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Ebook 100 Dicas Matadoras Direito Tributário

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1 
100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira 
 
 
 
 
 
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100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Sonhar é acordar-se 
para dentro” 
(Mário Quintana) 
 
 
 
 
Prof. Marcílio Ferreira 
Professor de Direito. Procurador do Estado. Doutorando em Direito Público. Professional Coach. 
 
Prof. Colaborador Ernani Freitas 
(Instagram: @ernanisfn) 
 
Monitor: Edmom Moraes 
[Instagram: @edmom.moraes] 
 
Queridos amigos e futuros colegas de profissão, É CHEGADA A HORA! 
 
Durante os meses de preparação, vocês se esforçaram e se dedicaram, renunciando a prazeres da vida para 
atingir esse sonho. Vocês estão aqui e podem conseguir esse objetivo, basta acreditar no seu projeto de vida. 
 
Como sempre digo, o segredo da aprovação é uma boa revisão. Logo, preparei algumas dicas especiais, 
querendo ajudar vocês ao máximo. 
 
Lembrem-se de que esse objetivo é única e exclusivamente seu e que você se preparou para isso. Não há 
concorrentes, não há qualquer obstáculo além de você. Basta ter confiança e acreditar, que a aprovação com 
certeza virá! 
 
Nesses últimos momentos, sugiro que utilize cada segundo para fazer uma revisão de qualidade, especialmente 
utilizando as nossas dicas para isso. Elas servirão para você estudar ao longo da semana e mesmo no dia de 
véspera ou até no dia da prova. 
 
As dicas foram produzidas a partir de questões anteriores de provas e de trechos da nossa apostila. Leia 
atentamente, anote suas dúvidas e, se precisar, pode enviar um e-mail para nós com o seu feedback. 
 
Estou torcendo pela aprovação de cada um de vocês! 
Vamos juntos rumo à aprovação! 
 
Prof. Marci ́lio Ferreira Filho 
 
GOSTOU? USE A HASHTAG #profmarcilioferreira PARA NOS DAR O SEU FEEDBACK! 
Insta: @profmarcilioferreira 
E-mail: contato@marcilioferreira.com
DICA 01 
(Tributo - definição e classificação) 
 
NATUREZA JURÍDICA DO FGTS: O FGTS não detém natureza 
tributária, mas sim trabalhista e social o que lhe retira o timbre 
de contribuição fiscal ou parafiscal. Posicionamentos do STJ e 
STF nesse sentido. 
 
 
Súmula 353-STJ: “As disposições do Código Tributário 
Nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS”. 
 
DICA 02 
(Princípios tributários) 
 
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: O princípio da 
legalidade estabelece para os entes federativos que não é 
possível “exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça” 
(CF, art. 150, I). 
O princípio da legalidade, contudo, possui exceções: 
- II, IE, IPI, IOF, CIDE-combustível (EC 33/01), ICMS-combustível 
(com ressalvas por parte do entendimento dominante do STF). 
 
 
ATENÇÃO: Tal razão da flexibilidade conferida ao Poder 
Executivo, está no fato de que esses impostos têm caráter 
EXTRAFISCAL, possuindo função regulatória. Deve-se 
também observar, que a lista de exceção fica vinculada à 
majoração das alíquotas, que pode se dar, por exemplo, 
através de decreto ou portaria. 
 
DICA 03 
(Princípios tributários) 
 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ANUAL E NONAGESIMAL: 
Os tributos se submetem a dois tipos de anterioridade: 
 
ANTERIORIDADE 
ANUAL 
Não é possível no mesmo exercício 
financeiro em que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou; 
ANTERIORIDADE 
NONAGESIMAL 
(NOVENTENA) 
Não é possível antes de decorridos noventa 
dias da data em que haja sido publicada a 
lei que os instituiu ou aumentou. 
 
DICA 04 
(Princípios tributários) 
 
EXCEÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA ANTERIORIDADE ANUAL E 
NONAGESIMAL: Alguns tributos não se submetem à 
anterioridade anual ou nonagesimal: 
 
EXCEÇÃO À 
ANTERIORIDADE 
ANUAL 
II, IE, IPI, IOF, Empréstimo Compulsório (tipo 
guerra externa ou calamidade pública), 
Contribuição Social, CIDE Combustíveis, ICMS 
Monofásico, Contribuição Residual e Imposto 
Guerra Externa. 
EXCEÇÃO À 
ANTERIORIDADE 
NONAGESIMAL 
II, IE, IR, IOF, IEG, EC para calamidade pública 
ou guerra externa, alterações na Base de 
Cálculo do IPTU e IPVA. 
 
DICA 05 
(Princípios tributários) 
 
ISONOMIA/IGUALDADE TRIBUTÁRIA: A Constituição Federal 
elenca no art. 150, II o princípio da igualdade ou isonomia 
tributária, que dispõe que todos são iguais perante a Lei. Diante 
dos fatos econômicos idênticos, o tratamento tributário 
dispensado deve, também, ser idêntico. Visa eliminar do 
ordenamento jurídico a concessão de privilégios para algumas 
classes ou categorias econômicas ou mesmo inibir a prática de 
benefícios em função das relações pessoais. 
 
 
ATENÇÃO: Isso, contudo, não impede o tratamento 
diferenciado às microempresas e empresas de pequeno 
porte, pois está previsto no art. 146, III, “d”, da CF/88. 
Trata-se de concretização da isonomia material, já que a 
ME e EPP se encontra em situação de desvantagem e 
necessita de incentivo do Estado. 
 
DICA 06 
(Princípios tributários) 
 
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA: É vedado à 
União instituir tributo que não seja uniforme em todo o 
território nacional ou que implique distinção ou preferência em 
relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em 
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais 
destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-
econômico entre as diferentes regiões do País; 
 
 
ATENÇÃO: A instituição de incentivos fiscais para a 
finalidade de promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio 
econômico entre diferentes regiões do país não viola a 
regra de isonomia. 
 
DICA 07 
(Princípios tributários) 
 
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA: Sempre que 
possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, 
facultado à administração tributária, especialmente para 
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os 
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. (CF, 
art. 145, §1º). 
 
 
ATENÇÃO: Tal princípio é direcionado aos IMPOSTOS, 
porém o STF entende que também pode ser aplicado às 
demais espécies tributárias. 
 
DICA 08 
(Princípios tributários) 
 
PRINCÍPIO “NON OLET”: Todos que realizam o fato gerador 
devem arcar com o tributo, independentemente da atividade. 
 
 
ATENÇÃO: É legítima a tributação de produtos financeiros 
resultantes de atividades criminosas, nos termos do art. 
118, I do CTN (HC, nº 77.530-RS, Min. Sepúlveda Pertence, 
25/08/98). 
 
DICA 09 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
IMPOSTOS RESIDUAIS E ANTERIORIDADE: O princípio da 
anterioridade (anual e nonagesimal) não é afastado para 
impostos residuais. 
 
 
CUIDADO: Muitos confundem os impostos residuais do art. 
154, I, da CF com os impostos de guerra do art. 154, II, da 
CF. O primeiro observa a anterioridade, enquanto o segundo 
não. 
 
 
 
 
 
 
5 
100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira 
 
IMPOSTO FUNDAMENTO RESTRIÇÕES 
Residual 154, I 
Não-cumulatividade e 
ausência de identidade do 
FG ou BC de outros 
impostos. Se submete à 
anterioridade. 
Guerra/ 
Extraordinári
os 
154, II 
Supressão gradativa, 
cessadas as suas causas. 
Não se submete à 
anterioridade. 
 
