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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro IT-389 - Cálculo de Reatores II 3 a Lista de Exercícios 1) As seguintes velocidades foram observadas para uma reação irreversível de primeira ordem, conduzida sobre um catalisador esférico poroso: para dp = 0,6 cm, robs = 0,09 gmol.g −1 cath −1 para dp = 0,3 cm, robs = 0,162 gmol.g −1 cath −1 sendo que fortes limitações difusionais são observadas em ambos os casos. Determine a taxa real da reação. A resistência à transferência de massa ainda será importante com dp = 0,1 cm? 2) A reação de segunda ordem em fase gasosa A −→ R, ocorre em uma partícula esférica de um catalisador poroso e tem como coeficiente cinético, kρs, igual a 3,86 m 3 .kgmol −1 .s −1 . A pressão parcial do reagente é de 1 bar, a temperatura é de 600 K, a difusividade efetiva de A no catalisador é de 0,08 cm 2 s −1 e o peso molecular do reagente é de 60 g.gmol −1 . Determine se existem limitações difusionais no interior dos poros e, caso exista, o que pode ser feito para elimina-las? Justifique as respostas. Dados do catalisador: Raio das partículas: 9 mm Densidade das partículas: 1,2 g.cm −3 Área superficial: 100 m 2 g −1 3) Gasóleo é craqueado a 630 ◦ C e 1,0 bar pela passagem da alimentação vaporizada através de um leito empacotado formado por partículas esféricas de um catalisador de sílica-alumina com raio igual a 0,088 cm. Para uma alimentação de 60 cm 3 liquido.cm −3 reatorh −1 , uma conversão de 50% é encontrada. Assumindo que a reação é de primeira ordem e que o reator pode ser considerado diferencial, calcule a velocidade média de reação, determine se a difusão interna é ou não importante e ache o fator de efetividade. Dados: Densidade da fase líquida: 0,869 g.cm −3 Peso molecular da alimentação: 255 g.gmol −1 Densidade do leito empacotado: 0,7 gcatcm −3 reator Densidade do catalisador: 0,95 gcatcm −3 cat Difusividade efetiva no catalisador: 8× 10−4 cm2s−1 Concentração média do reagente: 0, 6× 10−5 gmol.cm−3 4) As seguintes velocidades de reação eram observadas para uma reação irreversível de primeira ordem, realizada sobre uma partícula esférica de um catalisador. para dp = 1,6 cm; robs = 0,49 gmol.g −1 cath −1 para dp = 0,8 cm; robs = 0,72 gmol.g −1 cath −1 Sabendo-se que em ambos os casos fortes efeitos difusivos internos são observados, determine a verdadeira velocidade de reação. A resistência à difusão interna ainda será importante para dp = 0,1 cm? 5) A reação de segunda ordem em fase gasosa A −→ R, ocorre em uma partícula esférica de um catalisador poroso e tem como coeficiente cinético, kρs, igual a 3,86 × 103 cm3gmol−1s−1. A pressão parcial do reagente é de 1 bar, a temperatura é de 500 K, a difusividade efetiva de A no catalisador é de 0,8 cm 2 s −1 e o peso molecular do reagente é de 60 g.gmol −1 . Determine se existem limitações difusionais no interior dos poros e, caso exista, o que pode ser feito para elimina-las? Justifique as respostas. Dados do catalisador: Raio das partículas: 0,18 cm Densidade das partículas: 1,2 g.cm −3 Área superficial: 50 m 2 g −1 6) Uma série de experimentos foram realizados utilizando um catalisador partido em vários tamanhos diferentes para determinar a importância da difusão nos poros. A reação pode ser considerada como sendo de primeira ordem e irreversível. A concentração superficial de reagente, Cs, era 2×10−4 gmol.cm−3. Diâmetro da partícula (cm) 0,25 0,075 0,025 0,0075 Taxa observada (gmol.h −1 cm −3 ) 0,22 0,70 1,60 2,40 a) A partir dos dados, determine a constante real da reação e a difusividade efetiva. b) Prediga o fator de efetividade e a taxa de reação esperada para uma partícula cilíndrica deste catalisador de dimensões 0,5 cm de diâmetro por 0,5 cm de altura. 