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1 Fornos Na Fundição de Metais FUNDIÇÃO Que Que éé um forno?um forno? • Escolha de Combustível Importante – Geralmente combustível líquido ou gasoso ou eletricidade • Equipamento para fundir metais – Fundição – Mudar de forma (laminação, forjamento, etc.) – Mudar de propriedades (ToTo) • Baixas Eficiências devido: – Elevadas temperaturas de operação – Emissão de gases de escape quentes INTRODUINTRODUÇÇÃOÃO ÆGases desde o combustível geralmente estão em contato direto com metal líquido, podem interferir na sanidade de peças fundidas. Geralmente fornos trabalham com relativamente baixas eficiências. Isso, se deve a que fornos trabalham em altas temperaturas, muitas vezes superiores a 1000oC e que vão a emitir gases com temperaturas acima de 1000oC, o que resulta numa perda significativa de calor através de chaminés. 2 Componentes do Forno Câmara do forno: construído de materiais isolantes Lareira: suporte para a carga metálica ou transporte de aço . Consiste de materiais refratários Queimadores: manutenção ou aumento da temperatura da câmara Chaminé: elimina gases de combustão Porta para carga e descarga de stock, reparação de forno INTRODUINTRODUÇÇÃOÃO Porta para carga e descarga de stock, reparação de forno – Resistentes a altas temperaturas e a mudanças repentinas – Resistentes à ação de fundidos de escoria, fundidos vítreos, gases quentes, etc. – Resistentes a carregamentos severos em condições de serviço, – Resistentes a forças abrasivas – Conservadores de calor – De baixo coeficiente de expansão térmica – Não contaminantes de cargas Que são materiais refratQue são materiais refratáários?rios? ÆQualquer material pode ser considerado como abrasivo, no caso de que possa resistir a ação abrasiva ou corrosiva de líquidos, sólidos ou gases em altas temperaturas. e são materiais refratários? ÆMateriais refratários são fabricados em combinações variadas e de formas, dependendo sobre as suas aplicações, e geralmente são: 3 Refratários •Refratários de paredes para o interior de um forno, equipado com blocos de queimadores •Refratários de revestimento de um forno a arco Coletor refratário misto Tijolo de sílica Tijolo de alto conteúdo de alumina Tijolo de argilas refratárias Tijolo de cromita- magnesita diretamente ligado com metal chapeado Tijolo de Magnesita sinterizada Revestimento misto de alto conteúdo de MgO Revestimento Básico Revestimento Ácido Tijolo de Sílica Tijolo de argila refratária Aditivos de Escoria -Fluorita -Cal viva - Pedra calcária -areia de sílica (caias) -elevador de carvão Revestimento com RefratRevestimento com Refratáários de Fornos rios de Fornos 4 Interior de fornos (alto forno) Uso Final Carvão, Carbeto de silício, zircôniaEspeciais Tijolos de argila refratários, cromita, alumina pura NEUTRO, não apresentam combinação com refratários ácidos ou básicos Magnesita, Cromita -Magnesita, Magnesita- Cromita, Dolomita BASICO, consistem de óxidos metálicos que resistem à ação de bases Sílica, Semi-sílica, Alumino-silicatoACIDO, que apresentam algum grau de combinação com refratários Básicos Composição Química ExemplosMétodo de Classificação Classificação dos Refratários 1290-14251,0-2,011-1714-19----28-3315-343,0-6,0Cromita 1480-16750,5-1,00,3-7,085-931,0-3,5----0,3-1,50,7-4,0Magnesita 1680-17000,02-0,10,3-2,2--2,5-3,5----0,15-0,3595-97Resist. alta Temp. 1635-16650,10-0,30.3-0,9--1,8-3,5----0,45-1,2094-97Convencional 19301,0-2,0------0,4-0,8--89-917,5-9,090% 18501,0-3,0------0,5-3,1--60-7818-34Mulita 20000,3-1,0------traças--98-99,50,2-1,0Coríndon Tipo Sílica Tipo Básico 1595-17050,0-0,60,2-1,092-980,5-1,5----0,2-1,00,5-5,0Magnesita alta-p 1595-1675----27-530,7-1,5--18-2816-274,0-8,0Cromo-magnesita 18653,0-4,0------3,0-4,0--77,5-82,511-1580% 1820-18503,0-4,0------3,0-4,0--67,5-72,520-2670% 1805-18203,0-4,0------2,0-3,3--57,5-62,531-3760% 17853,0-4,0------2,0-2,8--47,5-52,541-4750% Tipo Alumina 1640-16851,0 – 3,0------1,0 – 1,5--18 - 2672-80Semi - Sílica 1600- 16854,0 – 7,0------1,3 – 2,1--25-3857-70Resist. média alta temp. 1745-17652,5 – 4,0------1,5 – 2,5--40-4449-56Resist. Super Alta Temp Argila Refratária oCoutrosFe2O3MgOCaOTiO2Cr2O3Al2O3SiO2 Ponto MoleComposição (%) Tipo Tipos de RefratTipos de Refratáários e Composirios e Composiççõesões 5 Propriedades dos RefratPropriedades dos Refratááriosrios •Ponto de Fusão: Temperatura na qual o refratário falha suportando seu próprio