 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstosno 
artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não 
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos 
discriminados nesta Constituição; 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua 
competência tributária, os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
 
DICA 10 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
ALÍQUOTAS MÍNIMAS E MÁXIMAS FIXADAS PELO SENADO: 
A Constituição estabelece a fixação de alíquotas máximas para 
o ITCMD e alíquotas mínimas para o IPVA, para evitar a guerra 
fiscal, a serem fixadas pelo Senado Federal. 
 
ICMD Alíquotas máximas pelo SF CF, art. 155, §1º, IV 
IPVA Alíquotas mínimas pelo SF CF, art. 155 §6º, I 
 
 
ATENÇÃO: No caso do ICMS, aplica-se o art. 155, §2º, IV: 
“resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da 
República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela 
maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as 
alíquotas aplicáveis às operações e prestações, 
interestaduais e de exportação”. 
 
DICA 11 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
EXIGÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR: Algumas matérias 
previstas na Constituição são reservadas à lei complementar. 
Tais matérias constam, de forma genérica, do art. 146 da CF: 
 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria 
tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios; 
 II - regular as limitações constitucionais ao poder de 
tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação 
tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em 
relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a 
dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência 
tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo 
praticado pelas sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para 
as microempresas e para as empresas de pequeno porte, 
inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do 
imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas 
no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se 
refere o art. 239. 
 
DICA 12 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
IMUNIDADE EM CASO DE ALUGUEL DE IMÓVEIS: A 
imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “c”, da CF cessa 
nos casos de aluguel de imóveis a terceiros? 
 
Veja o entendimento do STF: 
 
 
SV 52: Ainda quando alugado a terceiros, permanece 
imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das 
entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição 
Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas 
atividades para as quais tais entidades foram 
constituídas. 
 
 
CUIDADO: Observe-se que a solução é dada a cada caso, 
analisando se os valores foram aplicados nas atividades 
para as quais a entidade foi criada. 
 
DICA 13 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
DIFERENÇA ENTRE NÃO INCIDÊNCIA, IMUNIDADE E 
ISENÇÃO: A NÃO INCIDÊNCIA, é o fato ocorrido está fora do 
alcance da regra jurídica, não nascendo assim a obrigação de 
pagar tributo, o fato é atípico. IMUNIDADE é a não incidência 
constitucionalmente qualificada. ISENÇÃO é a dispensa 
legalmente qualificada, havendo somente quando a lei 
expressamente disser. 
 
NÃO INCIDÊNCIA fato ocorrido está fora do alcance da regra 
jurídica 
IMUNIDADE 
não incidência constitucionalmente 
qualificada (previsão constitucional) 
ISENÇÃO 
dispensa legalmente qualificada, havendo 
somente quando a lei expressamente disser 
(previsão em lei) 
 
 
ATENÇÃO: o art. 150 da CF traz à regra imunizante 
(imunidade principais) adstrita TÃO somente aos 
IMPOSTOS. A proibição não se refere a taxas, 
contribuições, ou outras espécies de tributárias. 
 
DICA 14 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
ISENÇÃO HETERÔNOMA: O art. 151, III da CF veda as 
isenções heterônomas no plano interno das competências. Ou 
seja, a União enquanto pessoa jurídica de direito interno não 
pode conceder isenções de tributos que não é de sua 
competência. 
 
DICA 15 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
IMUNIDADE DE LIVROS DIGITAIS (E-Books): No julgamento 
proferido pelo STF nos RE’s 330817 e 595676, entendeu-se 
que a imunidade tributária prevista no art. 150, VI, d, da CF, 
destinada aos livros, também abrange obras digitais. 
 
 
 
 
 
6 
100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: [...] 
VI - instituir impostos sobre: [...] 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão. 
DICA 16 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO E MULTAS TRIBUTÁRIAS: 
Segundo entendimento do STF (AgRg no RExt 833.106/GO), 
as multas tributárias também se submetem ao princípio do 
não confisco (CF, art. 150, IV). 
 
O limite do percentual, contudo, é diverso do próprio tributo. 
 
Multas 
punitivas até 100% do valor do tributo principal 
Multas 
moratórias até 20% do valor do tributo principal 
 
DICA 17 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
IMUNIDADE RECÍPROCA PARA PESSOAS JURÍDICAS 
PRIVADAS DA ADMINISTRAÇÃO: Empresas públicas e 
sociedades de economia mista, embora integrem a 
Administração Pública, não gozam de imunidade tributária, pois 
são pessoas privadas, conforme art. 173, p. 2, da CF. A 
exceção, segundo o STF, é o caso dos correios (ECT), pois 
prestam serviço público em caráter de privilégio. 
 
 
ATENÇÃO: Súmula 76 - As sociedades de economia mista 
não estão protegidas pela imunidade fiscal do art. 31, V, a, 
Constituição Federal. 
 
DICA 18 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
COBRANÇA INDIRETA DE TRIBUTO: Conforme a Súmula 70-
STF: "É inadmissível a interdição de estabelecimento como 
meio coercitivo para cobrança de tributo." 
O Fisco possui meios regulares (Execução Fiscal - Lei 
6.830/80) para cobrança dos seus tributos. 
 
DICA 19 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
INAPLICABILIDADE DA IMUNIDADE RECÍPROCA PARA 
TAXAS: Conforme art. 150, VI, da CF, a imunidade recíproca 
se aplica apenas para impostos. Assim, a cobrança de taxa 
entre os entes federativos é possível constitucionalmente. 
Nesse sentido, a antiga súmula 324 do STF. 
 
DICA 20 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
ALTERAÇÃO DE PRAZO PARA RECOLHIMENTO DE TRIBUTO 
E NÃO INCIDÊNCIA DA ANTERIORIDADE: 
Prevê a Súmula Vinculante 50: “Norma legal que altera o 
prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao 
princípio da anterioridade.” 
A razão disso é que a alteração do prazo não configura 
instituição ou majoração de tributo para fins de incidência do 
princípio. 
 
DICA 21 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS E REQUISITOS: O 
empréstimo compulsório só pode ser instituído por meio de lei 
complementar, conforme o Art. 148, caput, da CRFB/88. 
Ao empréstimo compulsório instituído por força de 
calamidade pública não se aplica a vedação inerente ao 
princípio da anterioridade do exercício financeiro nonagesimal, 
conforme Art. 150, § 1º, da CRFB/88. 
 
DICA 22 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO E REQUISITOS: O Imposto de 
Importação é exceção ao princípio da legalidade, ou seja, sua 
alíquota pode ser majorada por meio de ato do Poder 
Executivo, desde que atendidas às condições e aos limites 
estabelecidos em lei,conforme dispõe o Art. 153, §1º, da 
CRFB/88. 
Por ser um imposto que tem como função regular o mercado 
(extrafiscalidade), o Imposto de Importação é exceção ao 
princípio da anterioridade, podendo ser alterado e cobrado ao 
tempo conveniente, conforme o Art. 150, § 1º, da CRFB/88. 
 
DICA 23 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
EXIGÊNCIA DE LC PARA PRESCRIÇÃO EM MATÉRIA 
TRIUTÁRIA: Conforme art. 146, III, “b”, normas sobre 
prescrição em matéria tributária devem ser veiculadas através 
de Lei Complementar. No mesmo sentido: Súmula Vinculante 
8. 
 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria 
tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de 
tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação 
tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em 
relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a 
dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e 
decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo 
praticado pelas sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para 
as microempresas e para as empresas de pequeno porte, 
inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do 
imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas 
no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se 
refere o art. 239. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira 
DICA 24 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PARA ENTIDADES DE 
PREVIDÊNCIA SOCIAL FECHADA: Conforme a súmula 730-
STF: "A imunidade tributária conferida a instituições de 
assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da 
Constituição, somente alcança as entidades fechadas de 
previdência social privada se não houver contribuição dos 
beneficiários." 
 
