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Guia de Estudos da Unidade 3 - Avaliação - Teoria e Prática

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Avaliação
UNIDADE 3
2
UNIDADE 3
AVALIAÇÃO
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Olá, Caro (a) aluno (a)!
Como foi a segunda unidade? Alguma dúvida? 
Lembre-se do seu tutor, ele aguarda sua comunicação para resolver ou lhe ajudar no que for pre-
ciso.
 
ORIENtAçõES DA DISCIPlINA
Bom, nessa unidade aprenderemos o que são competências conceituais, competências proce-
dimentais, competências atitudinais e como essas se integram ao processo de ensino-aprendi-
zagem. Discutiremos também o que viria a ser uma avaliação inovadora, em que níveis ela se 
apresenta para, por fim, elaborarmos avaliações com essa característica.
Buscaremos analisar aqui a importância dessas competências junto aos docentes e como elas 
podem ser desenvolvidas no processo da avaliação escolar.
 
GuARDE ESSA IDEIA!
É importante destacar, prezado aluno, que as competências acima citadas não 
mantêm uma relação de concorrência, mas de interdependência. Ou seja, duran-
te a prática do ensino-aprendizagem, elas precisarão estar presentes e desenvol-
vidas ao mesmo tempo, em conjunto. Isso quer dizer que, caso o professor não 
tenha um dos conjuntos de competências, dificilmente conseguirá desempenhar 
com eficiência suas atribuições, ou, pior, poderá ser incapaz de promover o de-
senvolvimento dessas competências em seus estudantes.
Preparado? Então vamos lá!
COMPEtÊNCIAS CONCEItuAIS: CONHECIMENtOS
Num contexto de sala de aula, é fácil para o professor identificar que nem todos os estudantes 
conseguem atingir o mesmo nível de conhecimento num determinado espaço de tempo. É impor-
3
tante perceber que cada aluno responde segundo as suas particularidades, especificidades, e, por 
isso, o professor precisará estar atento para que possa alcançar cada um de seus estudantes de 
acordo com as necessidades desses. 
Na comum divisão entre alunos bons e fracos, não importaria se o aluno tem ou não facilidade 
de aprendizado, mas sim o comprometimento com esse – “Só sei que nada sei”, como diz a 
máxima socrática. Cabe ao professor o papel de provocador, para que assim evite o comodismo 
em seu aluno. Comodismo e aceitação em alunos considerados bons, já que sempre haverá algo 
para aprender, e fracos, já que taxá-lo como “problema” irá criar antipatia e aversão ao sistema 
educacional – além do mais, nem todos aprenderão tudo o que a escola propõe, nem todos pos-
suem as mesmas inteligências, como compreende Howard Gardner e sua Teoria das Inteligências 
Múltiplas. 
lEItuRA COMPlEMENtAR
Para que você possa ter maiores informações, sugiro aqui a leitura do texto de 
Maria Clara S. Salgado Gama, que trata dessa teoria de Gardner, A Teoria das 
Inteligências Múltiplas e suas Implicações para a Educação, no link.
Continuando nosso raciocínio, a avaliação muitas vezes é utilizada apenas distinguir e separar o 
aluno considerado bom do aluno considerado fraco, quando poderia servir de meio para o efetivo 
aprendizado – capaz de engrandecer as capacidades e potencialidades dos alunos, perceptíveis 
e latentes. 
Quando focada nas potencialidades perceptíveis, a avaliação mostra a realização estudantil como 
algo que está ao alcance de todos; quando o foco são as potencialidades latentes, o professor 
leva o aluno ao reconhecimento de suas potencialidades, tornando-o apto para escolher entre a 
realização estudantil e os descaminhos que a vida oferecerá.
 