peso Æ Teste da pirâmide (refratário cônico) •Tamanho: Afeta a estabilidade da estrutura do forno. Precisão nas dimensões é necessário, afetam o ajuste entre os refratários, a fim de minimizar espaço entre junções de tijolos refratários. •Densidade em bruto: Um aumento na densidade aumenta na estabilidade, na capacidade térmica, e na resistência à penetração de escoria.. •Porosidade: Baixas porosidades permitem menor penetração de matérias fundidos. •Resistência ao esmagamento em frio: Deve apresentar resistência à abrasão durante o manuseio dos refratários •Resistência à Fluência em altas temperaturas: Não deve deformar-se sob a ação de tensões térmicas através do tempo. Propriedades dos Refratários •Estabilidade de Volume, Expansão & Contração: Resistir a mudanças permanentes do refratário durante serviço (devido a reações químicas, as dimensões podem ser alteradas Æ produzindo novas composições e novas propriedades). Geralmente ocorre em altas temperaturas. •Expansão térmica reversível: Geralmente os refratários, com aquecimento ou resfriamento, sofrem transformações de fase, onde sofrem expansão ou contração. •Condutividade térmica: Depende sobre a composição e o conteúdo de sílica. E aumenta com o aumento da temperatura. Alta condutividade Térmica: são desejáveis quando a transferência de calor através dos tijolos são necessários, ex.: muflas, regeneradores, etc., Baixa condutividade térmica: são desejáveis quando se precisa conservar calor (isolantes refratários). Ex.: fornos de tratamento térmico e para ligas leves. 6 RefratRefratáários de argila refratrios de argila refratááriaria Na industria comum: disponibilidade de materiais e não são caros -Consistem de silicatos de alumínio, -O ponto de fusão diminui com aumento de impurezas de e diminuição de Al2O3. Refratários de alto conteúdo de alumina -45 a 60% de Al2O3 -Alta % alumina = alta refratariedade -Aplicações: lareiras e e dutos de altos fornos, tanques vítreos. Tijolo de Sílica - > 93% de SiO2 feitas desde rochas - Na indústria vítrea e de aço & Ferro - Vantagens: não sofre amolecimento até que é alcançado o ponto de fusão. Alta refratariedade, alta resistência ao choque térmico, alta estabilidade de volume. - Quimicamente são básicos: > 85% de óxido de magnésio (MgCO3). - As propriedades dependem sobre a concentração das ligação do silicato. Vantagens: alta resistência às escorias ricas em Fe e óxido de cálcio (cal). Magnesita Refratários de Cromita -15 a 35% de Cr2O3 e 42 a 50% MgO -Usado para partes criticas de fornos de alta temperatura -Resistente a escorias e gases corrosivas, alta refratariedade. Refratários de Cromita-Magenesita - >60% MgO e 8 a 18% Cr2O3 -Resistente a altas temperaturas -Usado para entrar em contato com escorias básicas na fusão de aços. -Alta resistência a choques térmicos, Refratários de Zirconita, ZrO2 -ZrO2 é um material polimórfico, -Estabilizado com Ca antes de uso. Suas propriedades dependem do grau da estabilização, da quantidade do estabilizador e da qualidade da matéria prima. -Alta resistência até temperaturas próximas a 1500oC, baixa condutividade térmica, não reativo, baixas perdas térmicas. -Usado em fornos de vidro, como isolantesrefratários. Óxidos refratários (alumina) -Al2O3 + impurezas: São quimicamente estáveis, fortes, insolúveis, (água, muito ácidos inorgânicos), alta resistência em atmosferas oxidantes e redutoras. -Usados em industrias de processamento térmico, Alumina altamente porosa usado em revestimentos de fornos que operem até temperaturas de 1850oC. 7 Tipos de Fornos Usados na FundiTipos de Fornos Usados na Fundiçção de Metais:ão de Metais: Existem inúmeros tipos de equipamentos (fornos) construídos para a fusão dos metais. Alguns deles se prestam praticamente à fusão de qualquer liga, enquanto outros são mais indicados para um metal ou liga determinada. Apresenta-se, a seguir, um resumo dos tipos de fornos existentes. 1. FORNOS A COMBUSTÍVEL Æ CUBILÔ (fornos mais pequenos que os altos fornos usados na siderurgia) 2. FORNOS ELÉTRICOS Æ A ARCO ELÉTRICO: DIRETO INDIRETO Æ DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA: Æ DE INDUÇÃO: COM NÚCLEO SEM NÚCLEO 3. FORNO DE CADINHO (PODE SER A COMBUSTÍVEL OU ELÉTRICO) ALTO FORNO (Blast furnace) 1, Carvão é despejado dentro de grandes estufas de coque é aquecido até 1300oC Æ Elimina gases do carvão e o torna como coque, Coque é usado devido a que queima com intenso calor e produz pouca fumaça. 