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Cateter de Swan Ganz

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UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
CURSO DE ENFERMAGEM
CATETER DE SWAN-GANZ
Mogi das Cruzes
2017
FERNANDA DA CRUZ MARTINS ALVES RGM: 284245 
DYANA KELLY DA SILVA RGM: 283954
KARINA SILVA DE SIQUEIRA RGM: 282514
LUCILENE FERREIRA MAGALHÃES RGM: 281303
RENAN ALVES DE SOUZA RGM: 283152
CATETER DE SWAN-GANZ
Trabalho de pesquisa do Curso de Graduação apresentado à disciplina Enfermagem em Unidades Críticas para obtenção de nota.
Orientadora: Margareth Dutra do Carmo Prado
Mogi das Cruzes
2017
INTRODUÇÃO
A utilização desta técnica se iniciou nos primeiros anos da década de 1970, e foi difundida muito rapidamente, quando os autores Jeremy Swan e William Ganz publicaram um estudo na New England, onde houve a popularização do cateter de Swan-Ganz.
A maior praticidade desse cateter se dava ao balão que possuía em sua ponta, onde era possível introduzi-lo até a artéria pulmonar, sem a necessidade de fluoroscopia para uma visualização direta.
O trabalho inicial descrevia como era um método relativamente simples, que poderia ser usado a beira-leito e com um índice de complicações muito baixo. Esse equipamento criou praticamente um novo ramo da terapia intensiva: a monitorização hemodinâmica à beira-leito do paciente crítico.
 No Brasil, os primeiros estudos com o Cateter de Swan-Ganz foram iniciados no Instituto "Dante Pazzanese" de Cardiologia, pelo Dr. Leopoldo Soares Piegas, chefe do Setor de Terapia Intensiva, no ano de 1971, e trouxe diversas possibilidades de conhecimento, incluindo os parâmetros hemodinâmicos para o diagnóstico, prognóstico e tratamento de pacientes de diversas enfermidades e complicações pós-operatórias.
O cateter pode ser inserido em cirurgias e salas de cauterização de hemodinâmica, não apenas a beira-leito, usando a monitorização das pressões e a observação das ondas durante a passagem.
Na Unidade de Terapia Intensiva, onde se praticam essa técnica, as enfermeiras indicadas para o auxílio do médico devem ser treinadas e bem capacitadas, com muito conhecimento científico, o que torna a aplicação deste procedimento sem complicações, facilitando a aplicação em um intervalo de tempo curto.
DESIGNER DO CATETER
O cateter, também conhecido como balão-fluxo, tem geralmente 110cm, possui a graduação a cada 10cm, duas vias (proximal e distal) para a transmissão do sinal pressórico, um termissor para cálculo de débito cardíaco e uma via para a inflação do balonete
A via proximal situa-se a 29 cm da proximidade distal da mesma, sendo nesta via, permitido a injeção de líquidos para as medidas hemodinâmicas, realizado as medidas da pressão venosa central e também a colheita de sangue. A via distal possuí a cor amarela, e mantem seu orifício na ponta do cateter, onde é realizado a medida das pressões nas câmaras cardíacas, direitas, pressão arterial pulmonar e pressão capilar, pulmonar, durante a inserção, além da colheita de amostra do sangue venoso, misto, na artéria pulmonar.
O cateter possui a via que funciona para a inflação do balão e que auxilia na migração do cateter dirigido pelo fluxo, que permite o encunhamento do cateter e a medida da pressão, quando inflado em um ramo da artéria pulmonar.
O cateter possui também um termistor, que está localizado de 4 a 6 cm da ponta do cateter, e transmite a variação da temperatura no sangue. 
Há ainda outros tipos de cateteres de Swan-Ganz, como o Cateter de termodiluição com via extra para medicação, que, assim como o nome sugere, permite a infusão de drogas por vias auxiliares; o Cateter de termodiluição com quatro vias e " indicador de posição", onde, neste modelo, a via proximal encontra-se a 10 cm da ponta do cateter, ou seja, no ventrículo direito, e através da curva é possível a visualização da posição correta do cateter ; o Cateter de artéria pulmonar com fibra óptica, que possui uma via a mais, e mantem no seu interior duas linhas de fibra optica para que haja a realização da saturação venosa, sendo possível a determinação da quantidade de oxihemoglobina e desoxihemoglobina no sangue venoso misto; o Cateter de artéria pulmonar com marcapasso, que pode ser utilizado como um marcapasso sequencial atrial, ventricular e atrioventricular; o Cateter de Swan-Ganz com fração de ejeção por termodiluição, que é um dos modelos mais novos, permitindo obter os cálculos dos volumes diastólico e sistólico finais do ventrículo direito; e o Cateter de Swan-Ganz com medida de débito cardíaco contínuo, que possui um filamento que envolve o cateter e é controlado por um computador, há uma programação que faz com que este filamento seja aquecido e modifique a temperatura sanguínea, assim ativando o termistor, fazendo o mesmo reproduzir a curva da termodiluição do débito cardíaco.