GuARDE ESSA IDEIA!
É importante, querido aluno, que exista um equilíbrio entre esses dois enfoques, 
posto que uma avaliação, tal como proposta aqui, deve garantir o desenvolvi-
mento dos talentos que estão nítidos e garantir o despertar dos que não estão. 
Do contrário, o crescimento de suas potencialidades se daria através de fatores 
sobre os quais os alunos teriam pouco ou nenhum controle, como, por exemplo, o 
nível de acesso a valores/bens culturais. Sendo assim, a avaliação se mostraria 
um processo pouco democrático, favorecendo indivíduos com condições socioe-
conômicas privilegiadas. 
Para que a avaliação cumpra seu papel e sirva ao desenvolvimento das potencialidades dos alu-
nos, dois conceitos são de suma importância: valorização do ser humano e utilização de critérios 
http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=18
4
claros. Ou seja, devemos reconhecer os talentos e cada estudante, buscando ativá-los/desenvol-
vê-los, além de ter objetividade nos critérios avaliativos. 
Como desenvolver as competências conceituais 
São conceitos-chave para o professor o senso de justiça e o respeito pelo ser humano para o 
desenvolvimento de forma democrática das competências conceituais. Ao emprego de critérios 
claros, é necessário bom senso. 
Portanto, a receita para o desenvolvimento das competências conceituais, e de uma avaliação 
relevante para o aprendizado efetivo, seria a seguinte:
DICA
Importante que você, meu caro (a) aluno (a), perceba que o resultado dessa soma 
se modificará caso algum dos fatores envolvidos se perca – não haverá uma 
avaliação eficaz, definida aqui como aquela que levará ao desenvolvimento das 
competências conceituais. É necessário, portanto, ter equilíbrio e domínio dos 
principais aspectos psicológicos, sócio-econômico-culturais que interferem no 
comportamento humano e no processo de aprendizagem e avaliação.
O professor deverá ter consciência da sua responsabilidade no ato de avaliar. Para isso deverá es-
tar atento a alguns pontos: a avaliação recairá sobre um ser humano; compreensão de que a ava-
liação não deve ser somente somativa, mas, principalmente, formativa; na avaliação não podem 
ser ignorados conteúdos relevantes que foram trabalhados; perceber que não existe separação 
entre avaliação e ensino. 
 
lEItuRA COMPlEMENtAR
Sugiro a leitura da entrevista com Philippe Perrenoud, que responde perguntas 
sobre as competências, no link.
Evidências das competências conceituais no processo de avaliação 
As competências conceituais, assim como o seu desenvolvimento, também deverão estar pre-
sentes no professor, para que possa desenvolvê-las em seus estudantes, mantendo uma relação 
de diálogo e troca. Dessa forma o docente deixará de ter uma postura de mero transmissor de 
conteúdos para se transformar num educador, cujo papel deverá ser o de provocador, mediador do 
conhecimento, enxergando assim a avaliação como parte do processo de ensino-aprendizagem e 
não o seu (único) fim. Concebendo o estudante como elemento ativo nesse processo.
http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html
5
Para que isso seja alcançado, o professor deverá:
1. Verificar se a aprendizagem está ocorrendo para todos.
2. Contextualizar os conteúdos abordados em sala de aula, aproximando-os da realidade.
3. Facilitar e conduzir a busca e a seleção de informações.
4. Conhecer ao máximo a realidade pessoal e social dos alunos.
5. Se aperfeiçoar, permanetemente.
6. Identificar os problemas de aprendizagem dos alunos, mas também os do ensino.
7. Saber transmitir os conteúdos, mas incentivar a participação e produção do aluno.
8. Saber trabalhar com as aptidões dos alunos.
9. Respeitar o jeito de ser, o ritmo e o conhecimento dos alunos.
10. Utilizar os meios e instrumentos de comunicação a seu favor.
Competências procedimentais: habilidades 
Caro (a) aluno (a), como veremos, a avaliação também servirá para o progresso em outras com-
petências. Temos falado de sua importância no processo de desenvolvimento das competências 
conceituais, agora veremos a sua relevância para a evolução das competências procedimentais. 
É comum encontrarmos em sala de aula um aluno que, mesmo possuindo o conhecimento, com-
petência e capacidade de utilizá-lo efetivamente, não tem a habilidade de aplicá-lo de maneira 
criativa, contextualizada, sendo malsucedido quando confrontado às situações/problemas. Não 
havendo aí, portanto, compreensão efetiva do conhecimento, mas uma apreensão funcional do 
conteúdo - alunos que aprendem um conteúdo de modo superficial, apenas para esquecê-los logo 
depois das provas.
Both (2012a,p. 141) afirma que um dos motivos que levam a essa realidade está relacionado ao 
próprio sistema educacional brasileiro voltado para a formação de recursos humanos: o Ensino Su-
perior, mais especificamente, a sua especialização e dualismo entre licenciaturas e bacharelados.
 