2. Coque, alinhado com minério de ferro e pedra calcária (limpas) são enviadas para o forno alto. 3. Os elementos são erguidos para a parte superior do forno e borrifados em camadas dentro do forno de aquecimento 4. Forno quente: corrente de ar quente elevando-se e queda do minério de ferro por fusão. 5. Ferro fundido é colhido na parte inferior e drenado. 6. Impurezas são levadas para a parte superior do forno (impurezas passam por uma (escumadeira) e gases passam por limpeza. Os componentes ...Ajudam a fundir o minério ... remoção de impurezas... Estufa de coque Minério de ferro Pedra calcária FORNO ALTO Forno 8 REAREAÇÇÕES NO FORNO ALTOÕES NO FORNO ALTO Redução Purificação Purificação Purificação Redução formação agente redutor e calor formação agente redutor formação agente redutor impurezas impurezas impurezas C am ad as d e m in ér io d e Fe , co qu e e ca lc ár io Produto Ferro Gusa Composição: ∼92% Fe, 3 a 4% C, 0,5 a 3% Si, 0,25 a 2,5% Mn, 0,04 a 2% P, e traças de S. Ferro Gusa Combustão Fusão Absorção de calor redução Ferro Gusa líquido Input in Kg Output in Kg Os principais componentes do fluxo são: CaO e MgO que são carregados em minério (fundentes calcários) em escorias de aço. Temperatura de gás no forno alto desde a zona de combustão. Observa-se uma zona relativamente Cte. (zona de reserva térmica) BalanBalançço de Materiais para um Forno Altoo de Materiais para um Forno Alto 9 FORNO CUBILÔ para Ferro Fundido ÆO ferro fundido, por suas aplicações industriais, é uma das mais importantes ligas de ferro. ÆA rigor, o ferro fundido deve ser considerado uma liga ternária: Fe - C – Si Caracteriza-se por possuir teores de carbono (C) relativamente elevados de 2,5 a 4%, além do silício (Si) igualmente em porcentagens bem acima das encontradas nos aços comuns. ÆEntre os vários tipos de fornos de fusão a combustível, o forno cubilô bastante importante na produção de ferro fundido. ÆO cubilô é um forno vertical feito de chapa de aço, revestida internamente por tijolos refratários. ÆDiâmetro interno do forno: pode chegar a cerca de 1,80m. ÆAltura: pode superar 15 metros. ÆCapacidade de fusão: varia de 1 t/h até cerca de 50 t/h. ÆO bico de vazamento com furo de 12,5mm, por ex.: pode descarregar cerca de 5 t/hora de metal líquido. DescriDescriçção dos Componentes do ão dos Componentes do CubilôCubilô 10 FORNO CUBILÔ ÆA parte superior é aberta e o fundo consta de um par de portas de ferro fundido, permite a remoção do coque não consumido e do metal não fundido após cada corrida. ÆO bico de vazamento geralmente é circular de φs entre 12,5 a 25mm, e está localizado a uma distância do fundo compreendida entre 10 e 15cm. ÆCaixa de vento: localiza-se acima do cadinho e envolve o cubilô o ar, enviado por um ventilador, penetra por aberturas chamadas ventaneiras. ÆVentaneiras, feitas na carcaça (chapa e refratário) do forno, chocando-se com a cama de coque (obs: “cama” = certa carga de coque). ÆPlano das ventaneiras: não deve estar a mais de 50-60 cm acima do fundo do forno. As ventaneiras podem ser de seção circular ou retangular. ... Descri... Descriçção dos Componentes do ão dos Componentes do CubilôCubilô ÆO carregamento do forno é feito pela parte superior ÆAltura da porta: 5 a 6 metros, a fim de que sejam aproveitados os gases quentes ascendentes, pré- aquecendo-se a carga. ÆPlataforma de carga: não necessário se carregamento é mecânico. Necessário se o carregamento é manual. ÆBica de escória situa-se no lado oposto da bica vazamento. E localiza-se mais acima. ... Descri... Descriçção dos Componentes do ão dos Componentes do CubilôCubilô ÆO espaço entre o fundo e o furo de forno é coberto com areia de moldagem assentada em rampa, facilita o escoamento do metal para a panela de fundição. ÆA panela constitui o cadinho do forno, cuja altura depende do tipo de trabalho: - Para fundidos de peças levesÆ a altura do cadinho pode ser pequena, - Para fundidos de peças grandes Æ altura do cadinho deve ser grande (para maior armazenamento de metal líquido). Zona Cadinho/poço 11 -Zona de fusão começa na linha das ventaneiras, sendo a zona de mais alta temperatura do cubilô; -Zona do cadinho está situada logo abaixo das ventaneiras; -Zona de carga está compreendida entre a porta de carga e a zona de fusão (zonas de absorção de calor); -Zona da chaminé geralmente revestida com parede fina, não superior a 114mm, tem grande durabilidade e