7) A conversão orto/para do hidrogênio molecular é catalisada por NiO. Um catalisador de NiO suportado apresenta área superficial 305 m 2 g −1 e um volume poros de 0,484 cm 3 g −1 . Um pellet esférico deste catalisador tem uma densidade aparente de 1,33 g.cm−3 e um diametro de 0,5 cm. Se o sistema está longe do equílibrio, uma constante cinética aparente de primeira ordem pode ser definida da seguinte forma: (r) = kr (C − Ceq) (1) onde: r = velocidade de aproximação ao equílibrio. Quando a pressão do hidrogênio é de 1 atm e a temperatura é de 77 K, foi observada uma velocidade de reação de 0,159 cm 3 s −1 g −1 cat. Determine o diâmetro médio de poros, a difusividade efetiva do hidrogênio e o fator de efetividade do catalisador. 8) Um catalisador para o craqueamento do cumeno é disponível comercialmente na forma de pellets de 0,35 cm de diâmetro. Estes pellets apresentam uma área superficial específica de 420 m 2 g −1 e um volume de poros igual a 0,42 cm 3 g −1 . Se a constante cinética aparente de primeira ordem para esta reação é igual a 1,49 cm 3 s −1 g −1 cat a temperatura de 412 ◦ C, determine o fator de efetividade do catalisador. 9) Barnett et al. [AIChE J., 7 (1961) 211] estudou a desidrogenação catalítica do benzeno sobre um catalisador de platina suportada em alumina. Uma razão de hidrogênio para cicloexano de 4:1 foi utilizada para minimizar a formação de coque sobre o catalisador. Este estudo foi feito em condições isotérmicas em um reator de fluxo contínuo. Os resultados para uma corrida utilizando partículas esféricas de catalisador de 0,32 cm de diâmetro são dados abaixo. Temperatura: 750 K Pressão: 1,480 MPa Velocidade de alimentação do hidrogênio: 8×10−3 gmol.s−1 Velocidade de alimentação do cicloexano: 2×10−3 gmol.s−1 Conversão de cicloexano: 15,5% Massa de catalisador: 10,4 g Propriedades do catalisador: Volume de poros: 0,48 cm 3 g −1 Área superficial: 240 m 2 g −1 Densidade da partícula: 1,332 g.cm −3 Porosidade da partícula: 0,59 cm 3 vazioscm −3 Sabendo que o fator de efetividade deste catalisador é de 0,42, estime o coeficiente de difusividade efetivo assumindo que a reação tem cinética de primeira ordem. Qual o fator de tortuosidade se a difusão de Knudsen é predominante. 9) Gupta & Douglas [AIChE J., 13 (1967) 883] estudaram a hidratação catalítica do isobutileno para t-butanol, utilizando uma resina de troca iônica como catalisador em um CSTR. (CH3)2C=CH2 +H2O −−⇀↽−− (CH3)3COH A água está presente em grande excesso em relação ao isobutileno e, assim, a reação pode ser considerada como de pseudo-primeira ordem nos dois sentidos. Determine o fator de efetividade para a resina de troca iônica a 85 ◦ C assumindo que a reação é reversível com constante de equilíbrio, Kc, igual a 16,6. As partículas de resina podem ser consideradas isotérmicas e a difusividade efetiva do isobutileno no interior da resina é igual a 2,0×10−5 cm2s−1. As partículas da resina pdem ser consideradas esferas com raio igual a 0,0213 cm e a sua densidade (na forma inchada) é igual a 1,0 g.cm −3 . A velocidade da reação medida foi de 1,11×10−5 gmol.s−1g−1cat e a conversão obtida foi de 3,9 %. A concen- tração de isobutileno na superfície externa da resina é igual a 1,653×10−5 gmol.cm−3. 10) Rao & Smith [AIChE J., 10 (1964) 293] estudaram a reação de primeira ordem reversível: o−H2 −−→ p−H2 a -196 ◦ C e pressão de 1,0 atm, utilizando um catalisador de NiO suportado em Vycor. Para partículas com um diâmetro médio de 58 microns, foram medidas velocidades rp/(ys − yeq)o−H2 = 5,29 × 10−5 gmol.s−1g−1cat. Para partículas de 1 8 polegadas de comprimento e 1 2 polegadas de diâmetro rp/(ys − yeq)o−H2 = 2,18 × 10−5 gmol.s −1 g −1 cat. A superfície cilíndrica e uma das bases das partículas catalíticas eram recobertas com uma resina, de forma que o gás hidrogênio tinha contato somente com asuperfície de uma das bases. A densidade das partículas era de 1,46 g.cm −3 . a) A partir dos dados de velocidade, determine o fator de efetividade. b) Estime o coeficiente de difusividade efetiva, supondo que o Vycor somente apresentanva poros de 45 Åe que sua porosidade era igual a 0,304 (considerar uma tortuosidade de 3,5). 