 136.
Duas tipologias básicas de fachadas de capelas e igrejas 
em Minas Gerais, século XVIII, de acordo com Sylvio de 
Vasconcellos, 1957-1959. Fonte: VASCONCELLOS apud
MELLO, 1985, p. 136.
Três variantes das tipologias básicas de fachadas de capelas e igrejas 
em Minas Gerais, século XVIII, de acordo com Sylvio de Vasconcellos, 
1957-1959. Fonte: VASCONCELLOS apud MELLO, 1985, p. 136. 
Minas Gerais – século XVIII
tipologias de capelas e igrejas
de acordo com Suzy de Mello, podem ser distinguidos cinco tipos de 
capelas e igrejas construídas em Minas Gerais ao longo do século 
XVIII e da primeira metade do século XIX. Capelas constituem os dois 
primeiros tipos:
primeiro tipo: capelas simples, sem torre sineira, com nave, capela-mor 
e sacristia lateral ou posterior, com frontispício resolvido com frontão 
triangular;
segundo tipo: capelas simples, com torre sineira, frontão triangular, nave 
única, capela-mor e sacristia lateral ou colocada nos fundos da capela-
mor;
Minas Gerais – século XVIII
tipologias de capelas e igrejas
ainda de acordo com Suzy de Mello, completando os cinco tipos de 
construções religiosas setecentistas erguidas em Minas Gerais, temos:
terceiro tipo: igrejas matrizes, com duas torres sineiras, frontões 
retilíneos e plantas ortogonais;
quarto tipo: igrejas matrizes e capelas maiores, com duas torres sineiras, 
frontões ondulados e plantas com partidos retangulares;
quinto tipo: igrejas matrizes e capelas maiores, com duas torres sineiras, 
frontões ondulados e plantas com arranjos elípticos ou curvilíneos.
Planta baixa e frontispício, esquemáticos.
Partido básico das capelas e igrejas mineiras, na 
primeira metade do século XVIII.
Capela-mor Nave
Sacristia
Construções religiosas 
setecentistas mineiras.
Primeiro tipo.
Capela de Santana, Arraial 
Velho, Sabará, c. 1730.
Capela-mor Nave
Sacristia
Torre sineira
Construções religiosas 
setecentistas mineiras.
Segundo tipo.
Planta baixa e frontispício, esquemáticos.
Acréscimo da torre sineira ao partido básico das 
capelas e igrejas mineiras, na primeira metade do 
século XVIII.
Capela das Mercês, São João d‟El-Rei.
A volumetria dessa 
capela erguida no 
início do século XIX 
se insere no 
segundo tipo 
identificado por Suzy 
de Melo, ainda que o 
frontispício, com 
frontão rococó e 
composição da face 
retangular com 
influências 
neoclássicas, já não 
se enquadre 
facilmente nessa 
tipologia.
Capela-mor Nave
Sacristia
Torre sineira
Construções religiosas 
setecentistas mineiras.
Terceiro e quarto tipo.
Torre sineira
Planta baixa e frontispício, esquemáticos.
Acréscimo de duas torres sineiras ao partido básico 
das capelas e igrejas mineiras, na segunda metade do 
século XVIII.
Igreja de Nossa Senhora da 
Boa Viagem, matriz da 
freguesia da Boa Viagem, 
1894. Arraial do Belo 
Horizonte, antigo Curral d‟El-
Rei, Minas Gerais.
Imagem: Álbum da Comissão 
Construtora da Nova Capital, acervo 
do Arquivo Público da Cidade de 
Belo Horizonte.
Matriz de Antônio Dias, Ouro 
Preto.
Igreja de Nossa Senhora da 
Conceição, Matriz da Freguesia 
de Antônio Dias, Ouro Preto. As 
obras foram iniciadas por volta de 
1730 e se estenderam até os 
anos 1760.
Planta baixa esquemática.
Transformação do partido das capelas e igrejas mineiras, no 
final do século XVIII.
Capela-mor Nave
Sacristia
Construções religiosassetecentistas mineiras.
Quinto tipo.
Capela de Nossa Senhora 
do Rosário, Ouro Preto.
Risco de Antônio Ferreira de Sousa 
Calheiros, c. 1760.
Minas Gerais – século XVIII
tipologias de capelas e igrejas
Segundo Adalgisa Arantes Campos, duas grandes fases, correspondendo a técnicas 
construtivas distintas, podem caracterizar os tipos de capelas e igrejas construídas 
em Minas Gerais ao longo do século XVIII:
até 1750: capelas e igrejas matrizes erguidas em taipa de pilão ou com estrutura 
autônoma de madeira;
após 1750: capelas e igrejas matrizes construídas com alvenaria de pedra.
Essa periodização não pode ser aplicada a todos os casos, pois as técnicas de 
construção mais comuns na primeira metade do século XVIII também continuaram a 
ser empregadas na arquitetura religiosa mineira na segunda metade desse século 
e, mesmo, ao longo do século XIX. A própria autora assinala que o emprego da 
estrutura autônoma de madeira permaneceu constante nos vales do Piranga e do 
Jequitinhonha e em todo o norte da capitania. 