DICA 25 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
NATUREZA DA DECISÃO QUE RECONHECE IMUNIDADE 
TRIBUTÁRIA: A decisão que reconhece a imunidade tributária 
possui natureza declaratória e produz efeitos retroativos ao 
momento em que preenchidos os requisitos legais para a 
concessão do benefício. (STJ, REsp 1596529/PR) 
 
 
Cuidado: Significa dizer que, se uma entidade ingressa com 
ação para reconhecer a sua imunidade, esta valerá não a 
partir da sentença, mas desde que o direito passou a ser 
válido. A sentença apenas declara o direito da autora, 
operando efeitos retroativos. 
 
DICA 26 
(Limitações constitucionais ao poder de tributar) 
 
MEDIDA PROVISÓRIA: Os tributos adstritos à Ação normativa 
inerente à Lei Complementar NÃO PODERÃO ser instituídos ou 
alterados por medida provisória, conforme art. 62, §1º, CF. 
Exemplos: Empréstimo Compulsório (art. 148, CF) e Imposto 
Residual (art. 154, CF). 
 
DICA 27 
(Competência tributária) 
 
COMPETÊNCIA X CAPACIDADE TRIBUTÁRIA: A competência 
tributária é o poder deferido aos entes federativos para 
instituir os tributos previstos constitucionalmente, sendo 
indelegável. A capacidade tributária ativa, por outro lado, 
envolve a atividade específica de arrecadar e fiscalizar os 
tributos, podendo ser delegada a outras pessoas jurídicas de 
direito público. 
 
Competência 
Tributária 
Poder para 
INSTITUIR tributos 
Indelegável 
Capacidade 
Tributária 
Poder para arrecadar 
e fiscalizar 
Delegável a outras 
pessoas jurídicas de 
direito público 
 
DICA 28 
(Competência tributária) 
 
TRIBUTAÇÃO EM TERRITÓRIOS: Competem à União, em 
Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não 
for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos 
municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. 
(CF, art. 147) 
 
 
 
 
 
DICA 29 
(Competência tributária) 
 
INCONSTITUCIONALIDADE DA TAXA DE MATRÍCULA: De 
acordo com a Súmula Vinculante 12: “A cobrança de taxa de 
matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 
206, IV, da Constituição Federal” 
Nesses casos, a taxa de matrícula viola a regra de gratuidade 
de acesso ao ensino público. 
 
 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios: [...] 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos 
oficiais; 
 
DICA 30 
(Competência tributária) 
 
COBRANÇA DE TAXA DE COLETA, REMOÇÃO E 
TRATAMENTO OU DESTINAÇÃO DE LIXO: O STF considera 
como CONSTITUCIONAL a conhecida “taxa de lixo”, uma vez 
que atende aos requisitos do CTN (específico e divisível). 
 
 
Súmula Vinculante 19: “A taxa cobrada exclusivamente em 
razão dos serviços públicos de coleta, remoção e 
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes 
de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição 
Federal.” 
 
DICA 31 
(Competência tributária) 
 
BASE DE CÁLCULO DA TAXA: A base de cálculo da taxa pode 
conter elementos da base de cálculo de determinados 
impostos, desde que não haja integral identidade, conforme 
Súmula Vinculante 29. 
 
 
Súmula Vinculante 29-STF: É constitucional a adoção, no 
cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base 
de cálculo própria de determinado imposto, desde que não 
haja integral identidade entre uma base e outra.. 
 
DICA 32 
(Competência tributária) 
 
CUSTAS JUDICIAIS COMO TAXA: As custas judiciais são 
consideradas como possuindo natureza de taxa e, portanto, 
são tributos. Como tais, precisam observar a regra da 
referibilidade e corresponder o valor da sua cobrança ao 
serviço prestado. 
 
 
Súmula 667-STF: Viola a garantia constitucional de acesso 
à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o 
valor da causa. 
 
DICA 33 
(Competência tributária) 
 
COMPETÊNCIA COMUM NAS TAXAS: Se restringe aos 
chamados tributos vinculados, como as taxas e as 
contribuições de melhoria (art. 145, II e III da CF e art.149, 
parágrafo único). A dica fica para o fato gerador da obrigação 
tributária. 
 
Exemplo: se um Estado membro prestar um serviço público específico 
e divisível (fato gerador da taxa – art. 79, II e III do CTN), desapontará 
 
 
 
 
8 
100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira 
uma taxa estadual; se em Município realizar uma obra pública do qual 
decorra valorização imobiliária (fato gerador de contribuição – art. 81 
do CTN), desapontará uma contribuição de melhoria municipal. 
 
DICA 34 
(Competência tributária) 
 
ILUMINAÇÃO PÚBLICA TAXA X CONTRIBUIÇÃO: A taxa 
relativa à prestação de serviço de ilumincação pública foi 
declarada inconstitucional pelo STF: 
 
 
Súmula Vinculante 41. O serviço de iluminação pública não 
pode ser remunerado mediante taxa. 
 
O entendimento do STF era de que tal serviço não se 
enquadrava nos requisitos da taxa. Com isso, a Constituição foi 
alterada para instituir uma contribuição especifica para essa 
finalidade: COSIP. 
 
 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão 
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o 
custeio do serviço de iluminação pública, observado o 
disposto no art. 150, I e III. 
 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a 
que se refere o caput, na fatura de consumo de energia 
elétrica. 
 
DICA 35 
(Competência tributária) 
 
TAXA X TARIFA: A taxa é tributo, nasce por meio de Lei, é 
exação compulsória e possui caráter de essencialidade. Tarifa 
não é tributo, nasce por meio de um contrato, é voluntária e 
possui caráter de inessencialidade. 
 
 
Súmula 545 STF: “Preços de serviços públicos e taxas não 
se confundem,porque estas, diferentemente daqueles, são 
compulsórias e tem sua cobrança condicionada a prévia 
autorização orçamentária, em relação a Lei que as 
instituiu”. 
 
DICA 36 
(Competência tributária) 
 
TAXA DE ASFALTAMENTO: Como estão inseridas no contexto 
de obra pública não podem ser remuneradas por taxa e sim 
mediante a contribuição de melhoria (Súmula 129-STF). 
 
 
ATENÇÃO: Em nenhuma hipótese pode substituir imposto 
com base de cálculo de taxa, ou taxa com sabe de cálculo 
de imposto, sob pena de termos um tributo pelo outro, 
dando ensejo ao intitulado “imposto disfarçado” (art. 77 
CTN e art. 145, §2º da CF). 
 
 
Súmula 595-STF: “É inconstitucional a taxa municipal de 
conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo 
seja idêntica à do imposto territorial rural” (Ver súmula 
551-STF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
DICA 37 
(Competência tributária) 
 
REQUISITOS DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: 
Quando cabe? 
O tributo que tem como fato gerador a valorização de imóvel 
decorrente de obra pública, conforme previsto no Art. 145, III, 
da CF/88. 
 
Quem pode cobrar? 
Apesar de a Constituição Federal outorgar a todos os entes 
federativos a competência para a instituição 
da contribuição de melhoria, tal tributo só pode ser instituído 
pelo ente que realizou a obra pública, no caso o Estado Alfa. 
 
Qual é sua base de cálculo? 
A base de cálculo da contribuição de melhoria deve considerar 
a valorização do imóvel beneficiado pela obra pública e não os 
custos da obra, conforme previsto no Art. 81 do CTN e/ou Art. 
3º do Decreto Lei nº 195/67. O valor da obra serve apenas 
como o limite a ser arrecadado pelo ente tributante com a 
contribuição de melhoria. 
 
