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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL AURIELLY LOPES CARDOSO DA SILVA GIOVANA TETSUYA LOPES MARINA FERREIRA SOARES PINHEIRO RODRIGO FIGUEIREDO DA COSTA IMPLANTAÇÃO DE UM POVOAMENTO DE SERINGUEIRA EM AQUIDAUANA-MS AQUIDAUANA - MS 2017 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL AURIELLY LOPES CARDOSO DA SILVA GIOVANA TETSUYA LOPES MARINA FERREIRA SOARES PINHEIRO RODRIGO FIGUEIREDO DA COSTA IMPLANTAÇÃO DE UM POVOAMENTO DE SERINGUEIRA EM AQUIDAUANA-MS Trabalho escrito para a disciplina de Análises de Projetos Florestais ministrada durante o oitavo semestre do curso de Engenharia Florestal. Prof. Msc. Ericksson Martins Leite AQUIDAUANA - MS 2017 i SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1 2. LOCALIZAÇÃO ESPECÍFICA DO PROJETO ....................................................... 2 3. ESTABELECIMENTO DA INFRAESTRUTURA ..................................................... 4 4. ASPECTOS SILVICULTURAIS .............................................................................. 5 5. MANUTENÇÕES ANUAIS ...................................................................................... 8 6. SISTEMA DE SANGRIA ......................................................................................... 9 7. ESTIMATIVA DE RECEITAS E CUSTOS ............................................................ 15 8. ANÁLISE ECONÔMICA ....................................................................................... 19 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 23 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 24 ANEXOS ................................................................................................................... 26 1 1. INTRODUÇÃO A espécie vegetal seringueira (Hevea brasiliensis (Wild. ex Adr. de Juss)), é considerada a principal fonte da matéria-prima, o látex, utilizado para fabricação da borracha, conforme Nogueira et al. (2015). Essa espécie é nativa da região Amazônica, pode ser encontrada naturalmente nas regiões do norte do Brasil, como Acre, Amazonas, Rondônia, Pará, como também, no Peru e Bolívia, e nos países ingleses e asiáticos, que introduziram a espécie, no qual, o látex extraído da seringueira é a principal fonte econômica de alguns países asiáticos, como relatado por Benesi et al. (2000). A borracha natural, é derivada do látex, e por ser um produto altamente dinâmico, pode ser empregado em diversas áreas, como na fabricação de botas, capas, bolas, remédios, preservativos, entre outros, segundo Nogueira et al. (2015). A borracha passou, então, a ser largamente utilizada na fabricação dos mais diferentes artefatos em todo mundo, sendo hoje empregada em mais de 40.000 produtos (BENESI et al, 2000). Entretanto, Nogueira et al. (2015) relatou que a maior demanda de mercado é das indústrias pneumáticas, que consome cerca de quase três quartos da borracha natural produzida no mundo, devido ser altamente resistente a exposição de elevadas temperaturas. O mesmo autor ainda relatou que as empresas estrangeiras, do setor pneumático, tornaram o Brasil a principal plataforma exportados dos produtos, desta forma, está ocorrendo um crescimento da indústria consumidora nacional. Conforme Nogueira et al. (2015) e Takahashi (2015), o Brasil passou da condição de maior exportador de borracha natural, no período entre final do século XIX e início do século XX, para a condição de importador, isto, devido a ocorrência de algumas pragas e patógenos, causadores da doença mal-das-folhas, ocasionada pelo fungo Microcyclus ulei (P. Henn.). Porém, conforme Takahashi (2015) e Pizetta (2017) houveram avanços científicos que possibilitaram o desenvolvimento e o estabelecimento do mercado de Borracha natural no país, como a criação de clones resistente ao ataque de patógenos e pragas e adaptados às condições edafoclimáticas, como a região do Cerrado. 