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Arquitetura Brasileira I Arquitetura religiosa na América portuguesa – séculos XVI a XVIII Adaptado aula Professor Tito Flávio Rodrigues de Aguiar - DEARQ Curso de Arquitetura e Urbanismo Escola de Minas – Universidade Federal de Ouro Preto Professora: Fernanda Alves de Brito Bueno objetivos desta aula Analisar a arquitetura religiosa produzida no Brasil durante o período colonial, com ênfase no estudo da produção erguida em Minas Gerais no século XVIII, e situar a arquitetura religiosa brasileira no contexto histórico, social, cultural e econômico. dez obras ÁVILA, Affonso; GONTIJO, João Marcos Machado; MACHADO, Reinaldo Guedes. Barroco mineiro, glossário de arquitetura e ornamentação. 3. ed. rev. amp. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro/Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1996. BAZIN, Germain. O Aleijadinho e escultura barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 1971. Título original: Aleijadinho et la sculpture baroque du Brésil. Publicado originalmente em 1963. CAMPOS, Adalgisa Arantes. Introdução ao Barroco mineiro: cultura barroca e manifestações do rococó em Minas Gerais. Belo Horizonte: Crisálida, 2006. CARVALHO, Cláudia; NÓBREGA, Cláudia; SÁ, Marcos. Introdução: guia da arquitetura colonial. CZAJKOWSKI, Jorge (Org.). Guia da arquitetura colonial, neoclássica e romântica no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Casa da Palavra/Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 2000. p. 5-24. MELLO, Suzy de. As construções religiosas. In: MELLO, Suzy de. Barroco mineiro. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 122-164. dez obras MENEZES, Joaquim Furtado de. Igrejas e irmandades de Ouro Preto. Belo Horizonte: IEPHA, 1975. Publicado originalmente em 1911. OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de; CAMPOS, Adalgisa Arantes. Barroco e rococó nas igrejas de Ouro Preto e Mariana: roteiro do patrimônio. Brasília: IPHAN/Monumenta, 2010. 2 v. TELLES, Augusto Carlos da Silva. Atlas dos monumentos históricos e artísticos do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Ministério da Educação/Fundação de Assistência ao Estudante, 1985. VERÍSSIMO, Francisco Salvador; BITTAR, William Seba Mallmann; MENDES, Chico. Arquitetura no Brasil: de Cabral a D. João VI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2007. VERÍSSIMO, Francisco Salvador; BITTAR, William Seba Mallmann; MENDES, Chico. Arquitetura no Brasil: de D. João VI a Deodoro. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2010. agradecimento Agradecemos ao professor Paulo Marcos de Barros Monteiro (DECAT, Escola de Minas), pela cessão de imagens do acervo do fotógrafo Luiz Fontana, atuante em Ouro Preto entre as décadas de 1920 e 1970, e pelas preciosas informações. agradecimento Agradeço ao Prof. Tito Flávio, que gentilmente cedeu materiais e apresentações de aulas. América portuguesa – do século XVI ao XVIII Os termos barroco e rococó Segundo Myriam Oliveira e Adalgisa Campos, barroco e rococó são estilos arquitetônicos diversos, com características próprias, que podem ser percebidas ao se comparar ,em Ouro Preto, a Matriz do Pilar e a Capela do Carmo e, em Mariana, a Catedral e São Francisco de Assis (OLIVEIRA; CAMPOS: 2010, p. 91). América portuguesa – do século XVI ao XVIII Os termos barroco e rococó Barroco: presente no Pilar, de Ouro Preto, e na Catedral de Mariana, com interiores grandiosos, com ornamentação dourada, pensados para produzir nos fiéis uma sensação de deslumbramento e assinalar a manifestação de um poder maior, que passa deste mundo ao outro. América portuguesa – do século XVI ao XVIII Os termos barroco e rococó Rococó: presente no Carmo de Ouro Preto e em São Francisco de Assis, em Mariana, com decoração mais leve, com ornamentação intercalando elementos dourados e fundos brancos, pensados para produzir nos fiéis uma sensação de encantamento e bem-estar, em harmonia com Deus e com o universo. América portuguesa – do século XVI ao XVIII Exemplo notável de combinação de características estilísticas diversas é a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, erguida no Rio de Janeiro entre 1714 e 1739. “A concepção da igreja da Glória conjuga a busca pelo movimento característica do barroco, ao gosto pela geometria simples, típica do maneirismo português, dando lugar a uma construção original, excepcional tanto para o Brasil quanto para Portugal” (CZJAJKOWSKI, 2000, p. 86). Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, capela da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória, Rio de Janeiro. Imagem: panoramio.com. Desenho de Nara Iwata. Fonte: CZAIJKOWSKI, 2000, p. 87. Planta baixa da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro, 1714-1739. Sacristia. Capela-mor. Púlpito do lado da epístola. Nave. Pórtico de entrada, sob a torre sineira. Adro. A organização espacial proposta pelo risco da igreja da Glória do Outeiro pode ser considerada um ensaio de se criar um interior movimentado, característico do barroco, que contrasta com a sobriedade e a contenção geométrica do exterior, próprio da arquitetura chã portuguesa. Púlpito do lado do evangelho. Coro sobre a entrada. Perspectiva axonométrica, desenho de Felipe Prouvot. Fonte: TELLES, 1985, p. 130. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro, 1714-1739, projeto atribuído ao tenente-coronel José Cardoso Ramalho. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. O Outeiro da Glória, com a igreja da Irmandade de N. S. da Glória, Rio de Janeiro. Óleo sobre madeira, Leandro Joaquim, 1790. Fonte: pt.wikipédia.org Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Interior da nave. Fonte: CZAIJKOWSKI, 2000, p. 87. Imagem: Vera Voto. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Capela-mor, com retábulo barroco, e arco-cruzeiro, em feições maneiristas. Capela-mor: espaço ocupado pelo altar principal; Arco-cruzeiro: arco que separa a nave e a capela- mor. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Vista do lado esquerdo da nave (o lado do Evangelho), com altar lateral, púlpito e barrado de azulejos, barrocos. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Vista do lado direito da nave (o lado da Epístola), com altar lateral, púlpito e barrado de azulejos, barrocos. Arco-cruzeiro marcado por molduras retilíneas, feitas em cantaria. Arquitetura chã ou maneirismo português. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Altar lateral, com curvas e contracurvas barrocas e com rocalhas típicas do rococó. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Rococó Ornatos em estilo rococó, inseridos na talha barroca do retábulo de um altar lateral, do lado da Epístola. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. América portuguesa – do século XVI ao XVIII estilos arquitetônicos Rococó: caracterizado “pela utilização de ornatos de forma irregular e ondulante – conchas estilizadas -, mas em seu vocabulário também aparecem alusões à elementos vegetais, como flores e folhagens. [...] O rococó pode ser interpretado como uma suavização e diluição das fortes, expressivas e dinâmicas formas do barroco” (CARVALHO et al, 2000, p. 11). Rococó Sanefa, arremate interno da verga de uma porta lateral, do lado do Evangelho. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Balcão do coro, com entalhes barrocos. Ornamentação barroca. Igrejade Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Balcão do coro, com entalhes barrocos. Ornamentação barroca. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Balcão do coro, com entalhes barrocos. Pórtico de entrada, com arcos plenos e capitéis toscanos. Arquitetura chã ou maneirismo português. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Pórtico de entrada, sob a torre sineira, com pilastras da ordem toscana. Ordem toscana, segundo Jacopo da Vignola (séc. XVI). Desenho de J.-A. Leveil, arquiteto francês, séc. XIX. Fonte: arquitectura.spaziarte.com/tratados/ vignola . Pórtico de entrada, com arcos plenos e capitéis toscanos. Arquitetura chã ou maneirismo português. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Sob o pórtico, a portada principal, barroca, com medalhão esculpido. Ornamentaç ão barroca. Arquitetura chã ou maneirismo português. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Arquitetura chã ou maneirismo português. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Torre sineira e parte da fachada lateral, octavada. América portuguesa – do século XVI ao XVIII estilos arquitetônicos Maneirismo português ou arquitetura chã: se caracteriza pela “ tentativa de usar a linguagem clássica a partir de formas geométricas básicas, com a proporção de fachadas próxima ao quadrado, frontão triangular e forte contraste entre as linhas marcadas pelo uso da pedra e o paramento branco, revelando um caráter eminentemente bidimensional e, ainda, a subordinação da ornamentação à estrutura composisitva” (CARVALHO et al, 2000, p. 6). América portuguesa – do século XVI ao XVIII estilos arquitetônicos Barroco: caracterizado “ pela expressividade no uso da linguagem clássica, pela incorporação do movimento e do claro-escuro nas composições, pelo ideal de criação de um espaço contínuo, pela sua „força expansiva‟ e, finalmente, pelo princípio da integração das artes. Esta última característica é tão significativa no estilo que nele já não se pode dissociar a ornamentação da estrutura compositiva” (CARVALHO et al, 2000, p. 8); Capela da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, junto ao Convento de Santo Antônio, da Ordem do Frades Menores (franciscanos), Rio de Janeiro. Construção: 1657- 1747. Barroco Barroco Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, Rio de Janeiro. Nave. Talha: Manuel de Britto e Francisco Xavier de Britto. América portuguesa – do século XVI ao XVIII ornamentação e talha barroca Pesquisadores como Cláudia Carvalho, Cláudia Nóbrega e Marcos Sá nos alertam para a necessidade de buscarmos entender a arquitetura religiosa produzida na América portuguesa de acordo com uma abordagem ou chave de leitura que contemple a lógica de produção dessa arquitetura e deixe de lado a visão moderna ou modernista que tomou o ornamento como algo acessório e, mesmo, incompatível com a verdadeira arquitetura. América portuguesa – do século XVI ao XVIII ornamentação e talha barroca Cláudia Carvalho, Cláudia Nóbrega, Marcos Sá nos dizem que na arquitetura religiosa colonial o ornamento era parte indissociável da composição arquitetônica. Na América portuguesa a disponibilidade de madeiras e a relativa dificuldade para ser realizar grandes trabalhos em pedra levou ao desenvolvimento da chamada talha, ou seja, da decoração dos interiores com painéis de madeira esculpida, muitas vezes pintada ou dourada (revestida com folhas de ouro). Na arquitetura luso-brasileira, a talha, mais do que decoração, organiza o espaço interior e cria efeitos espaciais, configurando, segundo esses autores, um cenário dinâmico e visualmente arrebatador, essencialmente barroco. Barroco Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, Rio de Janeiro. Nave. Talha: Manuel de Britto e Francisco Xavier de Britto. Barroco Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, Rio de Janeiro. Altar-mor. Talha: Manuel de Britto e Francisco Xavier de Britto. Barroco Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, Rio de Janeiro. Porta lateral. Talha: Manuel de Britto e Francisco Xavier de Britto. Barroco Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, Rio de Janeiro. Ornamentação da nave. Talha: Manuel de Britto e Francisco Xavier de Britto. Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, Rio de Janeiro. Coro e nave. Talha: Manuel de Britto e Francisco Xavier de Britto. Pintura: Caetano da Costa Coelho. Barroco América portuguesa – do século XVI ao XVIII estilos arquitetônicos Estilo pombalino: se caracteriza pela “rigidez das composições e um certo retorno à matriz clássica” (CARVALHO et al, 2000, p. 10). Surgiu nos trabalhos de reconstrução das partes da cidade de Lisboa que foram destruídas no terremoto de 1755 e seu nome evoca o marquês de Pombal, secretário de Estado de 1756 a 1777, responsável pela implantação de uma ditadura política, dentro do marco do chamado despotismo esclarecido. “As fachadas das igrejas são planas e inteiramente revestidas de pedra e a ornamentação concentra-se nas portadas, painéis e sobrevergas. Nos interiores, a decoração é feita a partir do revestimento das superfícies em mármore” (CARVALHO et al, 2000, p. 10). Estilo pombalino Igreja de Nossa Senhora da Candelária, Centro, Rio de Janeiro, risco de Francisco João Roscio, construída entre 1775 e 1898. Imagem: C. Marinho, panoramio.com. Igreja de Santa Cruz dos Militares, Centro, Rio de Janeiro, risco atribuído ao brigadeiro José Custódio de Sá e Faria, construída entre 1780 e 1811. Fonte: TELLES, 1985, p. 137. Estilo pombalino A fachada de Santa Cruz dos Militares tem pontos em comum com a fachada barroca da Igreja de Jesus (acima, à esquerda), em Roma, executada por Giacomo della Porta (1575), completando o projeto inicial de Jacopo Barozzi da Vignola (1568). O frontispício de Santa Cruz dos Militares tem também semelhança com a da Igreja de Santa Susana (acima, ao centro), em Roma, construída por Carlo Maderno (1597-1603). Ainda que podendo ser associada ao estilo pombalino, a fachada