não requer atenção especial. Obs: o furo de escória deve ser aberto a cada 4 ou 6 vazamentos de metal; caso se perceba que a escória esteja por atingir as ventaneiras, deve-se então abrir o furo de escória, estando fechado o furo de corrida. Zonas tZonas tíípicas de um forno picas de um forno cubilôcubilô Zona do Cadinho Zona de Fusão Zona de carga Zo na c ha m in é Revestimento refratRevestimento refratáário do rio do cubilôcubilô ÆO revestimento refratário deve resistir: -a temperaturas elevadas; -a ação química corrosiva oriunda dos produtos fundidos. ÆAs condições de resistência dependem essencialmente da qualidade e da uniformidade do revestimento. ÆFatores que afetam o nível de desgaste do refratário: -muito importante o balanço químico das escórias, com grau de acidez ou de basicidade corretos; -excessiva quantidade de ar ocasiona desgaste prematuro do revestimento; -má distribuição, ou mesmo porcentagens excessivas de fundentes podem causar desgaste do refratário. ÆRefratários básicos com elevado teor de carbono pode gerar segregação de grafite ÆRefratários básicos geralmente trabalham com maior conteúdo e Silício que refratários ácidos. 12 Exemplo de composiExemplo de composiçção da cargaão da carga A Tabela abaixo apresenta um exemplo de composição da carga, para produção de ferro fundido num forno cubilô com diâmetro de 1,20m. Metal: Composto por sucata metálica de fundição (canais alimentadores, peças defeituosas) + sucata em geral (aço) + ferro gusa de alto forno + adições de Fe-Si e Fe-Mn (para acerto da composição química do ferro fundido de acordo com as especificações da norma ABNT NBR6589) Substância fundente: Facilita a separação das impurezas do metal e do carvão, formando a escória (calcário fundente). A composição da carga compreende: METAL + COMBUSTÍVEL (CARVÃO COQUE) + SUBSTÂNCIAFUNDENTE ... composi... composiçção da carga ....ão da carga .... Æ O ensaio de queda consiste em deixar cair de uma altura determinada, 4 vezes consecutivas, 22,68 kg (50 libras) de coque passado em peneira de 51 mm. ÆA porcentagem de material que não passa na peneira é considerada como índice de resistência do coque. -Para os coques nacionais, este valor é muito baixo, da ordem de 75 a 80 % (revelando que os coques nacionais são impróprios para esse uso). Coque de fundição: Em geral, um bom coque de fundição deve exibir as seguintes características; - umidade 0,5 a 2,5 %; - voláteis 0,8 a 1,0 %; - carbono fixo 88 a 90 %; - cinzas 9 a 12 %; - enxofre 0,40 a 0,60 %; - ensaio de queda (shatter test) 94 a 97 %. Æ Não produz um material de grande uniformidade quanto à composição química, mesmo com os melhores controles operacionais. Æ A temperatura do material líquido é de difícil controle. Æ Logo, o cubilô habitualmente é empregado para fundir peças de menor responsabilidade com relação à qualidade. Qualidade do metal obtido no forno de Qualidade do metal obtido no forno de CubilôCubilô 13 ÆDe arco eléctrico: arco directo; arco indirecto. ÆDe indução eléctrica Baixa frequência; Média frequência; Alta frequência. ÆDe resistência eléctrica: aquecimento directo; aquecimento indirecto. Utilizados para a fusão de metais ferrosos como não-ferrosos, ÆApresentam numerosas vantagens sobre os fornos a combustível. ÆSob o ponto de vista do custo de energia, a energia térmica obtida quimicamente pela queima de combustíveis comerciais é geralmente mais barata do que a obtida via: conversão da energia elétrica em calor. ÆNo entanto, em aplicações que exigem temperaturas elevadas, como é o caso da fusão de metais, o rendimento da transferência de energia à carga metálica do forno é superior no caso da energia elétrica. Fornos ElFornos Eléétricos:tricos: Tipos de Fornos Elétricos: Consumo de energia na fusão de ferro e aços fundidos em forno de arco elétrico. Valores que variam em função da sucata de ferro-velho, do transformador, revestimentos refratários, etc. Considerando que o ponto de fusão de Feo (0,0%C) é 1535oC e de Fe contendo 4,3% de C, o ponto de fusão é de 1130oC. Fator de Potencia (PF): è a eficiência com o qual a energia é transferida para o metal fundido. É a razão de watts (W) dividido pela amperagem-volts (VA). 