Essa divisão entre bacharelado e licenciatura acaba limitando muitos professores, fazendo com 
que não desenvolvem o domínio técnico e/ou pedagógico que são fundamentais na observação 
das suas habilidades e dos seus alunos. Para correr atrás desse prejuízo, é importante que os 
professores busquem sempre cursos de formação e de aperfeiçoamento. 
Como desenvolver as competências procedimentais
Para que as competências procedimentais sejam desenvolvidas é preciso que o aluno tenha do-
mínio do conhecimento (Competência), saiba aplicá-lo (Capacidade) e lidar com ele de maneira 
criativa (Habilidade). 
Você pode observar essa interação, no esquema apresentado no seu livro texto, com a figura 3.1, 
na página 67.
6
A avaliação tem papel importante nesse processo, já que a partir dela o professor poderá diag-
nosticar o desempenho do aluno com relação a cada um desses aspectos. Dessa maneira, poderá 
promover estratégias de ensino-aprendizagem efetivas para o aprimoramento e/ou manutenção. 
É interessante destacar que, quando esse processo realmente funciona, o aluno passa a fazer 
parte de sua aprendizagem (elemento ativo). Isso tem a ver com um quarto elemento que pode ser 
acrescentado ao trinômio competência-capacidade-habilidade: a convivência. 
Esse quarto elemento está diretamente ligado à valorização do aluno na escola, bem como de sua 
integração, o que faz com ele se sinta motivado a desenvolver suas competências procedimentais, 
pois ele se sente parte do ambiente escolar, se sente acolhido, o que só tende a melhorar o seu 
desempenho.
Evidências das competências procedimentais no processo de avaliação
Ao avaliar a aprendizagem do aluno, o professor deve ter em mente que ele também está fazendo 
uma avaliação do ensino, ou seja, se não houve aprendizagem, é porque houve alguma falha no 
ensino (isso não quer dizer que a culpa é do professor, que fique bem claro! Existem diversos fa-
tores que podem influenciar durante o ensino, externos e internos.).
Aqui a avaliação deverá ser concebida como um processo e não um fim em si mesma – ela faz 
parte do ensino. Por isso a importância de que o professor sempre dê um retorno (o feedback) aos 
alunos, quando esses forem submetidos a algum procedimento avaliativo. Afinal, a avaliação deve 
garantir que o estudante desenvolva os elementos procedimentais necessários para que ele atue 
de maneira ativa em meio social.
Na escola é comum ocorrer a separação entre avaliação e ensino, o que termina por interromper o 
processo de ensino-aprendizagem. Mesmo que os instrumentos avaliativos sejam utilizados e os 
dados quantitativos sejam gerados, deve-se compreender a avaliação como parte desse processo, 
com um objetivo comum: o desenvolvimento do aluno.
Competências atitudinais: atitudes
Como já vimos anteriormente, a avaliação deve ser tomada como parte do processo de ensino
-aprendizagem e não como o seu fim. Conceitos e notas não refletem necessariamente o apren-
dizado do aluno, ainda que haja uma cobrança social por elas. Pressão e cobrança não apenas 
dos pais, mas dos próprios alunos e da escola, como instituição educacional. Para uma avaliação 
efetiva, seria necessário que o professor observasse e acompanhasse o nível de desempenho dos 
seus estudantes, não apenas nos momentos pontuais de verificação de aprendizagem – nos exa-
mes, provas –, mas durante todo o processo de ensino-aprendizagem. 
Claro que os conceitos e notas têm sua validade, mas eles devem ter como aliado o acompanha-
mento do desempenho do aluno, que pode muitas vezes substituí-los. No entanto, observação, 
acompanhamento, análise não são procedimentos simples, acabam por exigir muito do professor, 
que nem sempre está disposto a encarar o desafio. Para que isso funcione, é preciso que o profes-
sor se empenhe, se doe e tenha responsabilidade com a educação. 
7
 
