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Criaçao de suinos EMATER MG

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Manejo em Suinocultura http://www.emater.mg.gov.br/site_emater/Serv_Prod/Livraria/Agridat...
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Definição
Manejo antes e durante a puberdade
Indução e sincronização da puberdade em fêmeas nulíparas
Algumas considerações sobre a primeira cobrição
Manejo das matrizes durante a gestação
Algumas práticas de manejo que devem ser observadas
quando no período de gestação
Manejo dos suínos na maternidade
Período de permanência da matriz na maternidade
Manejo na maternidade "Antes do Parto"
Ações que devem ser observadas na maternidade antes do
parto
Manejo na maternidade durante o primeiro dia de vida dos
leitões
Cuidados com leitões recém-nascidos
Problemas causados pela perda de calor nos leitões
recém-nascidos
Marcação de suínos
Manejo na maternidade
Manejo na creche
Algumas ações a serem desenvolvidas para o manejo na
creche
Manejo na recria e terminação
Algumas ações que devem ser desenvolvidas para o manejo
na recria
Fase de terminação ou acabamento
Algumas ações que devem ser desenvolvidas para o manejo
na terminação
Cuidado com os varrões
Algumas ações que devem ser desenvolvidas para o manejo
dos varrões
Indicadores de produtividade
Índices zootécnicos considerados bons na suinocultura
tecnificada atual
Reprodução dos suínos
DEFINIÇÃO
Manejo é um conjunto de práticas racionais que se deve realizar com os animais durante as
diversas fases de suas vidas, visando dar aos mesmos as condições de máxima
produtividade.
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MANEJO ANTES E DURANTE A PUBERDADE
(Matrizes de reposição - marrãs)
A puberdade na espécie suína ocorre entre 5 a 6 meses de idade; para realizarmos um
manejo adequado dos animais devemos separá-los, formando lotes do mesmo sexo, aos
quatro meses de idade. Os suinocultores que realizam a reposição de suas matrizes
(consideradas velhas, com mais de seis partos ou impróprias á reprodução) com marrãs
retiradas do próprio rebanho, devem proceder a reposição mediante a seleção e escolha das
marrãs que se situarem nos 25% das melhores e maiores leitegadas produzidas na granja.
Na suinocultura tecnificada, normalmente, a reposição de matrizes ou varrões é feita
mediante a aquisição desses animais de empresas especializadas em melhoramento
genético, as quais, tem impulsionado, significativamente, a eficiência reprodutiva do
rebanho nacional.
O manejo das marrãs adquiridas na fase inicial ou fase de recebimento das mesmas na
granja, deve ser acompanhado de alguns cuidados especiais devido as marrãs recém
adquiridas não estarem adaptadas à sua "nova casa", ou seja, ao novo ambiente com o qual
irá conviver. Para adquirir imunidade ou resistência aos microorganismos presentes no
novo ambiente alguns cuidados deverão ser tomados, como:
Ao serem adquiridas as marrãs deverão ser colocadas em baias coletivas (no máximo
seis marrãs por baia). Baias que já deverão estar limpas e desinfetadas.
Não misturar as marrãs recém adquiridas numa mesma baia com animais já existentes
na granja.
Procurar adquirir animais de uma única fonte visando evitar a presença de diferentes
agentes patogênicos.
Colocar um cachaço ou varrão ao lado das baias onde ficarão as marrãs recém
adquiridas, visando uma melhor manifestação do cio das mesmas. Caso não seja
possível, fazer o varrão caminhar pelo corredor de passagem pela manhã e à tarde. È
importante estimular o cio das marrãs quando pensamos em melhorar a
produtividade.
Ao chegar à granja, as marrãs adquiridas deverão receber nas próximas 48 horas
1,800 kg de "ração de recria" por marrã por dia (ração seca). Dar metade da ração
pela manhã e metade à tarde. Junto a essa ração, fornecer um anti-stress para
melhorar a adaptação da marrã ao novo ambiente. (Exemplo: sulfamerazina,
trimetoprim, oxitetraciclina, etc.)
