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PORTFÓLIO VACA VIÚVA 2018.1

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ARARIPINA 
2018 
 
CICERO ALISSON PEREIRA DE LIMA 
JEFFERSON ALEX SILVA LIMA 
ROSILENE RODRIGUES DE SENA 
SILVANA DA SILVA BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
Produção textual interdisciplinar: 
 
 
 Frigorífico Vaca Viúva 
 
CICERO ALISSON PEREIRA DE LIMA 
JEFFERSON ALEX SILVA LIMA 
ROSILENE RODRIGUES DE SENA 
SILVANA DA SILVA BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho a ser apresentado como requisito parcial para 
a obtenção da média bimestral das disciplinas: 
 Direito Empresarial, Métodos Quantitativos, Modelos de 
Gestão, Responsabilidade Social e Ambiental; Legislação 
Social e Trabalhista, Seminário Interdisciplinar III 
 
 
 
Equipe de professores: 
João Scaff, Marcelo Silva de Jesus; Henry 
Tetsuji Nonaka; Luisa Maria Sarabia 
Cavenaghi; Natalia Branco Lopes 
Krawczun; Suzi Bueno de Almeida; André 
Machado; Emília Yoko Okayama 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARARIPINA 
2018 
 
 
 
 
Produção textual interdisciplinar: 
 
 Frigorífico Vaca Viúva 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 5 
2.1 DIREITO EMPRESARIAL .................................................................................................... 5 
2.2 MÉTODOS QUANTITATIVOS ............................................................................................. 7 
2.3 MODELOS DE GESTÃO ................................................................................................... 10 
2.4 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL ................................................................... 14 
2.5 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA .......................................................................................... 16 
3. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 18 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1. Introdução 
Com base nas disciplinas estudadas no semestre, será apresentado uma Produção 
Textual Interdisciplinar que terá como temática a análise do frigorífico “Vaca Viúva”. A 
empresa foi fundada pelos sócios Marco e André em 1997 com o intuito de ser a maior 
distribuidora de carnes da região, a “Vaca Viúva é conhecida por fornecer aos 
consumidores, produtos frescos, de alta qualidade e procedência garantida, pois seus 
produtores e parceiros observam com excelência os processos de criação de gado. 
 Em 2010 foi iniciada a construção da expansão do frigorífico que foi realizada 
graças a um mix de financiamento adquirido junto ao BNDES e a outras fontes de 
financiamento. Porém, houve desativação do setor de “graxaria” com a demissão de vinte 
funcionários, e estes entraram com uma ação trabalhista contra a mesma. Como também a 
empresa atravessa dificuldades financeiras, entre outros problemas com seus gestores. 
Neste ínterim, o desafio proposto nos remete a ajudar aos sócios a encontrarem 
soluções para alavancar o crescimento da empresa, sendo que iremos utilizar os 
conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas no semestre, sendo elas Direito 
Empresarial, Legislação Social e Trabalhista, Métodos Quantitativos, Modelos de Gestão, 
Responsabilidade Social e Ambiental. 
Seguiremos com o desenvolvimento das indagações propostas por cada disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. Desenvolvimento 
 