PROCEDIMENTO
Para a inserção do cateter são necessários o preparo e a separação do material para que se possa realizar o procedimento. Os materiais necessários são:
 
Material de Flebotomia ou Intracath, campos cirúrgicos e campo fenestrado, avental e luvas estéreis.
Gorro, máscaras, óculos de proteção. PVPI tintura, anestésico (lidocaína 2% s/vasoconstrictor), seringas descartáveis de 10 e 20 ml, agulhas descartáveis (40x12; 25x7), fios de algodão, lâmina de bisturi, torneiras de 3 vias.
Soluções fisiológicas (500 e 250 ml), equipo simples (macrogotas), heparina (opcional).
Bolsa pressurizadora, suporte de soluções e suporte para transdutores.
Cateter de Swan-Ganz 7F, introdutor do cateter com dilatador venoso 8F, e kit de monitorização invasiva.
Monitor com saídas para ECG e pressões invasivas.
A técnica de introdução do cateter é muito parecida a uma punção venosa central, primeiramente, sendo necessário a antissepsia da área com o iodo polivinilpirrolidona (PVP-I), a colocação do campo estéril e então a anestesia com a lidocaína no local da punção, sendo os locais mais comuns a veia jugular interna, direita ou a veia subclávia, direita.
Após a punção, há a introdução do fio guia de metal através do cateter de punção, retirando, em seguida, este cateter e deixando apenas o fio guia no interior da veia. Após deve-se realizar uma pequena incisão com o bisturi, no local da inserção do fio guia, para que possa passar o dilatador após a conexão ao fio guia. Logo após o dilatador é retirado do fio guia, mantendo-o ainda na veia, para então ser passado dentro da bainha do cateter e ser conectado ao fio guia, que estará ainda em posição intravenosa.
Quando todo o cateter é introduzido, deve-se retirar o dilatador e o fio guia do interior do cateter, e fixando-o a pele com fio cirúrgico inabsorvível.
Deve-se verificar se o cateter está em posição, através da aspiração da via lateral do mesmo com a seringa, onde será possível visualizar o refluxo do sangue venoso.
E então, após a punção realizada e fixada é que é possível a introdução do cateter de Swan-Ganz através da bainha do cateter.
Para evitar contaminações nas manipulações, para acerto de posição, a passagem do cateter deve ser realizada com uma “camisinha” protetora, estéril em seu interior, que se conecta à bainha do cateter introdutor através de um adaptador distal e fixa-se ao próprio cateter de Swan-Ganz através de um adaptador proximal. 
O cateter também pode ser introduzido a partir de uma punção venosa central, previamente realizada. Para isso, basta retirar a fixação do cateter à pele, sendo mais fácil cortar o cateter logo abaixo do seu ponto de fixação, segurando-o com cuidado. Agora, o fio guia deve ser introduzido através do cateter e este retirado em seguida.
CAMINHOS E MEDIDAS
Após a introdução do cateter, ele percorrerá o caminho até encontrar o átrio direito. Neste momento haverá o registro no monitor de uma curva de pressão atrial direita ou pressão venosa central, que vai oscilar entre 0-8 mmHg. Ao se insuflar o balonetecom ar (1,5 ml), permite que o fluxo sanguíneo se dirija a ponta do cateter para a próxima câmara, o ventrículo direito. Para saber se o cateter se encontra na câmara, deve-se observar uma alteração da curva, chamada de oscilação ampla, e que vai demonstrar valores entre 20-30 mmHg (sistólica) e 0-8 mmHg (diastólica).
Quando o cateter chega na artéria pulmonar, a curva se altera, e a pressão sistólica chega em valores de 20-30 mmHg e diastólica de 8-15 mmHg.
E então, como o balonete está insuflado, ao progredir pela artéria pulmonar, o cateter irá ocluir um dos ramos da artéria pulmonar, fazendo com que apareça uma curva igual a da pressão venosa central, porém com valores médios um pouco maiores, 8-12 mmHg
VANTAGENS
Uma das grandes vantagens desse cateter, é sem dúvida o fato de poder ser realizado a beira-leito, evitando assim o transporte de pacientes com doenças graves até a sala da hemodinâmica. O fato de ser um cateter mais flexível, que mantém uma ponta acolchoada pelo balão, diminui muito as arritmias por amortecer o choque contra a parede ventricular, e assim diminui também as morbidades durante o procedimento.
Uma das vantagens é o traçado, que mantem uma boa qualidade, sendo mais fiel a função miocárdica, e possuindo medidas de pressão e de débitos cardíacos simples e seguras, que podem ser repetidas em intervalos curtos.