Geralmente, na semana que os animais recém adquiridos chegam ao novo ambiente
(5 a 8 dias) manifestam o cio, o qual, denominamos de "cio do transporte". Este não
deve ser aproveitado, pois sua manifestação deve-se ao "stress" da viagem e, os
animais não estando ainda adaptados ao novo ambiente poderão ter uma taxa de
fertilização e/ou gestação deficiente. Outro problema que poderia advir seria o
comprometimento do desenvolvimento corporal das marrãs, causado por uma
cobertura precoce.
A partir do terceiro dia, após a chegada das marrãs à granja, deve-se aumentar a
quantidade de "ração de recria" (ração seca) para 3,000 kg a 3,200 kg por dia, por
marrã.
Resguardado esses cuidados especiais para as marrãs adquiridas, as seguintes práticas de
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como para aquelas que foram selecionados do próprio plantel;
Observar o "estado de carne" das marrãs, procurando oferecer uma maior quantidade
de "ração de recria" (ração seca) para aquelas menos desenvolvidas.
Separar as marrãs em lotes de seis fêmeas no máximo; colocá-las em baias coletivas
procurando fazer lotes homogêneos.
Fornecer 3,000 kg a 3,200 kg de "ração de recria" por dia, por marrã até a
manifestação do segundo cio, quando a mesma, atingindo a idade e peso necessário,
será coberta por um varrão de linhagem racial e peso adequado.
O primeiro cio da marrã não deve ser aproveitado.
As marrãs deverão ser cobertas no segundo cio com peso em torno de 110 kg de peso
vivo e com aproximadamente 210 dias de idade.
Para a primeira cobertura, utilizar um varrão já "experiente" em cobertura, porém
mais jovem e de menor peso. A manifestação do cio deve ser verificada duas vezes ao
dia, pela manhã e à tarde. Havendo dúvida sobre a manifestação do cio, procurar
levar a marrã até a baia do varrão para proceder a verificação, ou seja, se a marrã
aceita ou não a cobertura.
Assistir e auxiliar o varrão a fazer a cobertura corretamente; a cobrição deve ser feita
levando a marrã à baia do varrão. A marrã deve ser coberta três vezes após o
aparecimento do cio, com intervalo de 12 horas entre cada cobrição.
Após a cobertura da marrã passar a fornecer "ração de gestação" na quantidade de
3,000 kg por marrã, por dia, até aos oitenta dias de gestação. Dar a metade da ração
pela manhã e metade à tarde (ração seca).
Após os oitenta dias de gestação (nas baias coletivas) as marrãs deverão ser
conduzidas para as gaiolas individuais de gestação, visando uma melhor adaptação
das mesmas quando forem transferidas para as gaiolas individuais na maternidade.
Estando as marrãs nas gaiolas de gestação, é importante, que o tratador faça-as
levantar três vezes ao dia, pois os animais gestantes, nas gaiolas de gestação, tendem
a ficar deitados por longos períodos, o que dificulta a eliminação da urina,
predispondo o animal às infecções do aparelho urinário (pielonefrite e cistite).
De 80 a 112 dias de gestação as marrãs deverão passar a receber "ração de lactação"
na quantidade de 3,000 kg a 3,500 kg de ração por dia, por marrã. Fornecer metade
da ração pela manhã e metade à tarde. Nesta fase, as marrãs deverão receber a ração
umedecida, bastando para isto, diminuir o volume de água do cocho e colocar a ração
sobre a água.
Após o consumo da ração pelas marrãs, lavar os cochos evitando que os restos de ração
venham a fermentar, prejudicando a saúde das porcas.
De 112 a 113 dias de gestação fornecer 1,800 kg a 2,000 kg de "ração de lactação"
por dia por marrã. Dar metade da ração pela manhã e metade à tarde.