2 2. LOCALIZAÇÃO ESPECÍFICA DO PROJETO O presente plantio será implantado na Fazenda Experimental da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (figura 1), situada no munícipio de Aquidauana, Mato Grosso do Sul, situado entre as coordenadas 639106 m E e 7738422m N (SIRGAS 2000/ UTM - 21S). De acordo com a classificação de Köppen, o clima é “Aw”, descrito como clima tropical, com inverno seco. Apresenta estação chuvosa no período do verão entre os meses de novembro a abril, e nítida estação seca no inverno de maio a outubro, sendo o julho, o mês mais seco. A temperatura média do ar do mês mais frio é superior a 18ºC. As precipitações pluviométricas são superiores a 750 mm anuais, atingindo 1.800 mm. A estação seca varia de 3 a 4 meses entre os meses de maio a setembro, onde os totais pluviométricos médios são inferiores a 50 mm. A temperatura média anual é de 23.3ºC e a precipitação pluviométrica de 1.323 mm (ZARONI et al., 2011). O acesso à área de plantio pode ser feito via terrestre pela Rodovia Graziela Maciel Barroso que liga o município de Aquidauana à Unidade Universitária UEMS/Aquidauana, conforme ilustrado na figura 2. Figura 1 - Limites da Fazenda Experimental da UEMS em Aquidauana - MS 3 Figura 2 – Croqui de acesso N 4 3. ESTABELECIMENTO DA INFRAESTRUTURA O plantio será implantado em uma área de aproximadamente 16.74 ha, dividida em 4 talhões através de aceiros com 6 m de largura, conforme ilustrado na figura 3. Cada talhão tem as suas medidas descritas na tabela 1: Tabela 1 - Medidas dos talhões Nº L1 (m) L2 (m) L3 (m) L4 (m) L5 (m) L6 (m) L7 (m) Área (ha) 1 184.64 203.53 191 212.94 - - - 3.94 2 191.17 206.86 200.17 227.41 - - - 4.23 3 211.02 185.30 212.51 206.25 - - - 4.14 4 101.94 49.18 47.43 124.82 130.19 211.07 203.25 4.43 Para o plantio serão utilizadas as instalações existentes no setor da Engenharia Florestal, que conta com 1 viveiro florestal com sistema irrigação por aspersor invertido, casa de alvenaria com banheiro e uma área para ser utilizada como pátio de rustificação das mudas de seringueira. Figura 3 - Localização dos talhões, estradas primárias e aceiros 5 4. ASPECTOS SILVICULTURAIS 4.1 Descrição da espécie Segundo Lorenzi (1992), a seringueira (Hevea brasiliensis), também conhecida como seringa, seringa-verdadeira, cau-chu, árvore de borracha. É uma planta lactescente, pertencente à família Euphorbiaceae, podendo chegar à 30m de altura e seu tronco até 60cm de diâmetro (figura 4). Sendo característico da espécie folhas compostas trifolioladas, com folíolos membranáceos e glabos. Figura 4 - Seringueira (LORENZI, 1992) A planta é semidecídua, heliófita ou esciófita (podendo desenvolver-se em lugares sombreados); sua floração ocorre a partir agosto e prolonga-se até novembro, e os frutos amadurecem de abril a maio. A área de ocorrência dessa espécie é a região Amazônica, em lugares inundáveis, preferencialmente em solos argilosos e férteis. Sendo mais de 11 espécies de seringueira existentes na floresta amazônica A madeira da seringueira é de baixa densidade (0,45 g/cm³), usada para caixotaria e forros, porém o maior valor dessa espécie reside no látex, obtido do tronco,que é transformado em borracha. As suas sementes (figura 5), são utilizadas na indústria tintas e vernizes como óleo secativo. Devido a esses fatores constituiu-se plantios dessa espécie no Brasil tropical (LORENZI, 1992). 6 4.2 Práticas culturais As mudas que serão utilizadas neste projeto, são produzidas por meio da enxertia, que garante uma maior produção de látex no momento de exploração do que plântulas provenientes de plantios de sementes (BOTELHO, 2016), estas estarão adequadas para o plantio após dois lançamentos foliares maduros da muda e o cavalo do enxerto vigoroso. Sendo escolhidas as mais vigorosas e livres de pragas e doenças (GONÇALVES, 2017). A época do plantio mais favorável é no início da estação chuvosa, para tanto deverá se ater a permanência de vegetação para o controle de erosão. O plantio será realizado em nível, onde as covas serão abertas com o uso de cavadeiras, sendo a dimensão da cova de 0,4 x 0,4 x 0,5m. O espaçamento que deve ser utilizado é o de 7 x 2,5m (IAC, 2004). Deverá ser realizado a adubação em todas as fases de desenvolvimento, pois o desequilíbrio nutricional pode afetar a produção de látex. Para garantir o desenvolvimento uniforme do seringal, serão aplicadas as seguintes práticas culturais, recomendadas por Pereira et al., 1985, sendo elas: a) Indução de copas Para esta cultura é necessário que seja feito a indução de copas, para obtenção de um maior incremento radial do tronco. Para a indução, poderá ser realizada um desses quatro processos ou a combinação destes numa operação, sendo elas: a decepagem; anelamento; eliminação do broto terminal e cobertura do broto apical. Essas operações serão utilizadas se as plantas não apresentarem esgalhamento natural, na altura de 2,2 a 2,5m. Figura 5 - Semente de seringueira (HEVEABRASIL, 2017). 