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O Planeta Terra e sua Estrutura Interna O UNIVERSO O UNIVERSO GALAXIAS + DE 100 000 ANOS LUZ GALAXIAS E SUAS DIMENSÕES A Via Lactea Centenas de Bilhões de estrelas SOL SISTEMA SOLAR SISTEMA SOLAR (cinturão de asteróide) 8,7 MILHÕES 7,2 BILHÕES PLANETA TERRA DADOS DO PLANETA Teixeira, 2000 Teixeira, 2000 Teixeira, 2000 Provoca uma intensa aceleração centrífuga - Achatamento dos pólos Gravidade da Terra: No Equador = 9,78 m/s2 Nos Pólos = 9,81 m/s2 Na Lua= 1/6 da terra Densidade da Terra: - Densidade média da Terra: ρ = 5,527 g/cm3 - Densidade média da Crosta: ρ = 2,76 g/cm3 - Volume de 1,083 1012 Km3 Massa da Terra: M = 6.1029 g FORMA DO PLANETA COMPOSIÇÃO DA TERRA Várias camadas concêntricas com propriedades físicas e químicas distintas. 1.Parte Externa: -Litosfera: camada sólida superficial (superfície rochosa) -Hidrosfera: camada líquida (oceanos) -Atmosfera: camada gasosa -Biosfera: espaço onde ocorre vida (camadas sólida, líquida e gasosa) Estas camadas trocam matéria e energia entre si. Por exemplo, o Ciclo Hidrológico. 2. Parte Interna: O reconhecimento das camadas internas da Terra se dá com base nos seguintes métodos: I. Observações da densidade e da gravidade da Terra II. b) Estudos sismológicos através da propagação das ondas sísmicas no subsolo terrestre III. c) Análise de amostras meteoritos que atingiram a superfície terrestre. COMPOSIÇÃO DA TERRA Ondas sísmicas: Quando ocorre rupturas na litosfera são geradas vibrações sísmicas que se propagam em todas as direções na forma de onda. Ou explosões em uma pedreira, que podem ser sentidas em grandes distâncias. COMPOSIÇÃO DA TERRA Teixeira, 2000 CLASSIFICAÇÃO DAS ONDAS - Ondas P: Movimento do epicentro para a estação, sendo que esta vibrações são paralelas a direção de propagação e portanto longitudinal - Ondas S: Quando a vibração é perpendicular a direção de propagação é chamada de onda transversal ou S - Onda Rayieigh: Ondas superficiais que é uma combinação de ondas P e S, onde as partículas apresentam movimento elíptico - Ondas Love: Quando as oscilações são horizontais transversais Teixeira, 2000 Teixeira, 2000 VELOCIDADE DAS ONDAS Teixeira, 2000 ESTRUTURA INTERNA DA TERRA Lei de Snell e curvas tempo-distância Como qualquer outro fenômeno ondulatório (por exemplo a luz), a direção de propagação das ondas sísmicas mudam (refrata) ao passar em um meio com velocidade V1 para um meio com velocidade V2. Nesta interface a também a conversão de onda P para S e S para P. A REFRAÇÃO Teixeira, 2000 Teixeira, 2000 TRAGETÓRIA DE ONDAS Quando o meio é composto por diversas camadas horizontais a onda faz uma curvas. Teixeira, 2000 TRAGETÓRIA DE ONDAS Quando o meio é composto por camadas de diferentes materiais ou meios ocorre o chamado “zona de sombra” Te ix ei ra , 2 0 0 0 CAMADAS INTERNAS Teixeira, 2000 Teixeira, 2000 CAMADAS INTERNAS Teixeira, 2000 Teixeira, 2000 CROSTA TERRESTRE CROSTA CONTINENTAL E CROSTA OCEÂNICA - Crosta continental - 30 - 80 km - Dividida em duas partes pela descontinuidade de Conrad - Rochas de maior densidade e rochas de menor densidade - Porém sugere-se ainda uma terceira divisão CROSTA TERRESTRE - Crosta oceânica - 7,5 km média e algumas partes 3 a 4 vezes esta profundidade (60 km) - Divide-se em três camadas sendo que as vezes o manto superior é denominado 4 camada Teixeira, 2000 Teixeira, 2000 MANTO É a camada que se segue à crosta, estendendo-se até uma profundidade com cerca de 2900 km. O manto é dividido em basicamente duas camadas: Manto superior : Localizado logo abaixo da descontinuidade de Mohorovicic, estende-se até uma profundidade de aproximadamente 700 km, sendo formado por uma crosta, a litosfera, logo abaixo situa-se uma zona de transição com diferenças na velocidade de ondas chamada de manto transicional. Manto inferior: Estende-se abaixo do manto superior e o transicional, é constituído por material rochoso. O manto inferior e a parte rígida do manto superior, situada por baixo da astenosfera, formam uma camada que se chama mesosfera. Teixeira, 