ACESSE O AMbIENtE VIRtuAl
No seu livro texto, na página 70, há uma descrição, proposta por Both (2012b) de como esse acom-
panhamento pode ser feito de maneira eficiente em cada nível escolar:
•	 Educação Infantil e Fundamental I – ajuda a identificar como o aluno interage com pro-
fessore e colegas, além de revelar questões psicológicas e sociais.
•	 Fundamental II – direciona o aluno para a construção de novas ideias; ajudam no pro-
cesso de “aprender a aprender”;
•	 Ensino Médio – período de maior complexidade dos conteúdos que exige deles maior 
maturidade, o acompanhamento contribui nesse direcionamento.
Como desenvolver as competências atitudinais
 
Há muito que a relação professor-aluno foi renovada. Já não há mais espaço para o professor 
conteudista, para hierarquias e relações verticais em sala de aula. O aluno já não é mais “tabu-
la rasa”, mero absorvedor e reprodutor do conhecimento recebido na escola. As relações hoje 
são (ou deveriam ser) horizontais, em que professor e aluno apenas ocupam papeis distintos no 
processo de ensino-aprendizagem. O aluno torna-se sujeito (antes, assujeitado), elemento ativo 
desse processo; o professor passa a ser um provocador, mediador, fomentando a autonomia de 
seus alunos na busca por conhecimento.
Entender essa realidade é de extrema importância para que haja o desenvolvimento das compe-
tências atitudinais de ambos os atores sociais envolvidos no referido processo. Dessa maneira, o 
professor estará contribuindo diretamente para a formação de cidadãos críticos.
 
PAlAVRAS DO PROfESSOR
Claro que não é uma tarefa fácil ir contra os modelos já cristalizados de ensino, 
contra o que já está posto. Além disso, há as necessidades e demandas esco-
lares, principalmente no que diz respeito ao cumprimento do conteúdo progra-
mático. Nas aulas que buscam a participação ativa dos alunos, os debates se 
tornam mais frequentes, o que demanda do professor a capacidade de equilibrar 
o tempo ideal com o possível.
Como já destacamos, é necessário primeiro que o professor tenha as suas competências atitudi-
nais bem desenvolvidas para, assim, possibilitar ao aluno uma experiência de protagonismo do 
processo de ensino-aprendizagem, tornando-se uma espécie de mediador entre o estudante e o 
conhecimento. Isso não que dizer que a avaliação seja colocada de lado, mas que o processo de 
avaliação deve ser contínuo. 
 
8
PRAtICANDO
Vale conferir a leitura do exemplo apresentado no seu livro texto, na página 73, 
sobre o projeto “Eu e meu corpo”, desenvolvido pela professora Maria de Lour-
des Boldim Vaggione, da Escola Comunitária de Campinas. Vamos lá!
Evidências das competências atitudinais no processo de avaliação 
Caro (a) estudante, já vimos anteriormente que não são muito utilizados instrumentos avaliativos, 
quando o foco é o desenvolvimento das competências procedimentais, o mesmo ocorre com as 
competências atitudinais. Isso não quer dizer que o professor não possa fazer uso dos instru-
mentos, pelo contrário, ele pode usar como uma ferramenta enriquecedora para o processo de 
ensino-aprendizagem. 
 
