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3yV�*UDGXDomR�CB$�HP Gestão de Negócios &RQWDELOLGDGH�)LQDQFHLUD�H�*HUHQFLDO Notas de Aula 1 Prof. 'DQLOR�-XVDQ Ementa T 1 Ibmec Business School Programa de CBA – Gestão de Negócios CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Prof. Danilo Jusan Santos, MsC. Qualificação do Instrutor: Mestre em Administração pelo IBMEC-RJ (2013), Pós Graduado em Mercado de Capitais pela FGV-RJ (2012) e Bacharel em Administração pelo IBMEC-RJ (2009). Experiência no mercado financeiro e de capitais, trabalhou no Banco do Brasil S/A como gestor de agência, foi agente autônomo de investimentos na Dakar Investimentos Assessoria de valores mobiliários, e comerciante no mercado de varejo. Atualmente é consultor de análise e tratamento de dados em empresas do grupo Petrobras e professor no IBMEC-RJ nos cursos de graduação e pós-graduação. Leciona as disciplinas de Estatística Aplicada, Administração Financeira I e II, Mercados de Capitais, Planejamento Financeiro e Controladoria, Análise de Eficiência Operacional, Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial. Descrição e Objetivos do Curso: O curso tem como objetivo apresentar e consolidar os fundamentos de Contabilidade Financeira e Gerencial, de modo a desenvolver as competências dos alunos nas funções planejamento e controle, a fim de torná-los aptos a aumentar a eficiência dos processos decisórios em que estiverem envolvidos. As informações oriundas da contabilidade financeira evidenciam o resultado, o desempenho da gestão da entidade em dado exercício e perspectivas futuras, resultante de decisões de administradores na condução do seu negócio e casos fortuitos. A contabilidade gerencial foi desenvolvida para fornecer informações de custos para as partes interessadas, além de cumprir uma exigência fiscal, é um valioso instrumento de gestão, fornecendo informações que possibilita à administração gerenciar suas atividades produtivas, comerciais e financeiras. Ementa do Curso: Estrutura conceitual básica da contabilidade. As diferentes demonstrações contábeis, seus objetivos e inter-relações. As atividades empresariais, suas expressões numéricas e a convergência destas para várias formas de instrumentalização contábil como fixação das bases para a avaliação de performance corporativa ou segmentada: os regimes de competência e de caixa neste contexto. Contabilidade Financeira versus Contabilidade Gerencial: diferenciações, objetivos, e usuários. Critérios de avaliação dos elementos ativos e passivos bem como a importância dos procedimentos contábeis no estabelecimento das bases numéricas para a avaliação de desempenho empresarial perante aos diferentes objetivos de uma análise. Custos e sua importância na formação do preço. Classificações dos custos e despesas. Análise do break-even-point. Margens de contribuição e de lucro. Sistemas de custeio: direto, por absorção, e ABC. Aspectos estratégicos na formação do preço. Análise do desempenho empresarial: principais indicadores atrelados à rentabilidade, a lucratividade e a liquidez. 2 Critérios de Avaliação: a) Prova única: realizada no último encontro, valendo 70% da nota final. Nesta avaliação não será permitida a utilização de material didático, bem como uso de celulares e tablets. O aluno poderá utilizar calculadoras básicas ou científicas (Tipo HP12C). b) Lista de exercícios e trabalhos em sala: valendo 30% da nota final. As listas serão distribuídas ao final de cada aula e deverão ser entregues na aula seguinte. Para cálculo desta média serão consideradas as cinco maiores notas dentre as listas entregues pelo aluno e os trabalhos realizados em sala. Plano de Aulas: Sessão Temas Leituras Recomendadas 1 Apresentação do curso. Contabilidade financeira: Princípios da contabilidade Slides: 1 ao 18 Bibliografia: 1 2 Contabilidade financeira: Princípios e Convenções Contábeis e Principais demonstrativos financeiros e estrutura de funcionamento Slides: 19 ao 54 Bibliografia: 1 3 Contabilidade financeira: A Demonstração do Fluxo de Caixa Slides: 55 ao 65 Bibliografia: 5 4 Contabilidade financeira: Análise de demonstrativos financeiros: Objetivo, conteúdo e análises Indicadores financeiros Slides: 66 ao 93 Bibliografia: 5 5 Contabilidade financeira: Gestão dinâmica do giro. Slides: 94 ao 120 Bibliografia: 5 6 Contabilidade gerencial: Fundamentos, nomenclaturas, classificação dos custos. Custeio por absorção, modelo