Minas Gerais – século XVIII
tipologias de capelas e igrejas
Ainda de acordo com Adalgisa Arantes Campos, na segunda metade do século XVIII, 
podem ser reconhecidos três tipos de capelas e igrejas, segundo sua organização 
formal básica:
volumes chanfrados: característicos do barroco português;
volumes elípticos: indicativos da influência do barroco italiano; as capelas de Nossa 
Senhora do Rosário dos Pretos, em Ouro Preto, e de São Pedro dos Clérigos, em 
Mariana, projetadas pelo bacharel Antônio Pereira de Souza Calheiros, seriam os 
exemplares únicos desse tipo.
volumes curvilíneos: já apresentando manifestações do rococó; as capelas da Ordem 
Terceira de São Francisco de Assis, em Ouro Preto e em São João d‟El-Rei, 
projetadas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, seriam exemplos desse tipo. 
Nossa Senhora do Ó, Sabará. 
Capela de Nossa Senhora 
da Expectação do Parto ou 
Nossa Senhora do Ó, 
arraial de Tapanhuacanga, 
Sabará, 1725, projeto do 
capitão-mor Lucas Ribeiro 
de Almeida.
Volume chanfrado, 
característico do barroco 
português.
Fonte: TELLES, 1985, p. 220.
Capela de Nossa Senhora 
do Rosário, Ouro Preto.
Capela de Nossa Senhora 
de Nossa Senhora do 
Rosário dos Pretos, 1757-
1793, projeto do bacharel 
Antônio Pereira de Souza 
Calheiros.
Volume elíptico, denotando 
influência do barroco 
italiano.
Imagem: Luiz Fontana
Capela da Ordem Terceira 
de São Francisco de Assis, 
Ouro Preto.
Risco de Antônio Francisco 
Lisboa, o Aleijadinho, 1765, 
alterado em 1774.
Volume curvilíneo, 
manifestação do rococó.
Imagem: Luiz Fontana
capelas simples, sem torres sineiras
Segundo Suzy de Mello, essas capelas, já apresentando um arranjo espacial 
mais complexo, com nave, capela-mor e sacristia, seriam um 
desenvolvimento do tipo primordial de templo mineiro, que perdurou nos 
passos erguidos para as celebrações da Semana Santa.
Vista do Padre Faria e do Alto da Cruz, 
com as capelas de Nossa Senhora do 
Rosário (Rosário dos Brancos ou Padre 
Faria) e de Santa Efigênia.
Imagem: Luiz Fontana
Capela de N. S. do Rosário do Padre Faria, 
construída entre 1740 e 1785. Fotografia dos 
anos 1940, após intervenção do SPHAN.
Imagem: Luiz Fontana
Capela de N. S. do Rosário do Padre Faria, 
construída entre 1740 e 1785. Fotografia dos 
anos 1940, antes da intervenção do SPHAN.
Imagem: Luiz Fontana
Cruzeiro com cruz papal ou 
pontifícia, adro da Capela de 
N. S. do Rosário do Padre 
Faria, anos 1940.
Imagem: Luiz Fontana
Interior da nave, com púlpitos e altares laterais, e 
capela-mor, com o altar-mor, da Capela de N. S. 
do Rosário do Padre Faria, anos 1940.
Imagem: Luiz Fontana
Altar lateral, dedicado à 
Sagrada Família, da Capela 
de N. S. do Rosário do Padre 
Faria, anos 1940.
Imagem: Luiz Fontana
Capela de Nosso Senhor do Bonfim, na antiga Rua da 
Glória (hoje Rua Antônio de Albuquerque), próximo à 
Matriz do Pilar, Ouro Preto. Fachada após intervenção do 
SPHAN, realizada no fim dos anos 1940.
Capela de Nosso Senhor do 
Bonfim, em 1946, antes da 
intervenção do SPHAN.
Imagem: Luiz Fontana
Capela de Nosso Senhor do Bonfim, Ouro Preto em 
meados do século XIX. Gravura de Hermann Burmeister.
Imagem: Wikimedia Commons
Imagem: Luiz Fontana
Capela de Nossa Senhora das Dores, em 1948, 
Antônio Dias, Ouro Preto. Capela construída entre 
1835 e 1850.
Capela de Nossa Senhora das 
Dores, em 2008. Antônio Dias, Ouro 
Preto.
Capela de São Francisco de 
Paula, Tiradentes.
Capela de Nossa Senhora das 
Mercês, Tiradentes.
Capela de Nossa Senhora das 
Mercês, Tiradentes.
capelas simples, com torre sineira única
Essas capelas, incorporando nas suas fachadas uma torre sineira, seriam 
desenvolvimento das capelas simples, desprovidas de campanários.
Fonte: VASCONCELLOS apud 
MELLO, 1985, p. 136.