VOCÊ SAbIA?
A escolha do instrumento não pode ser feita de forma aleatória, ela deve va-
lorizar os saberes adquiridos pelo aluno em relação a um determinado tema. O 
instrumento deve, principalmente, fazer sentido para o aluno. Além disso, é ne-
cessário que esses instrumentos avaliativos sejam variados, para que os alunos 
não se habituem a eles.
Iremos agora ver dois instrumentos, que além de representativos, são variados em sua essência. 
Podem ser usados sob diferentes perspectivas, podem fomentar no aluno o interesse pela apren-
dizagem. São eles o portfólio e o estudo de casos.
Portfólio
Já bastante conhecido, mas ainda pouco praticado, tem como um dos seus pontos positivos o fato 
de contribuir diretamente para a avaliação de desempenho não apenas do aluno,mas também do 
professor. 
Apesar de sua fácil utilização, demanda tempo e dedicação do docente, que precisará levar em 
conta uma série de elementos na hora de apontar o nível de desempenho do aluno em relação ao 
objetivo de aprendizagem proposto. Uma de suas características é a capacidade de assumir diver-
sas formas e poder se basear em distintas metodologias, que serão trabalhadas de acordo com a 
situação (características dos alunos, do contexto e dos objetivos perseguidos).
A adoção do portfólio faz com o que o aluno se sinta participante ativo do seu processo de apren-
dizagem, além de possibilitar ao professor um acompanhamento mais detalhado e meticuloso de 
cada aluno, servindo, inclusive, como histórico para o próximo ano (e consequentemente, próximo 
professor).
???
9
lEItuRA COMPlEMENtAR
Para conhecer mais sobre o portfólio, sugiro a leitura desse artigo de Maria José 
Perotti Silva e Nadia Aparecida de Souza, Portfólio: Limites E Possibilidades Em 
Uma Avaliação Formativa, no link.
 
Estudo de Caso
Nesse instrumento avaliativo, é oferecido ao estudante um caso (verdadeiro ou não) para que o 
aluno, tendo como base as orientações preliminares dadas pelo professor, encontre uma solução 
para o problema posto. Um de seus pontos positivos é mostrar ao estudante que um mesmo pro-
blema pode ser resolvido de diversas maneiras, ou seja, não existe uma resposta correta, mas de-
cisões e suas consequências. Possibilitando assim que o aluno expanda seus horizontes, a partir 
de uma atitude proativa com relação à vida como um todo. 
O estudo de caso colabora ao desenvolvimento de três elementos fundamentais para o progresso 
escolar: a coerência, a coesão e a conclusão. O aluno é incentivado a defender o seu ponto de 
vista de maneira clara e lógica, fomentando o debate e defesa de ideias quando se está trabalhan-
do em grupo, proporcionando também o desenvolvimento da argumentação. Principalmente, se o 
trabalho for em grupo, pois assim irá estimular o debate, a exposição e defesa de ideias. 
É claro que o professor não pode simplesmente “jogar” a atividade para os alunos desenvolve-
rem, ele deve deixar claro que objetivos pretende alcançar e no que consiste a atividade, além de 
contextualizar o aluno, para assim ele encontrar argumentos coerentes que possam defender sua 
ideia.
lEItuRA COMPlEMENtAR
Para complementar esse estudo, vale a pena a leitura do texto Habilidades e 
competências na prática docente: perspectivas a partir de situações-problema, 
de Gabriele Bonotto Silva e Vera Lucia Felicettib, no link.
Inovação em situações de avaliação da aprendizagem
Quando se pensa no contexto educacional do Brasil, nos altos índices de evasão e reprovação, 
bem como os péssimos resultados da educação brasileira em relação ao resto do mundo, é difícil 
de acreditar numa avaliação inovadora. 
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2007/anaisEvento/arquivos/CI-137-05.pdf
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/porescrito/article/download/14919/11497
10
VOCÊ SAbIA?
Você sabia que apesar de muitos professores acreditarem que inovação tem a 
ver com algo novo, nunca visto antes, e passarem tempos quebrando a cabeça, 
tentando encontrar uma nova forma de avaliar que não seja a tradicional, na 
verdade, isso é um equívoco? Pois é, a inovação depende muito mais da postura, 
da abordagem e do que se avalia, do que da invenção de novos instrumentos. Se-
gundo Both (2012b, p. 100), “com frequência vemos que as ações inovadoras em 
avaliação estão mais ligadas a uma nova dinâmica dada à avaliação da apren-
dizagem do que propriamente à criação de um novo formato avaliativo”. Dessa 
forma, uma avaliação inovadora é aquela que coloca o aluno e a aprendizagem 
como centro do processo, indo de encontro ao ensino tradicional. 
Caro (a) aluno (a), diante do que já foi visto até aqui nessa unidade, podemos afirmar que uma ava-
liação que se pretende inovadora seria aquela que apresenta senso de justiça, respeito pelo ser 
humano e bom senso; acontece quando se leva em conta a competência, a capacidade, a habilida-
de e a convivência. Mais do que isso, para ser inovadora a avaliação precisa ser constantemente 
problematizada, revisitada e remodelada, dado o seu caráter dinâmico. 
Não importa se o professor utiliza um instrumento tradicional para avaliar, ou faz uso das tecnolo-
gias, o que importa é a forma como ele utiliza esse método, a sua abordagem, e mais, o objetivo 
com que ele os utiliza. Afinal, nada adianta utilizar uma tecnologia avançada, se, no final das 
contas, eu utilizo o que foi feito apenas para atribuir notas, sem levar em consideração todo o 
trabalho e participação do aluno.
 
