Aula 6 Psicologia da Educação 2016

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CÓDIGO 0471 – PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Aula 6: PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO – BASE PSÍQUICA I
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Conteúdo desta aula
Representante 
da Psicanálise
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INSTÂNCIAS DA 
PERSONALIDADE
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FASES DO DESENVOLVIMENTO
 PSICOSSEXUAL
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POSTULADOS BÁSICOS DE FREUD
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PRÓXIMOS 
PASSOS
Psicologia da Educação
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Sigmund Freud – Médico austríaco (1856-1939)
A psicanálise surgiu com Sigmund Freud e sua principal novidade encontra-se na hipótese do inconsciente e na compreensão da natureza sexual da conduta. Apesar de, também, ter sofrido influência das ideias positivistas do século XIX, a teoria de Freud é duramente criticada pelas psicologias de linha naturalista que enfatizaram o verificável, observável e comprovável, pois não usa a experiência no sentido tradicional do método científico, além de trabalhar com uma realidade hipotética, considerada inverificável nos moldes tradicionais: o inconsciente. No entanto, a hipótese do inconsciente tornou-se fecunda já que permitiu compreender uma série de acontecimentos da vida psíquica. 
Representante da Psicanálise
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Para a Psicanálise, todos os nossos atos têm um significado oculto que pode ser interpretado. Usando de uma metáfora, poderíamos dizer que a vida consciente é apenas a ponta de um iceberg, cuja montanha submersa simboliza o inconsciente.
Instâncias da Personalidade
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A energia que preside os atos humanos é de natureza pulsional, e Freud põe em relevo a energia de natureza sexual chamada libido. É a energia oriunda dos instintos, energia que se relaciona não somente ao desejo de prazer corporal ou orgânico, como também aos impulsos.
A sexualidade não deve ser identificada à genitalidade ou aos atos que se referem explicitamente à atividade sexual propriamente dita, pois tem significado muito mais amplo, sendo toda e qualquer forma de gratificação ou busca do prazer. 
Instâncias da Personalidade
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Freud desenvolveu uma teoria sobre a estrutura da personalidade e a dinâmica de seu funcionamento. Segundo ele, nossa personalidade é formada por três instâncias:
ID: É a instância que contém os impulsos primitivos, as inclinações mais elementares do indivíduo. O id é composto por energias que Freud chamava de pulsões determinadas biologicamente e determinantes de desejos e necessidades que não reconhecem qualquer norma socialmente estabelecida. O reservatório das forças pulsionais chama-se ID. O id não é socializado, não respeita convenções, e as energias que o constituem buscam a satisfação incondicional do organismo. Em outras palavras, podemos dizer que é a parte da personalidade que deseja a gratificação imediata.
Instâncias da Personalidade
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EGO: Significa literalmente o eu, é o setor da personalidade especializado em manter contato com o ambiente que cerca o indivíduo. O ego é a porção visível de cada um de nós, convive segundo regras socialmente aceitas, sofre as pressões imediatas do meio e executa ações destinadas a equilibrar o convívio da pessoa com os que a cercam. É a parte da personalidade que está voltada para a consciência do outro, dos fatos, da realidade.
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SUPEREGO: É um depositário das normas e princípios morais do grupo social a que o indivíduo se vincula. Ali concentram-se as regras e as ordenações da sociedade e da cultura, representadas inicialmente pela família e posteriormente internalizadas pela pessoa. É a parte da personalidade que está voltada para a censura. Algumas pessoas, às vezes, assim se posicionam: “meu superego é forte”. Isso significa dizer que esta pessoa é bastante atenta às normas sociais, às regras de conduta. Mostra que há uma vasta gama de desejos que são impedidos de chegar ao nível do ego, isto é, desejos cuja existência o eu sequer toma ciência devido à censura das barreiras morais internalizadas pela pessoa.
Instâncias da Personalidade
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Para viver em comunidade, o homem precisa controlar e regular os desejos, adiando a satisfação de alguns e excluindo definitivamente os outros. Com isso se forma a consciência moral ou SUPEREGO.
Cabe ao EGO maduro estabelecer o equilíbrio entre as forças antagônicas, a saber, do id, que é regido pelo “princípio do prazer”, e do superego, adequando-as ao “princípio da realidade”.
Quando o conflito é muito grande e o ego não suporta a consciência do desejo, este é rejeitado, o que determina o processo chamado repressão que consiste no esquecimento seletivo de situações muito desagradáveis para o indivíduo e que lhe causem ansiedade. A energia reprimida é, geralmente, deslocada para alguma ação que, em si, não causa angústia ao indivíduo, ou não seja questionada pelos valores sociais. A ideia ou o impulso proibido procura um disfarce para, por meio dele, deixar fluir a energia reprimida. É uma espécie de compensação.