COMPLICAÇÕES 
As complicações associadas ao cateter de Swan-Ganz podem ser divididas nas relacionadas a punção venosa, que são o pneumotórax; a lesão do plexo branquial, conjunto de nervos que conduz os sinais da medula espinhal; a síndrome de Horner, que é a interrupção dos nervos de um lado do cérebro até o rosto e os olhos; a lesão transitória do nervo frênico e a embolia gasosa, a relacionada à passagem do cateter, que são as arritmias (extra-sístoles ventriculares, taquicardia e fibrilação ventriculares e flutter e fibrilação atrial); bloqueio transitório de ramo direito; enovelamento; danos nos sistemas valvares (cúspides, cordas tendíneas e músculos papilares); ruptura da artéria pulmonar e perfuração ventricular direita, e as causadas à presença do cateter na artéria pulmonar, que são a trombose venosa no local de inserção; o infarto pulmonar; e a sepse e endocardite.
As arritmias são mais comuns nas cateterizações, podendo acontecer arritmias benignas como Extra Sístoles Ventriculares e Extra Sístoles Supraventriculares, que algumas vezes podem evoluir para arritmias mais graves, que acontecem causadas pela irritação da ponta do cateter na parede ventricular, podendo ser prevenida quando há a insuflação completa do balão, evitando a protusão da extremidade do cateter na parede ventricular. Quando acontece o uso repetido do mesmo cateter, que teoricamente deve ser utilizado apenas uma vez, pode ocorrer o enovelamento da extremidade do cateter. Havendo suspeita de nó, deve ser retirado completamente o cateter.
Pode ocorrer também a ruptura do balão, causado pela absorção de lipoproteínas do sangue, que faz com que o balão perda a elasticidade e assim aumente a possibilidade de ruptura do mesmo.
Uma das complicações que pode ocorrer na inserção do cateter é a perfuração da capilar pulmonar, que pode levar a um quadro com características de embolia pulmonar, e pode ocorrer também uma tromboflebite no local que é realizado a inserção.
Para evitar essas complicações, é recomendado que o cateter seja usado apenas uma vez, e mantido poucas vezes o numero de insuflações do mesmo. O tempo de utilização segura num paciente é de 72 horas.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
A equipe de enfermagem deve sempre se preocupar de informar o paciente e a família sobre o procedimento a qual irá ser submetido, não esquecendo de explicar os riscos, e o objetivo do procedimento. Alertar o paciente que pode experimentar sensações diferentes para o mesmo, como as batidas no tórax por causa das extrassistoles.
O enfermeiro também verifica, antes de cada procedimento, a altura do transdutor de pressão, que deve estar sempre na linha média do tórax. O transdt1tor de pressão deve ser calibrado diariamente, enquanto a calibração do monitor deve ser feita a cada oito horas. No momento da infusão, o enfermeiro deve se realizar alguns procedimentos simples, como manter a irrigação contínua com solução fisiológica ou glicosada heparinizada, em bomba de infusão; remover bolhas de ar em qualquer parte do sistema; verificar se as conexões estão bem adaptadas; trocar todo o sistema, no mínimo, a cada 48horas e trocar a solução de heparina a cada 24 horas
O preparo do material e posicionamento do paciente também é papel da equipe de enfermagem. Ao final da passagem do cateter, o enfermeiro realiza o curativo, sempre se atentando de inspecionar o local de inserção do cateter, observando se existem sinais de inflamação (elevação da temperatura da pele, hiperemia e edema) e realiza a troca do curativo a cada 24 horas, utilizando técnica asséptica.
Deve-se sempre anotar no controle de enfermagem, bem como comunicar ao médico, qualquer alteração clínica ou eletrocardiográfica e nunca deixar o paciente sem antes se certificar que o traçado retornou à curva da artéria pulmonar
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES PEREIRA JÚNIOR, G. et al. Monitorização hemodinâmica invasiva. Tradução. Ribeirão Preto: [s.n.]. p. 380 - 399 Disponível em: http://revista.fmrp.usp.br/1998/vol31n3/monitorizacao_hemodinamica_invasiva.pdf. Acesso em: 18 mar. 2018.
GALVÃO, P. Intervenções de enfermagem para Swan-Ganz. Disponível em: <http://saudeexperts.com.br/intervencoes-de-enfermagem-para-pacientes-com-swan-ganz/>. Acesso em: 18 mar. 2018.
MODENA, E.; MARIA, V. Assistência de enfermagem no uso do cateter de swan-ganz: Débito cardíaco e pressões de artéria pulmonar. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71671978000200193>. Acesso em: 18 mar. 2018.
SOCESP - SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. O cateter de Swan-Ganz deve ser indicado em todo paciente de terapia intensiva? São Paulo: [s.n.].

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