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EMENTA 4 - Direito Civil IV - Direitos Reais

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Ementa de n˚4
SUCESSÃO DA POSSE
Sucessão legitima: A sucessão é legítima quando, na falta de testamento, defere-se o patrimônio do morto a seus herdeiros necessários e facultativos, convocados conforme relação preferencial da lei. Se houver testamento, mas não abranger todos os bens, a sucessão legítima também será aplicada art 1788.
Sucessão inter vivos: É a transmissão de direitos, que se opera entre vivos, isto é, em consequência de ato ou contrato voluntário das pessoas.
Quem pode adquirir a posse?
Na forma do Art. 1.205, I e II do CC podem adquirir a posse?:
a) pela própria pessoa que a pretende desde que encontre no pleno gozo de sua capacidade de exercício ou de fato e que pratique o ato gerador da relação possessória, instituindo a exteriorização do domínio.
b) por representante legal (pais, tutor ou curador) ou procurador (representante convencional, munido de mandato com poderes especiais) do que ser possuidor, caso em que se requer a concorrência de duas vontades: a do representante e a do representado.
c) Por terceiro sem procuração ou mandato, caso em que a “ aquisição da posse fica na dependência da ratificação da pessoa em cujo interesse foi praticado o ato. “
EFEITOS DA POSSE
Proteção possessória: A proteção conferida ao possuidor é o principal efeito da posse, dá-se de dois modos:
a) Pela legítima defesa e desforço imediato (autotutela; auto-defesa ou defesa direta): O possuidor pode manter ou restabelecer a situação de fato pelos seus próprios recursos. Ex: quando turbado pode fazer o uso de sua defesa (art. 1.210, CC).
“Por sua própria força”, inclusive pelo guardião da coisa.
Requisitos: 
1.	A reação se faça imediatamente após a agressão.
2.	A reação deve se limitar ao indispensável à retomada da posse. (proporcionalidade).
b) Pelas ações possessórias: Criadas especialmente para defesa da posse. (Manutenção, reintegração e interdito proibitório).
Ações Possessórias
 Exige-se a condição de possuidor para a propositura dos interditos,mesmo que não tenha título. O detentor não tem essa faculdade.
 Se somente tem o direito, mas não a posse correspondente, o agente terá de valer-se da via petitória, não da possessória, a não ser que se trate de sucessor de quem detinha a posse e foi molestado.
 Possuidores diretos e indiretos têm ação possessória contra terceiros e também contra um contra o outro (art.1.197,CC).
 Permite-se que o possuidor possa demandar a proteção possessória e,cumulativamente,pleitear a condenação do réu nas perdas e danos (art.921,I,CPC).
 O diploma processual permite a cumulação de pedidos, na inicial da ação possessória. Tal cumulação é facultativa e não trás prejuízos no rito especial.
CONVERSÃO DA AÇÃO POSSESSÓRIA EM AÇÃO INDENIZATÓRIA
Permite-se que a cumulatividade da demanda possessória com perdas e danos (CPC, art. 555, I).
Porém, se ocorreu o perecimento ou deterioração da coisa, só resta ao possuidor o caminho da indenização (CPC, art. 493). 
FUNGIBILIDADE DOS INTERDITOS
Caráter dúplice das ações possessórias: O Artigo 922 do Código de Processo Civil dispõe que as ações possessórias possuem caráter dúplice:
Art. 922. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor.
Neste sentido, segundo posicionamento da doutrina majoritária, o papel de autor e réu podem se alternar, de modo que a tutela jurisdicional é prestada a ambas as partes, independentemente do pólo que estiverem.
Deste modo, Luiz Rodrigues Wambier aponta que o caráter dúplice, a princípio, afasta a necessidade e, até mesmo, impede a reconvenção. E ressalta:
Nessa hipótese, a sentença pode outorgar a tutela possessória ao autor como ao réu, o que é diferente de apenas julgar improcedente o pedido do autor. Como, em regra, o réu não está autorizado a formular pedido em seu favor, a sentença de improcedência nada concede ao réu, mas apenas deixa de conceder ao autor. Dado o caráter “dúplice” das ações possessórias, formulado o pedido pelo réu, pode a sentença conceder-lhe a proteção possessória.[22]
AÇÃO DE FORÇA NOVA E AÇÃO DE FORÇA VELHA.
As ações possessórias podem ser de força nova ou de força velha. A primeira, quando a ação for intentada dentro de um ano e dia a contar da data do esbulho, da turbação ou da iminência de o possuidor sofrer a perda total ou parcial da posse, ao passo que a segunda, se passar esse prazo. A ação de força nova terá o rito especial, previsto nos artigos 926 e seguintes do CPC, e a de força velha o rito ordinário (art. 924, do CPC). É preciso destacar que para as ações possessórias de força velha, o rito da ação poderá, a escolha do demandante, ser pelo rito ordinário ou sumário, dependendo do valor da causa, e também, o sumaríssimo, nos exatos termos do artigo 3º, IV, da Lei nº. 9.099/95.
Há quem entenda que a diferença entre o procedimento da ação de força nova e a de força velha é mínima, visto que basicamente na ação possessória de força nova, o demandante faz jus a uma medida liminar, o que não acontece na ação possessória de força velha.

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