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Apostila Medidas - avaliação física

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Prof.	
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profricardo2006@yahoo.com.br	
  (2013)	
  
Apostila da Disciplina de Medidas e 
Avaliação em Educação Física 
Professor Ricardo Martins de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2013 
	
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profricardo2006@yahoo.com.br	
  (2013)	
  
Apostila da Disciplina de Medidas e 
Avaliação em Educação Física 
Professor Ricardo Martins de Souza 
 
Sumário 
 
1. Definições 
2. Anamnese e Avaliações Prévias 
2.1. PAR-Q 
2.2. IPAQ versão 6 (curta) 
3. Avaliação da Composição Corporal 
3.1. IMC 
3.2. RCQ 
3.3 Perimetria 
3.4 Dobras Cutâneas 
3.4.1. Fórmulas Para Predição do Percentual 
de Gordura à Partir das Dobras Cutâneas 
3.4.1.1. Pollock (3 dobras) 
3.4.1.2. Faulkner (4 dobras) 
3.4.1.3. Siri e Brozeck (4 dobras) 
3.4.1.4. Yuhanz (6 dobras) 
3.4.1.5. Pollock 7 dobras	
  
3.5. Pesagem Hidrostática 
3.6. Bioimpedância 
4. Avaliação da Capacidade Flexível 
4.1. Flexiteste proposto por Pável e Araújo 
4.1.1. Flexão do Quadril 
4.1.2. Extensão do quadril 
4.1.3. Abdução do quadril 
4.1.4. Flexão do tronco 
4.1.5. Flexão lateral do tronco 
4.1.6. Extensão + Adução posterior do 
ombro 
4.1.7. Adução posterior à partir da abdução 
de 180° no ombro 
4.1.8. Extensão posterior do ombro 
4.1.9. Normas de classificação 
4.2. Teste de Thomaz (artigo SARRAF et al.) 
4.3. Banco de Wells 
	
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5. Avaliação da Potência Muscular 
5.1. Impulsão Vertical 
5.2. Impulsão Horizontal 
5.3. Arremesso de Medicine Ball 
6. Avaliação de Postura e Equilíbrio 
6.1. Biofotogrametria e Avaliação Postural 
Qualitativa 
6.1.1. Vista Lateral 
6.1.2. Vista Posterior 
6.1.3. Vista Anterior: 
6.2. Avaliações Qualitativas de Equilíbrio Estático 
e Dinâmico 
6.2.1. Alcance Funcional (Functional Reach) 
6.2.2. Apoio Unipedal (Unipedal Stance) 
6.2.3. Avaliação da Mobilidade orientada 
pelo desempenho (Performance Oriented 
Mobility Assessment - POMA) 
6.2.4. Escala de Equilíbrio de Berg (Berg 
Balance Scale) 
6.2.5. Índice da Marcha Dinâmica (Dynamic 
Gait Index) 
6.2.6. Levantar e Caminhar Cronometrado 
(Timed Up and Go) 
7. Determinação do Limiar Anaeróbico 
7.1. RAST 
7.2. Conconi 
8. 1-RM 
8.1. 1-RM Carga Máxima 
8.2. 1-RM Predição Por Repetições 
9. RML: Resistência Muscular Localizada 
9.1. Teste de RML de membros superiores 
9.2. Teste de RML dos Músculos do Tronco 
10. Tabela de Gasto Calórico 
11. Testes para medir a agilidade 
11.1. Teste do Passo Lateral – Side Step 
(Johnson e Nelson, 1979) 
11.2. Corrida Vai-e-Vem – Shuttle Run (Johnson 
e Nelson, 1979) 
11.3. Salto em Quadrante – Quadrant Jump 
(Johnson e Nelson, 1979) 
	
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11.4. Teste de Agilidade de SEMO – SEMO Agility 
Test (Johnson e Nelson, 1979) 
12. Percepção Subjetiva do Esforço Físico – Escala de 
Borg 
13. Testes de Avaliação da Capacidade Aeróbica 
13.1. Teste de Astrand (Bicicleta) 
13.2. Teste de Cooper (Corrida) 
13.3. Teste de Harvard (Banco) 
13.4. Teste de McArdle (Banco) 
13.5. Teste de 1 Milha (1.600m) 
 
	
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1. Definições 
 
Nesta seção teremos a definição e descrição de alguns termos que serão 
importantes para a utilização do restante da apostila e o real entendimento dos 
assuntos abordados posteriormente. Os primeiros conceitos importantes dizem 
respeito a definição dos termos teste, medidas e avaliação. Os termos foram 
determinados com base nas descrições de Johson e Nelson (1979). 
Teste é o instrumento usado na avaliação, medida é a informação, formal ou 
informal coletada durante o teste. Ela necessita ser precisa e objetiva dentro das 
limitações do teste. Avaliação é a importância ou valor da informação e a definição 
de que forma essa informação vai ser utilizada. 
 Tomemos um exemplo da avaliação da massa corporal. O teste utilizado 
pode ser o de medição a partir de uma balança antropométrica. O sujeito subirá na 
balança, sem calçado e permanecerá imóvel até que a régua seja ajustada em uma 
massa equivalente à massa do avaliado (esse é o teste). Quando a régua ficar 
equilibrada, será possível visualizar um valor em kg e em gramas que corresponde 
à massa do indivíduo (essa é a medida). A partir dessa informação o sujeito será 
classificado como abaixo, acima ou com a massa ideal, e as atividades executadas 
poderão ser prescritas com base nestas informações. 
 Existem basicamente 3 tipos de avaliações que podem ser realizadas ao 
longo de um processo avaliativo: a avaliação DIAGNÓSTICA é realizada no início do 
programa e identifica o grau de desenvolvimento de certa característica específica 
do sujeito ou grupo. A avaliação FORMATIVA indica o progresso do indivíduo e 
permite a correção e a adaptação do processo de treinamento, e a avaliação 
SOMATIVA é utilizada ao final de cada unidade para obter a evolução do indivíduo. 
 Veja o exemplo abaixo de uma curva de desenvolvimento da altura de 
indivíduos da infância até o início da vida adulta. Poderíamos ter por objetivo 
avaliar se a dieta de uma determinada população carente pode ser melhorada para 
atender a correta curva de desenvolvimento. Essas crianças seriam observadas ao 
longo de 10 anos de desenvolvimento, dos 5 aos 15 anos de idade. 
 Entre os 5 e 6 anos realizou-se a primeira avaliação (DIAGNÓSTICA) para se 
verificar qual a média do desenvolvimento neste ano e comparar o resultado com o 
quadro abaixo. O teste utilizado foi da estadiometria, a medida foi em centímetros 
e o resultado comparado com o gráfico abaixo (avaliação). Notou-se que entre os 5 
e 6 anos de idade o crescimento médio dos indivíduos foi de 4cm/ano, o que é 
menos do que a média normal desta população que seria entre 6 e 8cm/ano. A 
partir daí uma nova dieta foi adotada para essas crianças e ao final de cada ano 
uma nova avaliação da estatura foi realizada (avaliações SOMATIVAS). Essas 
avaliações foram utilizadas para a realização de correções da dieta (mais ou menos 
calorias) para que o desenvolvimento se adequasse aos critérios estabelecidos na 
tabela normativa abaixo. 
 Ao final de todo processo, quando as crianças completaram 15 anos, uma 
última avaliação foi realizada e constatou-se que as crianças agora tem um 
desenvolvimento dentro da normalidade para a faixa respectiva etária. Dessa 
forma, identificou-se que todo o processo de mudança e adequação da nova dieta 
foi importante para o correto desenvolvimento das crianças participantes do estudo 
(avaliação SOMATIVA). 
 
	
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Para que as avaliações sejam corretamente realizadas e os resultados 
encontrados possam refletir a realidade, alguns princípios básicos devem ser 
seguidos. 
As avaliações devem sempre ser conduzidas com o objetivo do programa em 
mente, lembrar da relação entre teste, medida e avaliação, somente pessoas 
capacitadas podem realizar os procedimentos, os dados devem ser interpretados 
em função do indivíduo como um todo, tudo pode ser medido porém nenhum teste 
é perfeito, entretanto nenhum teste substitui o julgamento profissional. Deve-sesempre haver re-teste e deve existir a preocupação de se utilizar apenas testes 
válidos. 
 Podemos classificar as avaliações entre OBSERVAÇÕES, INQUIRIÇÕES e 
TESTAGEM. 
 Entre as avaliações por OBSERVAÇÃO podemos destacar o Anedotário 
(breve descrição dos fatos ou episódios decorridos), a Lista de Checagem (a 
ocorrência ou não de fatos e comportamentos e/ou a ordem em que eles 
acontecem) e as Escalas de Classificação (descreve a característica e a maneira ou 
intensidade com que certa característica se manifesta). 
 Entre as INQUIRIÇÕES, podemos destacar o Questionário (geralmente 
realizado indiretamente, onde o avaliado responde por escrito as perguntas 
realizadas), a Entrevista (geralmente realizado diretamente, onde o entrevistado 
responde verbalmente as perguntas, sendo que as respostas serão transcritas pelo 
entrevistador) e o Sociograma (que descreve as características sociais de uma 
determinada população, como o senso). 
 Dentre os procedimentos mais utilizados dentro da Educação Física, 
podemos destacar os TESTES, que podem ser utilizados para a avaliação de 
inúmeras capacidades físicas, habilidades motoras e características 
antropométricas. 
 
 
 
 
	
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2. Anamnese e Avaliações Prévias 
 
2.1. PAR-Q 
 
Muitos benefícios de saúde estão associados com o exercício regular, e a 
realização de PAR-Q constitui uma primeira etapa sensível se estiver planejando 
aumentar a quantidade de atividade física em sua vida. Para a maioria das pessoas 
a atividade física não representa qualquer problema ou perigo. PAR-Q foi elaborado 
com a finalidade de identificar o pequeno número de adultos para os quais a 
atividade física poderia ser inapropriada ou aqueles que deveriam receber 
aconselhamento médico acerca do tipo de atividade mais apropriado a eles. O bom 
senso é o seu melhor guia para responder poucas perguntas. Queira examiná-las 
com extremo cuidado e checar SIM ou NÃO adiante da questão se isto se aplica a 
você. 
 