 
ATENÇÃO: A cobrança da Contribuição de Melhoria terá 
como limite o custo das obras, computadas as despesas 
de estudos, projetos, fiscalização, desapropriações, 
administração, execução e financiamento, inclusive prêmios 
de reembôlso e outras de praxe em financiamento ou 
empréstimos e terá a sua expressão monetária atualizada 
na época do lançamento mediante aplicação de coeficientes 
de correção monetária. (Art. 4, Decreto-Lei 195/67) 
 
DICA 38 
(Competência tributária) 
 
IMPOSTO DE RENDA E DANOS MORAIS: Conforme a Súmula 
498-STF: “Não incide imposto de renda sobre a indenização 
por danos morais”. 
 
O art. 43, caput, do CTN prevê como fato gerador do imposto 
de renda apenas a disponibilidade econômica ou jurídica. 
Assim, não cabe a cobrança do imposto quando não houver 
caráter de acréscimo patrimonial da verba a ser recebida. 
 
DICA 39 
(Competência tributária) 
 
IMPOSTO DE RENDA E HORAS EXTRAS: No caso das horas 
extras, contudo, o imposto de renda incide sim, pois há 
natureza remuneratória, conforme entendimento do STF. 
 
 
Súmula 463-STF: “Incide imposto de renda sobre os 
valores percebidos a título de indenização por horas 
extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de 
acordo coletivo” 
 
DICA 40 
(Competência tributária) 
 
IMPOSTO DE RENDA E FÉRIAS PROPORCIONAIS E 
RESPECTIVO ADICIONAL: São isentas de imposto de renda as 
indenizações de férias proporcionais e o respectivo adicional. 
(Súmula n. 386/STJ) 
 
 
 
 
 
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Cuidado: Muito embora a súmula utilize a palavra isenção, 
trata-se de hipótese de não incidência, tendo em vista que 
não há enquadramento no fato gerador. 
 
DICA 41 
(Competência tributária) 
 
ISS E LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS: Conforme a Súmula 
Vinculante 31: “É inconstitucional a incidência do Imposto 
sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações 
de locação de bens móveis” 
 
DICA 42 
(Competência tributária) 
 
FATO GERADOR DE ICMS E DESLOCAMENTO DE 
MERCADORIA ENTRE ESTABELECIMENTO DE MESMA PJ: 
De acordo com a Súmula 166 do STJ: "Não constitui fato 
gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de 
um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte". Isso 
porque, nessa hipótese, não há negócio jurídico econômico. 
 
DICA 43 
(Competência tributária) 
 
ICMS E BASE DE CALCULO PIS/COFINS: Segundo 
entendimento do STF proferido no ano passado (2017), o 
ICMS não faz parte da base de cálculo da PIS/COFINS. 
Ao finalizar o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 
574706, com repercussão geral reconhecida, os ministros 
entenderam que o valor arrecadado a título de ICMS não se 
incorpora ao patrimônio do contribuinte e, dessa forma, não 
pode integrar a base de cálculo dessas contribuições, que são 
destinadas ao financiamento da seguridade social 
 
DICA 44 
(Competência tributária) 
 
ICMS COMO CONDIÇÃO DE ENTRADA DE MERCADORIAS 
IMPORTADAS: Incide ICMS na entrada de mercadorias 
importadas, sendo legítima a cobrança do imposto como 
condição para a sua liberação, conforme a Súmula Vinculante 
48, Súmula 661/STF e Lei Complementar nº 87/96, art. 12, 
IX e parágrafo 2º. 
 
DICA 45 
(Competência tributária) 
 
ICMS E SALVADOS DE SINISTRO POR SEGURADORAS. Não 
há incidência de ICMS em relação a bens salvados de sinistros 
pelas seguradoras, pois não constitui fato gerador do tributo. 
 
 
Súmula Vinculante STF nº 32 - O ICMS não incide sobre 
alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras. 
 
DICA 46 
(Competência tributária) 
 
ITCMD E MORTE PRESUMIDA: Conforme a Súmula 331-STF: 
"É legítima a incidência do imposto de transmissão causa 
mortis no inventário por morte presumida." 
 
 
 
 
DICA 47 
(Competência tributária) 
 
ITCMD E SUA INCIDÊNCIA: A transmissão de propriedade de 
quaisquer bens ou transmissão de direitos em decorrência do 
falecimento de seu titular. Tal imposto tem características 
sumuladas para sua incidência. 
 
 
Súmula 112-STF: “O imposto de transmissão “causa 
mortis” é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura 
da sucessão”. 
 
 
Súmula 113-STF: “O imposto de transmissão “causa 
mortis” é calculado sobre o valor dos bens na data da 
avaliação”. 
 
 
 
Súmula 114-STF: “O imposto de transmissão “causa 
mortis” não é exigível antes da homologação do cálculo”. 
 
 
Súmula 590-STF: “Calcula-se o imposto de transmissão 
“causa mortis” sobre o saldo credor da promessa de 
compra e venda de imóvel, no momento da abertura da 
sucessão do promitente comprador”. 
 
DICA 48 
(Competência tributária) 
 
IMUNIDADE DO ITBI PARA INCORPORAÇÃO DE BENS EM 
EMPRESAS: ITBI não incide sobre a transmissão de bens ou 
direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em 
realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou 
direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção 
de pessoa jurídica, nos termos do Art. 156, § 2º, I, da 
Constituição. 
 
DICA 49 
(Competência tributária) 
 
DA IMUNIDADE DO ICMS: Quando houver a legítima saída de 
mercadorias (exportação) será imune a incidência sobre essas 
mercadorias do ICMS, conforme Súmula do STF. 
 
 
Súmula 536-STF: “São objetivamente imunes ao imposto 
sobre a circulação de mercadorias os “produtos 
industrializados”, em geral destinados à exportação, além 
de outros, com a mesma destinação, cuja isenção a lei 
determinar”. 
 
DICA 50 
(Competência tributária) 
 
SUJEITO PASSIVO DO ICMS: O ICMS é um imposto regulado 
na Lei Complementar nº 87/96, no seu art. 4º ela dispõe 
sobre o sujeito passivo: 
 
 
Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, 
que realize, com habitualidade ou em volume que 
caracterize intuito comercial, operações de circulação de 
mercadoria ou prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que 
as operações e as prestações se iniciem no exterior. 
 
Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou 
jurídica que, mesmo sem habitualidade:[...] 
 
 
 
 
10 
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Nesse mesmo sentido o temos a Súmula 660-STF: “Não incide 
ICMS na importação de bens por pessoa física ou jurídica que 
não seja contribuinte do imposto”, que expressa a não 
incidência por não ser contribuinte do imposto. 
 
DICA 51 
(Competência tributária) 
 
INCIDÊNCIA DO ICMS SOBRE ENERGIA ELÉTRICA: O ICMS 
apenas sobre a tarifa da prestação de serviço da energia 
elétrica que foi realmente utilizada. Já houve incidência sobre a 
energia reservada, porém STJ sumulou que incidirá apenas 
sobre a que efetivamente foi utilizada. 
 
 
 
Súmula 386-STJ: “O ICMS incide sobre o valor da tarifa de 
energia elétrica correspondente à demanda de potência 
efetivamente utilizada”. 
 
DICA 52 
(Competência tributária) 
 
ICMS E SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO: Sobre a transmissão 
do sinal de televisão a cabo, quando realizada de forma 
onerosa, incide ICMS, nos termos do Art. 2º da Lei 
Complementar nº 87/96, por ser considerado serviço de 
comunicação. 
No entanto, o ICMS não incide sobre a prestação de serviço de 
acesso à Internet, por se tratar de serviço de valor adicionado 
e não de comunicação, nos termos da Súmula 334-STJ: “O 
ICMS não incide no serviço dos provedores de acesso à 
internet”. 
 
