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Relatório 9 – Experiência Lei dos Gases Ideais Procedimento A 1. (1,5) Apresente o gráfico da pressão e da temperatura em função do tempo e explique: Figura 1 – Gráfico da pressão e da temperatura com volume inicial da seringa de 40 mL Figura 2 - Gráfico da pressão e da temperatura com volume inicial da seringa de 60 mL 1.1 Quando você reduz o volume na metade a pressão, momentaneamente, sobe mais que o dobro (primeiro pico no gráfico da pressão). Por que? Teoricamente, onde considera-se que os gases possuem um comportamento ideal, tem-se que a relação entre o volume de um gás e a pressão é inversamente proporcional, quando a temperatura é mantida constante. Logo quando o volume de um gás é reduzido pela metade dobra-se o valor da pressão. Esta relação pode ser representada por: P = 1/V Onde tem-se que, P.V = constante Porém, experimentalmente não se pode levar em consideração um sistema com gases ideais, pois utiliza-se gases reais, em um sistema não ideal. Neste caso, quando o volume é reduzido pela metade, o gás sobe mais que o dobro, como está representado pelo primeiro pico nos gráficos de pressão, notando-se que há um aumento na temperatura. Deste modo, como a temperatura não se mantém constante, pois aumenta, é necessário que a pressão seja aumentada em uma proporção maior quando o volume é reduzido, para que esta relação possa se manter constante. 1.2 Por que a temperatura retorna para o seu valor inicial e a pressão não? A temperatura vai retomar o valor incial devivo as trocas de calor com o ambiente, pois quando a pressão aumente e o volume diminiu, por consequência a temperatura aumenta. Para gerar equilíbrio, a temperatura retoma ao valor inicial. A pressão não se altera, pois o volume não se altera. 1.3 Quando você libera a seringa, o que acontece com a temperatura e a pressão? Por que? Quando a seringa é liberada diminui-se a pressão no fluido, que retorna ao seu valor inicial, e consequentemente a temperatura do gás diminui momentaneamente, até atingir seu valor inicial, ou seja, ficar constante. Considerando-se que na seringa ocorre um processo adiabático, pois não há trocas significativas de calor entre o meio e sua vizinhança, onde tem-se que a variação de energia interna é dada por ∆U= –W, logo ao realizar um trabalho onde o volume é aumentado, parte da energia térmica (interna), é utilizada para realizar trabalho. 2. (1,0) Para temperatura constante, a lei dos gases ideais diz que P1V1=P2V2. Para os dois casos, calcule essas grandezas e discuta se são iguais ou diferentes. Os erros relacionados a P.V foram calculados através da seguinte propagação: ∆𝑃𝑉 = √( 𝑃. 𝑉 𝑃 . ∆𝑃) 2 + ( 𝑃. 𝑉 𝑉 . ∆𝑉) 2 ∆𝑃𝑉 = √(𝑉. ∆𝑃)2 + (𝑃. ∆𝑉)2 Para o experimento com 40mL temos: P1.V1=(40 mL).(101,8 KPa) = (4072 ± 5*10) mL.kPa P2.V2= (21mL).(184,4KPa) = (3872,4 ± 9*10 ) mL.kPa Para o experimento com 60mL temos: P1.V1= (60 mL).(101,6 KPa) = (6108 ± 6*10) mL.kPa P2.V2= (21 mL). (270,8 KPa) = (5686,8 ± 2*102) mL.kPa De acordo com a Lei de Boyle, temos que em temperatura constante, o produto P.V é constante, logo é igual para o início e para o fim do experimento. Porém pode-se observar que há uma diferença nos valores de P.V inicial e final para as duas medidas realizadas. Isto pode ser justificado pelo fato de que experimentalmente, não temos um sistema ideal. 