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Principios e cuidados na Realização de curativos. 1 1º Princípio: Pele e mucosa albergam germes. Cuidados: lavar as mãos antes e após atender o cliente. manipular o material esterilizado sempre com auxílio de pinças ou luvas estéreis. limpar a ferida com solução fisiológica 0,9%. usar anti-séptico somente após avaliação criteriosa. orientar o cliente p/ não tocar na ferida e no material estéril e não falar sobre a mesma. 2 2º Princípio: Os germes podem estar suspensos suspensos no ar. Cuidados: diminuir o máximo possível o tempo de exposição da ferida e do material estéril. preparar o ambiente: fechar janelas, evitar correntes de ar.. dispor o material de forma cômoda e segura para o cliente e para o profissional, evitando a contaminação. 3º princípio:A umidade facilita o crescimento e a proliferação dos germes. Cuidados: faz-se necessário a troca de curativo sempre que o exsudato transpor a cobertura secundária . quando houver contra indicação de troca freqüente pode-se estar reforçando o curativo com mais gazes estéreis secas. em feridas contaminadas os cuidados devem ser redobrados para que a parte externa do curativo seja mantida seca. 4 4º principio: Os líquidos tendem a seguir a força da gravidade. Cuidados: conservar as pinças com as pontas voltadas para baixo. O exsudato tende a descer respeitando a gravidade. Neste sentido, é necessário reforçar o curativo com mais gaze na parte inferior. 5ºprincípio: As vias aéreas albergam, com freqüência, germes que podem passar para as feridas abertas. Cuidados: evitar falar ao realizar o curativo pois ao falarmos estamos eliminando gotículas de saliva que podem passar para a ferida aberta e para o material estéril. fazer o uso de máscaras quando houver suspeita de infecção de vias aéreas/ cavidade oral.. 6 6º princípio: O sangue transporta substancias que nutrem e reparam os tecidos corporais. Cuidados: evitar utilizar substâncias que possam lesar os tecidos. usar técnicas assépticas. tocar na lesão somente com material estéril. descartar a gaze a cada curativo. usar técnica do toque com tampão rotativo (os 4 lados da torunda) descartando após. retirar os tecidos necrosados. 7º principio: Os líquidos se movem até os materiais por ação capilar. Cuidados: utilizar somente coberturas estéreis remover exsudatos; limitar movimentos cobrir áreas desfiguradas promover conforto e bem estar 8º princípio: O movimento facilita a liberação de partículas no ar. não movimentar os membros superiores sobre o campo estéril. contaminantes presos na nossa poupa ou pele podem cair sobre o campo estéril. 8 9ºprincípio: As bactérias ficam suspensas no ar por um certo tempo após a retirada do curativo. Ao realizar curativos em clientes com mais de uma ferida, inicia-se pela incisão limpa e fechada, seguindo os de ferida aberta não infectada e por ultimo as infectadas, colostomias e fístulas em geral. 10º principio: Não colocar o material contaminado na cama, mesa de cabeceira, criado mudo ou no lixo do quarto do clientes. Cuidados: Preferencialmente este material deve ser descartado em saco plástico, e levado imediatamente após o término do curativo á local apropriado. ATENÇÃO: Lixo contaminado – saco branco com cruz vermelha Lixo comum - saco preto. 11º princípio: Observar atentamente as características da ferida, da área ao redor e do exsudato, estando atento a sinais de infecção e colhendo material para cultura sempre que necessário. 10 Tipos de curativos: a) Curativos em incisões cirúrgicas com bordos aproximados, cicatrização por primeira intenção: a partir de 24 horas já podem ficar expostas, pois já formou-se a rede de fibrina protetora. se o paciente desejar que a incisão fique coberta, poderá ser realizado apenas um curativo passivo. b) Curativos em feridas abertas: Dentro das novas abordagens no cuidado de pessoas com feridas, ao invés de usar torundas de gaze para limpa-la, deve-se utilizar jato de SF 0,9% morno (37°C) com seringa de 20 ml e agulha calibrosa (40X12/30x10), preservando assim os tecidos neoformados. 