7 b) Decepagem A decepagem é um processo mais drástico, onde será podado a haste principal em torno de 2,5 m de altura. Tendo sempre o cuidado de que na execução a decepagem deve ser feita próxima e imediatamente abaixo de uma roseta de lançamentos. c) Anelamento O anelamento deverá ser feito com canivete de enxertia, que removerá dois pequenos aneis da casca, forçando assim a brotação de ramos laterais na região anelada. A eliminação do broto apical é feita no início do seu desenvolvimento, por volta de 12 meses após o plantio, sendo assim menos drástico do que a decepagem. É provocado a brotação das gemas axilares. No processo de cobertura do broto apical, as folhas do lançamento subapical são dobradas, de forma que cubram o broto apical. Esse processo pode ser realizado a partir de 12 meses após o plantio, quando a planta não apresentar esgalhamento natural, na altura aproximada de 2,5 m. d) Desbrota de ramos Será realizado durante o manejo do plantio a desbrota de ramos do porta- enxerto e nas hastes laterais, a poda dessas ramificações, até a altura que se deseja a formação de copa, sendo esta altura de 2,0 a 2,5 m livre de brotações. O período de realização dessa operação ocorre a partir do plantio da muda, até o término do terceiro ano; tempo em que a planta já possua o porto em altura livre de ramificações. e) Controle de plantas daninhas As plantas infestantes podem causar sérios danos no rendimento do seringal, para tanto, deverá ser realizado o controle preventivo, para tais espécies indesejáveis. Será feita a aplicação de herbicidas pré emergentes até 10 dias após o plantio das mudas, segundo GONÇALVES (2017) os herbicidas cadastrados para a seringueira são: atrazine, imazapyr; simazine e trifluralina. Uma vez que, será optado por um desses herbicidas para a execução do controle. 8 Serão feitas três aplicações de herbicidas pré e pós emergentes no primeiro ano, e no segundo e terceiro ano serão realizadas quatro aplicações de três em três meses. Após esse período não se faz mais necessária a aplicação do herbicida, pois o sombreamento da própria planta impede o desenvolvimento das espécies invasoras (BOTELHO, 2016). f) Controle de doenças O controle de doenças será realizado a partir de observações dos sintomas nas plantas, além da tomada de medidas fitossanitárias necessárias para o bom desenvolvimento da cultura. 5. MANUTENÇÕES ANUAIS 5.1 Manutenções de estradas e aceiros Segundo Pruski (2006), um dos principais fatores de degradação de estradas e aceiros é a erosão provocada pela água no leito e nas margens. Isso se dá, devido ao fato da infiltração da água ser muito baixa, seja por causa da impermeabilização causada pela compactação do solo. Para minimizar esse problema, é essencial que haja um sistema de drenagem eficiente, capaz de evitar o acúmulo de água sobre o leito. 5.2 Combate a formiga Segundo Botelho (2016), o combate a formigas (Figura 6) é necessário podendo comprometer o desenvolvimento das plantas. Será realizado nos três primeiros anos do plantio, a cada 3 meses, sendo 12 aplicações no total; onde para cada hectare serão utilizados 2 kg de isca granulada. Figura 6 – Formigueiros em um talhão de seringueira (BOTELHO, 2016). 9 5.3 Vigilância contra incêndios Para vigilância contra incêndios no plantio, será feito rondas periódicas para detecção de possíveis focos de incêndio, como exemplo após chuvas com ocorrência de descargas elétricas que podem iniciar focos de incêndio no plantio. Essas medidas preventivas reduzem os riscos de propagação do fogo, sendo uma das etapas mais importantes no plano de proteção contra incêndios (RIBEIRO, 2004). 