direto. Slides: 121 ao 137 Bibliografia: 2,3 e 4 7 Contabilidade gerencial: Custeio baseado em atividades (Activity Based Costing – ABC) Slides: 138 ao 147 Bibliografia: 2,3 e 4 8 Contabilidade gerencial: Margem de Contribuição Slides: 148 ao 154 Bibliografia: 2,3 e 4 9 Contabilidade gerencial: Análise Custo – Volume – Lucro Slides: 155 ao 167 Bibliografia: 2,3 e 4 10 Prova Final 3 Bibliografia Recomendada: Bibliografia Título Autor Editora Básica 1) Contabilidade Básica Müller, Aderbal Nicolas Grupo Pearson 2) Contabilidade Gerencial Horngren et al Grupo Pearson Complementar 3) Contabilidade de Custos Martins, Eliseu Editora Atlas 4) Contabilidade Gerencial Garrison, Ray H et al Editora McGraw- Hill 5) Análise Financeira das Empresas Silva, José Pereira da Editoras Atlas Informações Finais: Professor Danilo Jusan Santos, MsC. danilo.santos@ibmecrj.br +55 21 99977-3700 Apresentações T CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 1 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Sessão 1 Prof. Danilo Jusan Santos danilo.santos@ibmecrj.br Ambiente Empresarial 0EMPRESA MICROAMBIENTE Variáveis Tecnológicas Fornecedores Reguladores Concorrentes MACROAMBIENTE Variáveis Econômicas Variáveis Sociais Variáveis Ecológicas Variáveis Demográficas Variáveis Legais Variáveis Políticas Clientes 2 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 2 Usuários da Contabilidade Informações Contábeis Empregados Governo Sócios BancosClientes Fornecedores Sindicatos 3 Principais Órgãos Reguladores 4 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 3 Contabilidade Financeira e Gerencial A Contabilidade Financeira refere-se à informação contábil desenvolvida para os usuários externos como acionistas, fornecedores, bancos e agências reguladoras governamentais. A Contabilidade Gerencial preocupa-se com a informação contábil útil à administração. Os administradores utilizam-se dos dados gerenciais para planejamento, avaliação e controle adequados da organização, por meio de um Sistema de Informação Contábil. 5 CONTABILIDADE FINANCEIRA CONTABILIDADE GERENCIAL CLIENTELA Externa: Acionistas, credores, autoridades tributárias. Interna: Funcionários, administradores, executivos. PROPÓSITO Reportar o desempenho passado às partes externas; contratos com proprietários e credores. Informar decisões internas tomadas pelos funcionários e gerentes; feedback e controle sobre desempenho operacional; contratos com proprietários e credores. DATA Histórica, atrasada. Atual, orientada para o futuro. RESTRIÇÕES Regulamentada: dirigida por regras e princípios fundamentais da contabilidade e por autoridadesgovernamentais. Desregulamentada: sistemas de informações determinadas pela administração para satisfazer necessidades estratégicas e operacionais. TIPO DE INFORMAÇÃO Somente para mensuração financeira. Mensuração física e operacional dos processos, tecnologia, fornecedores e competidores. NATUREZA DA INFORMAÇÃO Objetiva, auditável, confiável, consistente, precisa. Mais subjetiva e sujeita a juízo de valor, válida, relevante, acurada. ESCOPO Muito agregada; reporta toda a empresa Desagregada; informa as decisões e ações locais. Fonte: Kaplan et al, 2000. Contabilidade Financeira e Gerencial 6 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 4 Princípios Contábeis O PRINCÍPIO DA ENTIDADE O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 7 Princípios Contábeis O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. 8 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 5 Princípios Contábeis O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; 9 Princípios Contábeis O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; 10 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 6 Princípios Contábeis O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 11 Princípios Contábeis O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 12 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 7 Princípios Contábeis OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Por exemplo, o princípio de competência, que exige o registro das receitas e despesas no período que ocorrerem, não pode ser substituído por adoção do regime de caixa (onde as receitas e despesas são registradas somente por ocasião de seu pagamento). 