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1a Questão (Ref.:201703120442) Pontos: 0,1 / 0,1 Josimar Batista, afrodescendente e defensor dos direitos das comunidades quilombolas, adquiriu um apartamento no Condomínio Residencial Águas Emendadas. Após a aquisição do imóvel, Josimar Batista procurou advertir os moradores sobre os riscos de vazamentos nas tubulações de gás natural, vindo a procurar o livro de reclamações do condomínio. No início de suas anotações, Roberta, síndica do condomínio, falou a Josimar Batista para se "apressar", pois aquele livro não servia para anotações de "empregados domésticos e negros". Inconformado com a situação de discriminação por sua condição racial, Josimar Batista advertiu a síndica que referido ato contrariava regramentos, princípios, valores e direitos constitucionais. Em sequência, após pesada discussão com a síndica, Josimar Batista procurou subir o elevador social a fim de procurar seus documentos pessoais que se encontravam no apartamento no intuito de se dirigir à Delegacia de Polícia mais próxima, momento em que, Dagoberto, zelador do prédio, impediu a entrada de Josimar Batista no elevador social, asseverando que os "empregados de cor do condomínio" deveriam subir no elevador de serviço, deixando o elevador social livre para os demais moradores. Diante das situações acima narradas, com base na Constituição Federal, pode-se validamente afirmar que: Se Josimar Batista, no prazo de 6 (seis) meses, não vier a noticiar a ocorrência dos fatos acima narrados, verificar-se-á a superveniente decadência da ação penal privada, situação em que não será mais possível ao ofendido reclamar a violação de quaisquer direitos oriundos dos fatos acima descritos. A conduta praticada por Dagoberto, zelador do prédio, configura crime de racismo, ao passo que a conduta de Roberta corresponde ao crime de injúria racial, considerando-se imprescritível somente o crime praticado por Dagoberto. A conduta praticada por Dagoberto, zelador do prédio, configura crime de injúria racial, constituindo-se em crime inafiançável e imprescritível, segundo a Constituição Federal. A conduta pratica por Roberta, síndica do Condomínio Águas Emendadas, configura crime de racismo, constituindo-se em crime inafiançável e imprescritível, segundo a Constituição Federal. Não houve violação a direitos e garantias fundamentais, mas mero dissabor e discussão entre condôminos, sem qualquer relevância jurídico-constitucional. 2a Questão (Ref.:201702479099) Pontos: 0,1 / 0,1 (Questão 04 - Exame 121 Tipo 1 - OAB-SP) - As normas de eficácia plena e contida têm em comum a possibilidade de serem aplicadas, independente de leis regulamentadoras, tal qual o art. 5.º, inciso XIII, da Constituição Federal, que dispõe: "é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer". a impossibilidade de serem aplicadas, pois dependem de leis regulamentadoras, tal qual o art. 5.º, XXVI, da Constituição Federal, que dispõe: "a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento". a possibilidade de serem aplicadas, independente de leis regulamentadoras, tal qual o art. 37, VII, da Constituição Federal, que assegura aos servidores públicos o seguinte: "o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica". a possibilidade de serem parcialmente aplicadas, na medida em que as leis regulamentadoras permitirem, tal qual o art. 7.º, XI, da Constituição Federal, que assegura aos trabalhadores urbanos e rurais o seguinte: "participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei". 3a Questão (Ref.:201703052139) Pontos: 0,1 / 0,1 A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA É DEFINIDA COMO RÍGIDA PORQUE: prevê, para sua reforma, a adoção de procedimento mais complexo, em tese, do que o adotado para a modificação das leis. não admite a mutação constitucional. classifica como inafiançáveis os crimes de racismo e tortura, entre outros. possui um controle de constitucionalidade exercido exclusivamente pelo STF. estabelece a pena de prisão para o depositário infiel. 4a Questão (Ref.:201703140350) Pontos: 0,1 / 0,1 Em julgamento histórico realizado no Supremo Tribunal Federal, em sede de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF nº 54), observou-se elevada discussão ética, científica, jurídica e religiosa acerca do direito fundamental à vida viável e digna, bem como sobre a liberdade da mulher sobre seu próprio corpo. Nesse sentido, observou-se que o Supremo Tribunal Federal perfilhou o seguinte entendimento: Os juízes singulares poderão, mesmo após o o julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF nº 54), criminalizar a prática de aborto nas situações envolvendo antecipação terapêutica de feto anencéfalo. O Supremo Tribunal Federal, diante do julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF nº 54), viabilizou a prática da eutanásia e ortotanásia, tornando-os fatos atípicos materialmente quando relacionados ao nascituro anencéfalo. A partir do julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF nº 54), verificou-se que o nascituro não possui quaisquer direitos ou garantias fundamentais, já que a mãe poderá, a qualquer tempo, realizar aborto, bastando o consentimento materno. Não obstante o Supremo Tribunal Federal ter descriminalizado o aborto de feto anencéfalo, possibilitando a antecipação terapêutica de parto nas situações de anencefalia, observa-se que a proteção do nascituro, ainda, persiste no ordenamento jurídico pátrio, seja em plano constitucional, seja no plano infraconstitucional. O direito fundamental à vida compreende apenas a pessoa já nascida viva, pois o nascituro possui apenas expectativa de direito, segundo a Teoria Natalista, amplamente adotada pelo Supremo Tribunal Federal, inexistindo direitos patrimoniais ou extrapatrimoniais conferidos ao nascituro. 5a Questão (Ref.:201703140363) Pontos: 0,1 / 0,1 É admitido nos Estados Unidos da América o denominado ¿hate speech¿, isto é, admite-se a plena e absoluta liberdade de expressão, ainda que verse sobre a manifestação de ódio, desprezo e intolerância. No Estado Brasileiro, houve um autor que escreveu obra literária antissemita, discriminando os judeus e pregando o ódio racial. O Ministério Público, diante dos fatos, ajuizou ação por crime de racismo e alegou que o autor da obra utilizou abusivamente a liberdade de expressão, vindo a situação a ser apreciada perante o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Habeas Corpus nº 82.424/RS. Na situação acima discriminada, observando-se a ótica constitucionalista e o entendimento perfilhado pelo Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta: Os direitos fundamentais à liberdade de consciência e à liberdade de expressão constituem direitos fundamentais de 1ª dimensão, não podendo o Estado interferir na veiculação de quaisquer informações, ainda que de conteúdo duvidoso, envolvendo intolerância, discriminação e ódio. A censura prévia a divulgação de quaisquer obras literárias, artísticas ou científicas sempre foi admitida no Estado Brasileiro, mesmo após a Constituição Cidadã de 1988, pois o controle das informações, especialmente as de caráter antissemita, deverão sempre passar pelo crivo prévio do Estado. O ¿hate speech¿ configura uma das variável da liberdade de consciência e manifestação da expressão,não podendo sofrer qualquer tipo de censura, já que o Estado não poderá interferir na liberdade de consciência e opinião das pessoas. O direito à liberdade de expressão, no Estado Brasileiro, apresenta-se absoluta, cabendo, conforme a situação de abusividade, o direito à indenização pelo dano material, moral e à imagem. A liberdade de expressão não constitui direito absoluto, pois, no caso, evidencia-se como prática discriminatória deliberada e dirigida especificamente aos judeus, configurando ato ilícito de prática de racismo, com as consequências gravosas que o acompanham. Portanto, o direito à livre expressão não pode abrigar, em sua abrangência, manifestações de conteúdo imoral que implicam ilicitude penal.
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