DICA 53 
(Competência tributária) 
 
GUERRA FISCA (ICMS): No art. 155, § 2º, inciso XII, alínea “g”, 
da CF, prevê que cabe à lei complementar regular, mediante 
deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, 
incentivos e benefícios fiscais e como eles serão concedidos. 
Trata-se do artigo constitucional mais importante no combate 
à chamada “guerra fiscal”, que exige que os benefícios fiscais 
de ICMS sejam concedidos mediante deliberação dos Estados. 
 
Conforme o art. 1º, parágrafo único, inciso I, da Lei 
Complementar nº 24/75, os benefícios fiscais relativos ao 
ICMS somente serão concedidos ou revogados nos termos de 
convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito 
Federal. 
 
DICA 54 
(Competência tributária) 
 
DA PROGRESSIVIDADE: Esse princípio versa sobre o aumento 
da carga tributária pela majoração da alíquota, o valor do 
tributo aumenta em razão da riqueza do contribuinte. Pode ser 
aplicado no IR, ITR, IPTU e outros, porém o STF trouxe a 
vedação expressa na súmula que não vai incidir sobre o ITBI. 
 
 
Súmula 656-STF: “É inconstitucional a lei que estabelece 
alíquotas progressivas para o imposto de transmissão 
“inter vivos” de bens imóveis (ITBI) com base no valor venal 
do imóvel”. 
 
DICA 55 
(Competência tributária) 
 
PROGRESSIVIDADE NO IPTU: Em vista do que o art. 156, §1º, 
I e II da CF, que prevê a progressividade em razão do valor do 
imóvel e alíquotas diferenciadas em razão da localização do 
imóvel, o STF editou súmula vedando a cobrança dessa 
progressividade antes do ano 2000. 
 
 
Súmula 668-STF: “É inconstitucional a lei municipal que 
tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 
29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se 
destinada a assegurar o cumprimento da função social da 
propriedade urbana”. 
 
DICA 56 
(Competência tributária) 
 
LANÇAMENTO DE OFÍCIO DO IPTU: Uma das modalidades de 
lançamento é por oficio onde o Fisco age de maneira individual, 
sem nenhuma declaração do contribuinte. O IPTU quando é 
entregue o carnê ao contribuinte temos o marco inicial, que o 
Fisco já se dá como notificado o contribuinte. 
 
 
Súmula 397-STJ: “O contribuinte do IPTU é notificado do 
lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço”. 
 
DICA 57 
(Competência tributária) 
 
BASE DE CÁLCULO IPTU: É o valor venal do imóvel, ou seja, o 
valor pelo qual poderia ser vendido ‘em condições normais de 
mercado. Sobre a atualização da base de cálculo deve-se 
respeitar o princípio da legalidade, conforme Súmula 160-STJ: “ 
É defeso ao município atualizar o IPTU, mediante decreto, em 
percentual superior ao índice oficial de correção monetária”. 
 
DICA 58 
(Competência tributária) 
 
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI): É 
imposto real, que recai sobre determinada categoria de bens, 
possuindo forte interesse fiscal. Tem ainda relevante função 
regulatória de mercado, uma vez que vem onerar mais 
gravosamente artigos supérfluos e nocivos à saúde (princípio 
da seletividade). 
 
 
ATENÇÃO: Princípio da não-cumulatividade (art. 49, CTN): 
um tributo que sobre fato integrante de uma sucessão de 
fatos da mesma natureza não pode incidir sobre cada um 
desses fatos de forma autônoma, acumulando cada 
incidência com as anteriores. 
 
 
Súmula 411-STJ: “É devida a correção monetária ao 
creditamento do IPI quando há oposição ao seu 
aproveitamento decorrente de resistência ilegítima do 
Fisco”. 
 
 
Súmula 494-STJ: “O benefício fiscal do ressarcimento do 
crédito presumido do IPI relativo às exportações incide 
mesmo quando as matérias-primas ou os insumos sejam 
adquiridos de pessoa física ou jurídica não contribuinte do 
PIS/PASEP”. 
 
 
 
 
 
11 
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Súmula 495-STJ: “A aquisição de bens integrantes do ativo 
permanente da empresa não gera direito a creditamento 
de IPI”. 
 
 
Súmula 591-STF: “A imunidade ou a isenção tributária do 
comprador não se estende ao produtor, contribuinte do 
imposto sobre produtos industrializados. 
 
DICA 59 
(Competência tributária) 
 
COMPETÊNCIA DO ISS: O ISS é um imposto de competência 
dos Municípios imposto na constituição no art. 156, inciso III. 
Costumeiramente o local onde se recolhe é o do local do 
estabelecimento prestador ou quando não obtiver será o 
domicílio do prestador, conforme art. 3º da Lei Complementar 
nº 116/2003. Porém também temos previsões expressas de 
exceções, que será devido o local da execução do serviço, 
sendo esse o caso da prestação dos serviços de jardinagem, 
do corte e poda de arvores. 
 
DICA 60 
(Competência tributária) 
 
CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS: O art. 149 da CF descreve a 
possibilidade de a União instituir contribuições para que 
represente a destinação final do produto de sua arrecadação. 
São as: Contribuições interventivas, Contribuições profissionais 
e Contribuições social-previdenciária. 
 
 
ATENÇÃO1: As CIDEs também obedecerão a todos os 
princípios constitucionais tributários, exceto a CIDE-
combustível que não respeita a anterioridade. 
 
 
 
ATENÇÃO2: A contribuição sindical é parafiscal com 
caráter compulsório que não se confunde com a 
contribuição confederativa, pois não é tributo, por se referir 
apenas ao custo da representação da categoria dos 
empregados. 
 
DICA 61 
(Competência tributária) 
 
NATUREZA JURÍDICA DO PEDÁGIO: A CF/88 proibiu os 
entes de estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, 
por meio de tributos interestaduais, com a exceção do art. 
150, V. 
 
 
ATENÇÃO: Porém, é possível a cobrança de pedágio, o qual 
tem natureza de TARIFA ou PREÇO PÚBLICO, e não de 
taxa, STF. Plenário. ADI 800/RS, Rel. Min. Teori Zavascki, 
julgado em 11/6/2014 (Info 750). 
 
DICA 62 
(Prescrição e decadência) 
 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA NO DIREITO TRIBUTÁRIO: A 
confissão espontânea da dívida e seu parcelamento não têm o 
condão de restabelecer a exigibilidade do credito tributário 
extinto pela decadência ou prescrição. 
A prescrição e decadência no direito tributário são hipóteses 
de extinção do crédito e, portanto, os atos posteriores 
realizados pelo contribuinte não reestabelecem o crédito 
atingido pelos referidos institutos. 
 
 
Súmula 409-STJ: “Em execução fiscal, a prescrição 
ocorrida antes da propositura da ação pode ser decretada 
de ofício”.Súmula 106-STJ: “Proposta a ação no prazo fixado para o 
seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes 
ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da 
arguição de prescrição ou decadência”. 
 
DICA 63 
(Responsabilidade Tributária) 
 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA: O art. 124 e 125 do CTN 
elenca quem são solidários. São duas espécies: 
(A) Solidariedade de fato: ligação direta com o fato; 
(B) Solidariedade legal: a Lei é quem determina as pessoas 
que serão solidárias. 
 
 
ATENÇÃO: Benefício não se aplica – o benefício a ordem no 
direito societário indica que, na hipótese de inadimplemento 
de obrigações, em primeiro lugar devem ser executados os 
bens da sociedade, e somente se não forem suficientes 
para pagar as dívidas, executam-se os bens dos sócios, 
observando eventual limitação. 
 