2.1 Direito Empresarial 
Descreva qual é o significado do princípio da separação entre a pessoa jurídica e os 
membros integrantes da sociedade, ressaltando os impactos contábeis. 
O princípio que norteia a separação entre a pessoa jurídica e os membros integrantes da 
sociedade é o princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica, o qual consiste em 
distinguir a pessoa jurídica de seus integrantes, sendo considerada sujeito autônomo de direitos 
e obrigações, possibilitando assim a ocorrência de fraudes. 
Visando evitar ou coibir as ações e as possibilidades de fraudes apoiadas na autonomia 
patrimonial, o direito brasileiro adotou a decisão judicial destacada de Teoria da 
Desconsideração da Pessoa Jurídica, a qual é permitida por meio de autorização do Poder 
Judiciário, ignorar a autonomia da pessoa jurídica, a partir do momento que ela passar a ser 
utilizada como expediente para a execução de fraudes. Logo, é possível responsabilizar de 
forma direta e ilimitada o sócio pela responsabilidade que cabia à sociedade. Contudo, caberá 
ao credor da sociedade a qual pleiteia a desconsideração fazer prova da fraude perpetrada. 
 Na legislação brasileira, a desconsideração está presente, por exemplo, no artigo 50 do 
Código de Defesa Civil tem como base a fraude, bem como o desvio da finalidade e a confusão 
patrimonial. 
É essencial que para a desconsideração ocorra a fraude, e não apenas a confusão 
patrimonial. Tal consiste na mistura entre os negócios da sociedade, pessoa jurídica, e o dos 
sócios, pessoas físicas, que atuam de forma negligente quanto à separação entre seus negócios 
enquanto pessoa física com os da empresa, o impossibilita quanto à escrituração contábil 
transparente e própria. A confusão não consiste em argumento impar para a desconsideração da 
personalidade jurídica, para que possa ser deve haver não apenas a confusão, mas agregada a 
ela o prejuízo a terceiros, por meio de sua utilização. 
A contabilidade fará os registros contábeis das movimentações para a empresa (pessoa 
jurídica), que é dela toda a responsabilidade, pois o patrimônio da empresa não pode e nem 
deve ser confundido com o patrimônio dos sócios. Então não haverá impactos na contabilidade. 
 
 
 
 
6 
 
O instituto da falência, seu conceito e requisitos. 
 
O Instituto da Falência consagrado na Lei n°. 11.101/2005 tem como objetivo evitar que 
os credores tenham prejuízo, possibilitando a todos estes receberem do devedor insolvente uma 
quantia proporcional ao seu crédito, após o pagamento dos créditos elencados pela lei como 
prioritários e privilegiados. 
Assim, ao se falar em falência, compreende-se que a empresa está no que se chama de 
processo falimentar, que tem por finalidade a liquidação do passivo, compreendido pelas 
dívidas da empresa, por meio da realização da venda do patrimônio da empresa, ativo. No 
processo falimentar estão reunidos todos os credores, que devem ser pagos por meio de uma 
ordem predeterminada no ordenamento, utilizando-se para tal a categoria de crédito a que 
pertencem. Já o processo de recuperação empresarial busca possibilitar à empresa a passagem 
por um momento de crise econômico-financeira a fim de superar tal. 
A simples insolvência do devedor não caracteriza por si só a instauração da falência, 
deve esta estar associada aos seguintes fatores: Impontualidade Injustificada : consiste no não 
pagamento, de forma injustificada, na data de vencimento de uma obrigação líquida ou de 
títulos executivos, cuja soma não ultrapasse 40 salários mínimos; E execução frustrada: trata 
dos casos em que o credor executa um título, direito garantido, contra um devedor, sendo que 
este último se omite do pagamento. Nesse caso, pressupõe-se que não pode fazer o pagamento 
por situação de insolvência. 
Há atividadesque são parcialmente excluídas do instituto da falência e a recuperação 
judicial, visto que são abrangidas por leis especiais relativas à sua liquidação, a exemplo tem-
se: Instituições financeiras, sociedades arrendadoras e administradoras de consórcio, 
companhias de seguros, sociedades de previdência privada aberta e as de capitalização, 
Operadoras de planos de assistência médica. 
 Como também há atividades totalmente excluídas do regime falimentar: as empresas 
públicas e sociedades de economia mista, as Câmaras ou prestadoras de serviços de 
compensação e de liquidação financeira, sujeitos de direito, as entidades fechadas de 
previdência complementar. 
 Enfim, o pedido de falência naturalmente envolve duas partes: uma o requerente que em 
geral é um credor e outra que é o requerido, a empresa devedora. Não havendo a presença dos 
pressupostos materiais que embasam a decretação da falência, cabe ao juiz a emissão de 
sentença denegatória, encerrando-se assim o processo. 
 
