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ISOLADA DIRCIVIL TEMAIII PJ 1

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CURSO DE DIREITO CIVIL – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
1 
Pessoa Jurídica 
Tema III 
 
Direito Civil Começando do Zero. 
Elaboração: Luciano L. Figueiredo1. 
 
 
1. Conceito e Aquisição da Personalidade Jurí-
dica 
 
Proposta atual de leitura da Pessoa Jurídica sobre o 
influxo da Função Social. Nesse contexto o enunci-
ado nº 53 da Jornada de Direito Civil: 
 
Deve-se levar em consideração o princípio da função 
social na interpretação das normas relativas à em-
presa, a despeito da falta de referencia externa. 
 
Quando há aquisição da personalidade jurídica? 
 
Art. 45 – Começa a existência legal das pessoas ju-
rídicas de direito privado com a inscrição do ato cons-
titutivo no respectivo registro, precedida, quando ne-
cessário, de autorização ou aprovação do poder exe-
cutivo, averbando-se no registro todas as alterações 
por que passar o ato constitutivo. 
 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anu-
lar a constituição das pessoas jurídicas de direito pri-
vado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo 
da publicação de sua inscrição no registro. 
 
Qual a teoria adotada no Brasil para o surgimento da 
Pessoa Jurídica? 
 
Faz-se necessária alguma outra autorização? 
 
Qual a natureza jurídica do registro da Pessoa Jurí-
dica? 
 
2. Princípio da Separação ou Independência ou 
Autonomia 
 
Desprovido de artigo específico versando sobre ele 
no Código Civil, decorre da inteligência dos artigos 
46, V e 1052, ambos do Código Civil. 
 
 
1 Advogado. Sócio do Figueiredo & Figueiredo Advocacia 
e Consultoria. Graduado em Direito pela Universidade Sal-
vador (UNIFACS). Especialista (Pós-Graduado) em Direito 
do Estado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). 
Mestre em Direito Privado pela Universidade Federal da 
Art. 46. O registro declarará: 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiaria-
mente, pelas obrigações sociais; 
 
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade 
de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas 
todos respondem solidariamente pela integralização 
do capital social. 
 
2.1 Desconsideração da Pessoa Jurídica: (“Disre-
gard Doutrine”) 
 
Código de Processo Civil: 
 
Art. 592. Ficam sujeitos à execução os bens: 
I - do sucessor a título singular, tratando-se de exe-
cução fundada em direito real ou obrigação reiperse-
cutória; (Redação dada pela Lei nº 11.382, de 2006). 
II - do sócio, nos termos da lei; 
III - do devedor, quando em poder de terceiros; 
IV - do cônjuge, nos casos em que os seus bens pró-
prios, reservados ou de sua meação respondem pela 
dívida; 
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude 
de execução. 
 
Código Civil: 
 
Art. 50. Em caso de abuso de personalidade jurí-
dica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou 
pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a re-
querimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os 
efeitos de certas e determinadas relações de obriga-
ções sejam estendidos aos bens particulares dos ad-
ministradores ou sócios da pessoa jurídica. 
 
O CC adota uma teoria maior e objetiva. E os outros 
ramos do direito? 
 
# A jurisprudência do STJ tem diferenciado a “teoria 
maior” da “teoria menor” da desconsideração da pes-
soa jurídica: (Idem no Informativo 415, STJ). 
 
Responsabilidade civil e Direito do consumidor. Re-
curso especial. 
 
Bahia (UFBA). Professor de Direito Civil. Coordenador Ci-
entífico do IBDFAM/BA. Palestrante. Autor de Artigos Ci-
entíficos e Livros Jurídicos. Fanpage: Luciano Lima Figuei-
redo. Twitter: @civilfigueiredo. Instagram: @lucianolima-
figueiredo. 
 