lEItuRA COMPlEMENtAR
Uma leitura interessante, para complementar esse estudo é o texto, Por que fa-
lar ainda em avaliação?, organizado por Marlene Correro Grillo e Rosana Maria 
Gessinger, no link.
Avaliação voltada à aprendizagem: formulações e (re) formulações 
Você deve estar se perguntando como poderá formular uma avaliação que possa ser classificada 
como “inovadora”. Em primeiro lugar é importante saber que não se trata de uma tarefa simples. 
Primeiro você deve determinar o conteúdo que será avaliado, bem como pensar nas característi-
cas dos seus alunos, o contexto escolar e social que estão inseridos, o tempo disponível, etc. Após 
determinar esses primeiros pontos, você deverá eleger o instrumento que se encaixa melhor no 
tema a ser avaliado e no que seus alunos construíram, até esse momento. 
???
http://www.pucrs.br/edipucrs/porquefalaraindaemavaliacao.pdf
11
Às vezes um debate funciona melhor do que uma prova objetiva, em outros, um trabalho indivi-
dual, que exija mais da criatividade do aluno, seja a melhor opção, e por aí vai. Tudo dependerá do 
que você pretende avaliar. É importante, ao determinar o conteúdo, ter um olhar interdisciplinar, 
pluridisciplinar e transdisciplinar.
lEItuRA COMPlEMENtAR
Aqui, para compreender esses termos apresentados, vale a leitura do texto, 
Multidisciplinaridade, Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade no Ensino, 
de Marília Freitas de Campos Pires.
Por último, devem ser estabelecidos os critérios que irão orientar a elaboração da avaliação e sua 
mensuração. Sobre a natureza desses critérios, Both coloca as seguintes sugestões:
•	 Objetivo de aprendizagem que guiará a avaliação;
•	 Identificação e utilização dos temas mais relevantes dentro do conteúdo trabalhado;
•	 Estabelecimento dos parâmetros de avaliação;
 
Podemos verificar que não basta ter anos de experiência para que se produza um instrumento de 
avaliação inovadora, já que quando se trata de educação, os contextos, os conhecimentos e as 
interações têm grande importância – e pouca coisa (ou nada) pode ser padronizada.
 
lEItuRA COMPlEMENtAR
No link a seguir, são apresentadas oito formas de avaliar sem ser através da 
prova e múltipla escolha, vale a pena conferir essas dicas.
Elaboração de provas 
Como vimos anteriormente, a prova não é, por si só, algo que deve ser abolido das práticas de 
avaliação, contanto que seja inovadora – se tornando uma aliada na busca pela aprendizagem.
 