Três variantes para as tipologias básicas de fachadas de 
capelas e igrejas em Minas Gerais, século XVIII, segundo 
Sylvio de Vasconcellos, 1957-1959.
Capela de Nossa 
Senhora das 
Mercês, Mariana.
Capela de Nossa Senhora das Mercês, 
Mariana. Erguida entre 1786 e 1806 
para a Irmandade das Mercês, que 
congregava pretos crioulos (nascidos no 
Brasil) e pardos (mestiços).
Capela de Nossa Senhora dos 
Anjos, da Arquiconfraria de São 
Francisco, Mariana.
Construída a partir de 1784, teve sua 
fachada reformada entre 1853 e 1875, 
quando a frente da capela avançou 
sobre o alinhamento da Rua Dom 
Silvério.
Capela de Nossa Senhora 
dos Anjos, da Arquiconfraria 
de São Francisco, Mariana.
Cruz da Paixão de Cristo.
O braço de Cristo, despido.
O braço de S. 
Francisco de Assis, 
vestido com o hábito 
dos franciscanos.
O Cordão, usado como cinto 
pelos franciscanos em sinal 
de humildade, com três nós 
(os três votos: obediência, 
pobreza e castidade).
As cinco chagas de Cristo; os 
estigmas de S. Francisco de 
Assis.
A rocalha, emoldurando o 
escudo das cinco chagas.
Imagem: Luiz Fontana
Capela das Mercês de Cima, Ouro 
Preto.
Capela da Ordem Terceira de N. S. das 
Mercês de Ouro Preto, chamada Mercês de 
Cima ou Mercês e Misericórdia, construída 
entre 1773 e 1865.
Imagem: Tito Flávio de Aguiar.
Capela da Imperial Irmandade do 
Patriarca São José dos Bem-
Casados, freguesia do Ouro 
Preto (hoje, paróquia do Pilar), 
Ouro Preto.
Imagem: Luiz Fontana
Capela projetada por Francisco Branco de 
Barros Barriga, construída entre 1753 e 
1766 por José Pereira dos Santos, 
Antônio Rodrigues Falcato e Manuel 
Rodrigues Graça.
Capela-mor, com retábulo do 
altar-mor.
Imagem: Luiz Fontana
Capela da Imperial Irmandade do 
Patriarca São José dos Bem-
Casados, freguesia do Ouro 
Preto (hoje, paróquia do Pilar), 
Ouro Preto.
Vista posterior, com cemitério anexo. Capela da Imperial Irmandade do 
Patriarca São José dos Bem-
Casados, freguesia do Ouro Preto 
(hoje, paróquia do Pilar), Ouro Preto.
igrejas matrizes, com duas torres sineiras, frontões retilíneos e plantas 
ortogonais
A incorporação de uma segunda torre marcou a construção das igrejas 
matrizes, a princípio vinculadas a um partido característico da arquitetura 
tradicional portuguesa, com plantas ortogonais e frontões triangulares.
Tipo de igreja luso-brasileira com nave única ladeada por 
corredores. Desenho: Felipe Prouvot, 1975. Perspectiva 
axonométrica. Fonte: TELLES, 1985, p. 231.
De acordo com Augusto 
Carlos da Silva Telles, o 
partido comnave única, 
ladeada por corredores, 
dominante na 
arquitetura religiosa 
brasileira do século 
XVIII, foi também 
adotado em algumas 
igrejas mineiras. As 
duas matrizes de Ouro 
Preto, N. S. da 
Conceição de Antônio 
Dias e N. S. do Pilar, 
seguem esse esquema, 
com modificações.
Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, matriz da freguesia da Boa Viagem, 
em 1894. Arraial do Belo Horizonte, antigo Curral d‟El-Rei, Minas Gerais.
Construída a 
partir de 1755.
Imagem: Acervo 
José Góes, 
Arquivo Público 
da Cidade de 
Belo Horizonte.
Tipo de igreja jesuíta luso-brasileira. 
Perspectiva axonométrica. Desenho: Felipe 
Prouvot, 1975. Fonte: TELLES, 1985, p. 224.
Igreja jesuíta brasileira, 
com nave única, 
flanqueada por nichos 
ocupados por altares 
secundários. Segundo 
Augusto Carlos da Silva 
Telles, esse tipo foi 
adotado em algumas 
igrejas mineiras, como a 
Matriz de N. S. da 
Assunção (mais tarde 
Catedral), de Mariana, e 
a Matriz de N. S. da 
Conceição, de Sabará.
Catedral de Nossa 
Senhora da Assunção, 
Mariana.
A antiga igreja matriz da Vila do Ribeirão do 
Carmo, construída no início do século XVIII, foi 
reformada nos anos 1740 e 1750, ao ser 
transformada na Sé do bispo de Mariana.
Catedral de Nossa 
Senhora da Assunção, 
Mariana.