13 Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis COMPREENSIBILIDADE: a informação apresentada em demonstrações contábeis deve ser apresentada de modo a torná-la compreensível por usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas e de contabilidade, e a disposição de estudar a informação com razoável diligência. RELEVÂNCIA: a informação fornecida em demonstrações contábeis deve ser relevante para as necessidades de decisão dos usuários. A informação tem a qualidade da relevância quando é capaz de influenciar decisões econômicas de usuários, ajudando-os a avaliar acontecimentos passados, presentes e futuros ou confirmando, ou corrigindo, suas avaliações passadas. 14 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 8 Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis MATERIALIDADE: a informação é material - e, portanto tem relevância - se sua omissão ou erro puder influenciar as decisões econômicas de usuários, tomadas com base nas demonstrações contábeis. A materialidade depende do tamanho do item ou imprecisão julgada nas circunstâncias de sua omissão ou erro. CONFIABILIDADE: a informação fornecida nas demonstrações contábeis deve ser confiável. A informação é confiável quando está livre de desvio substancial e viés, e representa aquilo que tem a pretensão de representar ou seria razoável de se esperar que representasse. 15 Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis PRIMAZIA DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA: transações e outros eventos e condições devem ser contabilizados e apresentados de acordo com sua essência e não meramente sob sua forma legal. Isso aumenta a confiabilidade das demonstrações contábeis. PRUDÊNCIA: prudência é a inclusão de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas exigidas de acordo com as condições de incerteza, no sentido de que ativos ou receitas não sejam superestimados e passivos ou despesas não sejam subestimados. 16 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 9 Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis INTEGRALIDADE: para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser completa, dentro dos limites da materialidade e custo. COMPARABILIDADE: os usuários devem ser capazes de comparar as demonstrações contábeis da entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências em sua posição patrimonial e financeira e no seu desempenho. 17 Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis TEMPESTIVIDADE: tempestividade envolve oferecer a informação dentro do tempo de execução da decisão. Se houver atraso injustificado na divulgação da informação, ela pode perder a relevância. EQUILÍBRIO ENTRE CUSTO E BENEFÍCIO: os benefícios derivadosda informação devem exceder o custo de produzi-la, A avaliação dos custos e benefícios é, em essência, um processo de julgamento. 18 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 10 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Sessão 2 Prof. Danilo Jusan Santos danilo.santos@ibmecrj.br Tipos de Empresas • Firma Individual • EIRELI • Sociedade LTDA • Sociedade por Ações – Lei 6.404 de 15.12.1976, que dispões sobre as Sociedades Anônimas. – Lei 6.385 de 07.12.1976, que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a CVM. 20 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 11 Demonstrações Financeiras CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo: "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais". 21 Demonstrações Financeiras OBJETIVO: Revisar as principais demonstrações financeiras proporcionando uma visão geral de como a análise destes documentos contábeis podem fornecer informações relevantes na tomada de decisão e avaliações por parte dos usuários interessados. 22 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 12 Demonstrações Financeiras Posição Financeira e Patrimonial Balanço Patrimonial Informações sobre o Desempenho Demonstração de Resultado Informações sobre Mutações Financeiras DFC, DOAR, DMPL, etc. 23 Balanço Patrimonial Ativo: é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade; Passivo: é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos; Patrimônio Líquido: é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Fonte: Estrutura Conceitual – CPC 00 24 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 13 Balanço Patrimonial ATIVO Ativo Circulante Ativo Não Circulante • Ativo Realizável a Longo Prazo • Investimentos • Imobilizado • Intangível TOTAL DO ATIVO PASSIVO Passivo Circulante Passivo Não Circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO • Capital