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caso concreto 1

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Fernanda Ranielly – 201708437631 
2° semestre 2018.1 
Direito Civil 1 
Caso concreto 1: Rebeca comprou terreno em loteamento empreendido por Amaranta. Sem que constasse do 
instrumento contratual, Amaranta garantiu a Rebeca que teria vista definitiva a um belo monte, que era a grande 
atração do empreendimento, tendo inclusive assegurado que a legislação local não permitia edificações nos terrenos a 
frente do seu. Após alguns meses da aquisição do terreno, Amaranta solicitou uma alteração no plano de urbanização 
da cidade, que passou a permitir a edificação nos lotes em frente ao terreno de Rebeca, fazendo com que ela perdesse 
a visão para o monte. Inconformada, Amaranta moveu uma ação contra Rebeca, tendo obtido êxito porque o órgão 
jurisdicional entendeu que pela boa-fé objetiva, existe um dever de não adotar atitudes que possam frustrar o objetivo 
perseguido pela autora, ou que possam implicar, mediante o aproveitamento da antiga previsão contratual, a 
diminuição das vantagens ou até infligir danos ao contratante. 
Diante dos fatos narrados acima e com base no conteúdo das aulas desta semana, responda: 
a) A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de a boa-fé objetiva adequar-se ao 
conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de maneira justificada a que categoria pertence a boa-fé 
objetiva. 
R: Sim, porque traduz-se como verdadeira janela deixada pelo legislador civil em razão do dinamismo da vida, como 
técnica legislativa que conforma o meio hábil para permitir o ingresso no ordenamento codificado, de princípios 
valorativos ainda não expressos legislativamente, como exemplos de comportamento, de deveres de conduta não 
previstos legislativamente. 
b) Qual(is) dos princípios estruturantes do CC/2002 foi(ram) levado(s) em consideração para que o magistrado 
interpretasse a boa-fé objetiva? Justifique. 
R: Princípio da Eticidade que deve sempre orientar o magistrado na interpretação das Cláusulas gerais. 
Questão objetiva 1: 
 (MP/GO – 2005) O atual Código Civil optou “muitas vezes, por normas genéricas ou cláusulas gerais, sem a 
preocupação de excessivo rigorismo conceitual, a fim de possibilitar a criação de modelos jurídicos hermenêuticos, 
quer pelos advogados quer pelos juízes para a contínua atualização dos preceitos legais” (trecho extraído do livro 
História do novo Código Civil, de Miguel Reale e Judith Martins-Costa). Considerando o texto, é correto afirmar que: 
a) Cláusulas gerais são normas orientadoras sob a forma de diretrizes, dirigidas precipuamente ao juiz, vinculando-o 
ao mesmo tempo em que lhe dão liberdade para decidir, sendo que tais cláusulas restringem-se à Parte Geral do 
Código Civil. 
b) Aplicando a mesma cláusula geral, o juiz não poderá dar uma solução em um determinado caso, e solução 
diferente em outro. 
c) São exemplos de cláusulas gerais: a função social do contrato como limite à autonomia privada e que no contrato 
devem as partes observam a boa-fé objetiva e a probidade. 
d) As cláusulas gerais afrontam o princípio da eticidade, que é um dos regramentos básicos que sustentam a 
codificação privada 
R: Alternativa c

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