2000 NÚCLEO Ocupa o centro da Terra, a partir dos 2900 km de profundidade, seu inicio é caracterizado pela descontinuidade de Gutemberg. É dividido em duas camadas: Núcleo externo: É líquido, devido às enormes temperaturas que se fazem sentir nesta camada, e é constituído por ferro e níquel. Estende-se até uma profundidade com cerca de 5170 km. Núcleo interno: É sólido, devido às enormes pressões que está sujeito. É constituído, essencialmente, por ferro e níquel e tem um raio aproximado de 1300 km. O núcleo interno e o núcleo externo formam uma camada designada endosfera. Teixeira, 2000 Pesquisas recentes indicam temperaturas próximas a 6000 graus CelsiusTeixeira, 2000 Teixeira, 2000 QUAL A IDADE DA TERRA CONCEITOS MEDIEVAIS ESCALA DE TEMPO GEOLÓGICO IDADE DA TERRA - Em 1654, o arcebispo irlandês Ussher baseou-se na Bíblia e inferiu a idade da Terra em 4.004 anos A.C. - Em 1862, Lorde Kelvin calculou a idade da Terra com base em seu resfriamento em torno de 20 a 40 milhões de anos - Já John Joly, em 1899, tomou como base na quantidade de cloreto de sódio existente na água dos oceanos, chegando a valores de 100 a 200 milhões de anos - Com os estudos da desintegração radioativa, no início do século 20, acredita-se que a origem da Terra tenha ocorrido a aproximadamente 4,5 bilhões de anos - A rocha mais antiga datada na superfície terrestre foi encontrada na Groelândia com idade de 3,9 bilhões de anos TEMPO GEOLÓGICO - DATAÇÃO RELATIVA Os métodos de datação relativa foram os primeiros a serem desenvolvidos, pois não dependiam de desenvolvimento tecnológico e sim do entendimento de processos geológicos básicos e do registro desses processos. - DATAÇÃO ABSOLUTA Progressão do conhecimento sobre os processos geológicos (salinidade do mar constante, produção de calor por decaimento radioativo) e o surgimento de novas tecnologias (métodos de datação radiométricas) DATAÇÃO RELATIVA - Superposição (Steno, 1669): Os sedimentos se depositam em camadas, as mais velhas na base e as mais novas sucessivamente acima - Horizontalidade original (Steno, 1669): Depósitos sedimentares se acumulam em camadas sucessivas dispostas de modo horizontal - Continuidade lateral (Steno, 1669): Camadas sedimentares são, continuas, estendendo-se ate as margens da bacia de acumulação, ou se afinam lateralmente SEGUNDO STENO, 1669 Teixeira, 2000 Superposição Horizontalidade original Continuidade lateral - Princípio dos Fragmentos Inclusos (Hutton 1792): Este princípio de datação relativa diz que os fragmentos de rochas inclusas em corpos ígneos (intrusivos ou não) são mais antigos que as rochas ígneas nas quais estão inclusos. - Discordâncias (Hutton 1792): As discordâncias são superfícies de erosão ou não deposição, abaixo das quais pode existir qualquer tipo de rocha, mas acima das quais só podem existir rochas sedimentares. a) não conformidade, b) angular e c) desconformidade - Princípio da Sucessão Faunística (Smith 1793): Grupos de fósseis (animal ou vegetal) ocorrem no registro geológico segundo uma ordem determinada e invariável, de modo que, se esta ordem é conhecida, é possível determinar a idade relativa entre camadas a partir de seu conteúdo fossilífero. DATAÇÃO RELATIVA Teixeira, 2000 - Princípio das Relações de Corte (Hutton1792) Segundo o princípio das relações de corte uma rocha ígnea intrusiva ou falha que corte uma seqüência de rochas é mais jovem que as rochas por ela cortadas. DATAÇÃO RELATIVA Teixeira, 2000 Teixeira, 2000 DATAÇÃO ABSOLUTA - Descoberta da radioatividade (Marie, Curie e Boltwood inicio do século 20) - A matéria é constituída por elementos químicos - A grande maioria dos elementos são estáveis como o 12C e 13C, já outros elementos são instáveis como o 14C (Isótopos mesmo nº atômico e ≠ massa) - Elementos instáveis podem ser utilizados para determinar a idade absoluta dos materiais Teixeira, 2000 PASSADO RECENTE - Método radio carbono (1950 J. W. Libby) - O C14 ou radiocarbono é um isótopo radioativo natural do elemento carbono, recebendo esta numeração porque apresenta número de massa 