6. SISTEMA DE SANGRIA As atividades de exploração do seringal visam obter o látex, garantir a conservação, maior produtividade e vida útil do seringal. A borracha natural é derivada do Látex, que é obtido a partir da sangria das seringueiras, sendo que está é considerada a operação mais importante, devido está relacionada diretamente ao produto final, assim como relatado por Silva et al. (2007). Para produzir a borracha é necessário realizar as seguintes operações: 6.1. Avaliação do seringal Dentre as etapas de explotação, a primeira operação a ser realizada é a avaliação da floresta de seringueira, no qual, será identificado as árvores aptas a extração do látex, de acordo com os padrões técnicos, essa avaliação de aptidão relaciona- se com exigências para realizar a sangria, cujo a árvore deverá possuir no mínimo uma circunferência 45 cm de tronco, espessura de casca de 6 mm e 1,30 m de altura, conforme Benesi et al. (2000). As atividades realizadas nesta etapa serão: medição dos indivíduos do povoamento, com auxilio fita métrica, hipsômetro e régua graduada, marcação das árvores, que pode ser com cal hidratada, tinta óleo e pincel comum e após realizar a marcação deve indicar no croqui do povoamento as árvores aptas a realização da sangria, segundo a recomendação de Benesi et al. (2000). 6.2. Sangria Essa atividade baseia-se em uma raspagem fina na casca da árvore para extração do látex (figura 7), conforme definido por Benesi et al. (2000). Através de um estudo realizado por Silva et al. (2007), que analisou o desempenho produtivo e os 10 aspectos econômicos de três tipos clones de seringueira, sob nove sistemas de sangria, na região do Cerrado. As variáveis observadas durante o desenvolvimento da pesquisa foi: perímetro do caule, produtividade de borracha seca, secagem do painel e viabilidade econômica dos sistemas de sangria. Analisando os resultados obtidos no estudo, foi que o sistema que se demonstrou maior potencial é o método ½S, conhecido também como meia espiral (figura 8), pois este apresentou maior produtividade,maior viabilidade econômica e otimização quanto aos aspectos fisiológicos da planta. Por isso, dentre todos os sistemas utilizados para realizar a sangria, o que demonstrou-se ser o mais adequado para retida do látex na região é o método meia espiral. A sangria será realizada com intuito de garantir maior produtividade, menor consumo de casca e custo de produção, e aumentar a vida útil do seringal. A sangria será realizada a cada 4 dias, de acordo com Benesi et al. (2000), este é a frequência Figura 7 - Ilustração da sangria e escoamento do látex. Figura 8 - Representação do corte meia espiral ou ½S. 11 que ocorre melhor eficiência, já que pequenos intervalos aumentam o consumo de casca e a intensificam a mão-de-obra e grandes intervalos reduz a produção. 6.3. Abertura do painel Nos meses de fevereiro e setembro, época indicada por ser a de menor incidência de doenças, é necessário realiza a abertura do painel, atividade que é definida como etapa de preparação da árvore para sangria. Os instrumentos e materiais necessários para abertura do painel são: riscador (figura 9b), faca "Jebong", paquímetro, marcador de consumo de casca e a bandeira. Essa atividade é dividida em uma série de operações, conforme Benesi et al. (2000) e Pereira et al. (2001): Primeira realizar a mensuração e marcar a circunferência do tronco a 1,20 m do solo. Dividir longitudinalmente o tronco da árvore em duas partes iguais, no qual, cada uma irá constituir um painel, e com auxílio riscador realizar a marcação de duas linhas de geratrizes, sendo que estas devem permanecer no sentido oposto a linha de plantio, essas geratrizes irão delimitar a extensão do corte, assim como demonstrado na figura 8a. Próximo etapa é marca o ângulo de corte, que deve ser de 35º do sentido da esquerda para direita, em relação ao plano horizontal, para isso será necessário utiliza a bandeira (figura 9c), que é usada como gabarito para marcar a linha de corte no ângulo desejado e com a inclinação correta, o riscador deve seguir a inclinação da bandeira e deve ser posicionado entre as geratrizes (figura 9d), isso irá constituir um painel. Com a ¨Jebong”, uma faca própria para abertura, realizar o aprofundamento da faca no tronco até restar no mínimo 2 mm de casca perto do tronco, no