7 
 
 
2.2 Métodos Quantitativos 
Utilizando a planilha eletrônica EXCEL, construa um gráfico de barras para cada uma 
das variáveis. 
Para a variável “SALÁRIO” apresentada na tabela 1, determine a média aritmética, a 
mediana e a moda. 
 
Tabela 1 – Alguns Gastos da empresa “Vaca Viúva” nos últimos 12 meses 
Mês Salários Transporte Energia 
elétrica 
Água 
1 R$450.000,00 R$170.000,00 R$20.800,00 R$5.000,00 
2 R$452.000,00 R$145.000,00 R$22.500,00 R$5.500,00 
3 R$452.000,00 R$165.000,00 R$21.600,00 R$5.700,00 
4 R$453.000,00 R$160.000,00 R$23.900,00 R$6.700,00 
5 R$453.000,00 R$155.000,00 R$24.000,00 R$5.700,00 
6 R$454.500,00 R$150.000,00 R$20.700,00 R$4.700,00 
7 R$454.500,00 R$170.500,00 R$25.800,00 R$4.700,00 
8 R$456.700,00 R$167.000,00 R$26.500,00 R$5.700,00 
9 R$456.700,00 R$165.000,00 R$26.000,00 R$3.700,00 
10 R$456.700,00 R$167.000,00 R$27.300,00 R$7.700,00 
11 R$457.000,00 R$160.000,00 R$25.200,00 R$7.700,00 
12 R$500.000,00 R$170.000,00 R$28.300,00 R$8.700,00 
 
 
 
VARIÁVEL Salário 
Média R$ 458.008,33 
Mediana R$ 454.500,00 
Moda R$ 456.700,00 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
R$420,000.00
R$440,000.00
R$460,000.00
R$480,000.00
R$500,000.00
R$520,000.00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Sa
lá
ri
o
Mês
Tabela 1 – Alguns Gastos da empresa “Vaca Viúva” nos 
últimos 12 meses
SALÁRIOS
Salários
R$130,000.00
R$140,000.00
R$150,000.00
R$160,000.00
R$170,000.00
R$180,000.00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Tr
an
sp
o
rt
e
Mês
Tabela 1 – Alguns Gastos da empresa “Vaca Viúva” nos 
últimos 12 meses
TRANSPORTES
Transporte
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
R$0.00
R$10,000.00
R$20,000.00
R$30,000.00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
En
er
gi
a 
El
ét
ri
ca
Mês
Tabela 1 – Alguns Gastos da empresa “Vaca Viúva” nos 
últimos 12 meses
ENERGIA ELÉTRICA
Energia elétrica
R$0.00
R$2,000.00
R$4,000.00
R$6,000.00
R$8,000.00
R$10,000.00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Á
gu
a
Mês
Tabela 1 – Alguns Gastos da empresa “Vaca Viúva” nos 
últimos 12 meses
ÁGUA
Água
10 
 