Na adaptação da antiga matriz como catedral do 
bispado de Mariana, os altares laterais, 
relativamente profundos, foram transformados em 
duas naves, ladeando a nave principal da igreja.
igrejas matrizes e capelas maiores, com duas torres sineiras, frontões 
ondulados e plantas com partidos retangulares
Essas capelas e matrizes, mesmo conservando um partido característico da 
arquitetura tradicional portuguesa apresentam na sua ornamentação 
influências do barroco português.
Igreja de Nossa Senhora da 
Conceição, Matriz da Freguesia 
de Antônio Dias, Ouro Preto, em 
1946.
Imagem: Luiz Fontana
Igreja de Nossa Senhora da 
Conceição, Matriz da Freguesia 
de Antônio Dias, Ouro Preto. As 
obras foram iniciadas por volta de 
1730 e se estenderam até os 
anos 1760.
Interior da nave, com vista do arco-cruzeiro 
e da capela-mor.
Imagem: Zé 
Lima, Itafoto.
Matriz de Antônio Dias, Ouro 
Preto.
Arco-
cruzeiro, 
transição 
entre a 
nave e a 
capela-mor.
Igreja de nave única, 
sem corredores laterais. 
Desenho: Felipe 
Prouvot, 1975. 
Perspectiva 
axonométrica. Fonte: 
TELLES, 1985, p. 233.
Ao longo do século XVIII, ainda segundo Augusto Carlos da Silva 
Telles, os corredores laterais foram desaparecendo dos partidos 
das igrejas mineiras. Na segunda metade do século XVIII boa parte 
das igrejas matrizes e das grandes capelas das irmandades mais 
importantes tinham torres destacadas das fachadas laterais e 
corredores apenas ao lado da capela-mor, dando passagem para a 
sacristia e a sala do consistório da irmandade.
Igreja de nave única, sem corredores laterais, 
desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980. 
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 75. 
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, século 
XVIII. Mariana, Minas Gerais.
Risco de José Ferreira dos 
Santos, meados do século XVIII.
Capelas da Ordem Terceira de São Francisco de 
Assis e da Ordem Terceira do Carmo, século 
XVIII. Mariana, Minas Gerais.
Nave única, com 
cobertura elevada.
Torre sineira, 
faceando a fachada 
principal e 
destacada da 
fachada lateral.
Corredor lateral e 
sacristia.
Capela-mor, com 
cobertura rebaixada 
em relação à nave.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, século 
XVIII. Mariana, Minas Gerais.
Portada esculpida por José Pereira 
Arouca, 1783.
Perspectiva axonométrica.
Fonte: TELLES, 1985, p. 259.
Segundo Augusto Carlos da 
Silva Telles, uma 
transformação posterior 
incorporou chanfrados e 
paredes onduladas no 
interior e no exterior das 
igrejas e das grandes 
capelas. Essa 
transformação denota, de 
acordo com Adalgisa 
Arantes Campos, influências 
do barroco português (no 
caso dos chanfrados) e do 
estilo rococó (evidentes nas 
paredes onduladas ou 
curvilíneas)
Desenho: Felipe Prouvot, 1975.
Capela da Ordem Terceira do 
Carmo, século XVIII. Mariana, 
Minas Gerais.
Risco de Antônio Ferreira de Sousa 
Calheiros, c. 1780.
Capela da Ordem Terceira do 
Carmo, século XVIII. Mariana, 
Minas Gerais.
Capela da Ordem Terceira do 
Carmo, século XVIII. Mariana, 
Minas Gerais.
Capela da Ordem Terceira do 
Carmo, século XVIII. Mariana, 
Minas Gerais.
Perspectiva axonométrica.
Fonte: TELLES, 1985, p. 234.
Igreja de Nossa 
Senhora do Pilar, Ouro 
Preto, 1733-1741, 
projeto atribuído ao 
sargento-mor Pedro 
Gomes Chaves, 
engenheiro militar.
A talha de madeira 
elaborada por Antônio 
Francisco Pombal, por 
volta de 1736, definiu 
um espaço de forma 
aproximadamente 
elíptica dentro do 
volume prismático de 
base retangular da nave 
da igreja.
Desenho: Felipe Prouvot, 1975.
Interior da Igreja de N. S. do Pilar, 
Ouro Preto.
Imagem: Luiz Fontana
Igreja de Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto.
Talha de madeira elaborada por Antônio Francisco 
Pombal, 1736.
Imagem: 
Zé Lima, 
Itafoto.
Igreja de N. S. do Pilar, matriz da 
freguesia do Ouro Preto (hoje, 
paróquia do Pilar), Ouro Preto.
Imagem: Luiz Fontana
Igreja de N. S. do Pilar, matriz da 
freguesia do Ouro Preto (hoje, 
paróquia do Pilar), Ouro Preto.
Imagem: Luiz Fontana
Igreja de Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto. 
Elevada em 2012 à condição de Basílica 
Menor.
Capela da Ordem 
Terceira do Carmo, 
Sabará.
Frontispício reformado por 
Antonio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, 1769. 
Imagem: Mariana Mariano.
Portada e brasão da Ordem 
do Carmo, executados por 
Antonio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, 1769. 
Imagem: Mariana Mariano.