sentido de cima para baixo, deve ser retirado a casca de 2 a 2,5 cm, com isso será formado uma rampa uniforme, que deverá se conectar com uma canaleta, local onde haverá escoamento do látex, como pode ser observado na figura 9e. O aprofundamento do corte será realizado conforme demostrado da na figura 9g, raspa-se as laterais até que tocar na superfície da faca. Na figurar 9h, está sendo ilustrado como o operário deve realizar a raspagem de abertura do painel 12 e na figura 10i, estar sendo demostrado uma árvore pronta para próxima etapa, no qual, recebe a bica e a caneca coletora de látex. Figura 9 - Processos de abertura do painel. 13 6.4. Disposição do equipamento de sangria Benesi et al. (2000) e Pereira et al. (2001), relataram que depois que os painéis estiverem abertos, deve-se colocar na árvore os equipamentos que coletarão o látex, sendo eles: bica, caneca e arame. Os procedimentos de disposição dos equipamentos são: a 1 cm abaixo da canaleta, da segunda geratriz coloque a bica, em seguida fixe a caneca plástica no suporte da bica amarrando-a na árvore com arames, assim como demonstrado na figura 10. 6.5. Aplicação de fungicida Conforme Benesi et al. (2000), a necessidade de proteger o povoamento contra ataques de doenças fungicas, devido a maior suscetibilidade pela exposição do caule da árvore, que podem promover uma redução na produtividade, por isso medidas preventivas devem ser tomadas. Assim deverá ser feito aplicação de uma calda a cada 10 dias. Os materiais necessários são: produto químicos com pincel ou bomba costal, balde, fungicidas e pá de madeira. 6.6. Execução da sangria Benesi et al. (2000), faz referência a abertura dos vasos laticíferos, que resultam no escoamento do látex, porém caso o corte seja muito profundo o câmbio pode ser atingido, e isso impossibilita a regeneração da casca e isto inviabiliza as Figura 10- Representação da disposição da bica e da caneca coletora. 14 próximas sangrias, a profundidade ideal de corte é de 1,5 mm de casca. Os materiais utilizados são: faca “Jebong”, canivete, recipiente, plástico de ½ litro, uma esponja, pedra de amolar, solução desinfetante, vasilha, plástica e paquímetro. O período de 12 às 14 horas deve-se evitar a sangria, devido à alta temperatura. 6.7. Coagulação do látex De acordo com Benesi et al. (2000), nesta etapa ocorre a transformação do látex, que passa do estado líquido para sólido (figura 11), está mudança acontece naturalmente e em um período de 48 horas, para evitar perdas utiliza-se o produto químico, o ácido acético glacial. Os procedimentos realizados nesta devem ser: em um recipiente contendo água, dilua a quantidade indicada de ácido acético, após armazene a substancia em um recipiente para aplica-lo. 6.8. Coleta e armazenagem Etapa de retirada da produção de látex coagulado das árvores em sangria, no qual, deve-se retirar o coágulo das canecas, e armazena-los em recipientes e leva-los para local de armazenagem, sendo que este deve ser bem acondicionado, apresentar boas condições, fluxo de ar livre, temperatura ambiente, sem contato direto com radiação solar e chuvas, assim como descrito por Benesi et al. (2000). Figura 11- Ilustração da mudança de estado do látex. 15 7. ESTIMATIVA DE RECEITAS E CUSTOS 7.1 Receitas Apesar da seringueira começar a produzir no sexto ano de plantio, a sua produtividade ainda varia, sendo 600kg/ha no primeiro ano de produção, 1000kg/ha no segundo ano, 1300kg/ha no quarto e quinto ano e 1650kg/ha, a partir do sexto ano (SANCHES et al., 2008). Adotando um espaçamento de 2,5m x 7m, a estimativa de produção anual de látex das seringueiras, em quilogramas, está ilustrada na tabela 1. O preço considerado para venda do látex foi de R$ 2,80 o quilograma, conforme relatado por (ABAPOR, 2017; HEVEABRASIL,2017). Tabela 1 - Estimativas de produção anual (kg) Talhão Área (ha) Nº de plantas Anos 6 Anos 7 Ano 8 ao 9 Ano 10 ao 21 1 3.94 2246 2592.52 4318.24 5614.5 7127 2 4.23 2411 2783.34 4636.08 6027.75 7652 3 4.14 2360 2724.12 4537.44 5899.5 7489 4 4.43 2525 2914.94 4855.28 6312.75 8014 Total 16.74 9542 11014.92 18347.04 23854.5 30282.66 Fonte: (SANCHES et al., 2008) 7.2 Custos a) Custos de implantação Para estimativa dos custos, foram