1. Seu médico já lhe disse que você tem um problema cardíaco e que somente 
deveria realizar a atividade física recomendada por um médico? 
2. Você sente dor em seu tórax ao realizar atividade física? 
3. No mês passado, você teve dor torácica quando não estava realizando 
atividade física? 
4. Você perde o equilíbrio em virtude de vertigem ou já perdeu a consciência? 
5. Você tem algum problema ósseo ou articular que poderia ser agravado por 
uma mudança em sua atividade? 
6. Atualmente seu médico está prescrevendo medicamentos (ex. pílulas 
diuréticas) para sua pressão arterial ou condição cardíaca? 
7. Você tem conhecimento de qualquer outra razão pela qual você não deveria 
realizar atividade física? 
 
Se você respondeu NÃO honestamente para TODAS as questões do PAR-Q, 
pode ficar razoavelmente tranqüilo de que pode: 
 
1. Iniciar um programa de exercícios gradativos 
2. Tomar parte em uma avaliação de aptidão 
 
Entretanto, se você sofre de uma pequena enfermidade (ex. resfriado) deve 
adiar a atividade. 
 
Se você respondeu SIM para uma ou mais questões do PAR-Q, você deve 
consultar seu medico, caso não tenha o feito recentemente, antes de iniciar um 
programa de exercícios e/ou de ser submetido a uma avaliação da aptidão. 
 
2.2. IPAQ versão 6 (curta) 
 
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL - DE ATIVIDADE FÍSICA (versão 6) 
 
Extraído de Pardini et al., Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.9, 
n.3, p.45-51, 2001. 
 
Nós queremos saber quanto tempo você gasta fazendo atividade física em 
uma semana NORMAL. Por favor responda cada questão mesmo que 
considere que não seja ativo. Para responder considere as atividades como 
meio de transporte, no trabalho, exercício e esporte. 
 
1a. Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades LEVES ou 
MODERADAS por pelo menos 10 minutos, que façam você suar POUCO ou 
	
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aumentam LEVEMENTE sua respiração ou batimentos do coração, como nadar, 
pedalar ou varrer: 
(a) _____ dias por SEMANA 
(b) Não quero responder 
(c) Não sei responder 
 
1b. Nos dias em que você faz este tipo de atividade, quanto tempo você gasta 
fazendo essas atividades POR DIA? 
(a)_____ horas _____ minutos 
(b) Não quero responder 
(c) Não sei responder 
 
2a . Em quantos dias de uma semana normal, você realiza atividades VIGOROSAS 
por pelo menos 10 minutos , que façam você suar BASTANTE ou aumentem 
MUITO sua respiração ou batimentos do coração, como correr e nadar rápido ou 
fazer jogging: 
(a) _____ dias por SEMANA 
(b) Não quero responder 
(c) Não sei responder 
 
2b. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta fazendo 
essas atividades POR DIA? 
(a)_____ horas _____ minutos 
(b) Não quero responder 
(c) Não sei responder 
 
ATIVIDADE FÍSICA NO TRABALHO 
1a.Atualmente você trabalha ou faz trabalho voluntário fora de sua casa? 
Sim ( ) Não ( ) 
 
1b. Quantos dias de uma semana normal você trabalha? 
______ dias 
 
Durante um dia normal de trabalho, quanto tempo você gasta: 
 
1c . Andando rápido:_____ horas______ minutos 
 
1d. Fazendo atividades de esforço moderado como subir 
escadas ou carregar pesos leves: ____ horas____ minutos 
 
1e. Fazendo atividades vigorosas como trabalho de construção 
pesada ou trabalhar com enxada, escavar: 
___ horas_____ minutos 
 
ATIVIDADE FÍSICA EM CASA 
Agora, pensando em todas as atividades que você tem feito em casa durante uma 
semana normal: 
2a . Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades 
dentro da sua casa por pelo menos 10 minutos de 
esforço moderado como aspirar, varrer ou esfregar: 
(a) _____ dias por SEMANA 
(b) Não quero responder 
(c) Não sei responder 
 
2b. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta fazendo 
essas atividades POR DIA? 
_______ horas _____ minutos 
	
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2c. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades no jardim ou 
quintal por pelo menos 10 minutos de esforço moderado como varrer, rastelar, 
podar: 
(a) _____ dias por SEMANA 
(b) Não quero responder 
(c) Não sei responder 
 
2d. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta POR 
DIA? 
_______ horas _____ minutos 
 
2e. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades no jardim ou 
quintal por pelo menos 10 minutos de esforço vigoroso ou forte como carpir, arar, 
lavar o quintal: 
(a) _____ dias por SEMANA 
(b) Não quero responder 
(c) Não sei responder 
 
2f. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo você gasta POR 
DIA? 
_______ horas _____ minutos 
 
ATIVIDADE FÍSICA COMO MEIO DE TRANSPORTE 
Agora pense em relação a caminhar ou pedalar para ir de um lugar a outro em uma 
semana normal. 
3a. Em quantos dias de uma semana normal você caminha de forma rápida por 
pelo menos 10 minutos para ir de um lugar para outro? (Não inclua as caminhadas 
por prazer ou exercício) 
(a) _____ dias por SEMANA 
(b) Não quero responder 
(c) Não sei responder 
 
3b. Nos dias que você caminha para ir de um lugar para outro quanto tempo POR 
DIA você gasta caminhando? 
(Não inclua as caminhadas por prazer ou exercício) 
_______ horas _____ minutos 
 
3c. Em quantos dias de uma semana normal você pedala rápido por pelo menos 10 
minutos para ir de um lugar para outro? (Não inclua o pedalar por prazer ou 
exercício) 
(a) _____ dias por SEMANA 
(b) Não quero responder 
(c) Não sei responder3d. Nos dias que você pedala para ir de um lugar para outro quanto tempo POR 
DIA você gasta pedalando? (Não inclua o pedalar por prazer ou exercício) 
_______ horas _____ minutos 
 
 
3. Avaliação da Composição Corporal 
A análise da composição corporal é a quantificação dos principais 
componentes estruturais do corpo humano. O tamanho e a forma corporais são 
determinados basicamente pela carga genética e formam a base sobre a qual são 
dispostos, em proporções variadas, os três maiores componentes estruturais do 
corpo humano: osso, músculo e gordura. Esses componentes são também as 
	
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maiores causas da variação da massa corporal (MALINA, 1969). Veja abaixo alguns 
modelos de distribuição das massas corporais de um sujeito. 
 
 
3.1. IMC 
O IMC (índice de massa corporal) nos dá uma idéia aproximada da 
composição corporal do indivíduo em razão da massa distribuída pela área corporal. 
É uma medida de fácil aquisição e adequada para a grande maioria da população 
sedentária ou moderadamente ativa. Indivíduos com massa muscular acima da 
média podem apresentar resultados que não refletem a realidade. As tabelas 
abaixo apresentam os valores normais a serem identificados na população normal. 
O IMC é obtido pela divisão do valor da massa corporal total (em kg) pelo quadrado 
da altura (em metros). 
 
 
3.2. RCQ 
O RCQ (relação cintura/quadril) nos dá um referencia sobre os depósitos de 
gordura na região do abdomen e cintura pélvica. Esse depósito de gordura se 
configura um dos mais problemáticos em relação à saúde do indivíduo, pois tem 
uma relação direta com os depósitos intra-abdominais e vicerais de gordura. O RCQ 
é obtido com a divisão da medida da circunferência da cintura na altura da cicatriz 
umbilical pela medida da circunferência da medida do quadril na maior 
proeminência da musculatura do glúteo máximo (ambas as medidas em 
centímetros). 
	
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3.3. Perimetria 
 
A perimetria se ocupa em medir o perímetro (circunferência) de diversos 
pontos anatômicos e pode ter inúmeras aplicações, como o desenvolvimento de 
vestuário, equipamentos, determinação da composição corporal entre outros. 
 Uma das fórmulas utilizadas para a determinação da composição da 
composição corporal a partir de uma medida de perímetro, neste caso abdominal, 
foi determinada por Weltman e colaboradores. As medidas necessárias para a 
determinação da composição corporal dos homens é a circunferência abdominal 
(aferida em centímetros na altura da cicatriz umbilical) e a massa corporal total 
(em kg). Nas mulheres, além dessas medidas é utilizada a altura total do sujeito 
(em centímetros). Abaixo estão descritas as fórmulas: 
 
Homens: 
%G = 0,31457 (Abd) – 0,10969 (P) + 10,8336 
 
Mulheres: 
%G = 0,11077 (Abd) – 0,17666 (A) + 0,14354 (P) + 5,103301 
 
Abd – Circunferência abdominal 
A – Altura em cm 
P – Peso em kg 
 
3.4. Dobras Cutâneas 
 
Por volta de 1930 um compasso de espessura foi usado para se medir 
gordura subcutânea em alguns locais do corpo humano, com relativa precisão 
(Katch & McArdle, 1996). A partir daí diversos estudos foram desenvolvidos para se 
determinar a melhor técnica para a medição da espessura das dobras e a melhor e 
mais precisa fórmula para sua determinação. 
A medição indireta da espessura do tecido adiposo subcutâneo se baseia em 
alguns pressupostos: a) a dobra cutânea é uma boa medida da gordura 
subcutânea, b) a distribuição de gordura subcutânea e interna é igual para todos e 
c) a soma de dobras pode ser utilizada para estimar a gordura total. 
Existem vários modelos de equipamentos para realizar essa medida e podem 
ser chamados de plicômetros, compasso de dobras ou adipômetros (figuras 
abaixo). 
 