Nesta fase, observando que as marrãs estão com as fezes ressecadas, oferecer às
mesmas, juntamente com a ração, três dias antes e três dias após o parto 10 gramas de
sulfato de sódio (sal de Glauber) por dia, por marrã. Não sendo possível oferecer o
sulfato de sódio, aumentar para 40% a quantidade de farelo de trigo na ração, visando
diminuir a constipação intestinal ou fezes ressecadas que, certamente, concorrerão
paraaumentar o desconforto quando do momento do parto.
No dia do parto não oferecer ração a marrã; colocar a disposição da mesma somente
água fresca e potável. Entretanto, em alguns casos, atendendo a individualidade de
alguma porca, visando acalmá-la, uma pequena quantidade de ração pode ser
oferecida à mesma (800 gramas por dia).
Para melhor assistência ao parto, as marrãs em gestação deverão ser conduzidas à
maternidade 5 a 7 dias antes do parto previsto, devendo antes, serem lavadas com
água e sabão de coco e, após banhadas com uma solução desinfetante (solução à base
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de IODOPHOR - 40 ml em 10 litros de água) com auxílio de um regador.
Para aumentar a resistência orgânica ou imunidade das marrãs, três dias após a
separação em lotes e colocação das mesmas em baias coletivas (marrãs adquiridas ou
selecionadas do próprio rebanho), colocar em um dos cantos das baias restos de ração
dos leitões que estão na creche e maternidade, restos de placentas de porcas de
primeiro ou segundo parto, paridas recentemente, leitões munificados e natimortos
(este material deve ser picado antes de ser oferecido às marrãs). Esta prática deve ser
feita diariamente, durante uma semana se possível. A cobertura das marrãs deve ser
realizada somente após 15 dias que esses restos de ração, placenta e fetos forem
oferecidos às marrãs. É importante frisar que esta prática apresenta bons resultados
quando se deseja imunizar marrãs ou leitoas antes da cobertura, visando o controle da
parvovirose (doença provocada por vírus), entretanto esta prática representa um risco,
pois pode disseminar outras infecções. Por esse motivo, a prática é recomendada
somente para aquelas granjas onde existe um bom controle sanitário.
Quando houver lesões nos cascos das marrãs, cuidar das mesmas usando uma solução
de formol a 10% (100 ml de formol em 0,9 litro de água), utilizando para isto um
pedilúvio, onde os animais serão submetidos a uma série de dez passagens, ao longo
de um período de trinta dias. Outra medida, seria aumentar os níveis de biotina na
ração.
Antes e durante a puberdade as marrãs ou matrizes de reposição devem ser vacinadas
contra rinite atrófica e contra erisipela; outras vacinas poderão ser recomendadas
considerando a situação da granja, objeto da assistência técnica.
Combater sistematicamente as moscas e ratos através de medidas e produtos
específicos.
Mediante constatação de sarna nos animais, proceder o combate de 15 em 15 dias,
através do uso de lança-chamas e sarnicidas (Produto a base de: diazinon;
cipermetrina; triclorfon).
Evermifugar as marrãs de três em três meses e quando no período de gestação
evermifugar quatorze dias antes do parto. Utilizar produtos a base de "fenbendazole;
mebendazole; ivermectin".
Proceder a limpeza das instalações diariamente, pela manhã e à tarde. Cada instalação
ou segmento da granja deve ter suas vassouras, visando diminuir as possíveis
contaminações entre os diferentes ambientes.
Anotar sistematicamente, em fichas próprias, as coberturas, repetição de cio, abortos
e outras anormalidades observadas com as marrãs. Cada porca deve ter uma ficha que
a acompanha em todas as fases do ciclo reprodutivo, onde constam dados referentes
ao seu desempenho.
INDUÇÃO E SINCRONIZAÇÃO DA PUBERDADE PRECOCE EM FÊMEAS
NULÍPARAS
A indução da puberdade precoce na fêmea nulípara visa, basicamente, que ela comece sua
atividade reprodutiva o mais cedo possível, sem prejuízo de seu desempenho reprodutivo
posterior.