considerados os valores propostos por Sanches et al. (2008) para a implantação de 38.32 hectares de seringueira, conforme ilustrado na tabela 2. Tabela 2 – Custos de implantação (R$) da seringueira, sendo V.U – valor unitário; Rend. – rendimento e Qtd – quantidade. Descrição Especificação V.U Ano 0 Rend. Qtd. Total A – OPERAÇÕES MECANIZADAS Preparo de Solo Aplicação Herbicida HM Tp 75cv + Pulverizador 40,55 0,70 26,8 1.087.71 Gradagem Pesada HM Tp 125cv 4x4 gr ar. 24x26” 79,50 1,00 38,3 3.046.44 Gradagem niveladora (2x) HM Tp 125cv 4x4 gr ar. 52x20 76,15 0,75 57,5 4.377.10 16 Construção de Niveladas HM Tp 125cv 4x4 + Implemento 79,20 0,75 28,7 2.276.21 Implantação Sulc. da Linha de Plantio HM Tp 110cv + sulcador 1 linha 71,81 0,50 19,2 1.375,88 Instalação equip. irrigação HM Tp 85cv + implemento 42,30 0,50 19,2 810,47 Distribuição de mudas HM Tp 85 cv + carreta 42,30 2,00 76,6 3.241,87 Tratos culturais Calagem HM Tp 85cv + implemento 44,27 1,00 38,3 1.696,43Pulverizador adubo foliar HM Tp 75cv 4x2 + pulverizador 40,55 0,25 28,7 1.165,41 Adubação em cobertura HM Tp 75cv + implemento 44,55 0,10 11,5 512,15 Aplicação Herbicida HMTp 75cv 4x2 + pulverizador 44,55 0,70 26,8 1.195,01 Subtotal A Custo Hora Máquina 20.784,67 B – OPERAÇÕES MANUAIS Preparo de Solo Calagem Homem-dia 34,22 0,10 3,8 131,12 Implantação Prep. Estaca/Demarc. Cova Homem-dia 34,22 1E-04 2,5 85,37 Abertura de Cova Homem-dia 34,22 0,004 87,9 3.008,70 Adubação de Cobertura Homem-dia 34,22 0,001 10,0 341,49 Plantio Homem-dia 34,22 0,01 199,6 6.829,74 Replantio Homem-dia 34,22 0,01 10,0 341,49 Tratos culturais Irrigação Homem-dia 34,22 1E-04 598,8 20.489,23 Capinagem manual Homem-dia 34,22 0,02 443,5 15.177,20 Controle de Formigas (12x) Homem-dia 34,22 0,50 19,2 655,66 Subtotal B Custo Mão de obra 47.060,00 C – INSUMOS (CIF) Fertilizantes Calcário dolomítico R$/tonelada 75,00 2,00 76,6 5.748,00 Adubo fertirrigação R$/Kg 698,5 2.794,17 Sulfato de Zinco R$/tonelada 0,1996 239,50 Adubo NPK R$/tonelada 2,0 1.676,50 Fitossanitários Fungicidas R$/Kg 34,22 1E-04 2,5 85,37 Formicida R$/Kg 34,22 0,004 87,9 3.008,70 Pós-emergente R$/litro 34,22 0,001 10,0 341,49 Subtotal C Custo Insumos 47.060,00 D – MUDAS (FOB) Mudas Mudas R$/tonelada 2,80 2,00 20.956,30 58.677,50 17 Subtotal D Custo Mudas 58.677,50 E – EQUIPAMENTOS (CIF) Equipamentos Equipamento irrigação R$/ha 2.000,00 1,00 38,3 76.640,00 Energia elétrica R$/ha 5,12 5,33 204,4 1.046,39 Subtotal E Custo Equipamentos 77.686,39 F – OUTROS SERVIÇOS Depreciação da Cultura % Subtotal (A+B+C+D+E) 2,20% 4.737,47 Assessoramento técnico Custo anual ASTEC 5,00% 10.766,97 Frete e transporte interno Sub total(A+B+C) 18% 26.195,59 Impostos % Receitas 0,00% 0 Custos diversos Percentagem 0% 0 Subtotal F 41.700,03 CUSTO OPERACIONAL – (R$/38,32HA) 257.039,47 CUSTO (R$/HA/ANO) 6.707,71 Fonte: (CRUZ, 2007 apud SANCHES et al., 2008) Considerando o custo para implantação de 1 hectare de seringueira é estimado em R$ 6,707.71, podendo esse valor mudar, caso ocorra alterações na metodologia aplicada. Vale ressaltar que não foi considerado nesse cálculo, os custos de construção de viveiros, uma vez que a fazenda experimental da UEMS já possui essas instalações. b) Custos de condução Para estimativa dos custos, foram considerados os valores propostos por Sanches et al. (2008) para ano 1 ao ano 5 do plantio, cujos os valores estão ilustrados na tabela 3. Tabela 3 - Custos de manutenção (R$) do seringal do ano 1 ao ano 5. Descrição Especificação Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 A – OPERAÇÕES MECANIZADAS Subtotal A Custo Hora Máquina 11042,00 8709,77 4350,72 6302,59 5117,04 B – OPERAÇÕES MANUAIS Subtotal B Custo Mão de obra 11042,00 8709,77 4350,72 6302,59 5117,04 C – INSUMOS (CIF) 18 Subtotal C Custo Insumos 11042,00 8709,77 4350,72 6302,59 5117,04 D – EQUIPAMENTOS (CIF) Subtotal D Custo Equipamentos 11042,00 8709,77 4350,72 6302,59 5117,04 E – OUTROS SERVIÇOS Subtotal E 11042,00 8709,77 4350,72 6302,59 5117,04 CUSTO OPERACIONAL 24721,00 16023,00 8449,40 11221,50 9768,28 CUSTO (R$/HA/ANO) 645,12 418,14 220,50 292,84 254,91 Fonte: (CRUZ, 2007 apud SANCHES et al., 2008) Baseando-se nesses valores, estima-se que os seguintes custos de condução para