de Santa Cruz dos Militares seria “revivescência tardia do modelo barroco de Vignola” (CZAJKOWISKI, 2000, p. 56). Arquitetura religiosa na América portuguesa – séculos XVI a XVIII a particularidade da arquitetura religiosa mineira Ao longo do século XVIII, por decisão política da Coroa portuguesa, jesuítas, franciscanos, beneditinos e membros de outras ordens religiosas regulares (carmelitas, dominicanos e outros) foram impedidos de se instalar em Minas Gerais. Assim, segundo Sylvio de Vasconcellos e Suzy de Mello, a arquitetura religiosa mineira desenvolveu-se de modo particular, único na América portuguesa, com mais liberdade e sem vínculo com padrões e modelos privilegiados pelas ordens regulares. Arquitetura religiosa na América portuguesa – séculos XVI a XVIII a particularidade da arquitetura religiosa mineira De fato, as construções religiosas mineiras foram, essencialmente, igrejas paroquiais (matrizes), capelas de ordens terceiras (capelas maiores) e de irmandades e santuários de peregrinação (ermidas ou eremitérios), construídos segundo modelos da arquitetura tradicional portuguesa, não se registrando a atuação de arquitetos e construtores vinculados às ordens regulares. Minas Gerais – século XVIII etapas de construção decapelas e igrejas Segundo Sylvio de Vasconcellos, podem ser discernidos ao longo dos séculos XVIII e XIX quatro fases de construção de capelas e igrejas nas vilas e povoações mineiras: primeira etapa – 1700 a 1720: capelas simples, distribuídas pelos arraiais e núcleos de povoamento; segunda etapa – 1720 a 1750: construção das matrizes, sedes das freguesias, centralizando a vida religiosa e social das povoações; Minas Gerais – século XVIII etapas de construção de capelas e igrejas terceira etapa – 1750 a 1800: nas vilas, construção das capelas maiores das irmandades e ordens terceiras, rivalizando com as matrizes das freguesias; quarta etapa – século XIX: decadência econômica e declínio das povoações, dificuldade para cuidar das capelas das irmandades, as matrizes retomam a primazia e voltam a polarizar a vida social e religiosa das comunidades, tanto nas vilas quanto nos arraiais. Desenvolvimento das povoações mineiras e edificação dos templos católicos, segundo Sylvio de Vasconcellos, 1957. Fonte: VASCONCELLOS apud MELLO, 1985, p. 144. Desenvolvimento das povoações mineiras e edificação dos templos católicos, segundo Sylvio de Vasconcellos, 1957. Fonte: VASCONCELLOS apud MELLO, 1985, p. 144. Arquitetura religiosa na América portuguesa – século XVIII localização dos templos Em 1701 foram adotadas as chamadas Constituições primeiras do clero da Bahia, conjunto de cânones - regras e leis religiosas - que era especificamente aplicado às dioceses existentes na América portuguesa (Bahia, Olinda, Rio de Janeiro, São Luís e, mais tarde, Mariana, São Paulo e Belém do Pará) e que vigoraram até o início do século XX. Arquitetura religiosa na América portuguesa – século XVIII localização dos templos Nessas Constituições primeiras estavam definidos regras para a localização dos edifícios religiosos no Brasil: Implantação em pontos destacados da paisagem urbana, em especial pontos elevados; Existência de espaço livre ao redor dos templos, para as procissões. As Constituições primeiras marcaram, assim, a paisagem de arraiais, vilas e cidades no Brasil do século XVIII A paisagem urbana colonial e as regras estabelecidas pelas Constituições primeiras do clero da Bahia. Vista do Antônio Dias, em Ouro Preto, com a matriz em posição destacada e as capelas das Mercês de Baixo, de São Francisco de Assis e as torres da capela do Carmo se destacando na paisagem urbana. Imagem: Luiz Fontana Arquitetura religiosa na América portuguesa – século XVIII organização espacial dos templos na América portuguesa As chamadas Constituições primeiras do clero da Bahia traziam, também, regras a respeito da organização do espaço interno dos templos, de acordo com as prescrições estabelecidas pelo Concílio de Trento, realizado na primeira metade do século XVII. Altares laterais para a devoção aos santos; Nave em forma de salão, para a pregação; Capela-mor, com o altar-mor, em posição oposta à entrada; Instalação do coro sobre a entrada. Igreja matriz de nave única, sem corredores laterais, desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980. Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 75. Altares laterais Nave em forma de salão Capela-mor e altar-mor Coro sobre a entrada Minas Gerais – século XVIII tipologias de capelas e igrejas Escrevendo no fim dos anos 1950, Sylvio de Vasconcellos pontuou a evolução das plantas de capelas e igrejas construídas em Minas Gerais ao longo do século XVIII e da primeira metade do século XIX: a partir de formas retilíneas, as plantas transformam-se pela incorporação de chanfros e de curvas, até tornarem-se totalmente curvilíneas. Sylvio de Vasconcellos destacou, também, dois tipos básicos de fachadas, ambos com frontões triangulares e um arranjo também triangular de aberturas, com porta central e duas janelas altas. Para além desses tipos básicos de fachadas, Sylvio de Vasconcellos indicou três variantes, com torres únicas. Transformação das plantas das igrejas e capelas maiores em Minas Gerais ao longo do século XVIII, segundo Sylvio de Vasconcellos, 1957-1959. Fonte: VASCONCELLOS apud MELLO, 1985, p. 136. Duas tipologias básicas de fachadas de capelas e igrejas em Minas Gerais, século XVIII, de acordo com Sylvio de Vasconcellos, 1957-1959. Fonte: VASCONCELLOS apud MELLO, 1985, p. 136. Três variantes das tipologias básicas de fachadas de capelas e igrejas em Minas Gerais, século XVIII, de acordo com Sylvio de Vasconcellos, 1957-1959. Fonte: VASCONCELLOS apud MELLO, 1985, p. 136. Minas Gerais – século XVIII tipologias de capelas e igrejas de acordo com Suzy de Mello, podem ser distinguidos cinco tipos de capelas e igrejas construídas em Minas Gerais ao longo do século XVIII e da primeira metade do século XIX. Capelas constituem os dois primeiros tipos: primeiro tipo: capelas simples, sem torre sineira, com nave, capela-mor e sacristia lateral ou posterior, com frontispício resolvido com frontão triangular; segundo tipo: capelas simples, com torre sineira, frontão triangular, nave única, capela-mor e sacristia lateral ou colocada nos fundos da capela- mor; Minas Gerais – século XVIII tipologias de capelas e igrejas ainda de acordo com Suzy de Mello, completando os cinco tipos de construções religiosas setecentistas erguidas em Minas Gerais, temos: terceiro tipo: igrejas matrizes, com duas torres sineiras, frontões retilíneos e plantas ortogonais; quarto tipo: igrejas matrizes e capelas maiores, com duas torres sineiras, frontões ondulados e plantas