	
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 Entretanto, para que as medições sejam corretas, alguns cuidados devem 
ser tomados durante a medição das dobras: 
a) por protocolo tomar todas as medidas do lado direito do corpo; 
b) cuidadosamente identificar, medir e marcar o local da dobra cutânea, 
especialmente tratando-se de um avaliador novato; 
c) segurar firmemente a dobra cutânea entre o polegar e o indicador da mão 
esquerda. A dobra é destacada 1 cm acima do local a ser medido; 
d) destacar a dobra, colocando o polegar e o indicador a uma distância de 8 cm, em 
uma linha perpendicular ao eixo longo da dobra. O eixo longo é paralelo em relação 
às linhas naturais da pele. Entretanto, para indivíduos com dobras cutâneas 
extremamente grandes, o polegar e o indicador precisarão se separar por mais de 8 
cm para que se consiga destacá-la; 
e) manter a dobra pressionada enquanto a medida é realizada; 
f) colocar as hastes do adipômetro perpendiculares à dobra, aproximadamente 1 
cm abaixo do polegar o do indicador, e soltar pressão das hastes lentamente 
g) tomar as medições das dobras 2 segundos após a pressão ter sido aplicada; 
h) afastar as hastes do adipômetro para remove-lo do local. Fechar as hastes 
lentamente para prevenir danos ou perda de calibragem 
 
As descrições abaixo indicam a correta determinação dos pontos anatômicos 
e o correto posicionamento do compasso para medição das dobras cutâneas. 
Algumas das dobras abaixo pode possuir mais de uma forma de determinar sua 
localização, geralmente a partir de outros referenciais anatômicos. 
 
SUBESCAPULAR: Dobra ao longo da linha natural da pele, logo abaixo do ângulo 
inferior da escápula com o apidômetro aplicado a 1 cm abaixo dos dedos 
TRICIPITAL: Destacada no ponto médio entre o processo acromial e o processo 
do olécrano da ulna 
BICIPITAL: Destacada sobre o ventre do bíceps ao nível da marcação para o 
tríceps. 
PEITORAL: Dobra destacada entre a prega axilar anterior e o mamilo, medida 1 
cm abaixo dos dedos 
AXILAR MÉDIA: Destacada na linha média axilar ao nível da junção xifo-esternal 
SUPRAILÍACA: Destacada posteriormente à linha à linha média axilar e sobre a 
crista ilíaca, ao longo da linha natural da pele 
ABDOMINAL: Dobra destadada a 3 cm lateral mente e 1 cm abaixo da cicatriz 
umbilical (vertical ou horizontal) 
COXA MEDIAL: Ponto média entre a linha inguinal e a borda proximal da patela. O 
peso do corpo é transferido para o pé esquerdo 
PANTURRILHA: Destacada ao nível da circunferência máxima da panturrilha, no 
aspecto medial, com o joelho flexionado a 90º. 
 
 
 
 
 
 
	
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3.4.1. Fórmulas Para Predição do Percentual de 
Gordura à Partir das Dobras Cutâneas 
 
3.4.1.1. Pollock (3 dobras) 
 
Dobras utilizadas: 
Tríceps + Supra-ilíaca + Coxa 
*idade em anos 
 
Fórmula: 
((4,95/Densidade Corporal)-4,5)x100 
 
Densidade Corporal Feminina: 
(1,0994921-(0,0009929 x Dobras))+(0,0000023 x (Dobras)2)-(0,0001393 x idade) 
 
Densidade Corporal Masculina: 
(1,10938-(0,0008267 x Dobras))+ (0,0000016 x (Dobras)2)-(0,0002574 x idade) 
 
3.4.1.2. Faulkner (4 dobras) 
 
Dobras utilizadas: 
Tríceps + Subescapular + Supra-ilíaca + Abdominal 
 
Fórmula: 
(Dobras) x 0,153 + 5,783 
 
3.4.1.3. Siri e Brozeck (4 dobras) 
 
Dobras utilizadas: 
Tríceps + Subescapular + Abdominal + Coxa 
*idade em anos 
 
Fórmula Feminina: 
(0,29669 x Dobras) – (0,00043 x Dobras2) + (0,02963 x idade) + 1,4072 
 
Fórmula Masculina: 
(0,29288 xDobras) – (0,0005 x Dobras2) + (0,15845 x idade) – 5,76377 
 
3.4.1.4. Yuhanz (6 dobras) 
 
Dobras utilizadas: 
Tríceps + Subescapular + Supra-ilíaca + Abdominal + Peito + Coxa 
 
Fórmula Feminina: 
(4,56 + Dobras) x 0,143 
 
Fórmula Masculina: 
(3,64 + Dobras) x 0,097 
 
3.4.1.5. Pollock 7 dobras 
 
Dobras utilizadas: 
Tríceps + Subescapular + Supra-ilíaca + Abdominal + Axilar Média + Peito + Coxa 
 
	
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Fórmula: 
((4,95/Densidade Corporal)-4,5)x100 
 
Densidade Corporal Feminina: 
(1,097-(0,0004697 x Dobras))+(0,00000056 x (Dobras)2-(0,00012828 x idade) 
 
Densidade Corporal Masculina: 
(1,112-(0,00043499 x Dobras)) + (0,00000055 x (Dobras)2-(0,00012882 x idade) 
 
 
3.5. Pesagem Hidrostática 
 
O termo densitometria refere-se ao procedimento de se estimar a 
composição corporal através da densidade corporal. A densidade do corpo humano 
(Dc) como em qualquer material é equivalente à razão de sua massa e volume: 
 Dc=Massa / Volume. 
 
 
3.6. Bioimpedância 
 
A bioimpedância baseia-se na analise da estimativa da composição corporal 
através da condutibilidade e da resistência promovida pelos diversos tecidos 
corporais a variação da freqüência da corrente elétrica. 
	
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O formato do corpo humano assemelha-se a um cilindro com comprimento e 
área de secção transversal uniformes. Partindo do pressuposto que o corpo seja um 
cilindro perfeito, o fluxo de corrente através do corpo é diretamente proporcional ao 
comprimento do condutor e inversamente proporcional a sua secção transversal. 
Tecidos que contenha mais água e eletrólitos como o fluido cérebro-espinhal, 
sangue, músculos, são altos condutores elétricos, contudo gordura, ossos, e o ar 
que preenche alguns espaços do corpo (pulmão) são de alta resistência à corrente 
elétrica. 
A condutibilidade dos tecidos biológicos é praticamente iônica, ou seja, as 
cargas elétricas são transferidas pela ionização dos sais, bases, ácidos dissolvidos 
no fluido corporal. Portanto a condutibilidade biológica é diretamente proporcional a 
quantidade do volume de fluido corporal. 
 
 
 
Cuidados para a realização da medição da composição corporal utilizando 
técnica de bioimpedância: 
a) Manter-se em jejum pelo menos nas 4 horas que antecedem o teste; 
b) Não realizar atividades físicas extenuantes nas 24 horas anteriores ao teste; 
c) Urinar pelo menos 30 minutos antes do teste; 
d) Não ingerir bebidas alcoólicas nas 48 horas anteriores ao teste; 
e) Não utilizar medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o teste; 
f) Permanecer, pelo menos, 5 a 10 minutos deitado em decúbito dorsal, em total 
repouso antes da execução do teste. 
(Heyward & Stolarczyk, 2000; Costa, 2001) 
 
Vantagens da utilização da bioimpedância na determinação da composição 
corporal: 
a) Não requer um alto grau de habilidade do avaliador; 
b) É confortável e não-invasiva; 
c) Pode ser utilizada na avaliação da composição corporal de indivíduos obesos; 
d) Possui equações específicas a diferentes grupos populacionais; 
 (Heyward & Stolarczyk, 2000; Costa, 2001) 
 
Desvantagens da utilização da bioimpedância na determinação da 
composição corporal: 
a) Depende de grande colaboração por parte do avaliado; 
b) Apresenta custo mais elevado que a outras técnicas duplamente indiretas; 
c) É altamente influenciado pelo estado de hidratação do avaliado; 
d) Nem sempre os equipamentos dispõem das equações adequadas aos indivíduos 
que pretendemos avaliar; 
 (Heyward & Stolarczyk, 2000; Costa, 2001) 
	
  
 
	
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4. Avaliação da Capacidade Flexível 
 
4.1. Flexiteste proposto por Pável e Araújo 
 
Sem realizar aquecimento, execute o protocolo procurando avaliar a 
flexibilidade articular, de forma passiva máxima, através de 08 movimentos, no 
lado direito do corpo, nas articulações do quadril, tronco e ombro, onde o avaliador 
deve movimentar o segmento avaliado até o seu limite, comparando-o 
seguidamente o grau de amplitude de movimento ao gabarito de avaliação, dando 
o conceito relativo ao movimento que mais se aproxima do gabarito. Cada 
movimento é retratado em gradações que variam de 0 a 4, perfazendo um total de 
cinco valores possíveis de classificação. Somente números inteiros podem ser 
atribuídos aos resultados, de forma que as amplitudes de movimentos 
intermediários entre duas gradações são sempre consideradas pelo valor inferior. 
Recomenda-se que os movimentos sejam feitos lentamente a partir da 
posição demonstrada no desenho (usualmente 0), indo até o ponto de 
aparecimento de dor ou grande restrição mecânica do movimento. 
Obs: a seguir temos uma breve descrição dos movimentos articulares do flexiteste 
adaptado. 
 
4.1.1. Flexão do Quadril 
Avaliado: deitado em decúbito dorsal, com os braços colocados naturalmente 
acima da cabeça, perna esquerda estendida e direita flexionada, tentando colocar a 
coxa sobre o tórax. 
Avaliador: em pé, usando sua mão direita para manter o joelho esquerdo do 
avaliado estendido e com a mão esquerda colocada no terço proximal anterior da 
perna direita. Executando a flexão do quadril direito do avaliado. 
Observação: em alguns casos pode ser necessário que o avaliador se aproveite do 
peso do seu corpo para conseguir a amplitude máxima do movimento, usando para 
isso as duas mãos sobre a perna direita do avaliado e o seu joelho direito para 
manter a perna esquerda do avaliado estendida. Para alcançar as amplitudes 
correspondentes aos valores 3 e 4 é preciso executar uma pequena abdução do 
quadril do avaliado. É muito importante evitar que haja rotação do quadril, o que 
pode ser detectado pela perda de contato entre a nádega esquerda e o solo. 
 
