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Módulo II - O controle administrativo na Constituição e seus princípios
Unidade 1 - O Controle Interno Administrativo na Constituição
Como você viu no módulo anterior, o Controle da Administração Pública no Brasil tem algumas normas fundamentais, sendo a maior delas a Constituição Federal de 1988 (CF). Os princípios constitucionais da Administração Pública (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência) são diretrizes a serem seguidas por qualquer agente público e, portanto, devem guiar a criação dos controles internos que auxiliarão no alcance dos objetivos de cada órgão público, seja da esfera federal, estadual ou municipal, nos poderes executivo, legislativo e judiciário.
A Constituição tratou do tema do Controle em seu artigo 70, que define as bases para a estruturação dos controles sobre a Administração Pública.
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
Módulo II - O controle administrativo na Constituição e seus princípios
Nesse momento, é importante reforçar algumas informações centrais sobre o artigo 70: 
Módulo II - O controle administrativo na Constituição e seus princípios
Quanta coisa é dita em um só artigo da CF/88, não é mesmo?
Esse artigo da Constituição é mesmo muito importante! Tudo o que foi dito nele será estudado detalhadamente mais adiante nesse curso, mas por enquanto, é fundamental registrar que a Constituição Federal já determina a existência de um Sistema de Controle Interno em cada Poder. 
Módulo II - O controle administrativo na Constituição e seus princípios
Pág. 04
Uma pergunta não quer calar! É possível aplicar esta norma aos estados e municípios? A resposta é SIM!!! Vamos explicar com detalhes.
Nas ciências jurídicas, encontramos o Princípio da Simetria: 
	O “Princípio da Simetria” é aquele que exige que Estados, Distrito Federal e Municípios adotem em suas respectivas Constituições e Leis Orgânicas os princípios fundamentais e as regras de organização existentes na Constituição Federal de 1988. Especialmente quanto às regras que estabelecem a estrutura do governo, forma de aquisição e exercício do poder, organização de seus órgãos e limites de sua própria atuação. 
Naquilo que for cabível para o município, deve também ser aplicado o artigo 70 da Constituição. Como no município não há Poder Judiciário, não cabe exigir um Sistema de Controle Interno para esse poder. Contudo, seus poderes Executivo e Legislativo deverão, sim, prever a existência de um Sistema de Controle Interno. 
Além da existência de um Sistema de Controle Interno, todas as demais determinações do artigo 70 que forem pertinentes ao âmbito municipal também devem ser aplicadas. 
Módulo II - O controle administrativo na Constituição e seus princípios
O que mais a Constituição fala sobre o controle nos municípios?
O artigo 31 da CF/88 faz referência especificamente aos municípios do país e suas obrigações em relação ao Controle Interno. Vamos lê-lo na íntegra:
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.*
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.** 
	
	* Os municípios que até 1988 (data da promulgação da Constituição) já tinham Tribunal de Contas Municipal, puderam permanecer com seus Tribunais existindo.
** Após a Carta de 1988, o constituinte proibiu que novos Tribunais de Contas na esfera municipal fossem criados
 
Módulo II - O controle administrativo na Constituição e seus princípios
Com base no artigo 31, imprima a página e tente preencher o esquema abaixo, semelhante ao que vimos anteriormente, quando estudamos o artigo 70 da Constituição Federal. Observe que você pode utilizar o princípio da simetria para completar os dados. 
Módulo II - O controle administrativo na Constituição e seus princípios
Vamos dividir o texto constitucional em partes e estudar cada trecho. O caput do artigo 31 é esse:
“A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei”.
O município deve ter um Sistema de Controle Interno e o Poder Legislativo no âmbito municipal é quem exerce o controle externo. A novidade que o artigo 31 traz é que ele define que deve haver uma “lei” para dar forma ao Sistema de Controle Interno (SCI). 
Interessante! Então a Constituição prevê que deve existir uma lei que definirá a forma do SCI no município. Que tal procurar essa lei no seu estado? E será que o seu município já possui a lei que regulamenta o Controle Interno? Sugerimos que você faça essa pesquisa. Procure nos sites da câmara de vereadores ou no site da prefeitura de sua cidade. 
E o que mais o art. 31 diz? Bem, no parágrafo 1º ele determina: 
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
Já tínhamos visto nos artigos da Constituição que estudamos que o órgão que auxilia o Congresso Nacional a realizar o controle externo era o Tribunal de Contas da União. 
A mesma coisa se dá no âmbito municipal. Mas o nome do órgão que auxilia a Câmara de Vereadores tanto pode ser o próprio Tribunal de Contas do Município (somente as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro os possuem), os Tribunais de Contas dos Municípios quanto o Tribunal de Contas Estadual. A função do órgão continua a mesma: auxiliar o Poder Legislativo a realizar o controle externo das contas públicas.

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