Capela da Ordem 
Terceira do Carmo, 
Sabará.
Sobreverga e brasão da Ordem do Carmo, 
executados por Antonio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, 1769. 
Imagem: 
Mariana 
Mariano.
Capela da Ordem Terceira do Carmo, 
Sabará.
Capela da Ordem Terceira do Carmo, 
Ouro Preto.
Risco de Manoel Francisco Lisboa, 1766. 
Capela da Ordem Terceira do Carmo, 
Ouro Preto.
Imagem: Zé Lima, Itafoto.
Interior da Capela da Ordem Terceira 
do Carmo, Ouro Preto.
Imagem: Luiz Fontana
Interior da Capela da Ordem Terceira 
do Carmo, Ouro Preto.
Imagem: Luiz Fontana
Capela da Ordem Terceira do Carmo, 
Ouro Preto.
Frontispício reformado entre 1770-1771, 
segundo projeto de Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho.
Capela da Ordem Terceira do Carmo, 
Ouro Preto.
Capela da Ordem Terceira do Carmo, 
Ouro Preto.
Portada do Carmo, executada por volta de 1771 por 
Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Capela da Ordem Terceira do Carmo, 
Ouro Preto.
Portada do Carmo, executada por volta de 1771 por 
Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Capela da Ordem Terceira do Carmo, 
Ouro Preto.
Putti, anjo da portada do Carmo, executada por volta de 
1771 por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Capela da Ordem Terceira do Carmo, 
Ouro Preto.
Capela da Ordem Terceira do Carmo, 
Ouro Preto.
Capela da Ordem Terceira do Carmo, 
Ouro Preto.
igrejas matrizes e capelas maiores, com duas torres sineiras, frontões 
ondulados e plantas com arranjos elípticos ou curvilíneos
A introdução de curvas sinaliza a transformaçãodos padrões correntes na 
arquitetura religiosa mineira, próprios da arquitetura tradicional portuguesa, 
através da influência do barroco português e italiano e do rococó.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Risco de Antônio Francisco 
Lisboa, o Aleijadinho, 1765, 
alterado em 1774.
Perspectiva axonométrica.
Fonte: TELLES, 1985, p. 263.
Capela da Ordem 
Terceira de São 
Francisco de Assis, 
Ouro Preto, 1766-1774, 
projeto de Antônio 
Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho.
Desenho: Felipe Prouvot, 1975.
Planta baixa da capela da Ordem Terceira de São 
Francisco de Assis, Ouro Preto, 1766-1774, projeto de 
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Fonte: STIERLIN, 1971, p. 239.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Nártex. Nave. Capela-mor.
Presbitério.
Escada para o 
consistório.
Sacristia.
Camarim.
Púlpito.
Tapa-vento ou para-vento.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Imagem: Zé Lima, Itafoto.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Imagem: Zé Lima, Itafoto.
Aduela do arco-cruzeiro.
Arco-cruzeiro.
Pilastra de apoio do arco-
cruzeiro, ordem coríntia.
Coro, sobre o nártex.
Púlpito do lado do 
Evangelho.
Tapa-vento.
Púlpito do lado da Epístola.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Imagem: Zé Lima, Itafoto.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Imagem: Zé Lima, 
Itafoto.
Cimalha do 
forro.
Portada de acesso ao corredor lateral.Púlpito do lado 
do Evangelho.Altar lateral.
Arco-cruzeiro.
Brasão da Ordem 
dos Frades 
Menores, a ordem 
franciscana.
Púlpito do lado 
da Epístola.
Fachada lateral direita da capela da Ordem Terceira de São 
Francisco de Assis, Ouro Preto.
Fonte: STIERLIN, 1971, p. 239.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Nártex.
Nave.
Capela-mor.
Galeria sobre o 
corredor 
lateral.
Consistório.
Sacristia.Corredor lateral.
Torre sineira direita.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Casa da Câmara e 
Cadeia – hoje Museu da 
Inconfidência.
Ordem Terceira de São 
Francisco de Assis.
Ordem Terceira de Nossa 
Senhora das Mercês.
Ordem Terceira de Nossa 
Senhora do Carmo.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Imagem: Priscila Amorim.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Imagem: Priscila Amorim.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Imagem: Priscila Amorim.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Imagem: Priscila Amorim.
Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto.
Imagem: Priscila 
Amorim.
Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto.
Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto.
Capela da Ordem Terceira de São 
Francisco de Assis, Ouro Preto.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
São Francisco recebendo as chagas de 
Cristo, medalhão esculpido por Antônio 
Francisco Lisboa.
Forro, Manoel da Costa 
Ataíde (1799-1812).
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.Imagem: Zé Lima, Itafoto.
Detalhe do forro, Manoel da 
Costa Ataíde.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, Ouro 
Preto.
Imagem: Zé Lima, Itafoto.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, São 
João d‟El-Rei.
Risco de Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, 1774, alterado pelo construtor 
Francisco de Lima Cerqueira.
Perspectiva axonométrica.