a área de plantio de 16,74 hectares: Ano 1 – R$ 10.799,31 Ano 2 – R$ 6.999,66 Ano 3 – R$ 3.691,17 Ano 4 – R$ 4.902,14 Ano 5 – R$ 4.267,19 c) Custos de produção A partir do 6º ano, os custos de exploração têm início com a atividade de sangria dos painéis para a retirada do látex. Para estimativa dos custos, foram considerados os valores propostos pelo Sanches et al. (2008), ilustrados na tabela 4. Tabela 4 - Custos de produção do seringal (R$) a partir do ano 6. DESCRIÇÃO ESPECIFICAÇÃO Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 A – OPERAÇÕES MECANIZADAS Subtotal A Custo Hora Máquina 8640,24 8680,71 9534,28 8680,71 9534,28 B – OPERAÇÕES MANUAIS Subtotal B Custo Mão de obra 36605,90 47296,60 55480,60 55480,60 55480,60 C – INSUMOS (CIF) Subtotal C Custo Insumos 872,16 872,16 872,16 872,16 872,16 D – EQUIPAMENTOS (CIF) Subtotal D Custo Equipamentos 24621,20 1046,39 1046,39 1046,39 1046,39 E – OUTROS SERVIÇOS 19 Subtotal E 17669,40 14432,80 16710,20 16495,10 16710,20 CUSTO OPERACIONAL 88408,80 72328,60 83643,70 82575,00 83643,70 CUSTO (R$/HA/ANO) 2307,12 1887,49 2182,77 2154,88 2182,77 DESCRIÇÃO ESPECIFICAÇÃO Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 - 21 A – OPERAÇÕES MECANIZADAS Subtotal A Custo Hora Máquina 8680,71 9534,28 8680,71 9534,28 9534,28 B – OPERAÇÕES MANUAIS Subtotal B Custo Mão de obra 55702,00 55480,60 55480,60 55480,60 55252,59 C – INSUMOS (CIF) Subtotal C Custo Insumos 872,16 872,16 872,16 872,16 872,16 D – EQUIPAMENTOS (CIF) Subtotal D Custo Equipamentos 1046,39 1046,39 1046,39 1046,39 1046,39 E – OUTROS SERVIÇOS Subtotal E 16550,90 16710,20 16495,10 16710,20 16652,78 CUSTO OPERACIONAL 82852,20 83643,70 82575,00 83643,70 83358,21 CUSTO (R$/HA/ANO) 2162,11 2182,77 2154,88 2182,77 2175,32 Fonte: (CRUZ, 2007 apud SANCHES et al., 2008) 8. ANÁLISE ECONÔMICA Para a análise econômica do projeto foram realizadas simulações considerando um planejamento de 21 anos para o projeto, conforme feito por Sanches et al. (2008) em sua pesquisa. 8.1 Tempo de retorno do capital investido (Pay Back) Trata-se do tempo necessário para que o investimento reponha os recursos nele aplicados (REZENDE et al., 2013). Na tabela 5 demonstra que no ano 11 do plantio, a diferença entre as somas das receitas e do custo será positiva, o que significa que a UEMS, terá o retorno do investimento feito no projeto, em aproximadamente 11,01 anos, ou seja, 6 anos após o início da produção de látex, o plantio de seringueira já terá pago o investimento. Tabela 5 - Valores das somatórias das receitas e dos custos ao decorrer dos anos Ano Soma dos custos (R$) Soma das receitas (R$) Saldo (R$) 0 112,287.07 - - 112,287.07 20 1 123,0866.37 - - 123,086.37 2 130,086.04 - - 130,086.04 3 133,777.21 - - 133,777.21 4 138,679.35 - - 138,679.35 5 142,946.54 - - 142,946.54 6 181,567.73 30,841.78 - 150,725.96 7 213,164.31 82,213.49 -130,950.83 8 249,703.88 149,006.09 - 100,697.80 9 285,776.58 233,797.54 - 51,979.04 10 322,316.15 318,588.98 - 3,727.16 11 358,509.87 403,380.43 44,870.57 12 395,049.44 488,171.88 93,122.44 13 431,122.13 572,963.33 141,841.20 8.2 Valor Presente Líquido (VPL) De acordo com Rezende et al. (2013), o VPL de um projeto florestal pode ser definido como a soma algébrica dos valores descontados do fluxo de caixa a ele associado. 𝑉𝑃𝐿 = ∑ 𝑅𝑗 (1 + 𝑖)−𝑗 𝑛 𝑗=0 − ∑ 𝐶𝑗 (1 + 𝑖)−𝑗 𝑛 𝑗=0 Onde: Cj = custo no final do ano j ou período de tempo considerado; Rj = receita no final do ano j ou do período de tempo considerado C0 = custo inicial do investimento; i = taxa de desconto; n = duração do projeto, em anos, ou em número de períodos de tempo. 