 
 
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CURSO DE DIREITO CIVIL – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Civil 
Luciano Figueiredo 
2 
Shopping Center de Osasco-SP. Explosão. Consu-
midores. Danos materiais e morais. Ministério Pú-
blico.Legitimidade ativa. Pessoa jurídica. Desconsi-
deração. Teoria maior e teoria menor. Limite de res-
ponsabilização dos sócios. Código de Defesa do 
Consumidor. 
Requisitos. Obstáculo ao ressarcimento de prejuízos 
causados aos consumidores. Art. 28, § 5º. 
 
- Considerada a proteção do consumidor um dos pi-
lares da ordem econômica, e incumbindo ao Ministé-
rio Público a defesa da ordem jurídica, do regime de-
mocrático e dos interesses sociais e individuais indis-
poníveis, possui o Órgão Ministerial legitimidade para 
atuar em defesa de interesses individuais homogê-
neos de consumidores, decorrentes de origem co-
mum. 
 
- A teoria maior da desconsideração, regra geral no 
sistema jurídico brasileiro, não pode ser aplicada com 
a mera demonstração de estar a pessoa jurídica in-
solvente para o cumprimento de suas obrigações. 
Exige-se, aqui, para além da prova de insolvência, ou 
a demonstração de desvio de finalidade (teoria sub-
jetiva da desconsideração), ou a demonstração de 
confusão patrimonial (teoria objetiva da desconside-
ração). 
 
- A teoria menor da desconsideração, acolhida em 
nosso ordenamento jurídico excepcionalmente no Di-
reito do Consumidor e no Direito Ambiental, incide 
com a mera prova de insolvência da pessoa jurídica 
para o pagamento de suas obrigações, independen-
temente da existência de desvio de finalidade ou de 
confusão patrimonial. 
 
- Para a teoria menor, o risco empresarial normal às 
atividades econômicas não pode ser suportado pelo 
terceiro que contratou com a pessoa jurídica, mas pe-
los sócios e/ou administradores desta, ainda que es-
tes demonstrem conduta administrativa proba, isto é, 
mesmo que não exista qualquer prova capaz de iden-
tificar conduta culposa ou dolosa por parte dos sócios 
e/ou administradores da pessoa jurídica. 
 
- A aplicação da teoria menor da desconsideração às 
relações de consumo está calcada na exegese autô-
noma do § 5º do art. 28, do CDC, porquanto a inci-
dência desse dispositivo não se subordina à demons-
tração dos requisitos previstos no caput do artigo in-
dicado, mas apenas à prova de causar, a mera exis-
tência da pessoa jurídica, obstáculo ao ressarci-
mento de prejuízos causados aos consumidores. 
 
- Recursos especiais não conhecidos. 
 
(RESP 279.273/SP, Rel. Ministro ARI PARGEN-
DLER, Rel. p/ Acórdão Ministra NANCY AN-
DRIGHI,TERCEIRA TURMA, julgado em 
04.12.2003, DJ 29.03.2004 p. 230) 
 
# Questões polêmicas sobre desconsideração: 
 
a) Extingue a pessoa jurídica? 
 
b) Pode atingir qualquer modalidade de pessoa jurí-
dica? (Enunciado 284, CJF) 
 
c) Pode ser arguida pela própria pessoa jurídica? 
(Enunciado 285, CJF) 
 
d) Pode ser na modalidade inversa? (Enunciado 283, 
CJF) 
 
O Superior Tribunal de Justiça admitiu a 
hipótese, afirmando que “Considerando-se que a fi-
nalidade da disregard doctrine é combater a uti-
lização indevida do ente societário por seus 
sócios, o que pode ocorrer também nos casos em 
que o sócio controlador esvazia o seu patrimônio 
pessoal e o integraliza na pessoa jurídica, con-
clui-se, de uma interpretação teleológica do art. 
50 do CC/2002, ser possível a desconsideração 
inversa da personalidade jurídica, de modo a 
atingir bens da sociedade em razão de dívidas 
contraídas pelo sócio controlador, conquanto 
preenchidos os requisitos previstos na nor- ma. 
A desconsideração da personalidade jurídica config-
ura-se como medida excepcional. Sua adoção 
somente é recomendada quando fo- rem atendidos 
os pressupostos específicos relacionados com a 
fraude ou abuso de direito estabelecidos no art. 50 
do CC/2002. REsp 948.117 (Info 440)” 
Fiquem atentos! 
 