4.1.2. Extensão do quadril 
Avaliado: deitado em decúbito ventral, com os braços estendidos naturalmente à 
frente do corpo e com o joelho direito fletido. 
Avaliador: posicionado lateralmente ao avaliado, agachado ou ajoelhado 
executando a extensão do quadril direito do mesmo, colocando sua mão esquerda 
por baixo do joelho direito, e a direita de modo a empurrar a crista ilíaca direita do 
avaliado contra o solo. 
Observação: a parte mais difícil deste movimento é manter a espinha antero-
superior da crista ilíaca em contato com o solo. Não se considera a posição do pé 
no julgamento. É útil pedir ao avaliado que inicie o movimento, o que diminui a 
necessidade de emprego de força por parte do avaliado. 
 
4.1.3. Abdução do quadril 
Avaliado: deitado em decúbito lateral esquerdo, mantendo os braços estendidos 
naturalmente acima da cabeça. A perna esquerda deve estar totalmente estendida 
semi-fletida, fazendo um ângulo reto entre a coxa e a perna, mantendo ainda o pé 
em uma posição natural. 
Avaliador: ajoelhado, tendo o corpo do avaliado entre suas pernas, executando o 
movimento de abdução do quadril direito. A sua mão direita é colocada na parte 
distal da perna e a esquerda indiferentemente no terço distal da coxa ou no terço 
	
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proximal da perna direita do avaliado. 
Observação: para alcançar os valores 3 e 4 é preciso que o avaliador recline um 
pouco o seu tronco, de modo a não limitar a a amplitude. É muito importante não 
permitir qualquer rotação do quadrilneste movimento. O ângulo reto entre o tronco 
e a coxa direita corresponde ao valor 3. 
 
4.1.4. Flexão do tronco 
Avaliado: deitado em decúbito dorsal, com os quadris encostados a uma parede e 
as pernas completamente estendidas, assumindo uma ângulo reto com o tronco. As 
mãos devem estar entrelaçadas na altura da nuca. 
Avaliador: ajoelhado por trás do avaliado, com suas mãos nas suas costas, 
executando a flexão do tronco. 
Observação: é conveniente que o avaliado inicie o movimento, de modo a diminuir 
o emprego de força pelo avaliador. Também é melhor o avaliador colocar suas 
mãos supinadas na região escapular e no oco axilar do avaliado. E extremamente 
importante encostar bem as nádegas na parede, assim como evitar a flexão dos 
joelhos. Quando apenas deslocar-se do solo a coluna cervical temos o valor 1; para 
a lombar 3 e com a superposição completa entre tórax e coxas, 4. no caso em que 
o avaliado sequer assuma a posição inicial, atribuímos o valor 0. 
 
4.1.5. Flexão lateral do tronco 
Avaliado: deitado em decúbito ventral, com ambas as pernas estendidas e as 
mãos entrelaçadas na nuca. 
Avaliador: a mesma do movimento anterior, exceto que para facilitar a flexão é 
desejável que sua mão direita seja colocada no braço direito do avaliado. 
Observação: tal como nos outros movimentos do tronco o avaliado deverá iniciar 
o movimento. É também válido orientar-se pela linha da coluna quando executar o 
movimento de indivíduos com as costas descobertas. O movimento deverá ser 
realizado sem que o avaliado execute simultaneamente uma extensão da coluna, 
isto é, mantendo o tórax rente ao solo. 
 
4.1.6. Extensão + Adução posterior do ombro 
Avaliado: deitado em decúbito ventral, com as pernas estendidas e os braços 
abduzidos e estendidos, com as palmas das mãos voltadas para o solo. 
Avaliador: a mesma do movimento anterior, segurando com suas mãos as palmas 
das mãos do avaliado e executando o movimento. 
Observação: quando existe um ângulo reto entre os braços e o corpo do avaliado, 
temos o valor 2. quando há superposição dos punhos, 3 de cotovelos, 4. 
 
4.1.7. Adução posterior à partir da abdução de 180° 
no ombro 
Avaliado: em pé, com o tórax colocado contra uma parede e o braço direito em 
adução posterior a partir da abdução de 180° no ombro. 
Avaliador: em pé, atrás do avaliado, apoiando o tórax deste contra a parede com 
sua mão esquerda e executando o movimento com a direita. 
Observação: quando o braço direito do avaliado está paralelo ao eixo longitudinal 
do seu corpo temos o valor 1, e quando o cotovelo direito se encontra sobre a linha 
mediana do corpo, o valor 2. 
 
4.1.8. Extensão posterior do ombro 
Avaliado: a mesma do movimento extensão+adução posterior do ombro, mas os 
braços não são abduzidos. 
Avaliador: a mesma do movimento extensão+adução posterior do ombro, 
podendo segurar as mãos ou o terço distal dos antebraços do avaliado. 
Observação: para iniciar o movimento o avaliador deve assumir a posição 
	
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equivalente ao zero, com os braços do avaliado sem qualquer abdução. É 
aconselhável realizar este movimento de modo especialmente lento, reduzindo 
assim o risco de luxação acidental. 
 
 
4.1.9. Normas de classificação 
Pontuação Classificação 
< 09 Nível de flexibilidade, muito pequeno (ancilose) 
09 - 12 Nível de flexibilidade, pequeno 
13 - 16 Nível de flexibilidade, médio negativo 
17 - 20 Nível de flexibilidade, médio positivo 
21 - 24 Nível de flexibilidade, grande 
> 24 Nível de flexibilidade, muito grande (hipermobilidade) 
 
 
 
	
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4.2. Teste de Thomaz (artigo SARRAF et al.) 
 
MÉTODO DE QUANTIFICAÇÃO EM GRAUS PARA PROVAS SUBJETIVAS DE 
ENCURTAMENTOS MÚSCULARES DOS FLEXORES DO QUADRIL UNI E 
BIARTICULARES 
 
Thiago Augusto Sarraf, Valério Henrique Dezan, Julimar Luis Pereira, André 
Rodacki 
Universidade Federal do Paraná/Departamento de Educação Física do Setor de 
Ciências Biológicas 
 
RESUMO 
O encurtamento dos músculos dos flexores de quadril pode resultar emdesordens 
na coluna e lombalgias. A verificação deste se torna fundamental para intervenções 
preventivas ou prognóstico da terapia. Este estudo possui a finalidade de 
desenvolver uma metodologia para quantificar de modo objetivo o comprimento 
muscular dos flexores de quadril uni e bi articulares. Por meio de fotometria 
durante o teste de Thomas quantificou-se em graus o comprimento muscular dos 
flexores e quadril uni e biarticulares. O comprimento dos músculos neste estudo 
foram quantificados em graus através da ferramenta “dimensão angular” do 
programa Corel Draw 9. Através da metodologia apresentada neste estudo, foi 
proposta uma avaliação mais apurada do comprimento muscular dos flexores de 
quadril. 
Palavras-chave: Flexores do quadril; Encurtamentos musculares; Postura; 
Fotometria. 
 
INTRODUÇÃO 
A postura física resulta da interação de todas as articulações do corpo (Kendall et 
al, 1995), associada com atitudes psicológicas, culturais e ambientais (Rasch, 
1989). Uma postura eficiente se caracteriza por um estado de equilíbrio dos 
seguimentos corporais, refletindo em uma quantidade mínima de esforço com uma 
máxima sustentação (McGraw,1952). O encurtamento muscular dos flexores de 
quadril uni e/ou bi articulares podem resultar em alterações nas curvaturas 
fisiológicas da coluna vertebral, implicando em uma postura defeituosa (Kendall et 
al, 1995), conduzindo a sérios prejuízos para a saúde destes indivíduos (Pollock & 
	
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Willmore, 1993). Este estudo possui a finalidade de desenvolver uma metodologia 
para quantificar de modo objetivo o comprimento muscular dos flexores de quadril 
uni e bi articulares. 
 
MATERIAIS 
Para a demarcação dos pontos anatômicos especificados foram utilizadas etiquetas 
brancas autoadesivas redondas de 13 mm de diâmetro. As fotos foram realizadas a 
partir de uma câmera digital OLYMPUS CAMEDIA MASTER, de 1,3 milhões de pixels. 
Foi empregado um flexímetro, (instrumento que fixado ao corpo, quantifica em 
graus a mobilidade de uma articulação) para verificação da perna não avaliada. 
 
MÉTODOS 
Foram posicionadas sobre a pele dos indivíduos etiquetas em oito pontos 
anatômicos empregados para aferição a partir de um goniômetro, em pontos 
anatômicos, citados para aferição utilizando-se de um goniômetro: duas sobre os 
trocanteres maiores do fêmur: duas sobre os epicôndilos medial e lateral do fêmur 
e duas sobre os maléolos laterais do tornozelo (Noekin, 1997). Os indivíduos devem 
estar vestidos de forma que se obtenha a visualização das etiquetas. O avaliado 
deve deitar-se em posição de decúbito dorsal sobre a mesa, com a região da coxa 
posterior tocando a mesa e os joelhos exatamente na borda desta, caracterizando a 
posição inicial (PI). Deve-se posicionar um flexímetro (Achour Jr., 1997) na coxa 
não avaliada, para quantificar a angulação da flexão do quadril com o joelho fletido. 
O indivíduo deve trazer a coxa não avaliada em direção ao tronco com o joelho 
fletido, em 125 graus, mantendo a coxa avaliada em repouso, caracterizando como 
posição final (PF). Segundo Kendall (1995), 125º representa a flexão normal do 
quadril com os joelhos fletidos, sendo verificado encurtamentos musculares de 
flexores de quadril caso ocorra algum tipo de compensação na perna oposta. A 
câmera foi posicionada na altura do plano onde se encontraem decúbito dorsal o 
indivíduo, e a uma distância de 1,75 m, estando o foco principal apontado para o 
epicôndilo lateral do fêmur da perna avaliada. Foram retiradas fotos na PI e PF. 
Para a avaliação do comprimento muscular dos flexores do quadril biarticulares 
(FQB), Kendall (1995), parte da posição anatômica de 180 graus, considerando o 
comprimento normal no teste de Thomas a angulação de 100° da fle xão de joelho. 
(Fig. 1). Para a avaliação dos flexores do quadril uniarticares (FQU), definimos a 
posição anatômica como 0°. 
 
Fig 1 - Indivíduo com comprimento normal dos flexores do quadril 
uni e bi-articulares. Nota-se que o flexímetro deve estar a 125 graus. 
 