14 Fornos elFornos eléétricos a arcotricos a arco São os mais utilizados para a fundição de metais ferrosos, devido à sua flexibilidade de aplicação. Aplica-se para fusão simples como à fusão com refino. Forno a Arco Direto. Consiste de uma carcaça cilíndrica de aço, montada sobre um sistema que permite o basculamento do forno para frente e para trás. ÆA parte inferior do forno (ou soleira) é constituída de um revestimento refratário de natureza básica ou ácida; as partes laterais bem como a cobertura ou abóbada, são revestidas de tijolos silicosos. ÆO forno a arco direto utiliza o calor desenvolvido pela descarga elétrica em forma de arco, entre os eletrodos e o metal. Usado principalmente para a fusão de aços. Sua capacidade pode chegar até 100000 kg enquanto a velocidade de fusão vai até 40000 kg/hora e a temperatura de trabalho esta entre 1250 a 1750 oC porta Eletrodos de carbono Aço líquido Panela Macaco de inclinação hidráulico Controle de Eletrodos Cabos elétricos Abóboda Porta de carga Camisa de água de resfriamento Eletrodo de Grafite Sucata Revestimento de Soleira Bico de Vazamento Revestimento refratário Metal líquido Fornos a Arco DiretoFornos a Arco Direto Æ O banho metálico tem uma altura pequena e apresenta uma grande superfície de contacto com a escória; muito embora não haja agitação, as reações escória-metal são ativadas pelo sobreaquecimento do leito e da grande superfície de contacto. ÆNo forno com revestimento básico, pode-se realizar a dessulfuração e desfosforação. ÆO forno com revestimento ácido tem menos possibilidades de afinação, as operações metalúrgicas possíveis limitam-se à descarburação e à desoxidação. ÆA escolha entre estes dois fornos, depende das qualidades de aço a elaborar, considerando as disponibilidades de sucata existentes. 15 Efeito do arco sobre o refratário dos fornos devido à verticalidade dos eletrodos (a) sobre a seção esquerda (b) alto fluxo de vazamento após redução ao estado líquido da carga. ÆO efeito de aquecimento é produzido por arcos de plasma que se formam entre os 3 eletrodos. igualmente espaçados, cada um dos quais ligado a uma fase de um suprimento trifásico de eletricidade. ÆMuito empregados eletrodos de grafita por possuírem alta resistência, além de elevada condutibilidade elétrica. Sistema de AquecimentoSistema de Aquecimento ÆA energia elétrica é suprida em alta voltagem, sendo transformada para baixas voltagens através de transformadores, a partir dos quais é levada aos eletrodos por intermédio de cabos flexíveis de cobre. ÆAs condições de fusão são controladas pela variação de voltagem e pelo ajuste automático da posição ou altura dos eletrodos. ÆA faixa de voltagens varia entre 90 e 500V. Eletrodo não-vertical Eletrodo em adequado ajuste com o vazamento Plasma de arco para o refratário, mesmo o arco seja de comprimento normal. Plasma de arco normal Plasma de arco anormal desde eletrodos com comprimento de arco longo A abóbada do forno é engastada em um anel circular em toda a sua periferia e é construída de maneira a ser facilmente manobrada nos casos dos dispositivos de carregamento pelo topo. ÆAbóbadas refratárias geralmente são construídas em tijolos silicosos (ácido), mesmo para fornos básicos. ÆApesar de provocar alguma contaminação do material ácido, prejudicando a operação de um forno básico, o tijolo silicoso é preferido para abóbadas em função das suas propriedades, em especial a resistência a temperaturas elevadas. ÆFatores dos quais depende a duração de uma abóbada: - qualidade do refratário; - forma da abóbada; - cuidados na forma que é construída. AbAbóóbodas nos Fornos de Arcobodas nos Fornos de Arco 16 ÆO forno a arco direto pode fundir qualquer tipo de sucata. ÆNa fusão do ferro fundido, a carga é constituída, em geral, de: sucata de ferro fundido e de aço; o controle dos teores de C e Si é feito mediante a adição de C, na forma de coque, e de Fe-silício. ÆOs fornos a arco direto podem apresentar revestimentos ácidos (para simples fusão de aço, sem refino exige sucata selecionada sem P e S) ou básicos (fusão e refino do aço, permite a remoção de P e S). CaracterCaracteríísticas operacionais no Forno a Arco Diretosticas operacionais no Forno a Arco Direto Carregamento do forno: por porta localizada do lado oposto ao da calha de vazamento. Em fornos de grande capacidade, a abóbada pode ser retirada e o carregamento é feito pelo topo. Produção por hora: depende da energia disponível em média, a produção de 1t/h exige cerca de 1.000kVA de capacidade de transformador. Forno a arco direto, em atmosfera inerte e sistema de refrigeração para elaboração de ligas especiais (cadinho de cobre com botões liga recém fundidos). 