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Outro ponto que nos desperta a atenção é a busca pelo poder. Exemplo claro está na política, onde o fim deveria ser o bem estar social e acaba sendo desviado para interesses particulares dos dominantes. A mídia está noticiando o ocorrido com os políticos do Estado de Goiás. Como pode um bicheiro ter envolvimento com senador, governador, polícia militar, deputados e até mesmo membros do ministério público. Essas pessoas se acham superiores à lei e usam do poder para se beneficiarem com seus interesses particulares. A ganância extermina o sentimento das pessoas. É claro que precisamos de lideranças, mas com o foco no social e com propostas para acabar o sofrimento das pessoas. 
 O homem deve aprimorar seu espírito e ser capaz de conduzir sua vida com superioridade. Dominar as ambições egoístas, libertar-se dos próprios desejos materiais e não se deixar levar pela cobiça do poder são princípios que conduzirão a uma existência de satisfação interior e respeito à natureza e aos homens.
A maior parte dos mortais, queixa-se da malevolência da Natureza, porque estamos destinados a um momento da eternidade, e, segundo eles, o espaço de tempo que nos foi dado corre tão veloz e rápido, de forma que, à exceção de muito poucos, a vida abandonaria a todos em meio aos preparativos mesmos para a vida. E não é somente a multidão e a turba insensata que se lamenta deste mal considerado universal: a mesma impressão provocou queixas também de homens ilustres.
Daí o protesto do maior dos médicos: (2) "A vida é breve, longa, a arte."' Daí o litígio (de nenhuma forma apropriado a um homem sábio) que Aristóteles teve com a Natureza: "aos animais, ela concedeu tanto tempo de vida, que eles sobrevivem por cinco ou dez gerações; ao homem, nascido para tantos e tão grandes feitos, está estabelecido um limite muito (3) mais próximo." Não é curto o tempo que temos, mas dele muito perdemos. A vida é suficientemente longa e com generosidade nos foi dada, para a realização das maiores coisas, se a empregamos bem. Mas, quando ela se esvai no luxo e na indiferença, quando não a empregamos em nada de bom, então, finalmente constrangidos pela fatalidade, sentimos que ela já passou (4) por nós sem que tivéssemos percebido.
O fato é o seguinte: não recebemos uma vida breve, mas a fazemos, nem somos dela carentes, mas esbanjadores. Tal como abundantes e régios recursos, quando caem nas mãos de um mau senhor, dissipam-se num momento, enquanto que, por pequenos que sejam, se são confiados a um bom guarda, crescem pelo uso, assim também nossa vida se estende por muito tempo, para aquele que sabe dela bem dispor.
Em A brevidade da Vida Sêneca presenteia-nos com temas que enriquecem o espírito e arejam a mente através de seu pensamento filosófico.
Sobre A Brevidade da Vida é a obra mais difundida do filósofo Lúcio Anneo Sêneca (4 a.C.? - 65 d.C.) e um dos textos mais conhecidos de toda a Antigüidade latina. São cartas dirigidas a Paulino (cuja identidade é controversa), nas quais o sábio discorre sobre a natureza finita da vida humana. Escritas há quase dois mil anos, estas cartas compõem uma leitura inspiradora para todos os homens, a quem ajudam a avaliar o que é uma vida plenamente vivida.
A brevidade da vida aborda o real significado da vida em relação ao seu rápido transcurso temporal, dessa forma Sêneca adverte que o problema não é a velocidade do fluxo vital, fonte de lamentos para muitos, mas, sim, a forma como se utiliza o tempo.
Embora pagão Sêneca demonstra através deste livro que ninguém nasceu para o tempo presente, mas, para ingressar na esfera celeste, frisando que cada ser humano tem a obrigação de reservar tempo para si próprio evitando futilidades e buscando a real riqueza que é a interioridade de virtudes.
A leitura deste livro leva-nos a compreensão total do aforismo “A vida pode até ser breve, mas o que a prolonga é a arte do seu uso”.
Abaixo um trecho extraído do capítulo XVIII – A prosperidade material é insegura e efêmera:
 
“Assim os bens máximos são possuídos em clima de insegurança. Nenhuma fortuna inspira mais preocupação do que a máxima. O sucesso depende de outro sucesso. Os auspícios postulam outros auspícios. Tudo que advém do azar é inseguro porque quanto mais altaneiro tanto mais propenso a desmoronar.
Ora, ninguém se realiza com o que é perecível. Não só brevíssima, mas, em extremo, mísera é a vida daquele que, com esforço imenso, acumula o que deve ser protegido com igual esforço. Com afã conseguiu o que queria, mas possui o que está sob ameaça do soçobar.”

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