2.3 Modelos de Gestão 
 
As etapas do processo de tomada decisão 
 
 Chiavenato (1997) aponta que o processo de decisão é complexo e está sujeito às 
características individuais do decisor quanto da circunstância em que está envolvido e da 
maneira como compreende essa situação. Entende que o processo de decisão desenvolve-se em 
sete etapas, a saber: 
1. Percepção da situação que abrange algum problema; 
2. Diagnóstico e definição do problema; 
3. Definição dos objetivos; 
4. Busca de alternativas de solução ou de cursos de ação; 
5. Escolha da alternativa mais apropriada ao alcance dos objetivos; 
6. Avaliação e comparação dessas alternativas; 
7. Implementação da alternativa escolhida. 
Cada etapa influencia as demais e todo o conjunto do processo. Pode ser que as etapas 
não sejam seguidas à risca. Quando há pressão para uma solução rápida uma solução imediata, 
as etapas 3, 5 e 7 podem ser sintetizadas ou eliminadas. Caso contrário, sem existência de 
pressão, determinadas etapas podem ser ampliadas ou desdobradas no tempo (CHIAVENATO, 
1997). 
As decisões, segundo Chiavenato (1997), possuem tipos ou extremos, ou seja, 
classificam-se em programadas e não programadas. 
Decisões programadas: São as decisões caracterizadas pela rotina e repetitividade. São 
adotadas mediante uma regra, com dados evidentes, condições estáticas, certeza, 
previsibilidade. Acontecem com certa frequência na organização. Exemplos: fazer pedido de 
estoque sempre que o nível cair para 100 unidades. 
Decisões não programadas: São as decisões caracterizadas pela não-estruturação, dados 
inadequados, únicos e imprevisíveis. Estes tipos de decisões estão ligadas às variáveis 
dinâmicas tornando-se de difícil controle. Seu intuito é a resolução de problemas incomuns, 
marcados pela inovação e incerteza. 
 
11 
 
Qualidade e Lean Manufactoring 
 
A noção de gestão de qualidade surge na década de 1950 com a busca pela padronização 
dos métodos e resultados da produção. De lá para cá, o conceito se espraiou também para áreas 
como o atendimento ao cliente, a pesquisa sobre seus desejos, o controle de custos e os setores 
administrativos das companhias. Hoje, ela se impõe como uma abordagem holística sobre a 
empresa, um conjunto de métodos e princípios capaz de otimizar processos, reduzir gastos e 
fidelizar a clientela. 
A gestão de qualidade é sempre um trabalho em progresso. O gestor de cada área deve 
estar continuamente atualizado para implementar os melhores e mais modernos processos e 
otimizar o trabalho na empresa. 
De maneira geral, empresas que seguem práticas de gestão de qualidade elaboradas 
internamente ou padronizadas, como o ISO 9001, costumam colher uma série de resultados 
positivos a curto, médio e longo prazo. Entre os mais importantes estão: 
• Redução racional de custos sem perda de qualidade da produção; 
• Melhoria do engajamento dos funcionários, que se sentem mais envolvidos no cotidiano 
produtivo graças ao investimento em integração e transparência; 
• Aumento de valor da marca, que passa a ser mais respeitada por seguir normas rígidas 
de controle de qualidade, o que também aumenta o valor agregado aos produtos; 
• Aumento na competitividade da empresa no mercado; 
• Aumento da satisfação dos clientes e, consequentemente, melhores resultados de 
fidelização da clientela; 
• Aumento da rentabilidade da empresa. 
Com resultados tão interessantes, não há motivos para adiar a implementação das práticas 
da gestão de qualidade. 
Lean Manufactoring 
É uma abordagem sistemática para identificar e eliminar desperdícios através da melhoria 
contínua, com o fluxo de material puxado pelo pedido do cliente. 
12 
 
A ideia central é maximizar o valor do cliente e minimizar o desperdício. Simplesmente 
lean significa criar mais valor para clientes com menos recursos. 
Abordando a definição de valor, entende-se valor sob a ótica do cliente. Neste contexto, 
valor é algo percebido pelo cliente como útil na forma, aparência ou função de um produto ou 
serviço. E claro, algo percebido e pelo qual o cliente topa pagar. Não adianta o cliente perceber 
o valor e não querer pagar a mais por isto. Preço, a meu ver, é diretamente proporcional à 
quantidade de valor percebida pelo cliente. 
 