Para induzir e sincronizar a puberdade precoce num grupo de marrãs, recomenda-se
proceder da seguinte forma:
manter as marrãs separadas do cachaço até atingirem em média 165 dias de idade;
transferir o lote de marrãs para outra baia e/ou misturar marrãs de baias diferentes
numa terceira baia;
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conduzir diariamente ou a cada dois dias, um cachaço com aproximadamente 11
meses de idade e deixá-lo junto às marrãs em torno de meia hora. O contato direto
entre cachaço e marrã é essencial para a indução de uma puberdade precoce e, para
sua sincronização. Para evitar que uma ou outra fêmea seja coberta, o tratador deve
assistir ao cachaço durante o período em que o mesmo estiver com as marrãs.
as granjas que possuírem mais um de cachaço, devem realizar uma rotação diária dos
mesmos, para obter melhor resultado, principalmente quanto a sincronização do cio.
eliminar as marrãs que dentro de vinte e um dias não apresentarem o cio; esta medida
visa evitar uma redução no desempenho reprodutivo dos animais, bem como, um
aumento nos custos de produção da unidade produtiva.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRIMEIRA COBRIÇÃO
A fase em que a marrã é coberta pela primeira vez pode ter importantes implicações na
eficiência total de sua vida reprodutiva.
Através de dados de pesquisa, a primeira cobrição pode ser realizada por ocasião do
segundo cio (110 kg de peso vivo) nas granjas de melhor nível tecnológico, ou seja,
naquelas em que as práticas de manejo visam estimular a marrã a atingir a puberdade
precocemente; que mantenham um controle do rebanho através de um sistema de fichário;
que mantenham os animais num bom estado de nutrição e que mantenham as instalações
adequadas a um bom manejo.
Nas granjas de menor nível tecnológico, em que as marrãs não são manejadas
adequadamente, é melhor que a cobertura seja feita por ocasião do terceiro cio (125 a 135
kg de peso vivo), pois neste caso há uma influência significativa da taxa de ovulação (taxa
de ovulação aumenta do primeiro ao terceiro cio) apesar da marrã receber a alimentação
durante dois ciclos não produtivos.
Atualmente, alguns pesquisadores, recomendam que antes de realizar a primeira "cobertura
efetiva" deve-se cobrir as marrãs com cachaços (rufião) vasectomizados, visando
proporcionar um melhor estímulo das marrãs, principalmente, contra a parvovirose, doença
que tem sido uma das principais responsáveis pelo aumento de natimortos.
Acredita-se que além de estimular a imunização das marrãs esta prática diminuirá o "stress"
quando da realização da primeira cobertura efetiva e consequentemente, aumentará o
número de leitões nascidos.
MANEJO DAS MATRIZES DURANTE A GESTAÇÃO
A gestação é uma das fases, dentro da exploração suinícola, de maior importância para a
melhoria da eficiência reprodutiva. Do desempenho da gestação pode-se prever o potencial
econômico e/ou produtivo de uma granja.
Dois terços da vida útil de uma porca ou matriz são passados em períodos de gestação,
demonstrando assim, a importância do manejo nesta fase quando visamos aumentar a
produtividade.
A gestação, na espécie suína, dura em média 114 dias (três meses, três semanas e três dias),
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podendo variar, para mais ou menos, quatro dias. Nas criações mais tecnificadas, a gestação
em galpões com gaiolas individuais, tem sido a mais utilizada. Apesar de limitar o espaço
das matrizes, essa prática utilizada, facilita o controle individual das matrizes gestantes,
permitindo oferecer uma alimentação mais adequada, uma melhor visualização sobre a
repetição ou não de cios e condições de se evitar briga entre as porcas.
A gestação em baias deve ser feita com grupos, de no máximo seis porcas, visando com isto
diminuir a competição e brigas entre elas e, inclusive a visualização do retorno ou não ao
cio.