14 (6 prótons e 8 nêutrons). Este isótopo apresenta dois nêutrons a mais no seu núcleo que o isótopo estável C12. - Forma-se nas camadas superiores da atmosfera onde os átomos de N14 são bombardeados por nêutrons contidos nos raios cósmicos: - Seres vivos mantém uma proporção constante 14C/12C - Ao morrer o organismo deixa de absorver o 14C - C14 para N14 meia vida de 5 730 anos (Diminui em uma taxa conhecida) - Então a relação começa a diminuir estabelecendo uma idade geocronológica - Dados insatisfatório em datas superior a 70 000 anos - Decaimento radioativo: Reação espontânea que ocorre no núcleo do átomo instável que se transforma em outro átomo instável ou estável - O elemento pai se transforma em elemento filho - Durante o decaimento radioativo, estudos mostram que estes não são afetados por meios físicos e químico - O processo de decaimento pode ser de três formas, todos resultando em mudanças na estrutura atômica. Decaimento Alfa, Beta e por ruptura de elétrons. DATAÇÃO ABSOLUTA Alfa: Perde 2 prótons e dois nêutrons, diminuindo seu número atômico em 2 e sua massa atômica em 4. Beta: Emissão de um elétron, transformando-se em próton Captura de elétrons: Um próton captura um elétron e se transforma em nêutron Teixeira, 2000 DATAÇÃO ABSOLUTA - Meia vida: Um elemento com 1000 átomos instáveis terá 500 átomos instáveis e 500 átomos estáveis, e após duas meia vida 250 átomos instáveis e 750 átomos estáveis - O decaimento não depende da massa - Desta forma não importa a quantidade do elemento 1 grama ou 1 Mg, o caimento radioativo será o mesmo. - Após o tempo da meia vida metade da massa original do elemento pai será convertida em elemento filho. Teixeira, 2000 Teixeira, 2000 DATAÇÃO DE UMA ROCHA - São realizadas em laboratórios específicos (Pressão e reagentes químicos super puro): - Espectrômetro de massa N= No e γt, t =(1/ γ) 1n (No/N) se No= N + F então: t= (1/ γ) 1n [1+(F/N) onde: N= nº de átomos do isótopo radioativo, medido hoje na amostra, No = Quantidade inicial do isótopo radioativo no momento do fechamento do sistema, F=nº de átomos do isótopo radiogênico, t= Tempo transcorrido desde o fechamento do sistema isotópico, γ= constante de desintegração do elemento pai - O método mais comumente utilizado é o K-Ar - Rene (Geocronologia EUA) analisou amostras de rochas da erupção do Vesúvio (Destruição de Pompéia no ano 79) no qual forneceu uma idade compatível com a idade da erupção, após análise isotópica de Argônio em uma rocha de feldspato com alto teor de K. DATAÇÃO DE UMA ROCHA DATAÇÃO DA TERRA - Claire Patterson (1956) método isotópico 207Pb-206Pb - Terra igual a dos meteoritos - Ambos se originaram na mesma época - Comparou dados dos meteoritos com sedimentos marinhos fundos interpretados com representativos da composição média da terra no qual observou resultados idênticos - Datou em 4,55 ± 0,07 bilhões de anos - Mais tarde outras investigações utilizando outros métodos corroboraram com dados obtidos por Patterson A gema do cristal é proveniente da crosta terrestre e traz novas explicações de como a Terra primitiva se resfriou de uma bola de magma e formou continentes apenas 160 milhões de anos após a formação do nosso Sistema Solar, antes do que se imaginava. A gema tem cerca de duas vezes o diâmetro de um fio de cabelo. Devido à sua durabilidade, o zircão pode resistir a bilhões de anos de erosão e permanecer quimicamente intacto, contendo uma riqueza de informação geológica. Encontrado o pedaço mais antigo da Terra, um cristal de zircão de 4,4 bilhões de anos, na região de Jack Hills, na Austrália. (Fevereiro de 2014) REFERENCIAS - TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M de.; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. Decifrando a aterra. São Paulo. Oficina de testos. 568 p. 2000. - AMARAL, V.; ESTANISLAU, S. Geologia Geral. São Paulo: Companhia Editora Nacional. 398 p. 2003. - MINEROPAR. A sua casa vem da mineração, Os minerais e você. Minerais do Paraná S/A. Maria Elizabeth Eastwood Vaine.
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