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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCEITO: Serve para defender a constituição das investidas praticadas pelos Poderes Públicos, e, também dos atos privados atentatórios a magnitude de seus preceitos. TEORIA GERAL DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. 1 - Princípios que norteiam o controle Supremacia da Const. – Visa preservar a superioridade do texto constitucional, de modo que todas as normas inferiores devem obediência a constituição; Unidade do ordenamento jurídico – Harmonizar o ordenamento jurídico, não permitindo que as normas que violam a constituição sejam declaradas inconstitucionais, princípio da unidade, uniformizar o entendimento; Presunção de Constitucionalidade das leis ADI 815 - As normas constitucionais originárias elas são presumidas, absolutamente constitucionais. Dignidade da Pessoa Humana: Assegurar os direitos e garantias fundamentais. 2 – Parâmetro do Controle Preâmbulo – ADI 2076 – Não possui normatividade, não é NORMA JURÍDICA. Não serve como parâmetro do controle de constitucionalidade; PARÂMETRO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Parte Dogmática; ADCT. 3 – Aspectos Históricos 3. 1 – Direito Comparado A – Caso Marbury X Madison, 1803, EUA, CONTROLE DIFUSO: Significar dizer que todos os juízes e tribunais podem em casos concretos submetidos a sua análise verificar se uma lei se serve para dirimir aquele conflito e compatível ou não com a Constituição. Modelo surgiu no EUA. B – Constituição Austríaca, 1920, CONTROLE CONCENTRADO. Significar dizer que só pode ser feito por um TRIBUNAL, no Brasil é exercido pelo Supremo Tribunal Federal, que fiscaliza a inconstitucionalidade das leis e atos normativos federais e estaduais na vida de ação; 3.2 – Direito Brasileiro Obs.: dois sistemas de fiscalização da lei MAIOR. Controle Difuso – Surgiu no Brasil em 1891 Controle Concentrado – Surgiu no Brasil em 1934 4 – Tipos de Inconstitucionalidade A – Inconstitucionalidade Formal: Observada quando há vicio no processo legislativo/competência; Exemplo: art. 61, parágrafo 1, CF (Iniciativa privativa do presidente da república as leis). B – Inconstitucionalidade Material: A lei ordinária, complementar, medida provisória, não podem violar. As normas devem ser compatíveis com a nossa Constituição. Princípios – São normas subjetivas. Exemplo: Igualdade, Dignidade, Boa-fé; Regras – Sobre subsídios de agente políticos, aposentadoria, normas objetivas e descritivas; C – Inconstitucionalidade Total: Recai sobre toda a norma; D – Inconstitucionalidade Parcial: É possível a declaração de inconstitucionalidade de apenas uma palavra/expressão; Principio da parcelaridade. E – Inconstitucionalidade por Ação: ADI, uma conduta comissiva por parte do poder público, o legislador fez uma lei e violou a CF. G – Inconstitucionalidade por Omissão: ADO, deixar de cumprir uma promessa feita pela CF, justamente o compromisso Constitucional, compromete a supremacia da Constituição. CONDUTA OMISSIVA do poder público também e punível. Exemplo: Art. 7º inciso XXI 5 – Modalidades de Controle 5.1 – Quanto ao Momento. A – Preventivo: PROJETO DE LEI Propostas de EC Quando não há lei ainda, é a fiscalização de natureza política; (feito pelo executivo e legislativo). Normas que ainda estão tramitando no processo legislativo brasileiro. B – Repressivo: LEI EMENDA COMPLEMENTAR Lei já existente é o que se realiza pelo poder judiciário, excepcionalmente pelo poder legislativo. O controle repressivo pode ser eventualmente político. (Comissão mista, agentes políticos) Exemplo: art. 62, parágrafo 5º CC parágrafo 9º, CF. 5.2 – Quanto ao Órgão. A – Judicial: CONTROLE JURISDICIONAL > difuso e concentrado. B – Político: Legislativo – Exercido pela Câmara dos Deputados, Senado e Congresso Nacional. Executivo – Pelo Presidente da República por meio do veto jurídico. 