DIREITO CIVIL. LEGITIMIDADE ATIVA PARA RE-
QUERER DESCONSIDERAÇÃO. INVERSA DE 
PERSONALIDADE JURÍDICA. 
Se o sócio controlador de sociedade empresária 
transferir parte de seus bens à pessoa jurídicacon-
trolada com o intuito de fraudar partilha em dissolu-
ção de união estável, a companheira prejudicada, 
ainda que integre a sociedade empresária na condi-
ção de sócia minoritária, terá legitimidade para re-
querer a desconsideração inversa da personalidade 
jurídica de modo a resguardar sua meação. Inicial-
mente, ressalte-se que a Terceira Turma do STJ já 
decidiu pela possibilidade de desconsideração in-
versa da personalidade jurídica – que se caracteriza 
pelo afastamento da autonomia patrimonial da socie-
dade, para, contrariamente do que ocorre na descon-
sideração da personalidade jurídica propriamente 
 
 
 
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Direito Civil 
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dita, atingir o ente coletivo e seu patrimônio social, de 
modo a responsabilizar a pessoa jurídica por obriga-
ções do sócio –, em razão de uma interpretação tele-
ológica do art. 50 do CC/2002 (REsp 948.117-MS, 
DJe 3/8/2010). Quanto à legitimidade para atuar 
como parte no processo, por possuir, em regra, vin-
culação com o direito material, é conferida, na maio-
ria das vezes, somente aos titulares da relação de di-
reito material. Dessa forma, a legitimidade para re-
querer a desconsideração é atribuída, em regra, ao 
familiar que tenha sido lesado, titular do direito mate-
rial perseguido, consoante a regra segundo a qual 
“Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito 
alheio, salvo quando autorizado por lei” (art. 6º do 
CPC). Nota-se, nesse contexto, que a legitimidade 
para requerer a desconsideração inversa da perso-
nalidade jurídica da sociedade não decorre da condi-
ção de sócia, mas sim da condição de companheira 
do sócio controlador acusado de cometer abuso de 
direito com o intuito de fraudar a partilha. Além do 
mais, embora a companheira que se considera le-
sada também seja sócia, seria muito difícil a ela, 
quando não impossível, investigar os bens da em-
presa e garantir que eles não seriam indevidamente 
dissipados antes da conclusão da partilha, haja vista 
a condição de sócia minoritária. REsp 1.236.916-RS, 
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 22/10/2013. 
 
e) Pode ser na esfera administrativa? (RMS 
151661/BA) 
 
f) Tem prazo? 
 
g) E na Justiça do Trabalho? 
h) E sucessiva? 
 
O STJ decidiu em 2011 que não há prazo decaden-
cial para pleitear a desconsideração, pois se trata de 
um direito potestativo sem prazo para o seu exer-
cício. Dessa forma, é possível que a descon- sider-
ação ocorra em qualquer fase do processo. Aliás, o 
projeto do novo Código de Processo Civil prevê, até 
mesmo, um incidente de desconsideração, para ser 
assegurado o devido processo legal. Vide o REsp 
1.180.191/RJ (Informativo 468). 
i) O Novo Código de Processo Civil regula o incidente 
de desconsideração? 
 
CAPÍTULO IV 
DO INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA 
PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
Art. 133. O incidente de desconsideração da person-
alidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou 
do Ministério Público, quando lhe couber intervir no 
processo. 
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade 
jurídica observará os pressupostos previstos em lei. 
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese 
de desconsideração inversa da personalidade ju-
rídica. 
 
Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível 
em todas as fases do processo de conhecimento, no 
cumprimento de sentença e na execução fundada em 
título executivo extrajudicial. 
§ 1o A instauração do incidente será imediatamente 
comunicada ao distribuidor para as anotações devi-
das. 
§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a 
desconsideração da personalidade jurídica for re-
querida na petição inicial, hipótese em que será cit-
ado o sócio ou a pessoa jurídica. 
§ 3o A instauração do incidente suspenderá o pro-
cesso, salvo na hipótese do § 2o. 
§ 4o O requerimento deve demonstrar o 
preenchimento dos pressupostos legais específicos 
para desconsideração da personalidade jurídica. 
 
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa 
jurídica será citado para manifestar-se e requerer as 
provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o in-
cidente será resolvido por decisão interlocutória. 
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo re-
lator, cabe agravo interno. 
 
Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a 
alienação ou a oneração de bens, havida em fraude 
de execução, será ineficaz em relação ao requerente. 
 
3. Classificação das Pessoas Jurídicas 
 
3.1 Quanto à nacionalidade: Nacional ou Estrangeira 
 
- Decorrência da soberania. 
 
3.2 Quanto à atividade executada 
 
3.2.1 de Direito público – são aquelas previstas em 
Lei. Podem ser: 
 
a) DIREITO PÚBLICO INTERNO: poder público 
constituído (União, Estados, DF, Municípios, Territó-
rios, suas autarquias e fundações). 
 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público in-
terno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
 
 
 
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IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas 
por lei. 
 
b) DIREITO PÚBLICO EXTERNO: submetidas ao di-
reito internacional público (as diversas nações, inclu-
sive a Santa Sé, e os organismos internacionais 
como a ONU, a OEA, a FAO, a UNESCO etc) – art. 
42, CC 
 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público ex-
terno os Estados estrangeiros e todas as pessoas 
que forem regidas pelo direito internacional público. 
 
3.2.2 De direito privado - todas as demais (que não 
são previstas em lei): 
 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV – as organizações religiosas; 
V – os partidos políticos. 
VI – Empresas Individuais de Responsabili-
dade Limitada. 
 
3.3 Quanto à estrutura: 
 
3.3.1 Corporações (universitas personarum). Divi-
dem-se em: 
 
a) Sociedades 
 
> Simples – são as antigas civis. 
> Empresárias – são as antigas comerciais. 
 
# Segundo o Código Civil, a sociedade empresária 
há de observar dois requisitos: 
 
I) tem por objeto o exercício de atividade própria de 
empresário (art. 966); 
 
Art. 966. Considera-se empresário quem 
exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação 
de bens ou de serviços. 
II) Registro no Registro Público de Empresas (Junta 
Comercial). 
 
# Segundo o art. 982: 
 
Sociedade de ações – sociedade empresária 
Sociedade cooperativa – sociedade simples 
 
# Sociedade entre cônjuges: (art. 977) é possível. A 
restrição imposta é de que não tenha casado no re-
gime de comunhão universal de bens ou no da sepa-
ração obrigatória. 
 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar so-
ciedade, entre si ou com terceiros, desde que 
não tenham casado no regime da comunhão 
universal de bens, ou no da separação obriga-
tória. 
 
b) Associações 
 
Tem finalidade ideal: 
 
Art. 53 – Constituem-se as associações pela união 
de pessoas que se organizem para fins não-econô-
micos. 
 
Tem estatuto, sendo os requisitos: 
 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclu-
são dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
V – o modo de constituição e de funcionamento dos 
órgãos deliberativos; (Redação dada pela Lei 
nº11.127, de 2005) 
VI - as condições para a alteração das disposições 
estatutárias e para a dissolução. 
VII – a forma de gestão administrativa e de aprova-
ção das respectivas contas. (Incluído pela Lei 
nº11.127, de 2005) 
 
Estatuto pode instituircategorias de associados com 
diferentes vantagens: 
 
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas 
o estatuto poderá instituir categorias com vantagens 
especiais. 
 
A qualidade de associado é transmissível? 
 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, 
se o estatuto não dispuser o contrário. 
 