11) Cunningham et al. mediram velocidades globais de reação doe hidrogenação do etileno sobre catalisadores de cobre suportado em óxido de magnésio de dois tipos: partículas de 100 mesh de tamanho e pellets esféricos de 1 2 polegadas apresentando três valores distintos de densidade. Para ambos materiais diferenças de concentração e temperatura externa eram desprezíveis. Os dados de velocidade de reação, para concentrações de etileno e hidrogênio na superfície externa das partículas constantes, são mostradas abaixo. Velocidade de reação (gmol.s −1 g −1 cat) pellets Ts ( ◦ C) Partículas ρp = 0,72 ρp = 0,95 ρp = 1,18 124 1,45 ×10−5 6,8 ×10−6 4,3 ×10−6 2,2 ×10−6 112 6,8 ×10−6 6,7 ×10−6 4,2 ×10−6 2,1 ×10−6 97 2,9 ×10−6 6,4 ×10−6 4,0 ×10−6 2,0 ×10−6 84 1,2 ×10−6 6,0 ×10−6 3,7 ×10−6 1,9 ×10−6 72 - 5,5 ×10−6 3,4 ×10−6 1,7 ×10−6 50 - 4,3 ×10−6 2,6 ×10−6 1,3 ×10−6 a) A partir dos gráficos de Arrhenius destes dados, qual a energia de ativação da reação nos centros catalí- ticos? b) Calcule o fator de efetividade para os pellets de cada valor de densidade para todas as temperaturas listadas. 12)Wheeler [Advances in Catalysis, vol. III, p250-326, 1950] estudaram a difusão interna para o craqueamento catalítico do gasóleo. A 500 ◦ C, os valores de velocidade para operação em um reator de leito fixo, utilizando partículas catalíticas relativamente grandes ( 1 8 polegada) e para reatores de leito fluidizado (partículas muito pequenas) são aproximadamente os mesmos. Isto sugere que o fator de efetividade para as partículas grandes é alto. Confirme isto estimando o fator de efetividade para as partículas de 1 8 polegada se o diâmetro médio de poros é 30 Å, o diâmetro de partícula (esféricas) é 0,31 cm e o volume de poro é 0,35 cm 3 g −1 cat. O peso molecular do óleo é de 120 g.gmol −1 . À pressão atmosférica a difusão em poros de 30 Å será do tipo de Knudsen. Os dados de velocidade de reação, interpretados em termos de uma cinética de primeira ordem, indicaram que a constante cinética experimental era igual a 0,25 cm 3 s −1 g −1 cat. Assumir que o fator de tortuosidade é igual a 3,0. 13) Blue et al. [Ind. Eng. Chem., 44 (1952) 2710] estudaram a desidrogenação do butano a pressão atmosférica, utilizando um catalisador de cromia-alumina a 530 ◦ C. Para partículas esféricas de catalisador de diâmetro 0,32 cm os dados experimentais sugerem uma constante cinética de primeira ordem de 0,94 cm 3 s −1 g −1 cat. O raio dos poros é igual a 110 Å. Assumindo difusividade de Knudsen e estimando o volume de poro como sendo igual a 0,35 cm 3 g −1 , prediga o fator de efetividade para o catalisador. Considere o fator de tortuosidade igual a 3,0. 14) Dados de velocidade de reação para a pirólise de n-octano (C8H10) resultaram em uma constante cinética aparente de primeira ordem, irreversível, igual a 0,25 cm 3 s −1 g −1 . Os dados foram obtidos a pressão atmosférica com um catalisador de sílica monodisperso, cujo tamanho médio dos poros era igual a 30 Å. Nestas condições a difusividade de Knudsen predomina nos poros. Outras propriedades das partículas esféricas de 1 8 polegada são as seguintes: área superficial = 230 m 2 g −1 cat, volume de poro = 0,35 cm 3 g −1 e fator de tortuosidade = 2,0. Determine o fator de efetividade para este sistema.
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