Fonte: TELLES, 1985, p. 263.
Capela da Ordem 
Terceira de São 
Francisco de Assis, São 
João d´El-Rei, 1774, 
projeto de Antônio 
Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, alterado por 
Francisco de Lima 
Cerqueira.
Desenho: Felipe Prouvot, 1975.
Fonte: MELLO, 1985, p. 160.
Planta baixa da capela da Ordem Terceira de São Francisco 
de Assis, São João d´El-Rei, 1774, projeto de Antônio 
Francisco Lisboa, o Aleijadinho, alterado por Francisco de 
Lima Cerqueira.
Nártex.
Púlpito.
Nave.
Consistório.Sacristia.
Arco cruzeiro.
Presbitério.
Capela-mor.
Camarim. Altar lateral.
Altar-mor.
Interior da nave, com vista de dois dos altares laterais, do arco-cruzeiro e da capela-mor.
Imagem: Sérgio 
Ricardo de Freitas
Capela de São Francisco de Assis, São João d‟El-Rei.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, São 
João d‟El-Rei.
Risco da fachada, elaborado por Antônio 
Francisco Lisboa, o Aleijadinho, em 1774.
Acervo Museu da Inconfidência, Ouro Preto.
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, São 
João d‟El-Rei.
Risco de Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, 1774, alterado pelo 
construtor Francisco de Lima 
Cerqueira.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, São 
João d‟El-Rei.
Risco de Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, 1774, alterado pelo 
construtor Francisco de Lima 
Cerqueira.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, São 
João d‟El-Rei.
Risco de Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, 1774, alterado pelo construtor 
Francisco de Lima Cerqueira.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, São 
João d‟El-Rei.
São Francisco de Assis no Monte 
Alverne, desenhado por Antônio 
Francisco Lisboa, o Aleijadinho, em 
1774, esculpido por Aniceto de Souza 
Lopes em 1809.
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, São 
João d‟El-Rei.
Medalhão de Nossa Senhora da 
Conceição, elaborado por Antônio 
Francisco Lisboa, o Aleijadinho 
(desenhado em 1774, esculpido entre 
1795 e 1800).
Capela da Ordem Terceira de 
São Francisco de Assis, São 
João d‟El-Rei.
Risco de Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, 1774, alterado pelo 
construtor Francisco de Lima 
Cerqueira.
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 75.
Capela de N. S. do Rosário, conhecida como 
Rosário dos Pretos, Freguesia do Pilar, Ouro Preto, 
desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980.
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 75.
Capela de N. S. do Rosário, conhecida como 
Rosário dos Pretos, Freguesia do Pilar, Ouro Preto, 
desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980.
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 75.
Capela de N. S. do Rosário, conhecida como 
Rosário dos Pretos, Freguesia do Pilar, Ouro Preto, 
desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980.
Fonte: TELLES, 1985, p. 257.
Perspectiva axonométrica.
Desenho: Felipe Prouvot, 1975.
Interior da nave, com vista do arco-cruzeiro e da 
capela-mor.
Imagem: Sérgio 
Ricardo de Freitas
Capela de Nossa Senhora do Rosário, Ouro Preto.
Capela de N. S. do Rosário de Ouro 
Preto, anos 1940.
Imagem: Luiz Fontana
Risco de Antônio Ferreira de Sousa 
Calheiros, c. 1760.
Bairro do Rosário ou Caquende, com 
a Capela de N. S. do Rosário dos 
Pretos. Ouro Preto, anos 1940.
Imagem: Luiz Fontana
Arco-cruzeiro da Capela de N. S. do 
Rosário de Ouro Preto, anos 1940.
Imagem: Luiz Fontana
Capela de Nossa Senhora do 
Rosário, Ouro Preto.
Risco de Antônio Ferreira de Sousa 
Calheiros, c. 1760.
Capela de Nossa Senhora do 
Rosário, Ouro Preto.
Risco de Antônio Ferreirade Sousa 
Calheiros, c. 1760.
Capela de Nossa Senhora do 
Rosário, Ouro Preto.
Risco de Antônio Ferreira de Sousa 
Calheiros, c. 1760.
Capela de Nossa Senhora do 
Rosário, Ouro Preto.
Risco de Antônio Ferreira de Sousa 
Calheiros, c. 1760.
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; 
MACHADO, 1980, p. 47.
Capela de N. S. do 
Rosário, conhecida como 
Rosário dos Pretos, 
Freguesia do Pilar, Ouro 
Preto, desenho de João 
Marcos Machado Gontijo, 
1980.
Fonte: ÁVILA; GONTIJO; 
MACHADO, 1980, p. 46.
Capela de N. S. do 
Rosário, conhecida como 
Rosário dos Pretos, 
Freguesia do Pilar, Ouro 
Preto, desenho de João 
Marcos Machado Gontijo, 
1980.
Desenho de Nara Iwata.
Fonte: CZAIJKOWSKI, 2000, p. 87.
Planta baixa da Igreja de Nossa Senhora 
da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro, 
1714-1739.