Social • Reservas de Capital • Ajustes de Avaliação Patrimonial • Reservas de Lucros • Ações em Tesouraria • Prejuízos Acumulados TOTAL DO PASSIVO 25 Ativo Circulante Ativo Não Circulante Ativo Permanente • Imobilizado • Investimentos • Intangível Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Capital Circulante Líquido Capital de Terceiros 50% Capital Próprio 50% Fontes de Recursos Usos dos Recursos Balanço Patrimonial 26 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 14 Finanças de Empresas Ativo Circulante Ativo Não Circulante Ativo Permanente • Imobilizado • Investimentos • Intangível Passivo Circulante Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Capital de Terceiros 75% Capital Próprio 25% D ec is õ es d e In ve st im en to D ecisõ es d e Fin an ciam en to Capital Circulante Líquido Negativo? 27 Ativo Circulante • Ativos que se converterão em dinheiro até o final do exercício subsequente ou; • Durante o ciclo operacional com nota explicativa. – Construção naval; – Pecuária; – Uísque 28 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 15 Ativo Circulante • Disponível – Caixa – Bancos – Aplicações Financeiras • Contas a Receber ou Clientes – Prov. Devedores Duvidosos – Duplicatas Descontadas • Estoques • Despesas Antecipadas 29 Ativo Não Circulante • Realizável a Longo Prazo • Investimentos • Imobilizado • Intangível Apesar da convergência contábil aos padrões internacionais extinguir a segmentação “Permanente” do ativo, para efeitos de análise financeira utilizaremos este termo para identificar os Ativos Não Circulantes que a empresa pretende manter em caráter permanente. 30 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 16 Investimentos • Aplicações, de caráter permanente, com propensão a produzir renda para a empresa; • Não se enquadram como circulante pelo prazo; • Não se enquadram como imobilizado pois não fazem parte das operações normais. • Exemplos: Participações societárias 31 Imobilizado É todo ativo de natureza relativamente permanente que se utiliza na operação dos negócios de uma empresa e que não se destina à venda. Reduções do Imobilizado • Depreciação - resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência; • Amortização - perda do valor do capital aplicado em ativos intangíveis; • Exaustão - perda do valor decorrente da exploração de recursos minerais ou florestais e seus respectivos bens. 32 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 17 Intangível É um ativo não monetário identificável sem substância física ou incorpóreo. Como exemplos de intangíveis: • os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público; • marcas e patentes; • softwares e • fundo de comércio adquirido. 33 Passivo Exigível (Capital de Terceiros) Passivo Circulante (PC): São as obrigações que vencerão no exercício seguinte ou conforme o Ciclo Operacional da empresa, se for superior a um ano. • Fornecedores; • Salários a Pagar; • Empréstimos Bancários; • Adiantamentos de Clientes; • Contas a Pagar; etc. Passivo Não Circulante (PNC): São as obrigações que vencerão após o próximo exercício, ou conforme o Ciclo Operacional da empresa, se este for superior a um ano. • Financiamentos; • Debêntures; e • Outras obrigações a Longo Prazo. 34 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 18 Patrimônio Líquido Riqueza líquida da empresa • Capital Social • Reservas de Lucros • Lucros (Prejuízos) Acumulados Ativo = P + PL PL = A – P PL = A + Receitas – (P + Despesas) Ativo Passivo PL 35 Alterações no PL PL Passivo Ativo Receitas Despesas 36 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 19 Demonstração de Resultados • Conforme a legislação em vigor, ao fim da cada período será apurado o resultado do exercício. Assim, todas as despesas e receitas serão evidenciadas na Demonstração do Resultado do Exercício. • O confronto entre custo, despesa e receita resultará no lucro ou prejuízo. • A orientação teórica da apuração do resultado é pelo Princípio da Competência. 37 Demonstração do Resultado OBJETIVO • Mostrar se a gestão foi eficiente com a aplicação dos recursos à disposição da empresa. Essa avaliação é possível através da comparação entre o resultado obtido e o montante do capital investido pela empresa. 