17 Forno ElForno Eléétrico de Arco Indiretotrico de Arco Indireto ÆO forno de arco indireto é monofásico, e geralmente é basculante, ÆO calor é gerado por radiação do arco elétrico entre dois eletrodos horizontais, e é transmitido para a carga. ÆO forno tem encontrado boa aceitação na fundição de ferro fundido de alta qualidade e na de ligas e metais não-ferrosos pesados. ÆUsado principalmente para pequenas quantidades de ferro-ligas ou ligas pesadas a base de Cobre e para aços inoxidáveis e aços de alto teor de liga. ÆSua capacidade pode chegaraté 1000 a 2000 kg enquanto a velocidade de fusão vai até 1000 kg/hora. Atemperatura de trabalho esta entre 1000 a 1750oC Arco de radiação Regulagem do arco: feita automaticamente (através de dispositivos eletro- mecânicos ou hidráulicos). A medida que os eletrodos se consomem, um deles se aproxima, mantendo-se sempre o arco elétrico. Forno elForno eléétrico de arco indiretotrico de arco indireto ÆO movimento basculante, desde o inicio do arco, aumenta gradativamente até atingir 140° - 160°, quando a carga está completamente fundida. ÆO movimento tem por finalidade de não perder calor: por radiação acima da carga, por condução para as paredes do forn, assim como por convecção. Vantagens: menor investimento no custo inicial e na instalação; ÆFácil operação com mão-de-obra menos qualificada (os fornos trabalham com voltagem constante e utilizam potência máxima durante quase toda a corrida); ÆNa versão moderna, os fornos, permitem uma rápida substituição de carcaças. ÆRecomendáveis para fundições de serviço variável: podem ser fundidos no mesmo forno (com mínimo perda de tempo) vários tipos de ligas, com a simples substituição de carcaças com revestimentos adequados para cada finalidade. ÆPermitem a obtenção de temperaturas elevadas. ÆConsegue-se um controle químico do metal fundido mais rigoroso Desvantagem: apresenta rendimento inferior ao do forno a arco direto. A capacidade é limitada a um máximo de 2t. Para casos excepcionais, podem ser construídos fornos de 5 a 10t. 18 Aplicação: para fusão e como fornos de espera para ligas leves de baixo ponto de fusão à base de alumínio ou magnésio. Capacidade: pode superar 20t. Efeito do aquecimento: se dá pela passagem de corrente elétrica em uma resistência, geralmente de arames metálicos (Æligas de alta resistência elétrica e de alto ponto de fusão). As resistências são geralmente montadas na abóbada do forno, sendo suportadas por formas refratárias especiais. O aquecimento da carga e do banho ocorre, efetivamente, por irradiação. Æ Para a fusão de ligas não-ferrosas de mais alto ponto de fusão, e mesmo para ferros fundidos e aços, empregam-se fornos de resistência irradiante de grafita. Utiliza-se bastão de grafita contínuo que irradia calor ao banho. Forno ElForno Eléétrico a Resistênciatrico a Resistência Regulagem de temperatura: em função dos seguintes fatores, - tamanho do forno; - tolerância admissível para variação de temperatura. Dois métodos bastante utilizados para regulagem de temperatura: - liga e desliga o dispositivo regulador do forno quando a temperatura cai abaixo ou ultrapassa a temperatura desejada; - ligamento e desligamento parcial somente parte das resistências são ligadas ou desligadas, aumentado-se a precisão da regulagem de temperatura. Forno ElForno Eléétrico a Resistênciatrico a Resistência 19 Fornos ElFornos Eléétricos de Indutricos de Induççãoão ÆOs fornos elétricos de indução são fornos usados para a fusão e afinação de vários tipos de ligas ferrosas e não ferrosas. Garantem um bom controle químico das ligas que são elaboradas. ÆO rendimento destes fornos é bom, embora, se utilize uma carga metálica parcialmente líquida em fornos auxiliares, para arrancar a fusão. Princípio de funcionamento Æ é o mesmo para todas as variações ÆFuncionam sob o mesmo principio de um transformador: Subdividem-se em: Fornos de indução de baixa freqüência (até – 50Hz) Fornos de indução de média freqüência (volta dos 500Hz) Fornos de indução de alta freqüência (acima dos 5000Hz) Æfornos de indução a vácuo, geralmente, é usado para baixa freqüência, Consiste de uma bobina primária (refrigerada por fluxo de um fluido) pela qual é percorrida por corrente alternada, induzindo um campo eletromagnético alternado (ou seja, gera correntes parasitas ou correntes de Foucalt no metal produzindo um efeito de aquecimento) no metal de carga (cadinho) que atuam como bobina secundária. ÆA profundidade (s) de penetração da corrente é dependente da freqüência (f) na carga, de tal forma que a relação S/√f deve ser constante, para fundir o metal. ÆComparando os fornos de indução de baixa e de alta freqüência se pode indicar que: -A agitação é tanto maior, quanto mais baixa for a freqüência; -A agitação do banho pode destruir a camada protetora de escória e promover a inclusão de óxidos -Os refratários duram menos tempo nos fornos de baixa freqüência, devido à agitação do banho metálico. -Na fase de arranque as correntes de alta freqüência desenvolvem mais calor que as de baixa freqüência; Æ Forno de indução típico: potencia de 1500 kw - capacidade 35000kg - Velocidade de fusão 2500 kg/hora - temperatura de trabalho 600 a 1750oC Classificação dos fornos de indução : com núcleo e sem núcleo. Fornos ElFornos Eléétricos de Indutricos de Induççãoão ÆAs cargas mais utilizadas, nos fornos de indução, incluem sucata de aço, sucata de ferro fundido, retornos, ferro-silício e carbono. No entanto a carga varia em função do tipo de produto se deseja obter. 20 Fornos de InduFornos de Induçção com Não com Núúcleocleo ÆNeste tipo de forno: - A bobina do forno envolve um núcleo magnético de aço laminado. - O conjunto bobina-núcleo, acha-se envolvido por uma camada refratária e encontra-se disposto de modo a formar-se, ao seu redor, um canal de metal líquido após a fusão do banho do forno. ÆSão preferidos para a fusão de metais não-ferrosos, embora também apliquem-se à fusão de ferros fundidos. Vantagem: ÆApresenta elevado rendimento de funcionamento, pois aproveita 95 a 98% da energia alimentada e não necessita de muita energia elétrica para manter o metal em fusão. CaracterCaracteríísticas: sticas: Fornos de InduFornos de Induçção com Não com Núúcleocleo ÆEntretanto, para a fusão de ligas de Cu, Zn ou Al, e mesmo para ferros fundidos de composição constante e em regime contínuo, fornos de indução com núcleo encontram grande aceitação. ÆFornos de indução com núcleo e canal líquido são construídos com capacidades diversas, segundo o tipo de metal a fundir. Desvantagem: ÆO maior inconveniente do forno é que necessita a permanente manutenção de metal líquido no canal do forno, o que traz duas conseqüências: - Impõe a contínua utilização do forno - 24 h/dia - ou, ao menos, durante os horários de não-funcionamento, manter ligada parte da energia para manter fundido o metal do canal; - Para iniciar-se a operação do forno (ou para mudanças do tipo de metal): deve-se então dispor de um forno auxiliar para fundir o metal necessário à formação do canal. 21 Princípio do transformador: -O enrolamento primário é constituído por uma bobina de cobre resfriada à água; -A bobina secundária do circuito é constituído pela carga metálica. -A câmara de aquecimento é um cadinho refratário ou é constituída de revestimento refratário (de natureza básica) socado no lugar. Fornos de InduFornos de Induçção sem Não sem Núúcleocleo Desenhos Esquemáticos de fornos de indução sem núcleo 1) Carregar o forno com sucata de aço ou liga a ser fundida. 2) A seguir, se liga a corrente de alta freqüência é passada através da bobina primária. 3) Uma corrente secundária muito mais forte é induzida na carga, resultando no seu rápido aquecimento. 4) Formada uma bacia de metal líquido, se inicia uma forte ação de agitação, concorrendo para a aceleração da fusão. 5) Fundida inteiramente a carga, busca-se atingir a temperatura desejada. 6) O metal é desoxidado e está pronto para ser vazado. O processo consiste em:O processo consiste em: Desvantagem: Apresentam um rendimento inferior ao do forno com núcleo, variando de 75 a 85% em função da freqüência utilizada e do tipo de metal a fundir, CaracterCaracteríísticassticas Vantagem: são construídos para trabalhar em correntes com freqüências variando desde 50-60 Hz (freqüência de linha) até 15.000- 20.000 Hz, oferecendo excelente flexibilidade de aplicação a qualquer tipo de metal, desde a fusão de metais não-ferrosos (ligas leves, ligas de cobre, metais preciosos) como na fusão de ferros fundidos e aços das mais diversas composições. 