Sacristia.
Capela-mor.
Púlpito.
Nave.
Pórtico de entrada, 
sob a torre sineira.
Adro.
Perspectiva axonométrica, 
desenho de Felipe Prouvot.
Fonte: TELLES, 1985, p. 130.
Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio 
de Janeiro, 1714-1739, projeto atribuído ao tenente-
coronel José Cardoso Ramalho.
Igreja de Nossa Senhora da Glória do 
Outeiro, Rio de Janeiro. Fonte: 
CZAIJKOWSKI, 2000, p. 87.
Interior da nave.
Imagem: Vera 
Voto.
Perspectiva axonométrica.
Fonte: TELLES, 1985, p. 234.
Igreja de Nossa Senhora 
do Pilar, Ouro Preto, 1733-
1741, projeto atribuído ao 
sargento-mor Pedro 
Gomes Chaves, 
engenheiro militar.
A talha de madeira 
elaborada por Antônio 
Francisco Pombal, por 
volta de 1736, definiu um 
espaço de forma 
aproximadamente elíptica 
dentro do volume 
prismático de base 
retangular da nave da 
igreja.
Desenho: Felipe Prouvot, 1975.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
Porto, Portugal, 1732-1764.
Nicolau Nasoni.
Igreja de São Pedro dos 
Clérigos, Porto, Portugal, 
1732-1764.
Nicolau Nasoni, arquiteto.
Arquitetura barroca
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Risco de Antônio Ferreira de Sousa 
Calheiros, 1753.
Construção, José Pereira dos 
Santos.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
Igreja de São Pedro dos Clérigos, 
séculos XVIII-XX.
Mariana, Minas Gerais.
oratórios
Pequenos nichos, colocados nas esquinas, no alto de muros ou nos cunhais dos 
edifícios, contendo imagens de santos da devoção dos seus construtores. Serviam 
para práticas religiosas, individuais ou coletivas, cotidianas ou realizadas ocasiões 
festivas.
Imagem: Luiz Fontana
Oratório na esquina 
da Ladeira do Vira e 
Sai ou Vira-Saia e 
da Rua do Barão de 
Ouro Branco, em 
1948.
passos
Pequenas capelas, abertas apenas na sexta-feira Santa, durante as procissões. 
Segundo Suzy de Mello, conservariam o modelo primordial das primeiras 
construções religiosas erguidas em Minas Gerais (chamadas pela autora de 
capelinhas). A construção de três dos cinco passos existentes em Ouro Preto é 
atribuída a Manuel Francisco Lisboa, carpinteiro e mestre-de-obras português, que 
atuou em Vila Rica entre 1724 e 1767.
Imagem: Luiz Fontana
O passo da Ponte Seca (do Encontro com 
Verônica), em 1948. Seria o início do 
percurso formado por cinco passos 
distribuídos no espaço da vila.
Imagem: Luiz Fontana
O passo da Rua Getúlio Vargas, antiga Rua de 
São José, (Passo da Flagelação ou do Bom 
Jesus da Coluna), em 1948.
Imagem: Luiz Fontana
O passo da Rua São José, antiga Rua 
Tiradentes, visto da Ladeira de São José ou 
Rua Teixeira Amaral, (Passo da Coroação 
de Espinhos ou do Bom Jesus da Cana 
Verde).
Imagens: Luiz Fontana (1946) e Tito Flávio de 
Aguiar (2008).
Imagem: Luiz 
Fontana
O passo da Praça Tiradentes (do Cristo com a cruz às 
costas, ou seja, do Senhor dos Passos). Conhecido hoje 
como Passo do Encontro, está incorporado a um edifício 
construído na esquina com a Rua Direita. Data provável da 
imagem: 1929.
Imagens: Luiz 
Fontana (anos 
1940) e Tito Flávio 
de Aguiar (2008).
Passo de Antônio Dias, construído em meados do 
século XIX, isolado na esquina da Rua Bernardo 
Vasconcelos com a Ladeira do Gibu (Rua Carlos 
Thomaz), Ouro Preto. É conhecido como Passo 
do Pretório e abriga a imagem do Cristo Ecce 
Homo.
eremitérios ou ermidas
Templos erguidos em lugares remotos ou isolados por homens devotos (eremitas ou 
ermitões) que se retiravam do convívio social para se dedicar a suas devoções 
particulares. Esses templos rapidamente se tornaram centros para práticas 
religiosas – peregrinações (romarias), procissões e pagamento de promessas -
que extrapolavam as práticas cotidianas desenvolvidas nas freguesias 
(paróquias), congregando sazonalmente grande número de devotos ou romeiros. 
São exemplos, em Minas Gerais, o Santuário do Bom Jesus do Matozinhos, em 
Congonhas do Campo, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição de 
Macaúbas, em Santa Luzia, a Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, no 
Caraça, em Santa Bárbara, a e a Igreja de Nossa Senhora da Piedade, na Serra 
da Piedade, em Caeté.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
O Santuário e seu adro, com os 
profetas do Velho Testamento, 
esculpidos por Antônio Francisco 
Lisboa, o Aleijadinho, e seus 
auxiliares, 1800-1805.