O objetivo da Lean Manufacturing é reduzir o tempo entre o momento em que o cliente faz um 
pedido e o momento da entrega, eliminando todas as perdas dessa cadeia. 
Issoé realizado por: 
▪ Realização de tempos de troca mínimos (SMED) 
▪ Implementação one-piece-flow 
▪ Implementação do planejamento da produção puxada 
▪ Equipes de melhoria de atividades em grupos pequenos 
▪ Eliminação de defeitos 
▪ Estabelecimento de parcerias cliente-fornecedor 
Assim, deveremos entender que o Lean Manufacturing é um sistema diferente e não apenas 
conjunto de ferramentas, técnicas e mudança cultural. Muito mais importante que os sete 
desperdícios, realmente mencionados na base do Lean, são os conceitos revolucionários 
colocados pelo Taiichi Ohno. Fornecer valor ao cliente, reduzir o tempo de processo e focar 
na eliminação dos desperdícios, especialmente os desperdícios com o estoque, são os conceitos 
que tornaram o Lean Manufacturing diferente de todas as demais abordagens de melhoria. 
 
 Administração participativa 
 Administração Participativa é a prática que reconhece a importância da participação das 
pessoas no processo de tomada de decisões da organização, a fim de contribuir no seu 
desenvolvimento, resoluções de conflitos e na competitividade no mercado global. 
13 
 
Há uma série de vantagens na Administração Participativa, em que, renega-se uma 
centralização de poderes hierárquicos, passando a distribuir competências às pessoas. Os 
funcionários deixam de sentir como meros espectadores e passam a 
participar da gestão, atribuindo suas competências e habilidades, abre-se espaço para 
negociações de objetivos de trabalho, de metas a serem conquistadas e o melhoramento das 
condições de trabalho. 
Não se pode esquecer que a alta gestão abre mão de poderes para administrar a 
descentralização. Para tanto, é preciso que as pessoas estejam preparadas, tendo as informações 
certas, avaliando cada alternativa, deixando seus próprios desejos e benefícios de lado para a 
melhoria e proveito da organização. O gestor fica mais livre para desenvolver novos negócios, 
dando espaço aos colaboradores para auto gerenciarem as atividades do cotidiano. 
 Seria interessante a aplicação da Administração participativa na Vaca Viúva, pois como 
a mesma está passando por dificuldades financeiras, e gestores desmotivados, a participação 
maciça dos funcionários da empresa traria boas ideias e motivação junto a todos os 
funcionários. E esta ferramenta pode auxiliar no crescimento do negócio porque as ações seriam 
voltadas para setores específicos, e os funcionários de cada setor tem expertise em sua atividade, 
podendo gerar um melhor valor com aplicação de menos recursos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2.4 Responsabilidade Social e Ambiental 
 
1. Estabelecer a missão, visão e valores da empresa observando o trinômio da 
sustentabilidade. 
 
2. Utilizar o conceito de Governança Corporativa trabalhado na disciplina mostrando 
como a empresa deve atuar a partir de uma gestão que utilize a governança corporativa 
e assumindo seu compromisso com a Responsabilidade Social empresarial. 
 
Missão, Visão e Valores 
A Missão, visão e valores são os princípios fundamentais que norteiam uma 
organização. Eles indicam a forma como a empresa quer se posicionar no mundo e ser 
reconhecida por seus clientes, colaboradores e parceiros. 
A missão de uma empresa é o seu propósito fundamental, sua razão de ser, sua finalidade 
e o porquê de sua criação. Ela tem relação direta com a identidade da organização e, por esse 
motivo, geralmente não sofre alterações com o passar dos anos. 
A visão representa onde a empresa quer chegar. Ela é o futuro que a empresa deseja e 
seus objetivos de longo prazo. Indiretamente, ela indica também o porquê das metas 
estabelecidas valerem a pena. Devido à sua natureza, ela costuma durar um período de tempo 
pré-determinado, sendo substituída por outra quando a empresa atingir uma nova etapa. 
Os valores formam o código de conduta da empresa. São os princípios éticos e o estofo 
moral que deverão ser respeitados enquanto a companhia busca cumprir sua missão e atingir os 
objetivos de sua visão. Eles são regras criadas e são inegociáveis. 
Enfim, o estabelecimento do conjunto de missão, visão e valores não deve ser feito 
apenas para atender a uma formalidade. Esses conceitos só serão úteis para a companhia caso 
se reflitam no seu cotidiano. 
 