ANÁLISE DOS RESULTADOS ENCONTRADOS 
Os ângulos foram avaliados a partir do movimento realizado em plano coronal 
através da ferramenta “dimensão angular” do programa Corel Draw 9. Para o 
cálculo do ângulo da amplitude de comprimento muscular (ACM) dos músculos FQB, 
utiliza-se como ponto fixo o epicôndilo lateral do fêmur (ELF). O ângulo formado 
pelos pontos maléolo lateral (ML) e trocânter femoral (TF) nos fornece a ACM 
destes músculos. O valor do ângulo obtido na PI é subtraído de 100 graus, para 
verificar se o indivíduo já parte de um possível encurtamento muscular. Subtrai-se 
	
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do valor angular final 100 graus, para se quantificar o encurtamento muscular dos 
músculos flexores do quadril bi-articulares. Acaso o resultado da subtração seja 
positivo, o valor encontrado é a quantidade em graus do encurtamento muscular 
(fig. 2). 
 
Fig. 2 – O indivíduo mostra uma amplitude de 150 º, que representa um 
encurtamento de flexores do quadril biarticular de 50 º. 
 
Para o cálculo de comprimento dos músculos FQU, é traçada uma linha 
perpendicular (LP) a mesa que passando pelo TM, sendo este o eixo do ângulo. O 
angulação inicial é aquele obtido entre o ELF e a LP na posição inicial. Na posição 
final se utiliza os mesmos pontos para obtenção do ângulo de encurtamento. A 
partir do momento que o EL passa acima da LP, somam-se os dois valores 
encontrados na PI e PF, para fornecer os graus do possível encurtamento muscular 
dos FQU (fig. 3). Quando o EL não passa pela LP, o valor da PF deve ser subtraído 
da PI para que se obtenha os graus de encurtamento. 
 
Fig. 3 - Indivíduo com encurtamento de flexores do quadril uni e 
biarticularesarticulares da perna direita. Foi quantificado nos flexores 
de quadril uniarticular um encurtamento de 8º na posição final. 
 
Fig. 4- exemplo da fotometria com indivíduo em posição final, 
com flexímetro e demarcações posicionadas. 
 
DISCUSSÃO 
Indivíduos que possuem encurtamentos musculares dos flexores de quadril podem 
apresentar desordens na coluna, devido as possíveis alterações nas curvaturas 
fisiológicas, e maior sobrecargas nas estruturas lombares (Pollock & Willmore, 
1993). Tradicionalmente para avaliar o comprimento muscular destes músculos, 
utiliza-se o teste de Thomas, descrito por Kendall (1995). Estas provas consistem 
em um julgamento subjetivo do comprimento muscular em: normal, excessivo ou 
encurtado(leve, moderado, acentuado), durante a realização de movimentos 
	
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passivos ou ativos-assistidos, que aumentam a distância entre as origens e 
inserções dos músculos. Este teste parte do princípio da insuficiência passiva, na 
qual afirma que os músculos biarticulares limitam sua amplitude articular completa 
quando são alongados nas duas articulações simultaneamente (lynn Petter, 1996), 
podendo apenas realizar seu movimento em aproximadamente 80% (Kendall, 
1995). Em decorrência deste teste apresentar um caráter subjetivo, pode estar 
mais sujeito a erros inter e intra-avaliador, além de possuir uma classificação 
limitada e pouco precisa. 
 
CONCLUSÃO 
Através da metodologia apresentada neste estudo, foi proposta uma avaliação mais 
apurada do comprimento muscular dos flexores de quadril, possibilitando uma 
verificação da condição inicial e um o acompanhamento do prognóstico do 
tratamento ou treinamento de forma mais satisfatória, quando envolvendo estes 
grupos musculares. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ACHOUR, A. J. Bases para Exercícios de Alongamento Relacionados com a 
Saúde e no Desempenho Atlético. Londrina: Midiograf, 1996. 
ACHOUR, A. J. Avaliando a Flexibilidade: Fleximeter. Londrina: Midiograf, 
1997. 
ALTER, M. J. Science of flexibility. United States of America: Human Kinetics, 
1996 
HOPPENFELD, S. Propedêutica Ortopédica: Coluna e Extremidades. São Paulo: 
Atheneu, 1999. 
KENDALL, F. P.; McCREARY, E. K.; PROVANCE, P. G. Músculos Provas e Funções. 
São Paulo: Manole, 1995. 
POLLOCK M. L.; WILMORE J. H. Exercício na Saúde e na Doença: Avaliação e 
prescrição para prevenção e reabilitação. Rio de Janeiro: Medsi, 1993. 
RASCH, F. J. Cinesiologia e Anatomia Aplicada. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 1991. 
NOEKIN, C.C., WHITE, D. J. Medida do movimento articular. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1997. 
 
	
   
	
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4.3. Banco de Wells 
Objetivo 
Medir a flexibilidade do quadril, dorso e músculos posteriores dos membros 
inferiores. O teste pode ser aplicado em pessoas de 6 anos até a idade universitária 
(ao redor dos 35 anos), de ambos os sexos. 
 
Protocolo 
Não existe aquecimento prévio ao teste. Assumir a posição sentada, pés afastados 
na largura do quadril, joelhos completamente estendidos. Os pés devem estar 
apoiados completamente no banco e o banco apoiado em sua extremidade 
posterior em uma parede para não haver nenhum tipo de movimentação. Com um 
movimento único, lento e contínuo, estender os braços sobre a cabeça e em 
seguida sobre a régua na parte superior do banco até o ponto máximo alcançado. A 
posição deve ser sustentada por um período de 2 segundos. O indivíduo tem 3 
tentativas e é computado o maior valor alcançado. 
Idade-Anos 15-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 
Sexo M/F M/F M/F M/F M/F M/F 
Excelente >39 >43 >40 >41 >38 >41 >35 >38 >35 >39 >33 >35 
Ac. media 34-38 38-42 
34-39 
37-40 
33-37 
36-40 
29-34 
34-37 
28-34 
33-38 
25-32 
31-34 
Média 29-33 34-37 
30-33 
33-36 
28-32 
32-35 
24-28 
30-33 
24-27 
30-32 
20-24 
27-30 
Ba. média 24-28 29-33 
25-29 
28-32 
23-27 
27-31 
18-23 
25-29 
16-23 
25-29 
15-19 
23-26 
Ruim <23 >28 <24 <27 <22 <26 <17 <24 <15 <24 <14 <23 
 
 
5. Avaliação da Potência Muscular 
	
  
5.1. Impulsão Vertical 
 
Objetivo 
Mensurar a potência de explosão (potência anaeróbia de pico) dos membros 
inferiores. Características fisiológicas: teste anaeróbio alático (predomínio do 
metabolismo anaeróbio alático). Recrutamento de fibras rápidas. 
 
Protocolo 
Determinar a massa corporal do avaliado; 
Aquecimentos com duração de 3 a 5 minutos; 
Determinação da posição de salto a ser utilizada; 
Passar giz nos dedos e anotar a altura máxima alcançada pela mão com os 
calcanhares no solo; 
Saltar e tocar os dedos na parede milimetrada; 
São permitidas 3 repetições do salto (respeitando a posição escolhida); 
O maior salto é anotado como sendo a impulsão vertical (IV). 
 
Cálculos 
Potência anaeróbia 
A potência pode ser determinada através do cálculo abaixo: 
PAn (W) = 21,67.MC kg . IV(m) 
 
 
	
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Classificação: 
Percentil 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 
Masculino 
9-11 anos 40.64 38.10 35.56 30.48 27.94 25.40 22.86 17.78 10.16 5.08 
12-14 anos 50.80 45.72 43.18 40.64 35.56 33.02 27.94 22.86 12.70 5.08 
15-17 anos 63.50 60.96 58.42 53.34 48.26 40.64 30.48 20.32 12.70 5.08 
18-34 anos 66.04 63.50 60.96 58.42 48.26 40.64 33.02 22.86 20.32 5.08 
Feminino 
9-11 anos 40.64 38.10 35.56 30.48 27.94 25.40 22.86 17.78 10.16 5.08 
12-14 anos 40.64 38.10 35.56 33.02 30.48 27.94 25.40 20.32 10.16 5.08 
15-17 anos 43.18 40.64 38.10 35.56 33.02 27.94 20.32 15.24 7.62 5.08 
18-34 anos 35.56 33.02 33.02 30.48 25.40 20.32 15.24 10.16 5.08 2.54 
 
5.2. Impulsão Horizontal 
 
Objetivo 
Avaliação da potência anaeróbica (sistema ATP-PC) de MMII. 
 
Protocolo 
Salto realizado em terreno plano, a partir de uma linha pré-demarcada, sendo 
permitido o livre balanço dos MMSS. 
 
Classificação (Rocha e Caldas, 1978) 
 
Classificação Resultados 
Fraco <2,30m 
Regular 2,30 – 2,49 
Bom 2,49 – 2,69 
Muito Bom 2,70 – 2,89 
Excelente > 2,89 
 
Classificação (Lancetta, 1978) 
 
Sexo Idade Excelente M.Bom Bom Regular Fraco 
M 11-12 2,10 + 2,09-2,00 1,99-1,90 1,89-1,80 1,79- 
M 13-14 2,46+ 2,45-2,32 2,31-2,21 2,20-2,07 2,06- 
M 15-16 2,71+ 2,70-2,57 2,56-2,43 2,42-2,29 2,28- 
F 11-12 2,02+ 2,01-1,94 1,93-1,86 1,85-1,78 1,77- 
F 13-14 2,06+ 2,07-1,96 1,95-1,88 1,87-1,83 1,82- 
F 15-16 2,23+ 2,12-2,06 2,05-1,99 1,98-1,92 1,91- 
 
5.3. Arremesso de Medicine Ball 
 
Objetivo 
Avaliação da potência anaeróbica (sistema ATP-PC) de MMSS. 
 
Protocolo 
Sentado em uma cadeira, com as costas presas no encosto por meio de uma corda, 
efetuar o lançamento de uma bola de 3kg apenas usando a força dos braços. 
Marcar a distância do primeiro toque da bola no solo. 
 