6 – SISTEMA DIFUSO (ABERTO) X CONCENTRADO (abstrato) DIREITO NORTE AMÉRICANO - ORIGEM DIREITO AUSTRIACO QUALQUER JUIZ OU TRIBUNAL STF AUTOR, RÉU, TERCEIRO INTERESSADO, MP, JUIZ/TRIBUNAL DE OFICIO. OS LEGITIMADOS DO ART. 103, INCISOS I a IX (rol taxativo) Via incidental de defesa, de exceção. Via direta principal, de ação (ADI, ADC, ADPF) Em regra: Inter partes Em regra: Erga Omnes Controle Difuso – Permite a todo e qualquer juiz ou tribunal apreciar a inconstitucionalidade das leis ou atos normativos. Nele, qualquer das partes, no curso de um litigio, pode suscitar o problema da inconstitucionalidade, como questão prejudicial, cabendo ao juiz ou tribunal decidi-la, pois só assim a questão principal poderá ser resolvida. Controle Concentrado (ABSTRATO) - No Brasil é exercido pelo Supremo Tribunal Federal, que fiscaliza a inconstitucionalidade das leis e atos normativos federais e estaduais na vida de ação; Ações: ADI, ADPF, ACD, ADO. (Levam o controle de constitucionalidade como pedido ao STF, a realização da fiscalização) CF – 7 – Principio da Reserva de Plenário Art. 97, CF/88 Tribunal – Composição Completa; art. 93 XI, CF - Tribunais com mais de 25 julgadores, poderão criar um Órgão Especial - (Terá entre 11 e 25 membros); Órgãos Fracionários – Câmaras, Sessões, Turmas; Em regra os órgãos fracionários não podem declarar a inconstitucionalidade das leis, salvo se houver pronunciamento do STF ou do próprio tribunal sobre a questão. Art. 948 á 950 CPC – Súmula Vinculante 10 – O órgão fracionado quando se depara pela primeira vez com a inconstitucionalidade da lei, não pode deixar de aplicar, só poderá declarar e deixar de aplicar, ser tiver diante de um precedente anterior. 8 – Ações do Controle Concentrado Federal (Visão Geral) Aspectos Comuns: ADI, ADC, ADO, ADPF. Legitimidade ativa – Só podem ser propostas pelos legitimados do art. 103, I a IX. (Rol taxativo). Especiais: Precisam comprovar a pertinência temática (é a relação que deve existir entre o objeto da ação e o interesse do grupo/classe/categoria); IV, V, IX, devem comprovar pertinência. Universais: I a III, VI a VIII, não precisam comprovar a pertinência temática (O presidente, as mesas da câmara e do senado, PGR, OAB e os partidos políticos com representação no congresso). OBS.: Sindicatos e federações sindicais não podem ajuizar as ações do controle concentrado; Entidades de Classes de âmbito estadual/municipal não podem ser autoras as ações do controle concentrado; Segundo o STF, a CUT (central única dos trabalhadores) e a UNE (união nacional dos estudantes) não podem ajuizar as ações; Não admitem desistência do pedido - uma vez ajuizada não haverá desistência; Todas elas admitem a concessão de medida de urgência, caso se faça necessário. Amicus Curie - Amigo da “boa decisão”, pessoas jurídicas, entidades, associações, que tenham uma finalidade com o assunto que está sendo discutido. A decisão definitiva gera efeitos erga omnes é também efeitos vinculantes para todos órgãos do poder judiciário; Modulação Temporal dos efeitos da decisão – art. 27 da Lei 9869/99, Ação Direta de Inconstitucionalidade; Regra geral: Ex Tunc (efeitos retroativos). Pode ser adotado em qualquer uma das ações do controle concentrado de constitucionalidade, desde que por 2/3 dos seus membros As decisões de mérito são irrecorríveis – Não tem nenhum juízo para rever decisão do supremo, não cabe ação rescisória. Entretanto os embargos de declaração são cabíveis. PONTOS ESPECÍFICOS ADI - art. 102, I, a; É uma ação de caráter excepcional com acentuada feição política pelo fato de visar ao julgamento, não de uma relação jurídica concreta, mas da validade da lei em tese;O objeto dessa ação é a lei ou ato normativo primário federal/estadual que viole a CF.; Exercida de modo direto; Competência STF; Legitimados Ativos art. 103, CF; ADC (Ação declaratória de constitucionalidade) – art. 102, I, a, 2ª Parte. É o mecanismo de defesa, abstrata de normas pelo qual se busca, no STF, o reconhecimento expresso de que determinada lei é constitucional. Tem por meta criar uma atmosfera de certeza e segurança nas relações jurídicas, acabando com todas as dúvidas acerca da validade e aplicação do ato normativo federal; O objeto dessa ação é a Lei ou ato normativo Federal; Competência STF; Finalidade – Eliminar todas as provas contrárias à lei, findando, de uma vez por todas, as incertezas que pairam em torno de sua constitucionalidade. Se o supremo julgar procedente, todos os órgãos judiciários e adm. Vincular-se ao seu veredito, não podendo reputar a lei ou ato normativo que tiver sua constitucionalidade declarada como inválido ou inaplicável.
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