11 c) Curativos com drenos: É considerado um curativo complexo. Deve ser realizado com técnica asseptica. A Limpeza é feita de dentro para fora. Manter curativo passivo até que o dreno seja retirado e após, avaliar a melhor cobertura a utilizar. O dreno tem como objetivo: proporcionar a drenagem de sangue, exsudato seroso, bile e outros fluidos corpóreos, evitando acúmulo destes na cavidade; facilitar a drenagem de coleção purulenta em feridas infectadas; monitorar a cavidade quanto a possibilidade de formação de fístulas e ou hemorragias; eliminar espaço morto; evitar infecção; 12 Tipos de drenagens Os sistemas de drenagem podem ser classificadas como: Ativas: por sucção, p. ex.: portovac (tipo sanfona), ou por aspiração intermitente ou continua. Passivas: gravitacional. Abertas: quando a drenagem é feita em bolsas coletor as aderidas á epiderme ou em curativos oclusivos, p. ex.: drenos de Penrose. Fechadas: consistem de dreno, tubo conector e coletor, hermeticamente conectados, e normalmente são inseridos através de um corte que muitas vezes é adjacente à uma incisão. A drenagem corre para um frasco coletor por gravidade ou por sucção. p. ex.: drenagem ventricular externa; drenagem de tórax; drenagem por sucção/vácuo (ex.: dispositivo Porto-vac), drenagem de bile (Kher) 13 Tipos de drenos: c.1) Dreno Tubular simples: é de material flexível, pode ser de borracha, polietileno... é fenestrado na porção interna; normalmente usado para drenar cavidade abdominal e torácica. 14 c.2) Dreno em “ T “ ou de Kher: utilizado em colecistectomia, fica inserido no colédoco. deve ter atenção redobrada para a fixação, em função da gravidade de uma tração inesperada do mesmo. 15 c.4) Dreno de Penrose (flexível); dreno de látex de largura variável; tem como finalidade drenar exsudato de tecido subcutâneo ou muscular. é normalmente tracionado diariamente para facilitar a drenagem e evitar formação de rede de fibrina. quando ele também tem a função de monitorar a cavidade em relação a formação de fístulas, deve ser tracionado somente com indicação do cirurgião. 16 Dreno de torax 17 Técnica para realização dos curativos Curativo Passivo. Material necessário Bandeja contendo: pacote de curativo (normalmente tem 1 pinça hemostática e/ ou Kocher, 1 anatômica e 1 dente de rato); pacote de gazes estéreis; saco de lixo(s/n); chumaço(s/n); cuba rim; atadura(s/n); bacia(s/n); Algodão com álcool; luvas de procedimento; solução fisiológica a 0,9%;37°C. esparadrapo ou micropore(s/n). EPIs Curativo interativo e bioativo, em feridas abertas. Material necessário. cobertura adequada; par de luva de procedimento; pacote de curativo; cuba-rim e saco de lixo; pacote de gaze comum pacote de gaze com trama mais fechada; cuba redonda estéril; seringa de 20 ml; agulha calibrosa 40x12 ou 30x10. solução fisiológica 0,9% a 37°C. Algodão com álcool EPIs. 18 Técnicas utilizadas Manutenção e troca de curativos 19 Fonte figura: ortopediasemlimites.blogspot.com Ferida fechada por primeira intenção: Agudas Primeiras 24/48 horas: manter curativo fechado ou Técnica asséptica 20 Ferida fechada por primeira intenção: Agudas Após 24/48 horas: Luva estéril Sem drenoe bordos aproximados : pode ficar sem curativo Com dreno ou com bordos afastados: manter curativo fechado ou Fonte figura:www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext 21 Coberturas disponíveis para cobertura de feridas com cicatrização por 1ª intenção: Curativo convencional: com gaze e fita adesiva Película de poliuretano: ferida sem drenagem. Permeável a gases/vapores e impermeável a fluidos e bactérias. Tamanho: 10 x 12cm Película de poliuretano com compressa absorvente não aderente: ferida com pequena e pouca drenagem. Tamanho: película = 8,5 x 9,5 cm – compressa= 7,5 x 4 cm 22 Fonte figura: www2.uepa.br/tocea/arquivos/aula.htm Ferida fechada por segunda intenção: Agudas ou crônicas Fazer irrigação com solução fisiológica morna. - Manter curativo fechado e com umidade fisiológica adequada. 23 Técnica estéril: Na técnica estéril, a troca do curativo deve seguir uma seqüência lógica que deve respeitar os princípios da assepsia eleita, como segue: 1a Etapa: Remoção da cobertura anterior: usar luva de procedimento ou pinça, tocando somente na parte externa da cobertura. se utilizar a pinça, esta deve ser desprezada após a retirada da cobertura. se a luva entrar em contato com fluidos corpóreos, deve ser trocada. - caso a fita adesiva esteja muito aderida à pele pode-se utilizar gaze embebida de solução fisiológica (SF) 0,9% para facilitar a retirada. 