DICA
Importante destacar que, independente de sua modalidade (objetiva ou discursi-
va), a prova deverá evitar questões cujas respostas não exijam raciocínio, aná-
lise crítica, comparação e esforço para identificação de alternativas de solução. 
Deve-se evitar, sobretudo, questões que exijam a mera memorização.
http://www.scielo.br/pdf/icse/v2n2/10.pdf
http://porvir.org/8-formas-de-avaliar-sem-ser-por-multipla-escolha/
12
ACESSE O AMbIENtE VIRtuAl
No seu livro texto, há um exemplo de questão objetiva, na página 80, que utiliza 
a interdisciplinaridade, ao colocar um texto de geografia na prova de português. 
Ao se valer desse texto de uma disciplina diferente, o avaliador, levará o aluno 
a estabelecer relações entre as matérias, ele irá refletir, interpretar, para então, 
solucionar a questão. Assim, não se trata de uma questão objetiva que exige a 
memorização,se houve de fato o aprendizado, o aluno saberá resolvê-la sem 
muita dificuldade. 
Essa mesma relação pode ser utilizada na prova dissertativa, mas ao invés de estabelecer uma 
resposta possível, o professor deixa aberto para que o aluno desenvolva a sua ideia e solução 
para o “problema” proposto, trabalhando, ainda, sua argumentação, coesão e coerência. 
Revisitando a avaliação institucional
Querido (a) aluno (a), durante nosso percurso, temos tratado sobre a avaliação do aluno e do pro-
fessor, até então não havíamos mencionado a avaliação institucional, assunto que iremos tratar 
nesse tópico.
A escola deve assumir a responsabilidade de formar cidadãos, com uma postura ética e humana, 
que desenvolvam suas habilidades e saberes, preparados para atuar de forma crítica no meio 
social em que estão inseridos, capazes de promover a mudança. 
Para garantir que a escola está cumprindo o seu papel social, a instituição passa por uma avalia-
ção, constante e processual. De acordo com Both: 
“ela necessita ser útil, beneficiando a todos os envolvidos, precisa ser viável, principalmente em 
termos de possibilidade e viabilidade de execução, deve ser exata, tendo em vista a necessidade 
de sua condução correta e do emprego de instrumentos adequados para a obtenção de informa-
ções confiáveis”. (2012b, p. 113-114)
Além disso, essa avaliação deve estar de acordo com o que se é postulado a nível nacional, deve 
contar com o envolvimento, principalmente, das pessoas comprometidas com a educação e que 
fazem parte das comissões avaliadoras. 
A avaliação institucional analisa a relação estabelecida entre a política educacional (leis e di-
retrizes nacionais), o projeto pedagógico, sua organização, as ações determinadas no Plano de 
Desenvolvimento da Escola e a prática cotidiana do ambiente escolar. E se tudo isso contribui 
positivamente para a formação da criança e do adolescente, criando um ambiente favorável para 
a promoção do saber. 
Caro (a) aluno (a), esse tipo de avaliação, ainda é recente, remontando a década de 90, quando 
ainda focava apenas as instituições de Ensino Superior, hoje, o governo federal tem se preocupa-
do com esse nível de ensino, por acreditar que ele é a base. Em relação a outros países, de fato, 
13
ainda estamos dando os primeiros passos, mas é um caminho válido que pretende identificar as 
dificuldades e demandas das escolas, para então buscar estratégias para melhorar e desenvol-
vê-la.
 
lEItuRA COMPlEMENtAR
Para saber mais sobre a avaliação institucional, sugiro a leitura do texto, avalia-
ção institucional de qualidade potencializada pela participação dos vários seg-
mentos da escola, de Maria Márcia Sigrist Malavasi, no link.
 
PAlAVRAS DO PROfESSOR
Bom, chegamos ao fim de mais uma unidade, meu caro (a) aluno (a), espero que tenha sido 
proveitoso e esclarecedor! 
Lembre-se do seu tutor, quem sabe você precise de uma ajudinha, não é?
Na próxima unidade conheceremos ainda mais, sobre a avaliação! 
Até Breve!
https://www.ufpe.br/ceadmoodle/file.php/1/redes_publicas/sala_7/biblioteca/avaliacao-na-escola.pdf
14

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