DICA 64 
(Responsabilidade tributária) 
 
IMPOSSIBILIDADE DE REDIRECIONAMENTO POR MERO 
INADIMPLEMENTO: O redirecionamento da execução fiscal 
depende da configuração de uma das hipóteses do art. 135 do 
CTN. O sócio corresponsável poderá vir incluso na CDA desde o 
início ou ser incluído no curso da execução. 
No entanto, não basta a mera falta de pagamento do tributo. 
Deve haver enquadramento em uma das hipóteses do art. 135 
do CTN, além do não pagamento. 
Conforme a Súmula 430 do STJ: "O inadimplemento da 
obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a 
responsabilidade solidária do sócio-gerente" 
 
 
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos 
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de 
atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, 
contrato social ou estatutos: 
I - as pessoas referidas no artigo anterior; 
II - os mandatários, prepostos e empregados; 
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas 
jurídicas de direito privado 
 
DICA 65 
(Responsabilidade tributária) 
 
REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL EM CASO DE 
DISSOLUÇÃO IRREGULAR: É possível redirecionar a execução 
fiscal contra o sócio que exercia a administração por ocasião 
da dissolução irregular da sociedade contribuinte, 
independentemente do momento da ocorrência do fato 
gerador ou da data do vencimento do tributo. (STJ, REsp 
1351468/RS,) 
 
 
Súmula 435-STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a 
empresa que deixar de funcionar no seu domicílio sem 
comunicação aos órgãos competentes, legitimando o 
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente 
 
 
 
 
 
 
 
12 
100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira 
DICA 66 
(Responsabilidade tributária) 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA E DENÚNCIA 
ESPONTÂNEA: De acordo com o Art. 138 do Código 
Tributário Nacional, a responsabilidade é excluída pela 
denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o 
caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora. 
Nesse sentido o julgamento, pelo STJ, sob o rito dos 
Repetitivos, do REsp nº 1.149.022-SP. 
 
Fique ligado também: 
 
 
Súmula 360/STJ - O benefício da denúncia espontânea 
não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por 
homologação regularmente declarados, mas pagos a 
destempo. 
 
DICA 67 
(Responsabilidade tributária) 
 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA EM CASO DE SUCESSÃO 
EMPRESARIAL NAS MULTAS: As multas moratórias e 
punitivas são devidas pela empresa sucessora referente a 
fatos geradores ocorridos até o dia da sucessão. A sucessão, 
portanto, não se limita ao tributo em si, alcançando também 
as multas tributárias. 
 
Muito cuidado. Trata-se da Súmula 554-STJ, editada no fim de 
2015. Segundo a Súmula: "Na hipótese de sucessão 
empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange não 
apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as 
multas moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores 
ocorridos até a data da sucessão". 
 
DICA 68 
(Lançamento) 
 
REVISÃO DO LANÇAMENTO: A revisão do lançamento 
tributário pode ser exercida nas hipóteses do art. 149 do CTN, 
desde que observado o prazo decadencial para a 
constituição do crédito tributário. (STJ, REsp 1405517/AL) 
 
 
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela 
autoridade administrativa nos seguintes casos: 
I - quando a lei assim o determine; 
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de 
direito, no prazo e na forma da legislação tributária; 
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha 
prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de 
atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a 
pedido de esclarecimento formulado pela autoridade 
administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste 
satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; 
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto 
a qualquer elemento definido na legislação tributária como 
sendo de declaração obrigatória; 
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte 
da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a 
que se refere o artigo seguinte; 
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito 
passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à 
aplicação de penalidade pecuniária; 
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro 
em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; 
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não 
provado por ocasião do lançamento anterior; 
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, 
ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o 
efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou 
formalidade especial. 
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser 
iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. 
 
DICA 69 
(Legislação tributária) 
 
LEIS TRIBUTÁRIAS INTERPRETATIVAS: As leis tributárias, 
como regra, não retroagem, exceto nas hipóteses 
expressamente previstas no CTN. 
 
Conforme art. 106, I, do CTN, as leis meramente 
interpretativas aplicam-se a fatos pretéritos, diferentemente 
das demais leis tributárias. Essas leis, contudo, não podem 
inovar no ordenamento, criando direitos, devendo apenas 
conferir interpretação legal a dispositivos já existentes para 
operar efeitos retroativos. 
 
 
ATENÇÃO: Conforme art. 106, II, do CTN, também 
possuem efeito retroativo: 
 
I - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer 
exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido 
fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento 
de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a 
prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 
 
DICA 70 
(Legislação tributária) 
 
INTERPRETAÇÃO LITERAL: O CTN estabelece matérias em 
que as normas devem ser interpretadas literalmente, sem 
margem para extensão: 
 
 
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária 
que disponha sobre: 
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias 
acessórias. 
 
DICA 71 
(Domicílio Tributário) 
 
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO: É o local onde o contribuinte deve 
responder por suas obrigações tributárias. Em regra, esse 
local será o domicílio da eleição, ou seja, o próprio contribuinte 
escolhe onde deseja pagar seus tributos. Caso não o 
contribuinte não faça a eleição do domicílio o art. 127, do CTN 
estabelece algumas regras para ser eleito o domicílio. 
 
DICA 72 
(Suspensão do Crédito Tributário) 
 
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: A suspensão do 
crédito tributário tem a característica de ser transitória ou 
temporária. Daí podemos dizer que a suspensão nada mais é 
do que a dilatação ou prorrogação do prazo para pagamento, 
isto é, aquilo que era exigível fica suspenso além do crédito,fica 
também a sua exigibilidade. 
 
 
 
 
13 
100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira 
 
 
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
I - Moratória; 
II – O depósito do seu montante integral; 
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis 
reguladoras do processo tributário administrativo; 
IV – A concessão de medida liminar em mandado de 
segurança. 
V – A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, 
em outras espécies de ação judicial. 
VI – O parcelamento. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o 
cumprimento das obrigações assessórios dependentes da 
obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela 
consequentes. 
 
DICA 73 
(Suspensão do Crédito Tributário) 
 
MORATÓRIA: É uma espécie de suspensão do crédito 
tributário, onde pode ser concedido de forma excepcional para 
prorrogar o pagamento de uma determinada dívida ou realizar 
algum procedimento obrigatório previsto em sua lei, podendo 
ser de caráter geral ou individual, desde que autorizada as 
condições do art. 152, CTN. 
 
DICA 74 
(Suspensão do Crédito Tributário) 
 
DEPÓSITO INTEGRAL: É uma faculdade do contribuinte que 
pretende contestar o crédito tributário. Na realidade, não é o 
depósito que suspende e sim a apresentação da reclamação 
do recurso. 
 
 
ATENÇÃO: “O depósito somente suspende a exigibilidade do 
crédito tributário se for integral e em dinheiro”. (Súmula 
112-STJ) 
 
DICA 75 
(Suspensão do Crédito Tributário) 
 
PARCELAMENTO: Equivale ao pagamento da dívida em 
prestações vencidas (art. 155-A, CTN), sendo sempre 
individual e quem requer é o contribuinte, no caso do não 
cumprimento é possível a Fazenda Pública executar as dívidas 
com base na CDA ou confissão de dívida (que o contribuinte 
assina ao solicitar o parcelamento). 
 
 
Súmula 355-STJ: “É válida a notificação do ato de exclusão 
do programa de repercussão fiscal do Refis pelo Diário 
Oficial ou pela internet”. 
 
 
Súmula 437-STJ: “A suspensão da exigibilidade do crédito 
tributário superior a quinhentos mil reais para opção pelo 
Refis pressupõe a homologação expressa do comitê gestor 
e a constituição de garantia por meio do arrolamento de 
bens”. 
 