24 2º Etapa: Limpeza da ferida: com irrigação (SF, seringa e agulha) ou com gaze e SF 0,9%, conforme características da ferida. se usar pinça, dar preferência à Kocher ou Kelly pela maior segurança que elas proporcionam à manipulação. iniciar a limpeza da área menos contaminada para a mais contaminada, sempre de dentro para fora da ferida. a pinça ou luva estéril utilizada para limpeza deve ser desprezada. 25 Limpeza de ferida aberta com tecido viável: : Granulação e epitelização: Deve-se evitar trauma mecânico e químico 26 3º Etapa: Secagem da ferida: utiliza-se uma nova pinça estéril e ou uma nova luva estéril. - ferida aberta: retirar apenas o excesso de umidade do centro da lesão tocando suavemente com a gaze e secar ao redor da mesma. - ferida fechada: secar suavemente a incisão e ao redor da mesma. A pinça utilizada nessa etapa poderá ser utilizada para auxiliar nas etapas seguintes. Se utilizar luva estéril, nessa etapa, não é necessário a troca da mesma, podendo usá-la para a cobertura. 27 4º Etapa: aplicação de produtos: nesse momento faz-se a aplicação de produtos indicados para otimizar a cicatrização. Podem ser aplicados utilizando pinça, espátula, swab, seringa, entre outros. 28 5º Etapa: cobertura da ferida: aplicar cobertura selecionada conforme característica da lesão e fixá-las com fita cirúrgica adesiva ou atadura, quando necessário. As coberturas pode ser primária, secundária ou única. Normalmente as coberturas única não precisam do auxilio de fitas adesivas, pinças ou luva estéril para sua aplicação. 29 Procedimentos gerais para a realização do curativo. Verificar a prescrição do procedimento no prontuário. Lavar as mãos. Esta deve ser realizada antes e após cada procedimento e sempre que julgar necessário. Fazer uma visita ao cliente, orientar sobre o procedimento independente do cliente estar consciente ou não, e inspecionar a parte externa do curativo para assim definir o material necessário para a realização do procedimento. Evitar realizar o curativo em horários das refeições. Identificar necessidade de providencias para preservar a privacidade do cliente. Fazer a assepsia da bandeja com álcool a 70%. 30 Ao selecionar o material necessário e coloca-lo sobre a bandeja é importante observar: esterilização, data de validade, se está embalado adequadamente e selecionar as soluções e coberturas que serão utilizadas. Selecionar EPIs. Realizar o curativo sem conversar sobre o campo estéril, respeitar os princípios de assepsia preconizados para a técnica eleita. Se julgar a conversa necessária, deve ser usado máscara. Deixar cliente confortável e o quarto organizado. Fazer a assepsia da mesa de procedimento antes e após o procedimento. Fazer a assepsia dos materiais de uso comum ou individual antes de devolve-los aos armários ou gavetas. 31 Curativo – procedimento: 1- Seguir procedimentos gerais para a realização do curativo. 2- Propiciar a privacidade do cliente (usar biombo s/n), fechar a porta ou janelas para evitar corrente de ar. 3- Fazer a assepsia da mesa auxiliar com álcool a 70% antes do procedimento, e aguardar o álcool evaporar. 4- Apoiar a bandeja sobre a mesa auxiliar. 32 5- Organizar o material de forma a facilitar a utilização dos princípios preconizados à assepsia cirúrgica e da mecânica corporal adequada. a) O saco de lixo deve ser aderido à mesa ou colocado sobre a cuba rim, no lado da mesa próximo ao cliente de forma a não propiciar contato com o jaleco do profissional. Deixar a solução de limpeza próxima ao lixo e os demais materiais no lado oposto. Deixar o pacote de curativos no centro da mesa, podendo permanecer sobre a bandeja. b) Cortar a fita adesiva e fixá-la de forma a não ficar em contato com o jaleco do profissional, assim como distante do saco de lixo. c) Abrir o pacote de curativo usando técnica asséptica: - Traçar uma linha imaginária no centro do campo, dividindo-o em duas partes. A parte que fica próxima do cliente será usada para a etapa de limpeza, nela fica disposta a pinça Kocher ou Kelly. As demais pinças ficarão dispostas no lado oposto, e serão usadas para a etapa de secagem e cobertura que é considerada a etapa limpa do curativo. As gazes estéreis devem ser posicionadas nesse lado. As pinças devem ficar com os cabos (onde toca a mão) para fora do campo Pensando na técnica asséptica 35 Elaborado: Honorio, M. T (2008) 6- Na falta de pacote de curativos para a execução do procedimento, deve ser usado luvas de procedimento para a remoção da cobertura externa e luvas estéreis para a execução das demais etapas. 