com partidos retangulares; quinto tipo: igrejas matrizes e capelas maiores, com duas torres sineiras, frontões ondulados e plantas com arranjos elípticos ou curvilíneos. Planta baixa e frontispício, esquemáticos. Partido básico das capelas e igrejas mineiras, na primeira metade do século XVIII. Capela-mor Nave Sacristia Construções religiosas setecentistas mineiras. Primeiro tipo. Capela de Santana, Arraial Velho, Sabará, c. 1730. Capela-mor Nave Sacristia Torre sineira Construções religiosas setecentistas mineiras. Segundo tipo. Planta baixa e frontispício, esquemáticos. Acréscimo da torre sineira ao partido básico das capelas e igrejas mineiras, na primeira metade do século XVIII. Capela das Mercês, São João d‟El-Rei. A volumetria dessa capela erguida no início do século XIX se insere no segundo tipo identificado por Suzy de Melo, ainda que o frontispício, com frontão rococó e composição da face retangular com influências neoclássicas, já não se enquadre facilmente nessa tipologia. Capela-mor Nave Sacristia Torre sineira Construções religiosas setecentistas mineiras. Terceiro e quarto tipo. Torre sineira Planta baixa e frontispício, esquemáticos. Acréscimo de duas torres sineiras ao partido básico das capelas e igrejas mineiras, na segunda metade do século XVIII. Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, matriz da freguesia da Boa Viagem, 1894. Arraial do Belo Horizonte, antigo Curral d‟El- Rei, Minas Gerais. Imagem: Álbum da Comissão Construtora da Nova Capital, acervo do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. Matriz de Antônio Dias, Ouro Preto. Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Matriz da Freguesia de Antônio Dias, Ouro Preto. As obras foram iniciadas por volta de 1730 e se estenderam até os anos 1760. Planta baixa esquemática. Transformação do partido das capelas e igrejas mineiras, no final do século XVIII. Capela-mor Nave Sacristia Construções religiosassetecentistas mineiras. Quinto tipo. Capela de Nossa Senhora do Rosário, Ouro Preto. Risco de Antônio Ferreira de Sousa Calheiros, c. 1760. Minas Gerais – século XVIII tipologias de capelas e igrejas Segundo Adalgisa Arantes Campos, duas grandes fases, correspondendo a técnicas construtivas distintas, podem caracterizar os tipos de capelas e igrejas construídas em Minas Gerais ao longo do século XVIII: até 1750: capelas e igrejas matrizes erguidas em taipa de pilão ou com estrutura autônoma de madeira; após 1750: capelas e igrejas matrizes construídas com alvenaria de pedra. Essa periodização não pode ser aplicada a todos os casos, pois as técnicas de construção mais comuns na primeira metade do século XVIII também continuaram a ser empregadas na arquitetura religiosa mineira na segunda metade desse século e, mesmo, ao longo do século XIX. A própria autora assinala que o emprego da estrutura autônoma de madeira permaneceu constante nos vales do Piranga e do Jequitinhonha e em todo o norte da capitania. Minas Gerais – século XVIII tipologias de capelas e igrejas Ainda de acordo com Adalgisa Arantes Campos, na segunda metade do século XVIII, podem ser reconhecidos três tipos de capelas e igrejas, segundo sua organização formal básica: volumes chanfrados: característicos do barroco português; volumes elípticos: indicativos da influência do barroco italiano; as capelas de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Ouro Preto, e de São Pedro dos Clérigos, em Mariana, projetadas pelo bacharel Antônio Pereira de Souza Calheiros, seriam os exemplares únicos desse tipo. volumes curvilíneos: já apresentando manifestações do rococó; as capelas da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, em Ouro Preto e em São João d‟El-Rei, projetadas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, seriam exemplos desse tipo. Nossa Senhora do Ó, Sabará. Capela de Nossa Senhora da Expectação do Parto ou Nossa Senhora do Ó, arraial de Tapanhuacanga, Sabará, 1725, projeto do capitão-mor Lucas Ribeiro de Almeida. Volume chanfrado, característico do barroco português. Fonte: TELLES, 1985, p. 220. Capela de Nossa Senhora do Rosário, Ouro Preto. Capela de Nossa Senhora de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, 1757- 1793, projeto do bacharel Antônio Pereira de Souza Calheiros. Volume elíptico, denotando influência do barroco italiano. Imagem: Luiz Fontana Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Risco de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 1765, alterado em 1774. Volume curvilíneo, manifestação do rococó. Imagem: Luiz Fontana capelas simples, sem torres sineiras Segundo Suzy de Mello, essas capelas, já apresentando um arranjo espacial mais complexo, com nave, capela-mor e sacristia, seriam um desenvolvimento do tipo primordial de templo mineiro, que perdurou nos passos erguidos para as celebrações da Semana Santa. Vista do Padre Faria e do Alto da Cruz, com as capelas de Nossa Senhora do Rosário (Rosário dos Brancos ou Padre Faria) e de Santa Efigênia. Imagem: Luiz Fontana Capela de N. S. do Rosário do Padre Faria, construída entre 1740 e 1785. Fotografia dos anos 1940, após intervenção do SPHAN. Imagem: Luiz Fontana Capela de N. S. do Rosário do Padre Faria, construída entre 1740 e 1785. Fotografia dos anos 1940, antes da intervenção do SPHAN. Imagem: Luiz Fontana Cruzeiro com cruz papal ou pontifícia, adro da Capela de N. S. do Rosário do Padre Faria, anos 1940. Imagem: Luiz Fontana Interior da nave, com púlpitos e altares laterais, e capela-mor, com o altar-mor, da Capela de N. S. do Rosário do Padre Faria, anos 1940. Imagem: Luiz Fontana Altar lateral, dedicado à Sagrada Família, da Capela de N. S. do Rosário do Padre Faria, anos 1940. Imagem: Luiz Fontana Capela de Nosso Senhor do Bonfim, na antiga Rua da Glória (hoje Rua Antônio de Albuquerque), próximo à Matriz do Pilar, Ouro Preto. Fachada após intervenção do SPHAN, realizada no fim dos anos 1940. Capela de Nosso Senhor do Bonfim, em 1946, antes da intervenção do SPHAN. Imagem: Luiz Fontana Capela de Nosso Senhor do Bonfim, Ouro Preto em meados do século XIX. Gravura de Hermann Burmeister. Imagem: Wikimedia Commons Imagem: Luiz Fontana Capela de Nossa Senhora das Dores, em 1948, Antônio Dias, Ouro Preto. Capela construída entre 1835 e 1850. Capela de Nossa Senhora das Dores, em 2008. Antônio Dias, Ouro Preto. Capela de São Francisco de Paula, Tiradentes. Capela de Nossa Senhora das Mercês, Tiradentes. Capela de Nossa Senhora das Mercês, Tiradentes. capelas simples, com torre sineira única Essas capelas, incorporando nas suas fachadas uma torre sineira, seriam desenvolvimento das capelas simples, desprovidas de campanários. Fonte: VASCONCELLOS apud MELLO, 1985, p. 136. Três variantes para