DICA 76 
(Extinção do Crédito Tributário) 
 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: É qualquer ato jurídico 
que faça desaparecer a obrigação respectiva, libertando o 
devedor da sujeição em que se encontra perante o credor. A 
extinção ocorre nas seguintes modalidades: 
 
 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I - O pagamento; 
II - A compensação; 
III - A transação; 
IV - Remissão; 
V - A prescrição e a decadência; 
VI - A conversão de depósito em renda; 
VII - O pagamento antecipado e a homologação do 
lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus 
§§ 1º e 4º; 
VIII - A consignação em pagamento, nos termos do disposto 
no § 2º do artigo 164 
IX - A decisão administrativa irreformável, assim entendida 
a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser 
objeto de ação anulatória; 
X - A decisão judicial passada em julgado. 
XI – A dação em pagamento em bens imóveis, na forma e 
condições estabelecidas em lei. 
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da 
extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior 
verificação da irregularidade da sua constituição, observado 
o disposto nos artigos 144 e 149. 
 
DICA 77 
(Extinção do Crédito Tributário) 
 
COMPENSAÇÃO: Ocorre quando duas pessoas por serem, ao 
mesmo tempo credoras e devedoras uma da outra podem 
extinguir suas obrigações pelo simples encontro de contras. O 
CTN, no seu art. 170, prevê que a compensação deve ser 
prevista em Lei, além disso, os créditos devem ser líquidos e 
certos, vencidos ou vincendos. 
 
 
Súmula 212-STJ: “A compensação de créditos tributários 
não pode ser deferia em ação cautelar ou por medida 
liminar cautelar ou antecipatória”. 
 
 
Súmula 213-STJ: “O mandado de segurança constitui ação 
adequada para a declaração do direito à compensação 
tributária”. 
 
 
Súmula 460-STJ: “É incabível o mandado de segurança 
para convalidar a compensação tributária realizada pelo 
contribuinte”. 
 
DICA 78 
(Extinção do Crédito Tributário) 
 
DECADÊNCIA: Perda do próprio direito. A Fazenda Pública não 
pode mais efetuar o lançamento tributário. Prazo de 5 anos 
(art. 173, CTN). 
 
 
Súmula 555-STJ: “Quando não houver declaração do 
débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco 
constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na 
forma do art. 173, I do CTN, nos casos em que a legislação 
atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento 
sem prévio exame da autoridade administrativa”. 
 
DICA 79 
(Extinção do Crédito Tributário) 
 
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: Uma vez ocorrido o 
fato gerador do tributo, existem duas causas que excluem o 
crédito: 
 
 
 
 
 
14 
100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira 
 
Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I – A isenção; 
II – A anistia. 
Parágrafo único: a exclusão do crédito tributário não 
dispensa o cumprimento das obrigações acessórias 
dependes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, 
ou dela consequente. 
 
 
ATENÇÃO: Quando da publicação de uma Lei instituindo a 
anistia é possível essa lei ser REVOGADA a qualquer 
tempo, pois anistia NÃO GERA DIREITO ADQUIRIDO. 
 
DICA 80 
(Preferência Crédito Tributário) 
 
PREFERÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: O crédito tributário 
prefere a qualquer outro, ressalvados aqueles provenientes da 
legislação do trabalho ou de acidente de trabalho. No caso da 
falência o crédito tributário deixa de ter preferência, também 
sobre os créditos extracontratuais, conforme art.186, CTN. 
 
DICA 81 
(Ações tributárias) 
 
INCONSTITUCIONALIDADE DE EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO 
PRÉVIO PARA ADMISSÃO DE AÇÃO TRIBUTÁRIA: 
Conforme a Súmula Vinculante 28, tal exigência é 
inconstitucional, pois viola o princípio da inafastabilidade de 
jurisdição e do amplo acesso à justiça. 
 
 
Cuidado: Apesar disso, segundo entendimento do STJ, é 
possível exigir garantia do juízo como requisito de 
admissibilidade dos Embargos à Execução no âmbito da 
Execução Fiscal. A norma do art. 16 da LEF (Lei 6.830) 
prevalece sobre o CPC. 
 
DICA 82 
(Ações tributárias) 
 
FRAUDE À EXECUÇÃO FISCAL: Diferentemente da execução 
comum, a fraude à execução fiscal ocorre com qualquer 
alienação de bens posterior à INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA, 
não sendo necessária a citação ou propositura da execução. 
 
 
Art. 185 do CTN: "Presume-se fraudulenta a alienação ou 
oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito 
passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito 
tributário regularmente inscrito como dívida ativa". 
 
 
ATENÇÃO: Segundo entendimento do STJ, a presunção de 
fraude possui caráter ABSOLUTO, não havendo que se falar 
em terceiro de boa-fé. 
 
DICA 83 
(Ações tributárias) 
 
INDISPONIBILIDADE DE BENS DO DEVEDOR: A 
indisponibilidade de bens é medida que pode ser deferida 
contra o devedor, mas só pode ocorrer quando a Fazenda 
Pública houver esgotado os meios de pesquisa de bens. 
 
 
Art. 185-A do CTN: "Na hipótese de o devedor tributário, 
devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à 
penhora no prazo legal e não forem encontrados bens 
penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus 
bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente 
por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem 
registros de transferência de bens, especialmente ao 
registro público de imóveis e às autoridades supervisoras 
do mercado bancário e do mercado de capitais, a fimde 
que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem 
judicial" 
 
 
ATENÇÃO: A indisponibilidade de bens não se confunde 
com a penhora online (BACEN-JUD): 
 
Penhora online 
(BACEN-JUD) 
Atinge apenas 
ativos 
financeiros 
É a primeira 
medida da 
execução fiscal 
Indisponibilidade de 
bens 
(CTN, art. 185-A) 
Atinge todos os 
bens do 
executado 
É a última 
medida da 
execução fiscal 
 
DICA 84 
(Ações tributárias) 
 
REPETIÇÃO DE INDÉBITO DE COMPENSAÇÃO: A repetição de 
indébito resultará na restituição do valor pago indevidamente. 
Contudo, essa restituição pode ocorrer de duas formas: (1) 
precatórios ou (2) compensação tributária. 
 
 
Súmula 461-STJ: "O contribuinte pode optar por receber, 
por meio de precatório ou por compensação, o indébito 
tributário certificado por sentença declaratória transitada 
em julgado." 
 
DICA 85 
(Ações tributárias) 
 
LEGITIMIDADE EM AÇÕES DE IMPOSTO DE RENDA: Muito 
embora o imposto de renda seja um tributo federal, a ação de 
servidores para restituição de valores retidos na fonte pelos 
Estados deverá ser ajuizada contra estes, e não em face da 
União. 
Conforme a Súmula 447-STJ: "Os Estados e o Distrito Federal 
são partes legítimas na ação de restituição de imposto de 
renda retido na fonte proposta por seus servidores." 
 
DICA 86 
(Ações tributárias) 
 
EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE: A exceção de pré-
executividade é admissível na execução fiscal relativamente às 
matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação 
probatória. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - 
Tema 104) (Súmula n. 393/STJ) 
 
DICA 87 
(Ações tributárias) 
 
LEGITIMIDADE RECURSAL EM EXECUÇÃO FISCAL: Só pode 
interpor recurso na execução fiscal o executado ou o terceiro 
interessado. Essas pessoas devem recorrer em seu favor, não 
podendo fazer em favor de terceiros. 
Assim, a pessoa jurídica não tem legitimidade para interpor 
agravo de instrumento no interesse dos sócios contra 
decisão que determinou o redirecionamento de execução 
fiscal. (STJ, REsp 1289456/MG) 
 
 
 
 
 
 
 
15 
100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira 
 
DICA 88 
(Ações tributárias) 
 
PREFERÊNCIA NA EXECUÇÃO FISCAL: De acordo com o art. 
187 do CTN c/c art. 29 da Lei 6.830/80 (LEF), o concurso de 
preferência de créditos se verifica entre pessoas jurídicas de 
direito público, na seguinte ordem: 
1º União e suas autarquias; 
2º Estado, Distrito Federal e Territórios e suas autarquias, 
conjuntamente e pro rata; 
3º Municípios e suas autarquias, conjuntamente e pro rata; 
 
 
Súmula 497-STJ: “Os créditos das autarquias federais 
preferem aos créditos da Fazenda estadual desde que 
coexistam penhoras sobre os bens”. 
 