21 Na tabela 6, está descrito as estimativas de custo, receita e produção dos 16,74 hectares do plantio de seringueira ao longo de 21 anos. Tabela 6 - Custo, receita e produção anual do plantio de seringueira Ano Atividades Custo Produção (kg) Receita 0 Implantação Seringueira R$112,287.07 - - 1 Manutenção R$10,799.31 - - 2 Manutenção R$6,999.66 - - 3 Manutenção R$3,691.17 - - 4 Manutenção R$4,902.14 - - 5 ManutençãoR$4,267.19 - - 6 Manutenção/Produção R$38,621.19 11014.9 R$30,841.78 7 Manutenção/Produção R$31,596.58 18347.0 R$51,371.71 8 Manutenção/Produção R$36,539.57 23854.5 R$66,792.60 9 Manutenção/Produção R$36,072.69 30282.7 R$84,791.45 10 Manutenção/Produção R$36,539.57 30282.7 R$84,791.45 11 Manutenção/Produção R$36,193.72 30282.7 R$84,791.45 12 Manutenção/Produção R$36,539.57 30282.7 R$84,791.45 13 Manutenção/Produção R$36,072.69 30282.7 R$84,791.45 14 Manutenção/Produção R$36,539.57 30282.7 R$84,791.45 15 Manutenção/Produção R$36,414.86 30282.7 R$84,791.45 16 Manutenção/Produção R$36,414.86 30282.7 R$84,791.45 17 Manutenção/Produção R$36,414.86 30282.7 R$84,791.45 18 Manutenção/Produção R$36,414.86 30282.7 R$84,791.45 19 Manutenção/Produção R$36,414.86 30282.7 R$84,791.45 20 Manutenção/Produção R$36,414.86 30282.7 R$84,791.45 21 Manutenção/Produção R$36,414.86 30282.7 R$84,791.45 R$722,565.69 446891.04 R$1,251,294.91 Considerando para o projeto, uma taxa de desconto de 10%, o valor de VPL obtido foi de R$ 43,719.11, ou seja, uma média de R$ 2,611.66/ha. Esse valor é menor 22 que o VPL obtido por Sanches et al. (2008), R$10,051.63 por hectare, porém, na época do estudo, ocorreu período intenso de chuvas na região da Malásia, principal produtora de látex, o que fez com que o preço disparasse para mais de R$ 4,00 diferente do preço atual, em torno de R$ 2,80 (ABAPOR, 2017; HEVEABRASIL, 2017). 8.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) A taxa interna de retorno é a taxa anual de retorno do capital investido, conforme relatado por Rezende et al. (2013). Segundo o autor, ela é importante pois permite analisar se a rentabilidade de um determinado projeto é capaz de ser superior, inferior ou igual ao custo do capital quer será utilizada para bancar o projeto. O projeto apresentou uma taxa interna de retorno (TIR) de 9,0%, apesar de ser um valor razoável, deve-se levar em consideração as altas taxas de juros no Brasil e a propensão aos riscos que os projetos possuem, que juntos podem diminuir a atratividades desses projetos, mesmo que se apresentem viáveis (COTTA et al., 2006). 8.4 Custo (ou Benefício) Periódico Equivalente (BPE) O benefício periódico equivalente transforma o VPL em lucros anuais (SANCHES et al., 2008; REZENDE et al., 2013). Para um projeto ser considerado economicamente viável, é interessante que o valor de BPE seja positivo e o maior possível (REZENDE et al., 2013). O valor de BPE pode ser obtido através da seguinte fórmula: 𝐵𝑃𝐸 = 𝑉𝑃𝐿[(1 + 𝑖)𝑡 − 1](1 + 𝑖)𝑛𝑡 (1 + 𝑖)𝑛𝑡 − 1 Onde: VPL – valor presente líquido; n – duração do projeto (anos) t – número de períodos de tempo (anos) i – taxa de juros ou de desconto O projeto apresentou um valor de BPE de R$ 5.055,00, dando em média R$ 301,97 por hectare. 23 8.5 Custo Médio de Produção O Custo Médio de Produção (CMP) é o custo total do projeto por unidade de produção, conforme relatado por Rezende et al. (2013). Pode-se calcular o CMP, pela seguinte fórmula: 𝐶𝑀𝑃 = ∑ 𝐶𝑇𝑗𝑛𝑗=0 ∑ 𝑄𝑇𝑗𝑛𝑗=0 Onde: CTj – Custo Total Atualizado QTj – Produção Total Equivalente O custo médio de produção do coágulo (R$/kg) obtido no seringal foi de R$2,50. 8.6 Razão Custo/Benefício Trata-se de uma relação entre o valor presente dos benefícios e o valor presente dos custos, para dada taxa de desconto (REZENDE et al., 2013). Para que um projeto seja viável economicamente, o valor de R(i) maior que a unidade. Para o seu cálculo, utiliza-se a seguinte fórmula: 𝑅(𝑖) = 𝑉𝐵(𝑖) 𝑉𝐶(𝑖) Onde: R(i) – razão benefício-custo à taxa de desconto i; VB(i) – valor presente à taxa i da sequência de benefícios VC(i) – valor presente à taxa i da sucessão de custos Para o presente projeto estima-se que a razão custo/benefício seja de 1,12, ou seja, para cada R$ 1,00 investido, ocorrerá R$ 0,12 de retorno. 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente projeto demonstra que a implantação de um seringal em uma área de 16,74 hectares dentro da Fazenda experimental da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul é viável dentro do aspecto econômico, como foi demonstrado pela 24 análise econômica. Vale ressaltar o impacto que este plantio vai ter dentro da instituição devido ao fato de possibilitar uma série de pesquisas científicas relacionados a produção de látex, contribuindo ainda mais para fortalecer essa atividade, principalmente em Aquidauana e região. 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