ALGUMAS PRÁTICAS DE MANEJO QUE DEVEM SER OBSERVADAS
QUANDO NO PERÍODO DE GESTAÇÃO
As matrizes devem ser mantidas em ambiente calmo e livres de qualquer "stress" (calor em
excesso, animais estranhos, barulhos, mudança de local, etc).
Nas gestações em gaiolas individuais ou mesmo em baias coletivas,as matrizes devem ser
agrupadas de acordo com a data de cobertura, visando empregar o sistema "Todos - Dentro,
Todos Foras" ou sistema "All-in, All-out", o qual, permite preencher cada compartimento
da instalação de uma só vez e depois esvaziar da mesma forma. Esta prática facilita a
limpeza e Desinfecção do local. É importante observar que o referido sistema é mais viável
para granjas a partir de sessenta matrizes.
Levantar as porcas que estão nas gaiolas individuais de gestação no mínimo três vezes ao
dia (pela manhã, ao meio dia e à tarde). Esta prática facilita a eliminação da urina pela
porca e induz a mesma a ingerir mais água, ajudando desta forma, na prevenção contra as
infecções do aparelho urinário.
Para diminuir a incidência do aparelho urinário, é recomendável a utilização do diurético,
cloreto de amônio, na base de 2,500 kg por tonelada de ração, durante sete dias, a cada três
meses.
As matrizes desmamadas, oriundas das gaiolas individuais da maternidade, deverão passar
para as baias coletivas ou gaiolas individuais de gestação em bom estado de carne, caso
contrário haverá um atraso na manifestação do cio, provocando sérios prejuízos ao
produtor.
Para não atrasar o aparecimento de cio nas porcas, após o período de desmama, desenvolver
ações para que as perdas de peso da matriz, durante a fase de lactação não sejam superiores
a 15%. Estas ações implicam num maior e mais adequado fornecimento de ração para a
porca, quando na fase de lactação.
Verificar as manifestações de cio nas matrizes em cobrição e em gestação duas vezes ao
dia; pela manhã e à tarde. Facilitar a visualização e contato entre matrizes e varrões,
visando estimular o aparecimento do cio. Havendo deficiências nas instalações, impedindo
a visualização e proximidade entre matrizes e varrões, fazer os varrões caminharem (um por
vez) pelo corredor de passagem, próximo às matrizes em cobrição e gestação.
As matrizes que apresentarem corrimento vaginal contendo pus durante o período de cio,
não deverão ser cobertas. Deverão ser separadas e submetidas a tratamento específico.
Para as matrizes subalimentadas ou que sofreram perdas significativas durante a fase de
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lactação proceder o "flushing" o qual é o fornecimento de uma quantidade de ração a mais
do que a matriz vinha recebendo, por um período de 7 a 10 dias antes da data prevista do
cio, com a finalidade de aumentar a taxa de ovulação. O "flushing" deve ser suspenso
quando 50% das matrizes submetidas a esta prática forem cobertas. É interessante observar
que para as matrizes bem alimentadas e manejadas, esta prática não tem um valor muito
significativo.
Observar diariamente o "estado de carne" das matrizes. Sabe-se, através de dados de
pesquisa, que durante o período de gestação as marrãs (nulíparas) tem um ganho de peso de
45 kg a 65 kg e as matrizes (multíparas) tem um ganho de peso de 35 kg a 40 kg.
Fazer a cobertura das porcas e/ou marrãs nas horas mais fresca do dia.
Assistir e auxiliar o varrão a fazer a cobertura corretamente; antes da cobertura
procurar eliminar os restos de urina e secreções que ficam retidos nos divertículos
prepuciais do macho; para isto basta comprimir manualmente a região prepucial do
macho antes da cobertura. A razão desta prática é que a urina e secreções retidas nos
divertículos prepuciais podem comprometer a eficiência da cobertura.