3. (1,0) Um dos motivos da lei dos gases ideais não ter sido respeitada é que há um volume V0 que não foi levado em conta. Esse volume corresponde ao volume do sistema que está fora da seringa. Utilizando a fórmula P1 (V1+V0)=P2 (V2+V0) calcule V0 para os dois casos. Os volumes nos dois casos são parecidos? Por que? Utilizando a fórmula acima descrita, isolou-se o V0, obtendo-se a seguinte relação: 𝑉𝑜 = 𝑃2. 𝑉2 − 𝑃1. 𝑉1 𝑃1 − 𝑃2 O erro associado ao valor de 𝑉𝑜 foi calculado pela seguinte propagação ∆𝑉0 = √( 𝜕 𝑃2. 𝑉2 − 𝑃1. 𝑉1 𝑃2 − 𝑃1 𝜕𝑃1 ∆𝑃1) 2 + ( 𝜕 𝑃2. 𝑉2 − 𝑃1. 𝑉1 𝑃2 − 𝑃1 𝜕𝑃2 ∆𝑃2) 2 + ( 𝜕 𝑃2. 𝑉2 − 𝑃1. 𝑉1 𝑃2 − 𝑃1 𝜕𝑉1 ∆𝑃1) 2 ( 𝜕 𝑃2. 𝑉2 − 𝑃1. 𝑉1 𝑃2 − 𝑃1 𝜕𝑃1 ∆𝑉1) 2 ∆𝑉𝑂 = √( −𝑃2. 𝑃1 + 𝑃1. 𝑉1 (𝑃1 − 𝑃2)2 ∆𝑃1) 2 + ( 𝑃2 (𝑃1 − 𝑃2)2 ∆𝑉1) 2 + ( −𝑃1 (𝑃1 − 𝑃2)2 ∆𝑉2) 2 + ( −𝑃2𝑃1 + 𝑃2𝑉1 (𝑃1 − 𝑃2)2 ∆𝑃2) 2 Para o experimento com 40mL temos: 𝑉0 = (184,4). (21) − (101,8). (40) (101,8) − (184,4) = (2,4 ± 0,4) 𝑚𝐿 Para o experimento com 60mL temos 𝑉0 = (270,8). (21) − (101,6). (60) (101,6) − (270,8) = (2,4 ± 0,4) 𝑚𝐿 Os volumes são parecidos. Representam V0 a quantidade volumétrica de ar no reservatório abaixo da seringa, que não foi levado em consideração na hora da realização do procedimento. 4. (0,5) Corrija o volume medido na tabela 2 (ou seja, adicione o valor de V0 calculado na 2 questão anterior). O volume corrigido será o volume que se encontrou experimentalmente (V) menos o volume que o reservatório do equipamento estava ocupando (V0). Assim, 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 𝑉 + 𝑉0 O erro associado ao valor de 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜, foi calculado através da seguinte propagação: ∆𝑉𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = √(( 𝑉 + 𝑉0). ∆𝑉0)2 + ( ( 𝑉 + 𝑉0). ∆𝑉𝑜)2 ∆𝑉𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = √(∆𝑉)2 + (∆𝑉𝑜)2 = 0,5 Para 40mL: 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 40 + 2,4 = (42,4 ± 0,5) 𝑚𝑙 Para 60mL: 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 60 + 2,4 = (62,4 ± 0,5) 𝑚𝑙 5. (1,0)Calcule o valor de 𝑷𝟏.𝑽𝟏 𝑻𝟏 e 𝑷𝟐.𝑽𝟐 𝑻𝟐 para os dois casos. Eles são iguais? Calcule a diferença percentual entre eles. 40 mL V(ml) ± 0,5 P(kPa) ± 0,1 T(K) ± 0,01 PV/T (ml*kPa/K) E (%) 1 40,0 101,8 298,74 13,630581 ± 9,78 2 21,0 184,4 314,90 12,297237± 60 mL V(ml) ± 0,5 P(kPa) ± 0,1 T(K) ± 0,1 PV/T (ml*kPa/K) E (%) 1 60,0 101,8 300,58 20320713± 4,16 2 21,0 304,3 327,01 21,209093± Procedimento B 1. (1,0) Complete a tabela 3 calculando a grandeza T/P (NÃO ESQUEÇA DOS ERROS!). Apresente a tabela. (V ± 0,5) ml (P ± 0,1)kPa (T ± 0,1) K (T/P) (K/kPa) 60,0 103,0 301,52 2,927 ± 0,003 55,0 113,1 301,82 2,669 ± 0,003 50,0 122,6 301,84 2,462 ± 0,003 45,0 137,8 301,90 2,191 ± 0,002 40,0 157,1 301,95 1,922 ± 0,002 35,0 168,0 302,00 1,798 ± 0,002 30,0 181,7 302,10 1,663 ± 0,001 25,0 198,5 302,18 1,5223 ± 0,0008 (V ± 0,5) ml (P ± 0,1)kPa (T ±0,1) K (T/P) (K/kPa) 50,0 102,0 302,57 2,966 ± 0,003 45,0 116,8 302,56 2,591 ± 0,003 40,0 133,2 302,66 2,272 ± 0,002 35,0 144,8 302,68 2,090 ± 0,002 30,0 168,6 302,73 1,796± 0,002 25,0 202,8 302,81 1,4932 ± 0,0008 (V ± 0,5) ml (P ± 0,1)kPa (T ±0,1) K (T/P) (K/kPa) 45,0 101,5 303,30 2,988 ± 0,003 40,0 117,3 303,39 2,586 ± 0,003 35,0 134,7 303,44 2,253 ± 0,001 30,0 160,4 303,48 1,892 ± 0,002 25,0 185,0 303,49 1,640 ± 0,001 O erro de T/P foi calculado a partir da derivada parcial, demonstrado pela formula abaixo: ∆ 𝑇 𝑃 = √( 𝑃 𝑇 ∆𝑉) 2 + ( 𝑉 𝑇 ∆𝑃) 2 + ( 𝑃𝑉 𝑇2 ∆𝑇) 2 ∆ 𝑇 𝑃 = √( 1 𝑇 ∆𝑇) 2 + ( −𝑇 𝑃2 ∆𝑃) 2 2. (1,0) Faça um gráfico de V (eixo y) contra T/P (eixo x). Coloque as 3 curvas, uma para cada tabela, no mesmo gráfico. Seringa 60 ml [24/06/2017 19:23:20 Plot: ''Graph2''] Linear Regression fit of dataset: Table1_2, using function: A*x+B Y standard errors: Unknown From x = 1,5223 to x = 2,927 B (y-intercept) = -9,10237852395721 +/- 2,98891214202176 A (slope) = 24,0650465592684 +/- 1,3613650561313 --------------------------------------------------------------------------------------Chi^2 = 19,7813730593602 R^2 = 0,981160597086324 --------------------------------------------------------------------------------------- [24/06/2017 19:24:27 Plot: ''Graph2''] Linear Regression fit of dataset: Table1_3, using function: A*x+B Y standard errors: Unknown From x = 1,4932 to x = 2,966 B (y-intercept) = -0,997385090160747 +/- 1,72327274015824 A (slope) = 17,4879476795449 +/- 0,764380760446865 -------------------------------------------------------------------------------------- Chi^2 = 3,31797898609983 R^2 = 0,992416048031772 --------------------------------------------------------------------------------------- [24/06/2017 19:24:39 Plot: ''Graph2''] Linear Regression fit of dataset: Table1_5, using function: A*x+B Y standard errors: Unknown From x = 1,64 to x = 2,988 B (y-intercept) = 1,67320099204041 +/- 1,44769518450835 A (slope) = 14,6697768324499 +/- 0,6234414020205 -------------------------------------------------------------------------------------- Chi^2 = 1,34728268997491 R^2 = 0,9946108692401 --------------------------------------------------------------------------------------- 3. (1,0) Faça o ajuste linear de cada curva do gráfico acima e apresente as equações da reta. O ajuste linear pode ser representado por: 𝑣 = 𝑛𝑅 𝑇 𝑃 + vo No qual y = V, nR = coeficiente angular da reta, (T/P) = x e V0 = b. Segue as equações da reta: Seringa 60 ml: 𝑦 = 24,06 x + 0,91 Seringa 50 ml: 𝑦 = 17,49 x + 0,99 Seringa 45 ml: 𝑦 = 14,67 x + 1,67 4. (1,0) Qual o significado físico do coeficiente angular e linear? A partir da linearização feita anteriormente, e comparando com a equação da reta dada por 𝑦 = 𝐴𝑥 + 𝐵, onde A é o coeficiente angular e B o coeficiente linear. Tem-se que para o ajuste dado por: 𝑣 = 𝑛𝑅 𝑇 𝑃 + vo. O coeficiente angular é o número de mols do sistema multiplicado pela constante universal dos gases ideais (nR). O coeficiente linear representa o volume inicial V0. 5. (1,0) Calcule o número de moles referente a cada volume inicial. Mostre que esse número é proporcional ao volume. O número de mols é dado por: Para 60ml: 𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 𝑃 60 = 𝑛 . 8,314 ∗ 2,927 𝑛 = 2,46 𝑚𝑜𝑙𝑠 Para 50 ml: 𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 𝑃 50 = 𝑛 . 8,314 ∗ 2,966 𝑛 = 2,02 𝑚𝑜𝑙𝑠 Para 45 ml: 𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 𝑃 45 = 𝑛 . 8,314 ∗ 2,988 𝑛 = 1,82 𝑚𝑜𝑙𝑠 Como podemos observar, o volume e o numero de mols do sistema são diretamente proporcionais, quando diminuimos o volume, diminuimos o número de mols do sistema.
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