Governança Corporativa 
As regras, os processos, os costumes e as políticas utilizadas para a administração de 
uma empresa são conhecidas como governança corporativa. No entanto, a governança não 
exclui as relações entre os sujeitos envolvidos em seu processo e os seus objetivos, para os 
quais a corporação é “governada”. 
15 
 
 Hoje, as organizações contemporâneas contemplam na sua formação externa, além dos 
sujeitos interessados – os acionistas, por exemplo –, também os credores, o mercado comercial, 
os fornecedores, os clientes e as comunidades afetadas com as suas atividades corporativas, e 
são conhecidos como stakeholders. E contemplam internamente o Conselho de Administração, 
executivos e os seus respectivos empregados. 
A Governança Corporativa é uma ferramenta importante da empresa moderna que preza 
pela transparência para com os seus acionistas, bem como a fidelização da clientela, além do 
acesso às informações dos interessados. Esta, para garantir a sua eficiência preza pela: 
transparência, participação, estado de direito, responsabilidade, orientação por consenso, 
igualdade e inclusão, efetividade e eficiência, accountability (prestação de contas). 
Contudo, a Governança Corporativa se utiliza dos stakeholders para legitimar as ações 
da empresa por possuírem papel direto ou indireto na gestão de resultados da empresa e do 
planejamento estratégico para ações com o estabelecimento da relação entre a organização e o 
ambiente interno e externo, os objetivos organizacionais e a definição de estratégias 
alternativas. 
 
Empresa Vaca Viúva 
 
Missão: Oferecer o melhor dos produtos alimentícios prezando pela melhor qualidade 
dos alimentos e saúde das vidas humanas. 
 
Visão: Melhorar a qualidade de vida das pessoas oferecendo o alimentos frescos, de alta 
qualidade e procedência garantida, se tornando referência no mercado de carnes. 
 
Valores: 
- Oferecer o maior retorno aos sócios e acionistas; 
- Cuidar e preservar o meio ambiente, garantindo-o para o futuro; 
- Ética em todos os níveis de relação da empresa; 
- Higiene, segurança e garantia de um ambiente que favoreça o desenvolvimento dos 
trabalhadores. 
 
A governança corporativa será incorporada na empresa de forma que favoreça o 
crescimento financeiro e holístico da organização, de forma que traga retorno de investimento 
nas ações financeiras e retorno positivo para a sociedade e meio ambiente. 
16 
 
2.5 Legislação Trabalhista 
 
1 - O conceito de “tempo à disposição do empregador, apontando a principal 
consequência ao empregador quando ocorre a sua configuração; 
 2 - O seu posicionamento em relação ao caso apresentado, indicando se de fato há 
configuração de tempo à disposição. 
 
O conceito de “tempo à disposição do empregador 
O artigo 4º da CLT considera como de serviço efetivo o período em que o empregado 
esteja a disposição do empregador aguardando ou executando ordens. 
 A reforma trabalhista decorrente da Lei 13.467/2017 inseriu nesse artigo o parágrafo 
segundo com a seguinte redação: 2° Por não se considerar tempo à disposição do empregador, 
não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que 
ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o 
empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso deinsegurança nas vias 
públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da 
empresa para exercer atividades particulares, entre outras: 
I – práticas religiosas; 
II – descanso; 
III – lazer; 
IV – estudo; 
V – alimentação; 
VI – atividades de relacionamento social; 
VII – higiene pessoal; 
VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na 
empresa. 
17 
 
O dispositivo inserido no artigo 4º da CLT, coloca diversas situações em que o tempo 
de permanência do empregado na empresa não será considerado como a disposição do 
empregador para fins de remuneração. 
Se o empregado “por escolha própria” permanecer nas dependências da empresa por 
insegurança ou mesmo por questões climáticas desfavoráveis esse tempo não é considerado 
como a disposição do empregador para fins de remuneração. 
Para o empregador pode ser uma alteração que restabelece o equilíbrio na relação entre 
o capital e o trabalho, evitando injusto ônus para o ele por fatores de interesse pessoal do 
empregado, ou em decorrência de fatores externos. 
 