 
Súmula 563-STF: “O concurso de preferência a que se 
refere o parágrafo único do art. 187 do Código Tributário 
Nacional é compatível com o disposto no art. 9º, inciso I, da 
Constituição Federal. ” 
 
DICA 89 
(Ações tributárias) 
 
SUBSTITUIÇÃO DA CDA (Certidão de Dívida Ativa): Para 
inscrever o contribuinte o CTN traz a obrigatoriedade da 
indicação de alguns requisitos no seu art. 202, CTN e art. 2º, 
§5º da Lei 6.830 (LEF), em que a não observância desses 
requisitos acarretará na nulidade da inscrição e do respectivo 
processo de cobrança. 
 
 
Súmula 392-STJ: “A Fazenda Pública pode substituir a 
certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de 
embargos, quando se tratar de correção de erro material 
ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da 
execução”. 
 
DICA 90 
(Ações tributárias) 
 
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO E EXECUÇÃO FISCAL: 
Quando o lançamento ocorre por homologação, a mera 
entrega da declaração já constitui o crédito tributário, podendo 
ser ajuizada a execução fiscal, independentemente de qualquer 
processo administrativo. 
 
 
Súmula 436 do STJ: “A entrega de declaração pelo 
contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui crédito 
tributário, dispensada qualquer outra providência por parte 
do fisco,” 
 
A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo 
débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer 
outra providência por parte do fisco. (Tese julgada pelo rito do 
art. 543-C do CPC/73 - Tema 96) (Súmula n. 436/STJ) 
 
Fique ligado também: 
 
 
Súmula 446 - Declarado e não pago o débito tributário pelo 
contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão 
negativa ou positiva com efeito de negativa. 
 
 
 
DICA 91 
(Ações tributárias) 
 
IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA E SUSPENSÃO DA 
EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO: A impugnação administrativa é 
hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, 
impedindo que o fisco inscreva o crédito tributário em dívida 
ativa, na forma do Art. 151, inciso III, c/c o Art. 201, ambos 
do CTN. 
 
 
Cuidado: Assim sendo, a exigibilidade do crédito para fins de 
inscrição em dívida e execução só ocorre com a finalização 
da discussão no âmbito administrativo. 
 
DICA 92 
(Ações tributárias) 
 
DESNECESSIDADE DE DEMONSTRATIVO DO DÉBITO NA 
EXECUÇÃO FISCAL: Conforme Súmula 559-STJ, em ações de 
execução fiscal é desnecessária a instrução da petição inicial 
com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de 
requisito não previsto no Art. 6º da Lei nº 6.830/80. 
 
 
 
ATENÇÃO: O entendimento prevalecente é de que, embora 
o CPC tenha aplicabilidade subsidiária à LEF, quando há 
regra específica nesta, o CPC não se aplica. 
 
DICA 93 
(Ações tributárias) 
 
AUTONOMIA DA EXECUÇÃO FISCAL: A cobrança judicial do 
crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou 
habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, 
inventário ou arrolamento, nos termos do Art. 187 do CTN. 
Ademais, de acordo com o Art. 5º da Lei nº 6.830/80, a 
competência para processar e julgar a execução da Dívida 
Ativa da Fazenda Pública exclui a de qualquer outro juízo, 
inclusive o da falência. 
 
Fica ligado também: 
 
 
Súmula 515 - A reunião de execuções fiscais contra o 
mesmo devedor constitui faculdade do Juiz. 
 
DICA 94 
(Ações tributárias) 
 
AÇÃO JUDICIAL E RENÚNCIA À DISCUSSÃO 
ADMINISTRATIVA: Se o contribuinte ajuíza uma ação para 
discutir o crédito tributário, haverá renuncia à discussão no 
âmbito administrativo. 
 
 
LEF (Lei 6.830): 
Art. 38, parágrafo único, que “A propositura, pelo 
contribuinte, da ação prevista neste artigo (que é a ação 
anulatória) importa em renúncia ao poder de recorrer na 
esfera administrativa e desistência do recurso acaso 
interposto”. 
 
DICA 95 
(Ações tributárias) 
 
GARANTIA COMO REQUISITO PARA APRESENTAÇÃO DE 
EMBARGOS À EXECUÇÃO: Permanece vigente o 
entendimento do STJ de que, para apresentação de embargos 
 
 
 
 
16 
100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira 
à execução, deve ser feita a garantia do juízo, conforme art. 
16 da LEF. STJ - REsp 1272827-PE (RECURSO REPETITIVO - 
TEMA 526) 
 
 
ATENÇÃO: Mesmo com a modificação do CPC, em que não 
há mais exigência de garantia para os embargos, continua 
a ser necessária a garantia na execução fiscal, pois se trata 
de lei especial, que prevalece sobre a geral. 
 
DICA 96 
(Ações tributárias) 
 
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE: Dentro da Execução Fiscal 
temos o fenômeno da prescrição intercorrente, onde o Juiz 
suspenderá o curso da execução por não ter localizado 
nenhum bem para garantir o juízo. 
 
 
Súmula 314-STJ: “Em execução fiscal, não localizados bens 
penhoráveis, suspende-se o processo por um ato, findo o 
qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal 
intercorrente.” 
 
DICA 97 
(Ações tributárias) 
 
RECLAMAÇÕES E RECURSOS ADMINISTRATIVOS:O Fisco 
não pode exigir o crédito na pendência de recursos ou 
reclamações com suspensão de exigibilidade até que seja 
proferida decisão administrativa irrecorrível. 
 
 
Súmula 373-STJ: “É ilegítima a exigência de depósito prévio 
para admissibilidade de recurso administrativo”. 
 
 
Súmula Vinculante 21: “É inconstitucional a exigência de 
depósito ou arrolamento prévios de dinheiros ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo”. 
 
DICA 98 
(Repartição de Receitas Tributárias) 
 
DIVULGAÇÃO DE RECEITAS: A União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês 
subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um 
dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de 
origem tributária entregues e a entregar e a expressão 
numérica dos critérios de rateio. (CF, art. 162) 
 
 
ATENÇÃO: Os dados divulgados pela União serão 
discriminados por Estado e por Município; os dos Estados, 
por Município. 
 
DICA 99 
(Repartição de Receitas Tributárias) 
 
REPARTIÇÃO AOS ESTADOS: Pertencem aos Estados e ao 
Distrito Federal: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda 
e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre 
rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias 
e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a 
União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída 
pelo art. 154, I (impostos residuais) 
 
DICA 100 
(Repartição de Receitas Tributárias) 
 
REPARTIÇÃO AOS MUNICÍPIOS: Pertencem aos Municípios: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda 
e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre 
rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias 
e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto 
da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente 
aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese 
da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III da CF; 
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto 
do Estado sobre a propriedade de veículos automotores 
licenciados em seus territórios; 
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do 
imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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100 DICAS MATADORAS DIREITO TRIBUTÁRIO @profmarcilioferreira

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