7- Calçar a luva de procedimento. 8- Posicionar o cliente de forma confortável, expondo apenas a área a ser tratada. 9- Colocar protetor no leito conforme necessidade. 10- Remover a cobertura externa utilizando a pinça anatômica ou dente de rato ou as mãos enluvadas. É interessante fazer essa remoção somente com luva de procedimento, e deixar as pinças para limpeza, secagem e cobertura. A cobertura interna só deve ser removida com material estéril, isto é, não deve ser retirada com a luva de procedimento e nem com a pinça que auxiliou na retirada da cobertura externa. Se a luva entrar em contato com fluidos orgânicos, esta deve ser trocada após a retirada da cobertura externa. 11- Se a cobertura estiver fixada com ataduras, soltá-las, ou cortá-las, e se for fita hipoalérgica, retirá-la com cuidado, para não agredir a pele. Poderá ser utilizada uma gaze úmida com SF 0,9% para facilitar a retirada da fita. Delicadamente levanta-se a fita de um canto do curativo para obter um ponto de partida, enrolando o lado adesivo da fita para dentro. Firmar a pele adjacente com um dos dedos, enquanto o curativo está sendo solto da pele. Sempre que possível, remova o curativo no sentido do crescimento dos pelos. 12- Desprezar o curativo sujo no saco de lixo. Se você usou a pinça dente de rato, descarte-a também para fora do campo estéril. Se a luva de procedimento tocou em fluidos orgânicos, troque a mesma. 13- Com a pinça Kocher ou Kelly retire a cobertura interna desprezando-a diretamente no saco de lixo e inicie a limpeza. Utilize o lado do campo selecionado para a etapa de limpeza. Se o curativo estiver sendo realizado com luva estéril, sem o auxilio de pinças, a partir dessa etapa deve ser calçada luva estéril. 14- Inspecionar aferida: observar características da lesão e do exsudato, avaliar a eficácia da cobertura retirada e identificar necessidade de intervenções e mudanças de conduta frente ao observado. Se a ferida for aberta deve ser feito avaliação sistemática semanal ou a cada 15 dias, conforme necessidade. 15-Iniciar a limpeza pela incisão ou lesão com a pinça kocher ou luva estéril. a limpeza normalmente é realizada com a pinça Kocher pois esta dá mais segurança no manuseio. A pinça dente de rato (que será utilizada para secar a ferida) poderá auxiliar na confecção das torundas desde que esta não toque na pinça de limpeza (Kocher). com a pinça dente de rato pegue a gaze estéril que está posicionada no lado limpo do campo, e leve-a para o espaço do campo reservado para limpeza, junto da pinça Kocher. monte a torunda na pinça Kocher, umedeça-a com SF 0,9% (sem encharcar), e com movimentos firmes, rítmicos e semicirculares, de dentro para fora da ferida, do mais limpo para o mais contaminado (o centro da ferida é considerado mais limpo porque está mais protegido da contaminação externa), prossiga a limpeza. limpe a ferida usando todos os lados da torunda, usando quantas for necessária até completar a limpeza. Nunca use o mesmo lado da torunda por duas vezes. após o término da limpeza a pinça deve ser desprezada fora do campo estéril. - se o curativo estiver sendo realizado somente com luva estéril, esta também deve ser trocada antes de iniciar a secagem e cobertura. - nessa etapa deve ser identificada a necessidade de desbridamento de tecidos inviáveis, por fricção ou com auxilio de lamina de bisturi. feridas abertas: limpar observando as características do tecido presente. - quando realizado irrigação (jato de soro), em algumas regiões do corpo é possível apoiar uma cuba ou bacia para recolher o líquido usado na