O Santuário e seu adro. Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
Os passos do Sacro Monte ou da Via 
Crucis.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
Planta da montanha do Calvário, 
em Congonhas do Campo. 
Fonte: BAZIN, 1971, p. 238.
Igreja de Bom 
Jesus do 
Matosinhos.
Antigo Seminário.
Adro dos 
Profetas.
Carregamento da 
Cruz.
Prisão de Cristo.
Colocação 
na Cruz.
Flagelação 
do Cristo.
Monte das 
Oliveiras. A Ceia.
Santuário do Bom Jesus, 
Braga, Portugal.
Imagem: 
pt.wikipédia.org.
Santuário do Bom Jesus, 
Braga, Portugal.
Imagem: 
pt.wikipédia.org.
Nos diz Suzy de Mello que 
“embora de dimensões muito 
menores que as do sacro 
monte de Braga em 
Portugal, o Santuário de 
Congonhas do Campo tem, 
para muitos críticos, maior 
expressividade e mais 
profundo conteúdo barroco” 
(MELLO, 1983, p. 113).
Os passos do Sacro Monte ou da Via 
Crucis.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
A Ceia. Esculturas em madeiras, entalhadas por 
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus 
auxiliares, nos passos do Santuário de Congonhas do 
Campo, 1796-1799.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
A Ceia. Esculturas em madeiras, entalhadas por 
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus 
auxiliares, nos passos do Santuáriode Congonhas 
do Campo, 1796-1799.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
A Prisão de Cristo. Esculturas em madeira, 
entalhadas por Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, e seus auxiliares, nos passos do 
Santuário de Congonhas do Campo, 1796-1799.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
São Pedro, após cortar a orelha de 
Malchus, soldado romano, estátua da 
composição chamada A Prisão de 
Cristo. Escultura em madeira, 
entalhada por Antônio Francisco 
Lisboa, o Aleijadinho, e seus 
auxiliares, nos passos do Santuário 
de Congonhas do Campo, 1796-1799.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
Cristo na cena da Prisão. 
Escultura em madeira, entalhada 
por Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, e seus auxiliares, nos 
passos do Santuário de 
Congonhas do Campo, 1796-
1799. Fonte: BAZIN, 1971, p. 255.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
Cristo preso à coluna, na cena d‟ A 
flagelação do Cristo, esculturas em 
madeira, entalhadas por Antônio 
Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e 
seus auxiliares, 1796-1799.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
O Carregamento da Cruz. Esculturas em madeiras, 
entalhadas por Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, e seus auxiliares, nos passos do 
Santuário de Congonhas do Campo, 1796-1799.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
O Cristo levando a Cruz, estátua da 
cena denominada O Carregamento da 
Cruz. Escultura em madeira, 
entalhada por Antônio Francisco 
Lisboa, o Aleijadinho, e seus 
auxiliares, nos passos do Santuário 
de Congonhas do Campo, 1796-1799.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
A Santa Mulher que Chora, estátua da 
cena denominada O Carregamento da 
Cruz. Escultura em madeira, 
entalhada por Antônio Francisco 
Lisboa, o Aleijadinho, e seus 
auxiliares, nos passos do Santuário 
de Congonhas do Campo, 1796-1799.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
O Santuário e seu adro. Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
O profeta Joel, do adro do 
Santuário, esculpido por 
Antônio Francisco Lisboa, 
o Aleijadinho, e seus 
auxiliares, 1800-1805.
Imagem: Hans Mann.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
O profeta Isaías, esculpido por 
Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, e seus auxiliares, 1800-
1805.
O profeta Baruc, esculpido por 
Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, e seus auxiliares, 1800-
1805.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
O profeta Jonas, esculpido por 
Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, e seus auxiliares, 1800-
1805.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
O profeta Oséias, esculpido por 
Antônio Francisco Lisboa, o 
Aleijadinho, e seus auxiliares, 1800-
1805.
Santuário do Bom 
Jesus de Matozinhos, 
Congonhas.
referências bibliográficas
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VERÍSSIMO, Francisco Salvador; BITTAR, William Seba Mallmann; MENDES, Chico. 
Arquitetura no Brasil: de Cabral a D. João VI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 
2007.
VERÍSSIMO, Francisco Salvador; BITTAR, William Seba Mallmann; MENDES, Chico. 
Arquitetura no Brasil: de D. João VI a Deodoro. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 
2010.
fotografias: Tito Flávio de Aguiar (exceto onde indicado). As imagens produzidas ao 
longo dos anos 1920 a 1970 pelo fotógrafo ouro-pretano Luiz Fontana foram cedidas 
pelo professor Paulo Marcos de Barros Monteiro.
Arquitetura religiosa na América portuguesa – séculos XVI a XVIII
ARQ104 - Arquitetura Brasileira I
Tito Flávio Rodrigues de Aguiar
Ouro Preto, março de 2013.

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