Instâncias da Personalidade
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Fase oral – Prazer derivado dos lábios. A fonte de energia se localiza na boca. Sugar, comer, chupar o dedo. Mais tarde, com a erupção dos dentes, prazer de morder. Base para a dependência de outros. Incorporação oral como fator na identificação, aquisição de conhecimentos, posses. Agressividade oral, base para sarcasmo, discussão. (1º ano).
Fases do Desenvolvimento Psicossexual
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Fase anal – Prazer derivado da retenção e expulsão das fezes. A fonte de energia se localiza no ânus. Em circunstâncias favoráveis, o modo pelo qual os pais criam os hábitos de excreção conduz à criatividade e produtividade. (2º ano).
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Fase fálica/edipiana – Prazer derivado da estimulação genital e das fantasias associadas. A fonte de energia se localiza nos órgãos genitais. Complexo de Édipo: interesse sexual do menino pela mãe e da menina pelo pai. O Complexo de Édipo é resolvido na medida em que ocorre a identificação dos filhos com os pais. Segundo a Psicanálise, a partir do medo da castração, o Complexo de Édipo é resolvido. Desenvolve-se o superego. (3º ao 5º. anos).
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Fase da latência – Com a repressão temporária dos interesses sexuais, o prazer passa a derivar do mundo externo, da curiosidade, do conhecimento como gratificações substitutas. A fonte de energia se dispersa. Período da escola primária, muito importante no desenvolvimento social da criança, na aquisição de conhecimentos e habilidades necessárias para se ajustar ao mundo do trabalho diário. (6º ao 12º anos).
Fase genital – Prazer derivado das relações sexuais com companheiro do sexo oposto. O amor a si mesmo (narcisismo) do período pré-genital se converte em amor a outrem, e inclui motivos altruísticos. Emancipação da dependência dos pais. (12º idade adulta).
Fases do Desenvolvimento Psicossexual
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Levando em conta que o método básico da Psicanálise é a interpretação da transferência e da resistência com a análise da livre associação, o paciente, em uma postura relaxada e espontânea, é solicitado a dizer tudo o que lhe vem à mente: sonhos, esperanças, desejos e fantasias, bem como também as experiências vivenciadas nos primeiros anos de vida em família.
Geralmente, o analista simplesmente escuta, fazendo comentários somente quando, no seu julgamento profissional, visualiza uma crescente oportunidade para que o analisando torne consciente os conteúdos reprimidos a partir de suas associações.
Entretanto, permitir que esses conteúdos latentes venham à tona não é uma tarefa fácil, uma vez que este processo poderá estar imbuído demuito sofrimento. 
Escutando o paciente, o analista tenta manter uma atitude de neutralidade, de não julgamento, visando a criação de um ambiente seguro.
Postulados básicos de Freud
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Sobre os problemas na vida adulta, Freud afirma que: “tinham raízes inconscientes que escapavam à percepção do próprio sujeito e que, consequentemente, exigiam um método de análise especial do psiquismo (por isso o nome de psicanálise) que permitisse ao inconsciente se manifestar com a menor interferência possível da consciência; surgem, assim, a interpretação dos sonhos e a associação livre de ideias” (COLL, C., MARCHESI, A. & PALÁCIOS, J. Desenvolvimento psicológico e educação: Psicologia evolutiva. Porto Alegre: Artmed, 2004, p.25).
“A maior parte dos problemas analisados por Freud se relacionava com conflitos sexuais e, mais concretamente, com as dificuldades para satisfazer os desejos sexuais nas relações interpessoais” (Idem, p.25).
Postulados básicos de Freud
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“Muitos problemas adultos tinham suas raízes na infância, principalmente nos primeiros anos de desenvolvimento; os transtornos adultos procedem das dificuldades encontradas pela criança pequena para satisfazer seus desejos de natureza sexual; a origem e o desenvolvimento dessa insatisfação ficam assim enterrados no inconsciente, de onde a psicanálise terá de resgatá-los para, uma vez esclarecidos com o paciente, liberá-lo de suas tensões e de seus problemas” (Idem, p. 25).
“Diante do caráter desordenado, impetuoso e urgente dos desejos do id, o entorno social da criança pequena (e, principalmente seus pais) impõe toda uma série de costumes, normas, crenças e valores que se desdobrarão do ego dentro do aparato psíquico, dando lugar ao superego, que não é outra coisa senão a consciência social e moral interiorizada entre os 3 e 5/6 anos. A presença do superego alterará a função do ego [...] os desejos que entrarem em maior conflito com o superego terão de ser enterrados nas profundezas do inconsciente, do qual poderão emergir anos depois na forma de transtornos psíquicos” (Idem, p. 27).
Postulados básicos de Freud
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As pessoas tendem a esquecer os compromissos que consideram desagradáveis: a hora do dentista, uma conversa com o diretor, a data de uma prova etc. Na verdade, as pessoas não estão mentindo, esquecem mesmo. E diz-se que esquecem porque associam o assunto a experiências desagradáveis, reprimindo-o, enviando-o ao inconsciente.
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