limpeza. Se isso não for possível é necessário reforçar o forro da cama com impermeável e ou material absorvente. feridas/incisão com pontos de reforço: lavar todos os pontos subtotais, introduzindo SF 0,9%, com auxilio de uma seringa de 20 ml e agulha calibrosa no interior de cada ponto (tubo protetor), colocando uma gaze no lado oposto para reter a solução. Após essa irrigação, iniciar a limpeza com torundas, conforme descrito anteriormente. feridas/incisão com drenos: iniciar a limpeza pelo local considerado mais limpo. não usar a pinça utilizada na limpeza da incisão para a limpeza do dreno e vice versa. se for necessário tracionar o dreno (Penrose) deve-se segurar o dreno com a pinça, puxar para fora, adaptar o fixador de segurança estéril (alfinetes são contra-indicados pelo risco de ferrugem e difícil limpeza), e após, cortar o dreno com tesoura estéril mais ou menos 1 cm acima do fixador. limpar ao redor do dreno com torundas em movimentos semicirculares, de dentro para fora. feridas/incisão com drenos nas laterais: Realizar primeiramente o curativo do local considerado mais limpo. Cobrir o primeiro curativo para depois abrir o outro. De preferência, fazer os dois curativos utilizando materiais independentes, principalmente se um deles for considerado infectado. As duas coberturas (do dreno e da incisão) devem ser fixadas separadamente. 16- Secar a lesão e pele perilesional quando necessário, com movimentos suaves. Em lesões abertas secar o leito da ferida somente se houver excesso de fluido. Utilizar a pinça dente de rato e montar as torundas com auxilio da terceira pinça (anatômica) que ainda se encontra estéril destinada à cobertura. Utiliza-se agora a parte limpa do campo. 17- Aplicar pastas, óleos, e géis conforme indicação, com auxilio de espátulas estéreis, hastes flexíveis, seringas, ou outros. 18- Cobrir a ferida conforme indicação para o tipo de ferida, usando a pinça anatômica, e quando necessário, fixar a cobertura com fita cirúrgica ou atadura. Na utilização de cobertura como placas p. ex.: hidrocolóides, consideradas cobertura única não é necessário o uso de pinças. Registrar o nome, data e horário em fita adesiva e colar sobre o curativo refeito. 19- Organizar o material e fechar o saco de lixo. 20- Fazer a assepsia da mesa auxiliar com álcool a 70% após o procedimento. 21- Deixar o ambiente organizado e o cliente confortável. 22- Retirar pelo menos uma das luvas de procedimento antes de sair do quarto, para abrir porta. 23- Encaminhar o saco de lixo totalmente fechado para a lixeira do expurgo (saco plástico branco-lixo hospitalar). 24- Ainda com uma das luvas de procedimento calçada ou calçar uma outra luva para colocar as pinças utilizadas no curativo em recipiente com água e sabão para evitar o ressecamento do material orgânico e facilitar a limpeza dos mesmos, seguindo rotina da instituição. 25- Lavar a bandeja com água e sabão, secar e guardar em local limpo e protegido. 26- Retirar as luvas e lavar as mãos. 27- Fazer assepsia com álcool a 70%, o invólucro dos materiais (óleos, pastas...) de uso comum ou individual, antes de devolvê-los ao armário. 28 - Lavar as mãos. 29 - Fazer o registro do procedimento atentando para: localização do curativo; tipo de curativo (fechado, aberto, oclusivo, compressivo, com irrigação, com drenagem...); características (tipo e quantidade de exsudato, aparência dos bordos da ferida, tipo de tecido); presença de complicações como dor, sinais flogisticos, infecção, necrose..., tipo de cobertura e produtos utilizados, tempo de permanência; tipo de fita adesiva (quando utilizada). quando realizada avaliação sistemática da ferida os registros devem ser feitos em instrumento próprio, conforme rotina da instituição. Retirada de pontos A sutura do tecido tem o objetivo de aproximar os bordos da ferida, minimizar o trauma, controlar sangramento, proteger o tecido da invasão de microorga- nismos e propiciar um a cicatrização com tecido cicatricial reduzido. A retirada dos pontos é realizada assim que tenha sido atingido os objetivos da sutura. Isso acontece quando o novo colágeno atinge força tensil suficiente Para manter as bordas da ferida unidas (DANTAS e