Para exclusão do associado há de ter devido pro-
cesso legal e justa causa (art. 57 do CC): 
 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível ha-
vendo justa causa, assim reconhecida em procedi-
mento que assegure direito de defesa e de recurso, 
nos termos previstos no estatuto. 
 
 
 
 
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5 
O que fazer com o patrimônio na hipótese de extin-
ção? 
 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do 
seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o 
caso, as quotas ou frações ideais referidas no pará-
grafo único do art. 56, será destinado à entidade de 
fins não econômicos designada no estatuto, ou, 
omisso este, por deliberação dos associados, à insti-
tuição municipal, estadual ou federal, de fins idênti-
cos ou semelhantes. 
 
§ 2º Não existindo no Município, no Estado, no Dis-
trito Federal ou no Território, em que a associação 
tiver sede, instituição nas condições indicadas neste 
artigo, o que remanescer do seu patrimônio se de-
volverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou 
da União. 
 
3.3.2 Fundações (universitas bonorum) –(universali-
dade de bens) 
 
Cuidado: Mudança! Lei 13.151/2015. 
 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor 
fará, por escritura pública ou testamento, dotação es-
pecial de bens livres, especificando o fim a que se 
destina, e declarando, se quiser, a maneira de admin-
istrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá consti-
tuir-se para fins de: (Redação dada pela Lei nº 
13.151, de 2015) 
 
I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 
2015) 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio his-
tórico e artístico; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 
2015) 
III – educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
V – segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela 
Lei nº 13.151, de 2015) 
VI – defesa, preservação e conservação do meio am-
biente e promoção do desenvolvimento sustentá-
vel; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecno-
logias alternativas, modernização de sistemas de 
gestão, produção e divulgação de informações e 
conhecimentos técnicos e científicos; (Incluído pela 
Lei nº 13.151, de 2015) 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democra-
cia e dos direitos humanos; (Incluído pela Lei nº 
13.151, de 2015) 
IX – atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 
13.151, de 2015) 
X – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.151, de 
2015) 
 
Instituição é irretratável? 
 
Art. 64. Constituída a fundação por negócio ju-
rídico entre vivos, o instituidor é obrigado a 
transferir-lhe a propriedade, ou outro direito 
real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, 
serão registrados, em nome dela, por man-
dado judicial. 
 
E se o patrimônio for insuficiente? 
 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a 
fundação, os bens a ela destinados serão, se 
de outro modo não dispuser o instituidor, in-
corporados em outra fundação que se propo-
nha a fim igual ou semelhante. 
 
Alteração dos estatutos? 
 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da 
fundação é mister que a reforma: 
 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes 
para gerir e representar a fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público 
no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo 
o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, 
poderá o juiz supri-la, a requerimento do inter-
essado. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 
2015) 
 
Art. 68. Quando a alteração não houver sido 
aprovada por votação unânime, os administra-
dores da fundação, ao submeterem o estatuto 
ao órgão do Ministério Público, requererão 
que se dê ciência à minoria vencida para im-
pugná-la, se quiser, em dez dias. 
 
Quem é o fiscal das fundações? 
 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público 
do Estado onde situadas. 
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Terri-
tório, caberá o encargo ao Ministério Público do Dis-
trito Federal e Territórios. (Redação dada pela 
Lei nº 13.151, de 2015) 
§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Es-
tado, caberá o encargo, em cada um deles, ao re-
spectivo Ministério Público. 
 
No caso de extinção: 
 
 
 
 
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Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil 
a finalidade a que visa a fundação, ou vencido 
o prazo de sua existência, o órgão do Ministé-
rio Público, ou qualquer interessado, lhe pro-
moverá a extinção, incorporando-se o seu pa-
trimônio, salvo disposição em contrário no ato 
constitutivo, ou no estatuto, em outra funda-
ção, designada pelo juiz, que se proponha a 
fim igual ou semelhante. 
 
4. Extinção da Pessoa Jurídica

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