Classificação (Johnson e Nelson, 1979) 
	
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Sexo Masculino Sexo Feminino 
Resultados (cm) Nível de Performance Resultados (cm) 
 
763+ Avançado 428+ 
611-762 Intermediário Avançado 367-427 
367-610 Intermediário 214-366 
275-366 Iniciante avançado 123-213 
274- Iniciante 122- 
 
6. Avaliação de Postura e Equilíbrio 
 
6.1. Biofotogrametria e Avaliação Postural Qualitativa 
 
6.1.1. Vista Lateral 
 
Articulações dos joelhos: 
( ) Alinhados; 
( ) Fletidos D / E; 
( ) Hiperestendidos D / E. 
 
Articulações dos quadris: 
( ) Alinhada; 
( ) Fletida D / E; 
( ) Estendida D / E. 
 
Pelve: 
( ) Alinhada; 
( ) Com anteversão; 
( ) Com retroversão; 
 
Alinhamento do Tronco: 
( ) Alinhado; 
( ) Rotação de cintura escapular D / E ; 
( ) Rotação de cintura pélvica D / E; 
 
Coluna Lombar: 
( ) Curvatura normal; 
( ) Aumento da lordose; 
( ) Retificação da lordose; 
( ) Aumento da lordose toráco-lombar. 
 
Coluna Torácica: 
( ) Curvatura normal; 
( ) Aumento da cifose; 
( ) Retificação da cifose. 
 
Articulação do cotovelo: 
( ) Alinhada; 
( ) Aumento da flexão D / E 
( ) Com hiperextensão D / E. 
 
	
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Articulações dos ombros: 
( ) Alinhados; 
( ) Com protração D / E; 
( ) Com retração D /E; 
 
Coluna Cervical: 
( ) Curvatura normal; 
( ) Aumento da lordose; 
( ) Retificação da lordose. 
 
Cabeça: 
( ) Alinhada; 
( ) Com protração; 
( ) Com retração. 
 
 
 
6.1.2. Vista Posterior 
 
Articulações dos tornozelos: 
( ) Alinhadas; 
( ) Com varo D / E; 
( ) Com valgo D / E. 
 
	
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Retropé: (Tendão de Aquiles) 
( ) Alinhado; 
( ) Desalinhado. 
 
 
 
Apoio do retropé: 
( ) Apoio homogêneo no bordo medial e lateral; 
( ) Maior apoio em bordo medial D / E; 
( ) Maior apoio em bordo lateral D / E. 
 
Articulações dos joelhos: 
( ) Alinhadas; 
( ) Com valgo D / E; 
( ) Com varo D / E. 
 
 
 
Espinhas ilíacas póstero-superiores (EIPS): 
( ) Alinhadas; 
( ) Desalinhadas mais alta D / E; 
 
Altura das cristas ilíacas: 
( ) Alinhadas; 
( ) Desalinhadas mais alta D / E. 
 
Coluna Lombar: 
( ) Alinhada; 
( ) Convexidade D / E. 
 
	
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Coluna Torácica: 
( ) Alinhada; 
( ) Convexidade D / E. 
 
Ângulos inferiores da escápula: 
( ) Alinhados; 
( ) Desalinhados mais alto D / E. 
 
Posição das escápulas: 
( ) Alinhadas; 
( ) Abduzida D / E; 
( ) Aduzida D / E. 
 
 
 
Distância entre bordo medial da escápula e coluna vertebral: 
( ) Simétrica; 
( ) Assimétrica Direita 
( ) Assimétrica Esquerda. 
 
Articulações dos ombros: 
( ) Alinhados; 
( ) Ombro mais alto D / E ; 
 
	
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Coluna Cervical: 
( ) Alinhada; 
( ) Convexidade D / E. 
 
Cabeça: 
( ) Alinhada; 
( ) Inclinação lateral D / E; 
( ) Rotação D / E; 
 
6.1.3. Vista Anterior: 
 
Antepé: 
( ) Alinhado; 
( ) Abduzido D / E, 
( ) Aduzido D / E. 
 
Arco longitudinal medial: 
( ) Plano D / E; 
( ) Cavo D / E; 
 
Apoio do antepé: 
( ) Apoio homogêneo no bordo medial e lateral; 
( ) Maior apoio em bordo medial D / E; 
( ) Maior apoio em bordo lateral D / E. 
 
 
 
Articulações dos joelhos: 
( ) Alinhada; 
( ) Valgo D / E 
( ) Varo D / E 
 
Patelas: 
( ) Alinhadas; 
( ) Patela mais alta D / E; 
( ) Patela rodada lateralmente ( rotação lateral do fêmur); 
( ) Patela rodada medialmente ( rotação medial do fêmur). 
 
Espinhas ilíacas ântero-superiores (EIAS): 
( ) Alinhadas; 
	
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( ) Desalinhadas mais alta D / E; 
 
Alturas das cristas ilíacas: 
( ) Alinhadas; 
( ) Desalinhadas mais alta D / E; 
 
Alinhamento do Tronco: 
( ) Alinhado; 
( ) Rotação de cintura escapular D / E ; 
( ) Rotação de cintura pélvica D / E; 
( ) Inclinação lateral D / E. 
 
 
 
 
Tórax: 
( ) Simétrico; 
( ) Assimétrico. 
 
Articulações dos ombros: 
( ) Alinhados; 
( ) Ombro mais alto D / E ; 
 
Cotovelos: 
( ) Alinhados; 
( ) Aumento da flexão D / E; 
( ) Hiperextensão D / E. 
 
Clavículas: 
( ) Simétricas; 
( ) Assimétricas 
 
Cabeça: 
( ) Alinhada; 
( ) Inclinação lateral D / E; 
( ) Rotação D / E. 
 
6.2. Avaliações Qualitativas de Equilíbrio Estático e 
Dinâmico 
 
6.2.1. Alcance Funcional (Functional Reach) 
	
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O teste de Alcance Funcional (para a direção ântero-posterior) foi desenvolvido por 
DUNCAN et al (1990) e o teste de Alcance Funcional Lateral por BRAUER et al 
(1999). 
Objetivo: determinar o quanto o idoso é capaz de se deslocar dentro dos limites de 
estabilidade anteriormente e lateralmente. Trata-se de um teste bastante simples, 
mas que para uma adequada confiabilidade dos dados necessita de procedimentos 
criteriosos. Clinicamente, é um teste bastante proveitoso para se avaliar melhora 
no desempenho funcional após intervenção e para identificar o risco de queda. 
Dados antropométricos: 
• O pesocorporal é obtido com uma balança digital, devidamente calibrada, e 
se considera apenas uma casa decimal. Deve ser solicitado ao indivíduo 
vestir o calçado que utiliza com maior freqüência. A medida é registrada em 
quilograma (kg). 
• A altura é mensurada com o indivíduo descalço, em pé, encostado sobre 
uma fita métrica fixada à parede, pés unidos e olhar pra frente. A distância 
registrada é do chão ao topo da cabeça do indivíduo. 
• O comprimento do braço é feito com o idoso de pé e braços ao longo do 
corpo. Primeiramente, é identificado por meio de palpação o acrômio, onde 
se deve colocar a extremidade da fita métrica. Solicitando ao indivíduo que 
permanecesse com extensão dos dedos, a fita métrica é levada até a 
extremidade do 3° dedo e então, anotado seu comprimento. 
• O comprimento dos pés, é pedido ao indivíduo que pise sobre uma fita 
métrica, posicionando a região posterior do seu calcâneo na extremidade da 
fita. Registra-se a distância desse ponto até o final do segundo dedo do pé 
ou hálux, o que fosse maior. 
• A base de suporte é avaliada estando o indivíduo posicionado em pé próximo 
à parede, é mensurada com uma fita métrica, a distância entre a região 
medial dos calcanhares. Caso o indivíduo optar por ficar com os pés unidos, 
a distância registrada é zero. 
Procedimento do teste de Alcance Funcional Anterior 
• O indivíduo é instruído que tome a seguinte posição: em pé, descalço, 
perpendicular a parede, próximo ao início da fita métrica, com os pés 
paralelos numa posição confortável, sem tocá-la, com o ombro fletido em 
90° e o cotovelo estendido. O punho permanece em posição neutra e os 
dedos fletidos. 
• A fita métrica é presa à parede, paralela ao chão, posiciona-se na altura do 
acrômio do voluntário. A medida inicial corresponde à posição em que o 
terceiro metacarpo se encontrava nesta fita. 
• O idoso é instruído a inclinar-se para frente, o máximo possível, sem perder 
o equilíbrio ou dar um passo. Deve ser verificado o deslocamento sobre a 
fita métrica. 
• Deve-se observar cuidadosamente se o idoso não retira os seus calcanhares 
do apoio no chão. Caso isto ocorra, deve ser desconsiderada a medida e 
nova tentativa realizada. 
• São feitas três tentativas de alcance funcional e a média destas é registrada. 
Confiabilidade e validade: intra-observador: ICC=0,81 (DUNCAN et al, 1990). 
Validade concorrente para equilíbrio e desempenho funcional foi estabelecida 
comparando-se com o deslocamento do centro de pressão (Pearson r=.71) e com 
várias medidas de desempenho físico (Spearman rho, r=0,64-0,71) (WEINER et al, 
1992). 
	