A cobertura da matriz deve ser feita levando a mesma à baia do varrão. Deve-se ter
sempre o cuidado para que o piso da baia de cobertura não seja escorregadio e que
não venha provocar nenhuma lesão nos animais.
Quando da cobertura, sempre que possível, cobrir a matriz com reprodutores
diferentes e mais descansados.
A matriz em cio deve ser coberta três vezes, após o aparecimento do cio, com
intervalo de 12 horas entre cada cobrição.
Em casos de cobertura com reprodutores de tamanho e peso muito diferentes, deve-se
utilizar um "tronco" para facilitar a monta.
Após a cobertura levar a matriz de volta à sua baia coletiva e/ou à gaiola de gestação.
É importante que a matriz, após a cobertura, fique em ambiente tranqüilo por
aproximadamente duas horas. Ambiente agitados ou estressantes, logo após a
cobertura, prejudicam a fertilização, podendo levar à absorção embrionária.
Não deixar porca e varrão juntos após a cobertura; esta prática evita cobertura
desnecessária e desgaste do varrão.
As matrizes, quando na fase de gestação em gaiolas, devem receber sua ração
umedecida. Para isto, usa-se, geralmente, baixar o nível de água do cocho, situado
abaixo das gaiolas de gestação, deixando, aproximadamente, um terço do volume de
água. Após, coloca-se sobre a água, a ração da porca na quantidade necessária à
manutenção do bom estado de carne da mesma.
As matrizes que estão em baias coletivas poderão, também, receber sua ração
umedecida (para umedecer adequadamente, um quilo de ração seca, gasta-se um
quilo e seiscentas gramas de água). Para utilizar esta prática nas baias de gestação
coletiva deve-se avaliar as dificuldades de manejo.
Sempre que usarmos rações umedecidas devemos ter o cuidado para que as sobras,
quando do consumo da ração pelas matrizes, não venham fermentar, causando
problemas intestinais nos animais.
Da desmama até a cobertura oferecer para as matrizes "ração de lactação" à vontade.
Dar metade do trato pela manhã e metade à tarde.
Assim que realizar a cobertura passar a usar a "ração de gestação", fornecendo 1,800
kg a 2,000 kg de ração por matriz, por dia, até 35 dias de gestação. Fornecer metade
da ração pela manhã e metade à tarde.
De 36 a 90 dias de gestação continuar usando a ração de gestação, fornecendo 2,300
kg a 2,600 kg de ração por matriz, por dia. Fornecer metade da ração pela manhã e
metade à tarde.
De 91 a 109 dias de gestação passar a usar "ração de lactação", oferecendo de 3,000
kg a 3,500 kg de ração por matriz, por dia. Dar metade do trato pela manhã e metade
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à tarde.
De 109 a 113 dias da gestação fornecer 1,800 kg a 2,000 kg de "ração de lactação"
por matriz por dia.
Neste período, 5 a 7 dias antes do parto, as porcas deverão receber somente uma refeição
por dia (pela manhã).
Três dias antes do parto e três dias após o parto, observando que as fezes das matrizes
estão ressecadas, fornecer as mesmas 10 gramas de sulfato de sódio (sal de Glauber)
por dia, por matriz, juntamente com a ração. Esta prática visa diminuir uma possível
constipação intestinal, a qual, poderá causar maior desconforto ao animal por ocasião
do parto.
Não sendo possível utilizar o sulfato de sódio na alimentação, procurar aumentar a
proporção de farelo de trigo na ração. Utilizar, no referido período, 40% de farelo de
trigo na ração.
No dia do parto não oferecer ração à matriz. Oferecer somente água. Entretanto, esta
prática deve ser observada com ponderação, pois para algumas matrizes deve-se
oferecer a metade ou menos da ração que vinham recebendo, visando com esta
prática acalmar os animais que não se adaptam à restrição alimentar neste período.
Após o trato das matrizes em gestação retirar dos cochos as sobras de ração
umedecida e fornecê-las aos cevados na terminação ( não podemos desperdiçar
rações).