2 - O seu posicionamento em relação ao caso apresentado, indicando se de fato há 
configuração de tempo à disposição. 
Como a empresa exigia que os funcionários de um determinado departamento fizessem 
um procedimento de higiene específico e vestissem uniformes e equipamentos de proteção 
individual antes de iniciar o labor, e não contabilizava este tempo de aproximadamente meia 
hora na jornada de trabalho dos empregados, exigindo que chegassem meia hora antes do início 
do expediente. O processo que os funcionários ingressaram de ação trabalhista requerendo os 
trinta minutos gastos para a utilização do uniforme a título de horas extras procede, pois de 
acordo com a reforma trabalhista decorrente da Lei 13.467/2017, inseriu no artigo 4º da CLT, 
o parágrafo segundo descrevendo as casos o tempo de permanência do empregado na empresa 
não será considerado como a disposição do empregador para fins de remuneração. E, este tempo 
de meia hora é exigido pelo empregador, logo este tempo deve ser contabilizado como jornada 
de trabalho para estes empregados. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
3. Conclusão 
 
Verificamos que uma empresa deve perpetuar sua existência através de ações que 
favoreçam tanto seus sócios e acionistas como a sociedade e o meio ambiente. Existem vários 
grupos de interesse ao redor do crescimento da empresa, e para organizar melhor, definindo 
metas já implementadas em sua missão, visão e valores a governança corporativa vem ganhando 
cada vez mais espaço perante o mundo empresarial. 
Deve-se verificar atentamente a relação de trabalho existente nas empresas, e para isto, 
vale o conhecimento abrangendo a Legislação trabalhista, uma vez que nela consta todas as 
regras as quais devem ser seguidas pelo empregado e pelo empregador diante a Lei. 
O caminho para um crescimento visando a sustentabilidade, será sempre um tema atual, 
pois todas as ações voltadas para Responsabilidade Social e Ambiental tornam as empresas bem 
vista diante a sociedade. 
Enfim, com o conhecimento adquirido neste portfólio poderemos implementá-los em 
nosso cotidiano, levando inovação às empresas as quais trabalhamos. Estes temas são temas 
atuais sempre e que ao decorrer do tempo que for surgindo novidades, devemos estar sempre 
em busca de nos atualizar para progredirmos a um futuro com mais respeito, responsabilidade 
e desenvolvimento sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
Referências: 
 
ARMELIN, Danylo Augusto. Direito empresarial. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional 
S.A., 2015. 
https://www.checklistfacil.com/blog/a-importancia-das-praticas-de-gestao-de-qualidade-para-
sua-empresa/. Acesso em Mai, 18. 
https://www.fm2s.com.br/o-que-e-lean-manufacturing/. Acesso em Mai, 18. 
https://www.dicionariofinanceiro.com/missao-visao-valores/. Acesso em Mai, 18. 
BRASIL, Lei 13.467 de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e as Leis nos 6.019, de 3 de 
janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar 
a legislação às novas relações de trabalho. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13467.htm. Acesso em Set, 2017; 
 
FRANZESE, Eraldo Aurélio Rodrigues. Reforma Trabalhista altera o que se considera tempo 
a disposição do empregador. Disponível em: 
http://blogs.atribuna.com.br/direitodotrabalho/2017/07/reforma-trabalhista-altera-o-que-se-
considera-tempo-a-disposicao-do-empregador/. Acesso em Dez, 2017. 
 
MELEK, Marlos Augusto. Trabalhista! O que mudou? Reforma trabalhista 2017. Estudo 
imediato. Curitiba: 2017 
 
Tempo à disposição do empregador. Disponível em: 
http://www.fecomercio.com.br/noticia/como-fica-o-tempo-a-disposicao-do-empregador Acesso 
em dez, 2017.

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