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Risco de Queda: Comparado a idosos que alcançaram 25,4 cm ou mais, os idosos 
que alcançaram entre 15,2 cm e 25,4 cm tiveram um risco duas vezes maior de 
cair e idosos que alcançaram menos que 15,2 cm tiveram quatro vezes a chance de 
cair (DUNCAN et al, 1992). 
Procedimento no teste de Alcance Funcional Lateral 
• O indivíduo é instruído para que adote a seguinte posição: em pé, 
descalço,com a região dorsal do tronco paralela à parede, próximo ao início 
da fita; pés paralelos e com distância de 10 cm entre as regiões mediais dos 
calcanhares, com uma angulação de 30° para fora em cada pé em relação à 
linha mediana, sem tocar a parede; abdução do membro superior direito a 
90° e cotovelo estendido; punhos em posição neutra e os dedos da mão 
estendidos. 
• A fita métrica é posicionada conforme anteriormente descrito no teste de 
alcance funcional. A medida inicial corresponde à posição da extremidade do 
3° dedo da mão na fita métrica. O indivíduo é instruído a deixar o membro 
superior esquerdo ao longo do corpo e a partir daí, deslocar-se o máximo 
possível para a lateral direita, sem fletir os joelhos, rodar ou fletir o tronco. 
• Manter essa posição por 3 segundos registrando-se, então o deslocamento 
máximo sobre a fita métrica. 
• Devem ser feitas três tentativas e registradas as médias. Posteriormente, o 
mesmo processo é realizado para a lateral esquerda. A mensuração das 
medidas antropométricas e a aplicação dos testes devem ser feitas pelo 
mesmo avaliador. 
6.2.2. Apoio Unipedal (Unipedal Stance) 
Goldie, Bach & Evans (1992) e Ekdahl, Jamio & Andersson (1989). 
Objetivo: avaliar o desempenho medido em tempo (segundos) que os idosos 
conseguem permanecer em um pé só durante diversas condições sensoriais. 
O teste é realizado em duas condições sensoriais diferentes, de forma aleatória. 
Procedimento: os idosos são avaliados em quatro condições sensoriais descritas 
abaixo: 
1. Em pé, apoiado sobre o membro inferior direito, com os olhos abertos; 
2. Em pé, apoiado sobre o membro inferior esquerdo, com os olhos abertos, 
3. Em pé, apoiado sobre o membro inferior direito, com os olhos fechados; 
4. Em pé, apoiado sobre o membro inferior esquerdo, com os olhos fechados. 
Os indivíduos são posicionados inicialmente sobre o chão em um local previamente 
demarcado com os pés paralelos, mantendo uma base de 10 cm de distância entre 
a linha média de cada calcâneo. Os membros superiores permanecem ao longo do 
corpo. Os participantes são orientados a fixar o olhar em um ponto (em forma de 
X) que estava à altura dos olhos e à distância de 1 metro dos mesmos. A partir da 
posição descrita anteriormente, os sujeitos são instruídos a elevar um dos pés do 
solo, realizando uma flexão da coxa. O examinador registra o tempo em que o 
indivíduo permaneceu na posição. 
	
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6.2.3. Avaliação da Mobilidade orientada pelo 
desempenho (Performance Oriented Mobility 
Assessment - POMA) 
O teste 'Performance-oriented mobility assement of gait and balance' (POMA), foi 
criado em 1986, por Tinetti, Williams e Mayewski e adaptado culturalmente para o 
Brasil em 2003 por Gomes (2003). 
Objetivo: detecção de fatores de risco para quedas em indivíduos idosos, com base 
no número de incapacidades e doenças crônicas. 
É dividido em duas partes: uma avalia o equilíbrio e outra a marcha. 
Os testes funcionais de equilíbrio reproduzem alterações que as mudanças de 
posição do corpo causam no sistema vestibular, durante a realização das atividades 
de vida diária, enquanto a avaliação funcional da marcha reflete a segurança e a 
eficiência do deslocamento no ambiente. 
No formato inicial, a avaliação de equilíbrio e marcha foi desenvolvida, tendo como 
referência estudos anteriores relacionados ao assunto. As manobras de equilíbrio 
incluíam oito posições em situações de desestabilização do centro de gravidade. As 
manobras de marcha incluíam oito itens realizados através de atividades 
seqüenciais, em um pequeno percurso de marcha, com critérios simples de 
pontuação. 
Algumas tarefas apresentavam uma pontuação 0 e 1, outras de 0, 1 ou 2 e há 
ainda uma única que pode ser pontuada de 0 a 4. Quanto maior o escore 
conseguido, melhor o desempenho no teste. Os escores máximos são: 15 para 
equilíbrio e 13 para marcha. O maior escore foi 28. 
De acordo com os autores, na análise desse teste em 15 indivíduos da comunidade, 
não houve diferença maior do que 10% entre dois observadores no pré-teste de 
todos os casos (TINETTI, WILLIAMS, MAYEWSKI, 1986). 
Em formato criado posteriormente, no mesmo ano, Tinetti (1986) acrescentou 5 
tarefas de equilíbrio e propôs uma forma de avaliação com 3 níveis de respostas 
qualitativas para as manobras de equilíbrio e propôs uma forma de avaliação com 3 
níveis de respostas qualitativas para as manobras de equilíbrio e com 2 níveis para 
as manobras de marcha. 
O escore total bruto pode serinterpretado qualitativamente como normal, 
adaptativo e anormal (TINETTI, 1986). Neste formato, aplicado pela autora 
também em 15 indivíduos também não houve, assim como no primeiro, diferenças 
inter-avaliadores maiores que 10%. Apesar disso, Tinetti (1986) aponta limitações 
do teste na detecção das diversas variações individuais, passíveis de serem 
medidas num teste de desempenho de função motora, mostrando limitações claras 
no POMA. 
A autora aponta que elaborar um instrumento de medida preciso, capaz de detectar 
diversas ou todas as variações individuais, seria quase impossível. Ela sugere que 
um instrumento desse tipo deva ser complementado com outras formas de 
avaliação para funções tão complexas e de múltiplas variáveis quanto à mobilidade. 
	
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A escala POMA vem sendo utilizada em diversos trabalhos, como parte ou como 
instrumento único de avaliação. Esses estudos têm a intenção de detectar 
indivíduos da comunidade ou institucionalizados, que tenham propensão a quedas 
e/ou que estejam em acompanhamento por tratamento de déficits da mobilidade. 
(PROVINCE et al, 1995; TINETTI et al 1995). 
Outros trabalhos utilizam a escala POMA integralmente, parte dela ou apenas uma 
de suas subescalas, mais comumente a escala de equilíbrio, denominada B-POMA, 
como elementos de um conjunto de avaliações. (BUCHNER, et al, 1993; GILL; 
WILLIAMS; TINETTI, 1995; KING; TINETTI, 1995; PROVINCE et al, 1995; TINETTI; 
McAVAY?; CLAUS, 1996; VANSWEARINGEN; BRACH, 2001). 
Em 1995, Shumway-Cook e Woollacott publicaram uma versão do POMA com 
pontuação numérica, na qual a maior pontuação é obtida pelo indivíduo de melhor 
desempenho. Entretanto, apesar de se referirem ao artigo original lançado pela 
autora do teste em 1986, algumas tarefas foram retiradas. Assim, esta escala não 
é uma reprodução fiel da escala original elaborada por Tinetti em 1986 (SHUMWAY-
COOK; WOOLLACOTT, 1995). 
Versão: POMA – BRASIL 
Avaliação do Equilíbrio Orientada pelo Desempenho 
1. Equilíbrio sentado 
• Normal (3): Estável, firme. 
• Adaptativa (2): Segura-se na cadeira para se manter ereto. 
• Anormal (1): Inclina-se, escorrega-se na cadeira. 
2. Levantando-se da cadeira 
• Normal (3): Capaz de se levantar da cadeira em um só movimento, sem 
usar os braços. 
• Adaptativa (2): Usa os braços (na cadeira ou no dispositivo de auxílio à 
deambulação) para se empurrar ou puxar e/ou move-se para a borda do 
assento antes de tentar levantar. 
• Anormal (1): Várias tentativas são necessárias ou não consegue se levantar 
sem ajuda de alguém. 
3. Equilíbrio de pé, imediato (primeiros 3 a 5 segundos) 
• Normal (3): Estável sem se segurar em dispositivo de auxílio à deambulação 
ou em qualquer objeto como forma de apoio. 
• Adaptativa (2): Estável, mas usa o dispositivo de auxílio à deambulação ou 
outro objeto para se apoiar, mas sem se agarrar. 
• Anormal (1): Algum sinal de instabilidade + positivo 
4. Equilíbrio de pé 
• Normal (3): Estável, capaz de ficar de pé com os pés juntos, sem se apoiar 
em objetos. 
• Adaptativa (2): Estável mas não consegue manter os pés juntos. 
• Anormal (1): Qualquer sinal de instabilidade, independente de apoio oi de 
segurar em algum objeto. 
	
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5. Equilíbrio com os olhos fechados (com os pés o mais próximo possível) 
• Normal (3): Estável, sem se segurar em nenhum objeto e com os pés 
juntos. 
• Adaptativa (2): Estável, com os pés separados. 
• Anormal (1): Qualquer sinal de instabilidade ou necessita de segurar em 
algum objeto. 
6. Equilíbrio ao girar (360º) 
• Normal (3): Sem se agarra em nada ou cambalear; os passos são contínuos 
(o giro é feito em um movimento contínuo e suave). 
• Adaptativa (2): Passos são descontínuos (paciente apóia um pé totalmente 
no solo antes de levantar o outro). 
• Anormal (1): Qualquer sinal de instabilidade ou se segura em qualquer 
objeto. 
7. “Nudge test” O (paciente de pé com os pés o mais próximo possível, o 
examinador aplica 3 (três) vezes, uma pressão leve e uniforme no esterno 
do paciente; (a manobra demonstra a capacidade de resistir ao 
deslocamento) 
• Normal (3): Estável, capaz de resistir à pressão. 
• Adaptativa (2): Necessita mover os pés, mas é capaz de manter o equilíbrio. 
• Anormal (1): Começa a cair ou o examinador tem que ajudar a equilibrar-
se. 
8. Virar o pescoço (pede-se ao paciente para virar a cabeça de um lado 
para o outro e olhar para cima – de pé, com os pés o mais próximo 
possível) 
• Normal (3): Capaz de virar a cabeça pelo menos metade da ADM de um lado 
para o outro, e capaz de inclinar a cabeça para trás para olhar o teto; sem 
cambalear ou se segurar ou sem sintomas de tontura leve, instabilidade ou 
dor. 
• Adaptativa (2): Capacidade diminuída de virar a cabeça de um lado para o 
outro ou estender o pescoço, mas sem se segurar, cambalear ou apresentar 
sintomas de tontura leve, instabilidade ou dor. 
• Anormal (1): Qualquer sinal ou sintoma de instabilidade quando vira a 
cabeça ou estende o pescoço. 
9. Equilíbrio em apoio unipodal 
• Normal (3): Capaz de manter o apoio unipodal por 5 segundos sem apoio. 
• Adaptativa (2): Capaz de manter apoio unipodal por 2 segundos sem apoio. 
• Anormal (1): Incapaz de manter apoio unipodal. 
10. Extensão da coluna (pede-se ao paciente para se inclinar para trás na 
maior amplitude possível, sem se segurar em objetos; se possível) 
• Normal (3): Boa amplitude, sem se apoiar ou cambalear. 
• Adaptativa (2): Tenta estender, mas o faz com a ADM diminuída, quando 
comparado com pacientes de mesma idade, ou necessita de apoio para 
realizar a extensão. 
	