Lavar os cochos onde foi servida a ração umedecida e abastecê-los de água limpa e
fresca.
Proceder a limpeza das instalações, diariamente, pela manhã e à tarde, após o
fornecimento de ração para as matrizes ( a "vassoura" ainda é o grande "executivo"
da granja).
Procurar manter o ambiente das instalações com uma temperatura entre dezoito a
vinte graus nível de arejamento. Esta prática proporciona maior conforto aos animais
gestantes e consequentemente diminui as perdas de embriões que ocorrem nos
primeiros dias após a cobrição (absorçãoembrionária) principalmente, devido ao
"stress" provocado pela calor ou instalação deficiente.
As práticas de manejo devem ter uma rotina sistemática, com horários e dias
predeterminados visando um aperfeiçoamento das práticas executadas pelo tratador,
bem como, impor um reflexo condicionado aos animais diminuindo-lhes o "stress"
causado pelas ações diárias da administração da granja.
As matrizes em gestação deverão ser transferidas para as gaiolas maternidade 5 a 7
dias antes do parto previsto, sendo antes lavadas com água e sabão neutro (sabão de
coco) e, após banhadas com solução desinfetante a base de "iodophor" (40 ml em 10
litros de água) com auxílio de um regador.
Para receber as matrizes gestantes, as gaiolas de maternidade já deverão estar limpas
e desinfetadas. É importante observar o vazio sanitário, pelo menos, durante dez dias.
Vacinar contra rinite atrófica, as matrizes gestantes, aos 100 dias de gestação, de 6
em 6 meses.
Vacinar contra peste suína clássica, as matrizes gestantes, aos 85 dias de gestação,
nas gestações ímpares.
Vacinar contra erisipela dos suínos, as matrizes gestantes, aos 100 dias de gestação,
de 6 em 6 meses.
Vacinar contra parvovirose e leptospirose, as matrizes gestantes, 10 dias após o parto,
de 6 em 6 meses.
Combater sistematicamente as moscas e ratos através de medidas e produtos
específicos.
Mediante constatação de sarna nos animais proceder o combate de 15 em 15 dias,
através do uso de lança-chamas e sarnicidas (Produtos a base: diazinon; cipermetrina;
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triclorfon).
Quando houver lesões nos cascos das matrizes, cuidar das mesmas usando uma
solução de formol a 10% (100 ml de formol em 0,9 litro de água) utilizando para isto
um pedilúvio, onde as matrizes serão submetidas a uma série de dez passagens, ao
longo de um período de trinta dias. Outra medida auxiliar, seria aumentar os níveis de
biotina na ração.
Evermifugar as porcas gestantes 14 dias antes do parto, utilizando produtos a base de
"fenbendazole; mebendazole; ivermectin".
Anotar sistematicamente em fichas próprias, as coberturas, abortos e outras
ocorrências que houver com as matrizes. Sem um controle zootécnico das matrizes,
não há como estabelecer um bom sistema de manejo dentro de uma granja suinícola.
MANEJO DOS SUÍNOS NA MATERNIDADE
Dentro das edificações necessárias à suinocultura, a maternidade apresenta-se como uma
instalação básica, de grande importância, exigindo uma atenção e permanência, quase
constante, do tratador e/ou gerente da granja. A instalação possui um equipamento,
relativamente, mais complexo do que de outras instalações utilizadas dentro da atividade.
Na maternidade a matriz deve ficar contida com segurança e conforto a um equipamento
destinado a garantir uma maior viabilidade à segurança dos leitões, quando do nascimento e
lactação, evitando que os mesmos venham sofrer um esmagamento causado pela porca,
quando esta põe-se a deitar. Esse equipamento denomina-se gaiola maternidade ou
cela-parideira, da qual, também faz parte o abrigo escamoteador dos leitões, o aquecedor de
leitões e os comedouros e bebedouros da matriz e leitões.

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