Buscar

Monitoria Hiperbillirubinemia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Hiperbillirubinemia
Monitora: Camila Alencar
Hiperbillirrubinemia = Concentração anormalmente elevada de bilirrubina no sangue.
Afecção mais frequente no período NEONATAL, com cerca de 60% dos RN a termo e 80% dos prematuros.
Bilirrubina = É um produto da degradação das hemácias, sendo formada pelo catabolismo da hemoglobina que se divide em duas frações: heme e globina.
Vamos entender melhor...
A maior parte da bilirrubina provém da degeneração de hemácias “velhas”.
No citoplasma dos macrófagos, a hemoglobina é quebrada em globina (proteína) e heme. 
A porção globina é digerida em aminoácidos que serão reutilizados. 
O heme é cindido por ação da enzima heme-oxidase. Perde o ferro e a porfirina tem seu anel tetrapirrólico aberto a nível de uma das pontes de meteno, com liberação de uma molécula de monóxido de carbono (CO). O pigmento que resulta é a biliverdina, Esta sofre ação da enzima biliverdina-redutase e passa a bilirrubina, um pigmento amarelo. 
Vamos simplificar!
A porção heme é transformada pela heme-oxigenase em enzima biliverdina
A biliverdina-redutase converte a biliverdina em bilirrubina livre, sendo gradualmente liberada dos macrófagos para o plasma.
BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA = Transportada no plasma ligada a albumina até o fígado
No fígado a bilirrubina separa-se da albumina e na presença da enzima GLICURONIL TRANSFERASE é conjugada ao ácido glicurônico formando uma substância solúvel, a bilirrubina conjugada, que é então excretada na bile
No intestino, reduz a bilirrubina conjugada = Urobilinogênio e estercobulina (pigmento que dá coloração das fezes)
A maior parte da bilirrubina reduzida é excretada nas fezes; uma pequena quantidade é eliminada na urina
BILIRRUBINA NÃO-CONJUGADA (Indireta)
- Não é solúvel em água, capaz de atravessar a barreira hemato-encefálica
BILIRRUBINA CONJUGADA (Rara em RN)
- Solúvel em água, não atravessa as membranas celulares, excretada pela bile e rins.
ICTERÍCIA NEONATAL
Icterícia = Coloração amarelada da pele, mucosas e escleróticas
- Inicia-se no segmento cefálico e progride no sentido crânio-caudal;
- Acomete 25-50% de todos os RN, metade possui icterícia leve na 1ª semana de vida;
- Na maioria das vezes é fisiológica, cedendo nos primeiros dias após o nascimento.
FATORES DE RISCO
- RN prematuro: Possui menor concentração de albumina sérica em local disponível para ligação com a BI, maior risco para desenvolvimento da doença
- Clampeamento TARDIO do cordão: Maior concentração sanguínea e consequente maior porção heme
TIPOS DE ICTERÍCIA
Fisiologica, patológica e associada ao leite materno
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
- Expressão clínica de um mecanismo de adaptação neonatal ao metabolismo da bilirrubina 
- Aumento da bilirrubina durante a primeira semana de vida 
- TARDIA após 24h de vida
- Caráter transitório e auto-limitado
Causas: Redução da atividade glicorunil-transferase Excreção deficiente da bilirrubina, deficiência na conjugação hepática da bilirrubina;
ICTERÍCIA PATOLÓGICA
- Início precoce, ANTES das 24h de vida;
- Icterícia PERSISTENTE além da 1ª semana;
- A bilirrubina total excede em 15mg/dL;
- O RN pode apresentar sinais clínicos de infecção;
Causas:
Doenças hemolíticas por incompatibilidade sanguínea Rh, ABO; Coleções sanguíneas extravasculares, hipotireoidismo congênito, processos obstrutivos (estenose biliar).
ICTERÍCIA NEONATAL ASSOCIADA AO LEITE MATERNO
- Forte associação entre a amamentação ao seio e a icterícia neonatal;
- RNs iniciam com icterícia na 1ª semana de vida, declinando lentamente, podendo permanecer por até 2 meses
- Quando a amamentação é interrompida, rápida queda dos níveis de bilirrubina em 24 a 48h
- Causas pouco conhecida: Presença de substâncias inibidoras da conjugação no leite materno
ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA KERNICTERUS
ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA = A bilirrubina não-conjugada livre atravessa a barreira hemato-encefálica 
KERNICTERUS = Cor amarelada no tecido cerebral
*Os sobreviventes podem manifestar diversos níveis de sequelas neurológicas
	Manifestações clínicas
	FASE I
	Hipotonia, letargia, vômitos, choro de alta frequência
	FASE II
	Espasticidade e febre
	FASE III
	Aparente melhora, com diminuição da espasticidade. Pode haver convulsões
	FASE IV
	Sinais sugestivos de paralisia cerebral e alterações sensoriais
TRATAMENTO DA ICTERÍCIA
Exsanguíneo transfusão: troca de sangue parcial ou total
Objetivo principal: remover o excesso de bilirrubina prevenindo seus efeitos tóxicos
É usada quando os níveis elevados de BI não responde à fototerapia, tornando-secríticos para o desenvolvimento da encefalopatia bilirrubínica.
Fototerapia: Tratamento através da luz
Utilização de energia luminosa na transformação da bilirrubina em produtos mais hidrossolúveis que são eliminados pelos rins e fígado
- Transformação fotoquímica da bilirrubina através:
FOTOISOMERIZAÇÃO= Consiste na fragmentação estrutural da bilirrubina, formando isômeros geométricos que são transportados pelo plasma e excretados na bile, sendo parte dessa bilirrubina eliminada através do mecônio.
FOTO-OXIDAÇÃO= Ocorre à produção de complexos pirrólicos, solúveis em água e excretados pela urina.
TIPOS DE FOTOTERAPIA
CONVENCIONAL: Composta de seis lâmpadas fluorescentes brancas (Está DEUSO pela disponibilidade de aparelhos com melhor tecnologia);
Bilispot (“canhão de show”) – Fototerapia Halógena: 
Muito utilizado em RN pequenos;
Pode ser usado em bloco de 2 ou 3;
Pode ser associado a outro método;
Colocada a 50cm do paciente;
É mais eficaz do que a fototerapia convencional
Biliberço - Fototerapia Refletiva:
O RN deita-se sobre um colchão de silicone e são colocados filmes refletores nas paredes internas do berço e da cúpula curva que o cobre; 
Utiliza seis lâmpadas fluorescentes, sendo duas azuis;
Melhor para RN maiores ou àqueles que estão mantendo temperatura corporal em berço comum.
Bilitron
Utiliza 5 super LED’s (Light Emitting Diode) como fonte irradiante de luz azul ;
Fornece luz de alta intensidade;
Não emite raios infravermelhos ou ultravioletas e produz um mínimo de calor;
Maior superfície corporal exposta à luz do que a fototerapia halógena.
EFEITOS COLATERAIS DA FOTOTERAPIA
Irritação da pele; Aumento da perda insensível de água; Diarréia; Hipertermia 
Possível lesão da retina; Alterações do padrão de sono; Interferência no processo de ligação da díade mãe-filho de vido à oclusão ocular.ATIVIDADE:
Descreva pelo menos 05 cuidados de enfermagem ao RN em Fototerapia!
“Aquele que não luta pelo futuro que quer deve aceitar o futuro que vier!” 
(Autor desconhecido)

Outros materiais