22 Forno de cadinhoForno de cadinho Æ Fornos de cadinho foram usados desde épocas milenares, ÆAtualmente o processo de forno de cadinho, é de grande flexibilidade e de grande variedade de opções em relação aos metais fundidos, tipos de combustíveis e técnicas de processamento, ÆAlumínio, bronze, latão, cobre, ferro dúctil e cinza, aços, magnésio, ligas de níquel e ligas refratárias e outros metais são produzidas pelo processo de forno de cadinho. ÆA capacidade do cadinho pode variar desde algumas gramas até algumas toneladas, dependendo do tipo de liga. ÆO aquecimento para fusão dos metais inclui combustíveis tipo: carvão, coque, eletricidade, gases (natural, propano, etc.) e líquidos (diesel, óleo queimado). ÆCadinhos de chapas metálicas freqüentemente são usados fornos de indução de baixa e alta freqüência. Forno de Cadinho Estacionário Æcadinhos são usados dentro de uma camada de revestimento de refratário equipado com sistema de aquecimento e sistema basculante para vazamento do metal líquido através de um bico. ÆNormalmente o metal líquido é vazado a panelas (caias) ou, o cadinho contendo o metal líquido é removido da camada revestida e transportada para a operação de preenchimento dos moldes. Forno de Cadinho com aquecimento por queima de gás Forno de CadinhoForno de Cadinho Forno de Cadinho com aquecimento por queima de carvão 23 Forno de Cadinho com aquecimento por queima de gás com sistema basculante ÆA maioria dos metais e ligas oxida-se, absorve gases e outras substâncias e forma uma casca superficial, existem, técnicas para preservar a pureza dos metais e produzir peças de boa qualidade. ÆO alumínio e suas ligas, p. ex., absorve hidrogênio quando aquecido e esse gás causa porosidade nas peças fundidas. Porém, essa casca serve, de certa forma, como proteção contra o hidrogênio e oxidação ulterior. CaracterCaracteríísticassticas ÆA tendência à oxidação cresce com a temperatura e o tempo, devendo estes fatores serem rigorosamente controlados. ÆAlguns fundentes podem ser adicionados a fim de melhorar as condições de fusão. Têm sido desenvolvidos processos de fusão a vácuo, de forma a manter metais e ligas não-ferrosas limpas e puras durante a fusão. ÆO forno mais simples desse tipo é aquele onde o teto deflete a chama e os produtos de combustão para a superfície do metal liquido. Usado para metais não-ferrosos com capacidade de 50 a 5000 kg e velocidade de fusão de até 10000 kg/hora a temperatura de trabalho de 600 a 1650C. ÆEste tipo de forno utiliza-se principalmente na produção de peças de grandes dimensões, tais como cilindros de laminadores, encontrando-se sobretudo nas fundições integradas nas instalações siderúrgicas. ÆAquecimento a gás ou a óleo, e a obtenção das temperaturas necessárias ao seu funcionamento exige um excesso de ar, o que torna a atmosfera oxidante. A perda ao fogo torna-se muito importante, havendo necessidade de compensá-la, pela utilização de gusa com alto teor em carbono ou mediante uma carburação. Forno de RevForno de Revéérbero (reverberarbero (reverberaçção)ão) Desenho esquemático de fornos de reverberação 24 ÆÉ uma variedade do forno de reverberação possui maior eficiência térmica e desgaste do refratário mais uniforme. Assim como alta produtividade. ÆCapacidade: varia entre 500 a 25000 kg/hora, velocidade de fusão de 5000kg/hora e temp. de trabalho entre 800 a 1500C. ÆDesvantagem, quando se usa sucata leve de carga, as perdas de fusão devido á oxidação podem ser bastante elevadas ÆA transferência de calor no forno rotativo é feita por condução, convecção e radiação, sendo esta última a mais importante. ÆUsado geralmente para todo tipo de ferros fundidos (especialmente fundidos cinzentos ligados e maleáveis) e ligas de cobre e de alumínio. ÆSe tem perdas de ∼10%. O cálculo das cargas metálicas faz-se da mesma forma do que para o cubilô. ÆNa produção do ferro nodular recomenda-se formar a carga metálica de gusa com alto teor em carbono e baixo teor em fósforo e retornos deste material. ÆDevido ao baixo custo de fusão que se obtém neste aparelho, é possível constituir um leito de fusão com material de elevado custo e manter a competitividade do ferro à bica. Forno RotatForno Rotatóóriorio Desenho esquemático de fornos Rotatórios 25 ÆEste tipo de forno não é normalmente usado na fundição. È muito usado no refino de ferros pré-fundidos e na fabricação de aço por meio de oxidação das impurezas de ferro gusa. ÆA capacidade dos conversores varia entre 5000 a 50000 kg com velocidade de fusão de 10000 a 100000 kg/hora. ÆA temperatura de trabalho é de 1650oC. Forno tipo ConversoresForno tipo Conversores OBRIGADO ...OBRIGADO ...
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