as tipologias básicas de fachadas de capelas e igrejas em Minas Gerais, século XVIII, segundo Sylvio de Vasconcellos, 1957-1959. Capela de Nossa Senhora das Mercês, Mariana. Capela de Nossa Senhora das Mercês, Mariana. Erguida entre 1786 e 1806 para a Irmandade das Mercês, que congregava pretos crioulos (nascidos no Brasil) e pardos (mestiços). Capela de Nossa Senhora dos Anjos, da Arquiconfraria de São Francisco, Mariana. Construída a partir de 1784, teve sua fachada reformada entre 1853 e 1875, quando a frente da capela avançou sobre o alinhamento da Rua Dom Silvério. Capela de Nossa Senhora dos Anjos, da Arquiconfraria de São Francisco, Mariana. Cruz da Paixão de Cristo. O braço de Cristo, despido. O braço de S. Francisco de Assis, vestido com o hábito dos franciscanos. O Cordão, usado como cinto pelos franciscanos em sinal de humildade, com três nós (os três votos: obediência, pobreza e castidade). As cinco chagas de Cristo; os estigmas de S. Francisco de Assis. A rocalha, emoldurando o escudo das cinco chagas. Imagem: Luiz Fontana Capela das Mercês de Cima, Ouro Preto. Capela da Ordem Terceira de N. S. das Mercês de Ouro Preto, chamada Mercês de Cima ou Mercês e Misericórdia, construída entre 1773 e 1865. Imagem: Tito Flávio de Aguiar. Capela da Imperial Irmandade do Patriarca São José dos Bem- Casados, freguesia do Ouro Preto (hoje, paróquia do Pilar), Ouro Preto. Imagem: Luiz Fontana Capela projetada por Francisco Branco de Barros Barriga, construída entre 1753 e 1766 por José Pereira dos Santos, Antônio Rodrigues Falcato e Manuel Rodrigues Graça. Capela-mor, com retábulo do altar-mor. Imagem: Luiz Fontana Capela da Imperial Irmandade do Patriarca São José dos Bem- Casados, freguesia do Ouro Preto (hoje, paróquia do Pilar), Ouro Preto. Vista posterior, com cemitério anexo. Capela da Imperial Irmandade do Patriarca São José dos Bem- Casados, freguesia do Ouro Preto (hoje, paróquia do Pilar), Ouro Preto. igrejas matrizes, com duas torres sineiras, frontões retilíneos e plantas ortogonais A incorporação de uma segunda torre marcou a construção das igrejas matrizes, a princípio vinculadas a um partido característico da arquitetura tradicional portuguesa, com plantas ortogonais e frontões triangulares. Tipo de igreja luso-brasileira com nave única ladeada por corredores. Desenho: Felipe Prouvot, 1975. Perspectiva axonométrica. Fonte: TELLES, 1985, p. 231. De acordo com Augusto Carlos da Silva Telles, o partido comnave única, ladeada por corredores, dominante na arquitetura religiosa brasileira do século XVIII, foi também adotado em algumas igrejas mineiras. As duas matrizes de Ouro Preto, N. S. da Conceição de Antônio Dias e N. S. do Pilar, seguem esse esquema, com modificações. Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, matriz da freguesia da Boa Viagem, em 1894. Arraial do Belo Horizonte, antigo Curral d‟El-Rei, Minas Gerais. Construída a partir de 1755. Imagem: Acervo José Góes, Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. Tipo de igreja jesuíta luso-brasileira. Perspectiva axonométrica. Desenho: Felipe Prouvot, 1975. Fonte: TELLES, 1985, p. 224. Igreja jesuíta brasileira, com nave única, flanqueada por nichos ocupados por altares secundários. Segundo Augusto Carlos da Silva Telles, esse tipo foi adotado em algumas igrejas mineiras, como a Matriz de N. S. da Assunção (mais tarde Catedral), de Mariana, e a Matriz de N. S. da Conceição, de Sabará. Catedral de Nossa Senhora da Assunção, Mariana. A antiga igreja matriz da Vila do Ribeirão do Carmo, construída no início do século XVIII, foi reformada nos anos 1740 e 1750, ao ser transformada na Sé do bispo de Mariana. Catedral de Nossa Senhora da Assunção, Mariana. Na adaptação da antiga matriz como catedral do bispado de Mariana, os altares laterais, relativamente profundos, foram transformados em duas naves, ladeando a nave principal da igreja. igrejas matrizes e capelas maiores, com duas torres sineiras, frontões ondulados e plantas com partidos retangulares Essas capelas e matrizes, mesmo conservando um partido característico da arquitetura tradicional portuguesa apresentam na sua ornamentação influências do barroco português. Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Matriz da Freguesia de Antônio Dias, Ouro Preto, em 1946. Imagem: Luiz Fontana Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Matriz da Freguesia de Antônio Dias, Ouro Preto. As obras foram iniciadas por volta de 1730 e se estenderam até os anos 1760. Interior da nave, com vista do arco-cruzeiro e da capela-mor. Imagem: Zé Lima, Itafoto. Matriz de Antônio Dias, Ouro Preto. Arco- cruzeiro, transição entre a nave e a capela-mor. Igreja de nave única, sem corredores laterais. Desenho: Felipe Prouvot, 1975. Perspectiva axonométrica. Fonte: TELLES, 1985, p. 233. Ao longo do século XVIII, ainda segundo Augusto Carlos da Silva Telles, os corredores laterais foram desaparecendo dos partidos das igrejas mineiras. Na segunda metade do século XVIII boa parte das igrejas matrizes e das grandes capelas das irmandades mais importantes tinham torres destacadas das fachadas laterais e corredores apenas ao lado da capela-mor, dando passagem para a sacristia e a sala do consistório da irmandade. Igreja de nave única, sem corredores laterais, desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980. Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 75. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, século XVIII. Mariana, Minas Gerais. Risco de José Ferreira dos Santos, meados do século XVIII. Capelas da Ordem Terceira de São Francisco de Assis e da Ordem Terceira do Carmo, século XVIII. Mariana, Minas Gerais. Nave única, com cobertura elevada. Torre sineira, faceando a fachada principal e destacada da fachada lateral. Corredor lateral e sacristia. Capela-mor, com cobertura rebaixada em relação à nave. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, século XVIII. Mariana, Minas Gerais. Portada esculpida por José Pereira Arouca, 1783. Perspectiva axonométrica. Fonte: TELLES, 1985, p. 259. Segundo Augusto Carlos da Silva Telles, uma transformação posterior incorporou chanfrados e paredes onduladas no interior e no exterior das igrejas e das grandes capelas. Essa transformação denota, de acordo com Adalgisa Arantes Campos, influências do barroco português (no caso dos chanfrados) e do estilo rococó (evidentes nas paredes onduladas ou curvilíneas) Desenho: Felipe Prouvot, 1975. Capela da Ordem Terceira do Carmo, século XVIII. Mariana, Minas Gerais. Risco de Antônio Ferreira de Sousa Calheiros, c. 1780. Capela da Ordem Terceira do Carmo, século XVIII. Mariana, Minas Gerais. Capela da Ordem Terceira do Carmo, século XVIII. Mariana, Minas Gerais. Capela da Ordem Terceira do Carmo, século XVIII. Mariana, Minas Gerais. Perspectiva axonométrica. Fonte: TELLES, 1985, p. 234. Igreja de Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto, 1733-1741, projeto atribuído ao sargento-mor Pedro Gomes Chaves, engenheiro militar. A talha de madeira elaborada por Antônio Francisco Pombal, por volta de 1736, definiu um espaço de forma aproximadamente elíptica dentro do volume prismático de base retangular da nave da igreja. Desenho: Felipe Prouvot, 1975. Interior da Igreja de N. S. do Pilar, Ouro Preto. Imagem: Luiz Fontana Igreja de Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto. Talha de madeira elaborada por Antônio Francisco Pombal, 1736. Imagem: Zé Lima, Itafoto. Igreja de N. S. do Pilar, matriz da freguesia do Ouro Preto (hoje, paróquia do Pilar), Ouro Preto. Imagem: Luiz Fontana Igreja de N. S. do Pilar, matriz da freguesia do Ouro Preto (hoje, paróquia do Pilar), Ouro Preto. Imagem: Luiz Fontana Igreja de Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto. Elevada em 2012 à condição de Basílica Menor. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Sabará. Frontispício reformado por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 1769. Imagem: Mariana Mariano. Portada e brasão da Ordem do Carmo, executados por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 1769. Imagem: Mariana Mariano. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Sabará. Sobreverga e brasão da Ordem do Carmo, executados por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 1769. Imagem: Mariana Mariano. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Sabará. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Risco de Manoel Francisco Lisboa, 1766. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Imagem: Zé Lima, Itafoto. Interior da Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Imagem: Luiz Fontana Interior da Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Imagem: Luiz Fontana Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Frontispício reformado entre 1770-1771, segundo projeto de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Portada do Carmo, executada por volta de 1771 por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Portada do Carmo, executada por volta de 1771 por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Putti, anjo da portada do Carmo, executada por volta de 1771 por Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. Capela da Ordem Terceira do Carmo, Ouro Preto. igrejas matrizes e capelas maiores, com duas torres sineiras, frontões ondulados e plantas com arranjos elípticos ou curvilíneos A introdução de curvas sinaliza a transformaçãodos padrões correntes na arquitetura religiosa mineira, próprios da arquitetura tradicional portuguesa, através da influência do barroco português e italiano e do rococó. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Risco de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 1765, alterado em 1774. Perspectiva axonométrica. Fonte: TELLES, 1985, p. 263. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto, 1766-1774, projeto de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Desenho: Felipe Prouvot, 1975. Planta baixa da capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto, 1766-1774, projeto de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Fonte: STIERLIN, 1971, p. 239. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Nártex. Nave. Capela-mor. Presbitério. Escada para o consistório. Sacristia. Camarim. Púlpito. Tapa-vento ou para-vento. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Imagem: Zé Lima, Itafoto. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Imagem: Zé Lima, Itafoto. Aduela do arco-cruzeiro. Arco-cruzeiro. Pilastra de apoio do arco- cruzeiro, ordem coríntia. Coro, sobre o nártex. Púlpito do lado do Evangelho. Tapa-vento. Púlpito do lado da Epístola. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Imagem: Zé Lima, Itafoto. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Imagem: Zé Lima, Itafoto. Cimalha do forro. Portada de acesso ao corredor lateral.Púlpito do lado do Evangelho.Altar lateral. Arco-cruzeiro. Brasão da Ordem dos Frades Menores, a ordem franciscana. Púlpito do lado da Epístola. Fachada lateral direita da capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Fonte: STIERLIN, 1971, p. 239. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Nártex. Nave. Capela-mor. Galeria sobre o corredor lateral. Consistório. Sacristia.Corredor lateral. Torre sineira direita. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Casa da Câmara e Cadeia – hoje Museu da Inconfidência. Ordem Terceira de São Francisco de Assis. Ordem Terceira de Nossa Senhora das Mercês. Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Imagem: Priscila Amorim. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Imagem: Priscila Amorim. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Imagem: Priscila Amorim. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Imagem: Priscila Amorim. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Imagem: Priscila Amorim. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. São Francisco recebendo as chagas de Cristo, medalhão esculpido por Antônio Francisco Lisboa. Forro, Manoel da Costa Ataíde (1799-1812). Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto.Imagem: Zé Lima, Itafoto. Detalhe do forro, Manoel da Costa Ataíde. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto. Imagem: Zé Lima, Itafoto. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, São João d‟El-Rei. Risco de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 1774, alterado pelo construtor Francisco de Lima Cerqueira. Perspectiva axonométrica. Fonte: TELLES, 1985, p. 263. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, São João d´El-Rei, 1774, projeto de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, alterado por Francisco de Lima Cerqueira. Desenho: Felipe Prouvot, 1975. Fonte: MELLO, 1985, p. 160. Planta baixa da capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, São João d´El-Rei, 1774, projeto de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, alterado por Francisco de Lima Cerqueira. Nártex. Púlpito. Nave. Consistório.Sacristia. Arco cruzeiro. Presbitério. Capela-mor. Camarim. Altar lateral. Altar-mor. Interior da nave, com vista de dois dos altares laterais, do arco-cruzeiro e da capela-mor. Imagem: Sérgio Ricardo de Freitas Capela de São Francisco de Assis, São João d‟El-Rei. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, São João d‟El-Rei. Risco da fachada, elaborado por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, em 1774. Acervo Museu da Inconfidência, Ouro Preto. Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, São João d‟El-Rei. Risco de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 1774, alterado pelo construtor Francisco de Lima Cerqueira. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, São João d‟El-Rei. Risco de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 1774, alterado pelo construtor Francisco de Lima Cerqueira. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, São João d‟El-Rei. Risco de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 1774, alterado pelo construtor Francisco de Lima Cerqueira. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, São João d‟El-Rei. São Francisco de Assis no Monte Alverne, desenhado por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, em 1774, esculpido por Aniceto de Souza Lopes em 1809. Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, São João d‟El-Rei. Medalhão de Nossa Senhora da Conceição, elaborado por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (desenhado em 1774, esculpido entre 1795 e 1800). Capela da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, São João d‟El-Rei. Risco de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, 1774, alterado pelo construtor Francisco de Lima Cerqueira. Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 75. Capela de N. S. do Rosário, conhecida como Rosário dos Pretos, Freguesia do Pilar, Ouro Preto, desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980. Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 75. Capela de N. S. do Rosário, conhecida como Rosário dos Pretos, Freguesia do Pilar, Ouro Preto, desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980. Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 75. Capela de N. S. do Rosário, conhecida como Rosário dos Pretos, Freguesia do Pilar, Ouro Preto, desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980. Fonte: TELLES, 1985, p. 257. Perspectiva axonométrica. Desenho: Felipe Prouvot, 1975. Interior da nave, com vista do arco-cruzeiro e da capela-mor. Imagem: Sérgio Ricardo de Freitas Capela de Nossa Senhora do Rosário, Ouro Preto. Capela de N. S. do Rosário de Ouro Preto, anos 1940. Imagem: Luiz Fontana Risco de Antônio Ferreira de Sousa Calheiros, c. 1760. Bairro do Rosário ou Caquende, com a Capela de N. S. do Rosário dos Pretos. Ouro Preto, anos 1940. Imagem: Luiz Fontana Arco-cruzeiro da Capela de N. S. do Rosário de Ouro Preto, anos 1940. Imagem: Luiz Fontana Capela de Nossa Senhora do Rosário, Ouro Preto. Risco de Antônio Ferreira de Sousa Calheiros, c. 1760. Capela de Nossa Senhora do Rosário, Ouro Preto. Risco de Antônio Ferreirade Sousa Calheiros, c. 1760. Capela de Nossa Senhora do Rosário, Ouro Preto. Risco de Antônio Ferreira de Sousa Calheiros, c. 1760. Capela de Nossa Senhora do Rosário, Ouro Preto. Risco de Antônio Ferreira de Sousa Calheiros, c. 1760. Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 47. Capela de N. S. do Rosário, conhecida como Rosário dos Pretos, Freguesia do Pilar, Ouro Preto, desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980. Fonte: ÁVILA; GONTIJO; MACHADO, 1980, p. 46. Capela de N. S. do Rosário, conhecida como Rosário dos Pretos, Freguesia do Pilar, Ouro Preto, desenho de João Marcos Machado Gontijo, 1980. Desenho de Nara Iwata. Fonte: CZAIJKOWSKI, 2000, p. 87. Planta baixa da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro, 1714-1739. Sacristia. Capela-mor. Púlpito. Nave. Pórtico de entrada, sob a torre sineira. Adro. Perspectiva axonométrica, desenho de Felipe Prouvot. Fonte: TELLES, 1985, p. 130. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro, 1714-1739, projeto atribuído ao tenente- coronel José Cardoso Ramalho. Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro. Fonte: CZAIJKOWSKI, 2000, p. 87. Interior da nave. Imagem: Vera Voto. Perspectiva axonométrica. Fonte: TELLES, 1985, p. 234. Igreja de Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto, 1733- 1741, projeto atribuído ao sargento-mor Pedro Gomes Chaves, engenheiro militar. A talha de madeira elaborada por Antônio Francisco Pombal, por volta de 1736, definiu um espaço de forma aproximadamente elíptica dentro do volume prismático de base retangular da nave da igreja. Desenho: Felipe Prouvot, 1975. Igreja de São Pedro dos Clérigos, Porto, Portugal, 1732-1764. Nicolau Nasoni. Igreja de São Pedro dos Clérigos, Porto, Portugal, 1732-1764. Nicolau Nasoni, arquiteto. Arquitetura barroca Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Risco de Antônio Ferreira de Sousa Calheiros, 1753. Construção, José Pereira dos Santos. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. Igreja de São Pedro dos Clérigos, séculos XVIII-XX. Mariana, Minas Gerais. oratórios Pequenos nichos, colocados nas esquinas, no alto de muros ou nos cunhais dos edifícios, contendo imagens de santos da devoção dos seus construtores. Serviam para práticas religiosas, individuais ou coletivas, cotidianas ou realizadas ocasiões festivas. Imagem: Luiz Fontana Oratório na esquina da Ladeira do Vira e Sai ou Vira-Saia e da Rua do Barão de Ouro Branco, em 1948. passos Pequenas capelas, abertas apenas na sexta-feira Santa, durante as procissões. Segundo Suzy de Mello, conservariam o modelo primordial das primeiras construções religiosas erguidas em Minas Gerais (chamadas pela autora de capelinhas). A construção de três dos cinco passos existentes em Ouro Preto é atribuída a Manuel Francisco Lisboa, carpinteiro e mestre-de-obras português, que atuou em Vila Rica entre 1724 e 1767. Imagem: Luiz Fontana O passo da Ponte Seca (do Encontro com Verônica), em 1948. Seria o início do percurso formado por cinco passos distribuídos no espaço da vila. Imagem: Luiz Fontana O passo da Rua Getúlio Vargas, antiga Rua de São José, (Passo da Flagelação ou do Bom Jesus da Coluna), em 1948. Imagem: Luiz Fontana O passo da Rua São José, antiga Rua Tiradentes, visto da Ladeira de São José ou Rua Teixeira Amaral, (Passo da Coroação de Espinhos ou do Bom Jesus da Cana Verde). Imagens: Luiz Fontana (1946) e Tito Flávio de Aguiar (2008). Imagem: Luiz Fontana O passo da Praça Tiradentes (do Cristo com a cruz às costas, ou seja, do Senhor dos Passos). Conhecido hoje como Passo do Encontro, está incorporado a um edifício construído na esquina com a Rua Direita. Data provável da imagem: 1929. Imagens: Luiz Fontana (anos 1940) e Tito Flávio de Aguiar (2008). Passo de Antônio Dias, construído em meados do século XIX, isolado na esquina da Rua Bernardo Vasconcelos com a Ladeira do Gibu (Rua Carlos Thomaz), Ouro Preto. É conhecido como Passo do Pretório e abriga a imagem do Cristo Ecce Homo. eremitérios ou ermidas Templos erguidos em lugares remotos ou isolados por homens devotos (eremitas ou ermitões) que se retiravam do convívio social para se dedicar a suas devoções particulares. Esses templos rapidamente se tornaram centros para práticas religiosas – peregrinações (romarias), procissões e pagamento de promessas - que extrapolavam as práticas cotidianas desenvolvidas nas freguesias (paróquias), congregando sazonalmente grande número de devotos ou romeiros. São exemplos, em Minas Gerais, o Santuário do Bom Jesus do Matozinhos, em Congonhas do Campo, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição de Macaúbas, em Santa Luzia, a Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, no Caraça, em Santa Bárbara, a e a Igreja de Nossa Senhora da Piedade, na Serra da Piedade, em Caeté. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. O Santuário e seu adro, com os profetas do Velho Testamento, esculpidos por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, 1800-1805. O Santuário e seu adro. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. Os passos do Sacro Monte ou da Via Crucis. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. Planta da montanha do Calvário, em Congonhas do Campo. Fonte: BAZIN, 1971, p. 238. Igreja de Bom Jesus do Matosinhos. Antigo Seminário. Adro dos Profetas. Carregamento da Cruz. Prisão de Cristo. Colocação na Cruz. Flagelação do Cristo. Monte das Oliveiras. A Ceia. Santuário do Bom Jesus, Braga, Portugal. Imagem: pt.wikipédia.org. Santuário do Bom Jesus, Braga, Portugal. Imagem: pt.wikipédia.org. Nos diz Suzy de Mello que “embora de dimensões muito menores que as do sacro monte de Braga em Portugal, o Santuário de Congonhas do Campo tem, para muitos críticos, maior expressividade e mais profundo conteúdo barroco” (MELLO, 1983, p. 113). Os passos do Sacro Monte ou da Via Crucis. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. A Ceia. Esculturas em madeiras, entalhadas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, nos passos do Santuário de Congonhas do Campo, 1796-1799. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. A Ceia. Esculturas em madeiras, entalhadas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, nos passos do Santuáriode Congonhas do Campo, 1796-1799. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. A Prisão de Cristo. Esculturas em madeira, entalhadas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, nos passos do Santuário de Congonhas do Campo, 1796-1799. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. São Pedro, após cortar a orelha de Malchus, soldado romano, estátua da composição chamada A Prisão de Cristo. Escultura em madeira, entalhada por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, nos passos do Santuário de Congonhas do Campo, 1796-1799. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. Cristo na cena da Prisão. Escultura em madeira, entalhada por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, nos passos do Santuário de Congonhas do Campo, 1796- 1799. Fonte: BAZIN, 1971, p. 255. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. Cristo preso à coluna, na cena d‟ A flagelação do Cristo, esculturas em madeira, entalhadas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, 1796-1799. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. O Carregamento da Cruz. Esculturas em madeiras, entalhadas por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, nos passos do Santuário de Congonhas do Campo, 1796-1799. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. O Cristo levando a Cruz, estátua da cena denominada O Carregamento da Cruz. Escultura em madeira, entalhada por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, nos passos do Santuário de Congonhas do Campo, 1796-1799. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. A Santa Mulher que Chora, estátua da cena denominada O Carregamento da Cruz. Escultura em madeira, entalhada por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, nos passos do Santuário de Congonhas do Campo, 1796-1799. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. O Santuário e seu adro. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. O profeta Joel, do adro do Santuário, esculpido por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, 1800-1805. Imagem: Hans Mann. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. O profeta Isaías, esculpido por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, 1800- 1805. O profeta Baruc, esculpido por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, 1800- 1805. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. O profeta Jonas, esculpido por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, 1800- 1805. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. O profeta Oséias, esculpido por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e seus auxiliares, 1800- 1805. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas. referências bibliográficas ÁVILA, Affonso; GONTIJO, João Marcos Machado; MACHADO, Reinaldo Guedes. Barroco mineiro, glossário de arquitetura e ornamentação. 3. ed. rev. amp. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro/Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1996. 232 p. Publicado originalmente em 1980. BAZIN, Germain. O Aleijadinho e escultura barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 1971. Título original: Aleijadinho et la sculpture baroque du Brésil. Publicado originalmente em 1963. BOLTSHAUSER, João. Arquitetura no Brasil colonial. In: BOLTSHAUSER, João. História da arquitetura. Belo Horizonte: Escola de Arquitetura da UFMG, 1969. v. 5, parte II. p. 2877-3014. CAMPOS, Adalgisa Arantes. Cultura barroca e manifestações do rococó nas Gerais. 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Arquitetura no Brasil: sistemas construtivos. 5. ed. rev. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1979. VERÍSSIMO, Francisco Salvador; BITTAR, William Seba Mallmann; MENDES, Chico. Arquitetura no Brasil: de Cabral a D. João VI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2007. VERÍSSIMO, Francisco Salvador; BITTAR, William Seba Mallmann; MENDES, Chico. Arquitetura no Brasil: de D. João VI a Deodoro. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2010. fotografias: Tito Flávio de Aguiar (exceto onde indicado). As imagens produzidas ao longo dos anos 1920 a 1970 pelo fotógrafo ouro-pretano Luiz Fontana foram cedidas pelo professor Paulo Marcos de Barros Monteiro. Arquitetura religiosa na América portuguesa – séculos XVI a XVIII ARQ104 - Arquitetura Brasileira I Tito Flávio Rodrigues de Aguiar Ouro Preto, março de 2013.
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