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• Anormal (1): Não tenta ou não se observa nenhuma extensão, ou cambaleia 
ao tentar. 
11. Alcançar para cima (paciente é solicitado a retirar um objeto de uma 
prateleira alta o suficiente que exija alongamento ou ficar na ponta dos 
pés) 
• Normal (3): Capaz de retirar o objeto sem se apoiar e sem se desequilibrar. 
• Adaptativa (2): Capaz de retirar o objeto, mas necessita de apoio para se 
estabilizar. 
• Anormal (1): Incapaz ou instável. 
12.Inclinar para frente (o paciente é solicitado a pegar um pequeno objeto 
do chão, por exemplo uma caneta) 
• Normal (3): Capaz de inclinar e pegar o objeto; é capaz de retornar à 
posição ereta em uma única tentativa sem precisar usar os braços. 
• Adaptativa (2): Capaz de inclinar e pegar o objeto; é capaz de retornar à 
posição ereta em uma única tentativa, mas necessita do apoio dos braços ou 
de algum objeto. 
• Anormal (1): Incapaz de se inclinar ou de se erguer depois de ter se 
inclinado, ou faz múltiplas tentativas para se erguer. 
13. Sentar 
• Normal (3): Capaz de sentar-se em um único movimento suave. 
• Adaptativa (2): Necessita usar os braços para se sentar ou o movimento não 
é suave. 
• Anormal (1): Deixa-se cair na cadeira, ou não calcula bem a distância (senta 
fora do centro). 
Somatória (máximo 39 pontos): 
Avaliação da Marcha Orientada pelo Desempenho 
14. Iniciação da Marcha (paciente é solicitado a começar a andar em um 
trajeto determinado) 
• Normal (2): Começa a andar imediatamente sem hesitação visível; o 
movimento de iniciação da marcha é suave e uniforme. 
• Anormal (1): Hesita; várias tentativas; Iniciação da marcha não é um 
movimento suave. 
15. Altura do passo (comece observando após os primeirospassos: 
observe um pé, depois do outro; observe de lado) 
• Normal (2): O pé do membro em balanço desprende-se do chão 
completamente, porém, numa altura de 2,5 cm a 5 cm. 
• Anormal (1): O pé do membro em balanço não se desprende completamente 
do chão, pode ouvir-se o arrastar ou o pé é muito elevado do solo (< 2,5 > 
5 cm). (A) 
16: Comprimento do passo (observe a distância entre o hálux do pé de 
apoio e o calcanhar do pé elevado; observe de lado; não julgue pelos 
primeiros ou últimos passos; observe um lado de cada vez) 
	
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• Normal (2): Pelo menos o comprimento do pé do indivíduo medido pelo 
hálux do membro de apoio e o calcanhar do membro de balanço 
comprimento do passo geralmente maior mas comprimento do pé oferece 
base para observação. 
• Anormal (1): Comprimento do passo menor que o descrito para as condições 
normais. (A) 
17. Simetria do passo (observe a porção central do trajeto e não os passos 
iniciais ou finais; observe de lado; observe a distância entre o calcanhar de 
cada membro do balanço e o hálux de cada membro durante o apoio) 
• Normal (2): Comprimento do passo igual ou quase igual dos dois lados para 
a maioria dos ciclos da marcha. 
• Anormal (1): Comprimento do passo varia de um lado para outro; ou 
paciente avança com o mesmo pé a cada passo. 
18. Continuidade do passo 
• Normal (2): Começa elevando o calcanhar de um dos pé (hálux fora do 
chão) quando o calcanhar do outro pé toca o chão (choque de calcanhar); 
nenhuma interrupção durante a passada; comprimento dos passos igual na 
maioria dos ciclos da marcha. 
• Anormal (1): Coloca o pé inteiro (calcanhar e hálux) no chão antes de 
começar a desprender o outro; ou pára completamente entre os passos; ou 
pára completamente entre os passos; ou comprimento dos passos varia 
entre os ciclos. (B) 
19. Desvio da linha média (observe de trás; observe um pé durante várias 
passadas; observe em relação a um ponto de referência do chão, por 
exemplo, junção da cerâmica, se possível; difícil avaliar se o paciente usa 
andador) 
• Normal (2): Pé segue o próximo a uma linha reta, à medida que o paciente 
avança. 
• Anormal (1): Pé desvia de um lado para o outro ou em uma direção. 
20. Estabilidade de Tronco (observe de trás; movimento lateral de tronco 
pode ser padrão de marcha normal, precisa ser diferenciado da 
instabilidade) 
• Normal (2): Tronco não oscila; joelhos e coluna não são fletidos; braços não 
são abduzidos no esforço de manter a estabilidade. 
• Anormal (1): Presença de qualquer uma das características descritas 
anteriormente. (C) 
21. Sustentação durante a marcha (observe de trás) 
• Normal (2): Os pés devem quase se tocar quando um passa pelo outro. 
• Anormal (1): Pés separados durante os passos (base alargada). 
22. Virando durante a marcha 
• Normal (2): Não cambaleia, vira-se continuamente enquanto anda; e passos 
são contínuos enquanto vira. 
	
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• Anormal (1): Cambaleia; pára antes de iniciar a virada; ou passos são 
descontínuos. 
Somatória (máximo 18 pontos): Escore Total (1ª e 2ª escalas, máximo 57 
pontos): 
Observações: 
• A: O paciente fica em pé com o examinador no final do trajeto determinado 
(sem obstáculos). Paciente usa seu dispositivo de auxílio à deambulação 
usual. 
• O examinador solicita ao paciente para andar através do trajeto no seu 
passo usual. O examinador observa um componente (tarefa) da marcha por 
vez. Para alguns componentes, o examinador caminha atrás do paciente; 
para outros, o examinador anda próximo ao paciente. Pode requerer várias 
tentativas para completar o teste. 
• Peça também ao paciente para andar com “passos mais rápidos que o usual” 
e observe se os dispositivos da marcha são utilizados corretamente. 
• B: Um sinal de marcha anormal pode refletir problema inicial, neurológico ou 
músculoesquelético, diretamente relacionado ao achado ou refletir uma 
manobra compensatória de outro problema mais antigo. 
• C: Anormalidades podem ser corrigidas por um dispositivo de auxílio à 
deambulação como uma bengala; observe com e sem o dispositivo, se 
possível. 
• Achado anormal é usualmente uma manobra compensatória, além de um 
problema primário. 
6.2.4. Escala de Equilíbrio de Berg (Berg Balance 
Scale) 
Berg Balance Scale, desenvolvida e validada por Berg et al (1992) e adaptado 
transculturalmente para sua aplicação no Brasil (Miyamoto, 2003; Miyamoto et al, 
2004). 
Objetivo: Assim como vários outros testes de avaliação do equilíbrio, Berg Balance 
Scale vem sendo muito utilizado, principalmente para determinar os fatores de 
risco para perda da independência e para quedas em idosos. Berg Balance Scale é 
uma escala que atende várias propostas: descrição quantitativa da habilidade de 
equilíbrio funcional, acompanhamento do progresso dos pacientes e avaliação da 
efetividade das intervenções na prática clínica e em pesquisas Procedimento: A BBS 
avalia o desempenho do equilíbrio funcional em 14 itens comuns à vida diária. Cada 
item possui uma escala ordinal de cinco alternativas que variam de 0 a 4 pontos. 
Portanto, a pontuação máxima pode chegar a 56. Os pontos são baseados no 
tempo em que uma posição pode ser mantida, na distância em que o membro 
superior é capaz de alcançar à frente do corpo e no tempo para completar a tarefa. 
Para a realização da BBS são necessários: um relógio, uma régua, um banquinho e 
uma cadeira, e o tempo de execução é de aproximadamente 30 minutos. A Berg 
Balance Scale é realizada com pacientes vestidos, descalços e fazendo uso de 
óculos e/ou próteses auditivas de uso habitual. 
Confiabilidade e Validade: A BBS apresentou correlação satisfatória com medidas 
laboratoriais de oscilação na plataforma de equilíbrio. Também mostrou boa 
correlação com Barthel Mobility Subscale (r= 0,67) e Timed “Up and Go” Test (r= -
0,76). A confiabilidade entre observadores (ICC= 0,98 e rs = 0,88), intra-
observador (ICC= 0,98) e consistência interna (alfa de Cronbach’s = 0,96) foi alta 
	
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(Berg et al, 1992b). A pontuação da escala também foi capaz de agrupar os 
pacientes de acordo com o tipo de auxílio utilizado para locomoção (maiores pontos 
para os que não necessitam de auxílio e menores pontos para os que utilizam 
bengalas e andadores). 
Thorbahn e Newton (1996) encontraram para a pontuação de corte o valor de 45 
pontos da BBS na predição de quedas de idosos da comunidade, alta especificidade 
(96,0%) e baixa sensibilidade (53,0%). 53,0%). Para o mesmo valor de corte, 
Riddle e Straford (1999) calcularam uma especificidade de 90,0% e sensibilidade 
de 64,0%, mostrando utilidade dessa escala na identificação dos que não caem. O 
valor preditivo positivo encontrado foi de 72,0%, enquanto o valor preditivo 
negativo foi de 85,0%, o que mostra que apenas 15,0% dos pacientes que 
apresentam teste negativo (valores acima de 45 pontos) são classificados como os 
que caem, indicando boa confiabilidade na identificação dos que não caem em 
relação aos que caem. 
Whitney et al, (1998) em um artigo de revisão, evidenciaram maior confiabilidade e 
validade para a utilização em pesquisas científicas da Berg Balance Scale do que 
em outros instrumentos da avaliação, enquanto que Vanswearingen (1998), em 
outra revisão, destacou sua utilização na prática clínica da reabilitação. 
Versão: Escala equilíbrio funcional de Berg, versão

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