JORGR, 2003). Para a retirada dos fios, deve-se considerar: região do corpo; a força tênsil a que será submetida; objetivo da sutura; material utilizado; tipo de ponto. A retirada de pontos tem uma previsão aproximada, como segue: na face: 1 a 3 dias; no pescoço: de 2 a 4 dias; no couro cabeludo após 7 dias; no tronco de 6 a 10 dias; nas extremidades de 6 a 10 dias nas articulações de 8 a 12 dias. Métodos de sutura: Intermitente ou descontinuo: suturas em laçadas individuais. Contínuo: uma seqüência de pontos amarrados somente no início e no final da sutura. Material utilizado • Bandeja contendo: – 1 pacote de curativo (s/n); – 1 pacote de retirada de pontos (tesoura, pinça anatômica e gaze) ou luvas estéreis e lâmina de bisturi; – SF a 0,9%; – cuba - rim; saco para lixo; foco de luz (s/n); - anti-séptico degermante (s/n); - anti- séptico tópico; fita adesiva cirúrgica (s/n cobrir a ferida após a retirada). Retirada de pontos- Procedimento ; 1- Seguir procedimentos gerais para a realização de curativos. 2- Lavar as mãos. 3- Preparar o cliente, o ambiente e o material, seguindo a mesma seqüência da realização do curativo descrita anteriormente. 4- Realizar a limpeza da incisão cirúrgica com soro fisiológico, com a ajuda da pinça kocher, obedecendo os princípios científicos para a realização de curativos, secar e fazer a assepsia com anti-séptico tópico. Se houver crostas, sangue ressecado, entre outros, deve-se fazer degermação com anti-séptico, retirar o degermante com SF 0,9 % e aplicar o anti-séptico tópico. 5- Colocar uma gaze próxima a incisão para depositar os fios a medida que vão sendo retirados. 6- Segurar uma das pontas do ponto com a pinça anatômica ecortar uma das extremidades do laço o mais próximo possível da pele. Iniciar a retirada alternando os pontos. Qualquer sinal de complicação (deiscência) suspender a retirada. 7- Em suturas continuas corte o fio em uma das extremidades e retire-a puxando pelo lado oposto; 8- Limpar a incisão e cobrir a ferida somente se houver necessidade (drenagem de exsudato, presença de áreas desepitelizada ou para maior conforto do cliente); 9- Deixar o cliente confortável, dar destino ao material; 10- Lavar as mãos; 11- Fazer anotações no prontuário conforme rotina da instituição. Em ferimentos extensos ou com suspeita de cicatrização deficiente, retirar os pontos alternados. as bandagens sujas ou não estéril podem causar infecções se aplicadas diretamente sobre um ferimento; usar assepsia médica para aplicação da bandagem; aplicar a bandagem limpa sobre a região limpa; usar cobertura estéril em caso de lesão e após aplicar a bandagem; trocar bandagem em intervalos regulares. Os microrganismos multiplicam-se nas regiões quentes, úmidas e sujas. Cuidados de Enfermagem Princípio científico aplicar a bandagem com leveza, utilizando apenas pressão suficiente para fixar um curativo ou promover a imobilização pois, a pressão excessiva diminui o fluxo sangüíneo através dos tecidos; aplicar a bandagem no sentido da circulação venosa, da parte distal para proximal; A pressão exercida sobre os tecidos orgânicos pode afetar a circulação sangüínea. Princípios científicos na aplicação de Bandagem Atadura Bandagem Manobra de aplicação de uma atadura dando voltas com a mesma até cobrir uma parte do corpo. São faixas confeccionadas de tecido (algodão, viscose, musseline...) com diversas dimensões. 51 Aplicar a bandagem de forma uniforme, deixando as extremidades expostas, para observar a restrição de circulação (frio, dor, dormência, formigamento, cianose, eritema, palidez e edema) previne possíveis complicações. A compressão excessiva ou não das superfícies do corpo pode interferir na circulação sangüínea quando objetos em contato se movem em oposição uns aos outros, ocorre a fricção, podendo danificar células epiteliais. ao aplicar bandagem deve-se proteger (com algodão hidrófilo ou hidrofobo) as saliências ósseas, dobras da pele, separar superfícies cutâneas evitando atrito e maceração da pele. A fricção pode causar traumatismo mecânico do epitélio. Aplicar a bandagem com o corpo na posição de alinhamento evita extensão dos músculos, fadigamento e estiramento, promove conforto e estimula a circulação. O corpo é mantido na posição anatômica, natural com leve flexão das articulações, para evitar o estiramento articular Contenção: fixar curativos, conter talas(luxação) e imobilizar. Compressão: exercer pressão sobre determinada área do corpo. Ex: para controlar hemorragias; no pós parto para comprimir as mamas de mães que não podem amamentar para inibir a produção de leite. Correção: manter posição funcional do membro e corrigir deformidades. Proteção: evitar contato das partes em tratamento com o meio exterior, proporcionar calor, proteger curativos. . Objetivos Material utilizado na bandagem simples Partes da atadura Corpo Ponta inicial Ponta final Face interna Face externa Atadura Luva se necessário; Algodão hidrófilo(proteção) Fita adesiva para fixar Algodão hidrófobo(proteção e aquecimento do membro); Creme hidratante se necessário Cobertura para lesão(se houver). 54 colocar o cliente em posição anatômica e o membro em posição funcional ; escolher o tipo e tamanho de atadura adequada de acordo com o local da aplicação; proteger com algodão as pregas naturais do corpo, ex: axilas orelhas, espaços interdigitais e mamas... aplicar a atadura no sentido da circulação venosa com a parte externa em contato com a pele; correr o rolo da esquerda para direita, desenrolando de 8 a 12 cm e cobrir metado ou 2/3 da volta anterior; deixar a atadura firme porem, sem compressão excessiva; fazer a fixação longe do local de ferimento. a boa bandagem cobre a superfície desejada com o menor número de voltas. Regras para Bandagem Tipos de Bandagem Circular: usada em regiões cilíndricas do corpo ou para manter curativos; sempre sobre o mesmo local, uma volta sobre a outra; não fixar as extremidades inicial e distal sobre o ferimento; Espiral: aplicadas a uma áreas do corpo com circunferência uniforme, cilindrica(punho,dedo..) aplicar ascendendo da parte distal para proximal, cada volta se sobrepondo por metade ou 2/3 da largura da atadura. 56 usada também em partes cilíndricas do corpo, como antebraço, coxas, pernas e mãos. colocar o polegar da mão livre no meio da atadura e enrolar em sentido reverso de maneira que a superficie interna da atadura complete a volta. repetir a volta cobrindo 2/3 `a ¾ da volta anterior. fazer a volta da atadura no mesmo ponto, de modo a permitir que a pressão fique por igual Reversa ou espiral inversa: utilizada para cobrir porções distais do corpo ex.: extremidades da mão e do pé, coto de membros amputados, cabeça. fixar a atadura com uma volta circular, após vire o rolo e leve-o diretamente sobre o centro da extremidade a ser coberta. em seguida, fixa-se na parte inferior, efetuando-se voltas alternadas. cada volta deve ultrapassar a precedente em 2/3 da largura. Recorrente: usada em articulações(braço, perna), geralmente para imobilizar. são voltas repetidas feitas alternadamente acima e abaixo da articulação em forma de oito. cada volta deve ultrapassar 2/3 da volta precedente Espica ou Figura 8 Precisamos lembrar que esta caminhada não se faz sozinha. A pessoa portadora da ferida é a maior aliada nesta caminhada.!!! 60 Muito Obrigada! terehonorio@globo.com 61 ABBADE, L.P.F., LASTÓRIA S. Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia venosa. Anais Brasileiros de Dermatologia. v..81 n.6 Rio de Janeiro Nov./Dec. 2006. www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962006000600002&lng=enptrg&nrm=iso&tlng=enptrg#fig02 acessado em 14/06/2008 as 16:00 horas. BAJAY, H.M.; JORGE,S.A.; DANTAS,S.R.P.E. In: JORGE, S.A.; DANTAS, S.R.P.E. Abordagem multiprofissional do tratamento de feridas. São Paulo: Atheneu,2003. BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria 2.616 ,1998. CANDIDO LC: Nova abordagem no tratamento de feridas. 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São Paulo: Atheneu,2003. * * * Saco de lixo Frasco de soro Cuba Demais materiais Lado utilizado para limpeza Lado utilizado para secar e cobrir gaze Pinça para limpeza: Kocher Pinça para secar: Anatômica ou dente de rato Pinça para cobrir: anatômica Mesa auxiliar: distribuição do material para curativo Campo estéril Linha imaginária
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