38 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 20 Demonstração de Resultado do Exercício Receita Bruta (-) Deduções Receita Líquida (-) Custo dos Produtos Vendidos Lucro Bruto (-) Despesas Operacionais Vendas Administrativas Financeiras Lucro Operacional (±) Receitas/Despesas não Operacionais Lucro Antes do Imposto de Renda (-) Provisão para Imposto de Renda Lucro depois do Imposto de renda (-) Participações Lucro Líquido do Exercício 39 Lucro O Lucro é uma terminologia bastante ampla podendo ser evidenciada através de diferentes maneiras conforme abaixo: – Lucro Operacional Bruto ou Lucro bruto – Lucro Operacional Líquido ou Lucro Operacional – Lucro antesdo Imposto de Renda – Lucro depois do Imposto de renda – Lucro Líquido 40 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 21 Elaborar a Demonstração de Resultado do Exercício da Cia. Real em 31-12-2002 Provisão para Imposto de Renda 1.500 Despesas Financeiras 2.500 Custo do Produto Vendido 3.000 Despesas Não Operacionais 500 Receita Bruta 28.000 Participações 3.000 Despesas de Vendas 2.000 Receitas Financeiras 1.500 Deduções 1.000 Despesas Administrativas 3.000 Receitas Não Operacionais 2.000 41 Integração das Demonstrações Patrimônio LíquidoDRE Vendas 130 Compras (50) Despesas (30) Juros (10) Depreciação (15) L.Líquido 25 Lucros Acumulados Capital 500 Reservas 100 Dividendos Participação nos Lucros + - - 42 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 22 FATOS ADMINISTRATIVOS Todas as transações/operações praticadas pelas companhias são registradas em contas específicas e individuais, que demonstram os aumentos e diminuições provocadas no Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido e Resultado. As contas ou rubricas podem ser analíticas ou sintéticas. Escrituração Contábil 43 Os registros contábeis devem ser realizados nas rubricas analíticas. Exemplo: Bancos c/ movimento = 90 > Sintética Banco Caixa Federal = 30 > Analítica Banco Bradesco = 50 > Analítica Banco Itaú = 20 > Analítica Escrituração Contábil 44 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 23 PLANO DE CONTAS Cada empresa ou organizações deve relacionar e codificar todas as contas (rubricas) analíticas e sintéticas em um Plano de Contas completo. Em alguns casos o Plano de Contas é definido pelo órgão Regulador daquela empresa ou Instituição, contudo na maioria dos casos ele é elaborado e atualizado conforme necessidades contábeis específicas da organização. Um bom Plano de contas além do código e descrição das rubricas deve possuir a descrição do funcionamento das mesmas e seus efeitos contábeis. Escrituração Contábil 45 FINALIDADES DO PLANO DE CONTAS • fornecer à administração informação útil sobre a gestão da empresa, que sirva para a tomada de decisões; • permitir um controle efetivo sobre o patrimônio da entidade; • facilitar a preparação da informação contábil. Escrituração Contábil 46 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 24 O MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS - MPD O Método das Partidas Dobradas é a técnica utilizada para a realização dos lançamentos contábeis. O método já é utilizado desde a Antiguidade sendo que alguns autores (Melis) datam seu surgimento de 1250 dc na região de Toscana – Itália, contudo já existiam registros de sua prática com os egípcios em datas anteriores. Foi com o Frei Luca Pacioli que o método ganhou notoriedade em sua obra Intitulada Suma de arithmética geometrica proportioni et proportionalitá datada de 1494. Escrituração Contábil 47 No MPD o registro de qualquer operação implica que para cada um ou mais lançamentos de débito efetuados devem corresponder um ou mais lançamentos de crédito, de forma que o valor total de débitos seja sempre igual ao valor total dos créditos efetuados (Partidas dobradas). Convencionou-se que as contas do ativo seriam de natureza DEVEDORA e as do passivo exigível e patrimônio líquido de natureza CREDORA. Escrituração Contábil O MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS - MPD 48 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 25 DÉBITOS E CRÉDITOS Débito e crédito são termos técnicos-contábeis convencionados para indicar se uma transação aumenta ou diminui o ativo, passivo e patrimônio líquido. Trata-se de convenções onde o créditos refere-se a origem (Partida 1) e o débito refere-se a aplicação (partida 2) de um mesmo evento. Um lançamento pode ter vários créditos e débitos o importante é que eles se anulem conforme determina o MPD. Escrituração Contábil 49 Contas do ativo Contas do passivo (-) Debitar (+) Creditar (+) Debitar (-) Creditar Contas do patrimônio líquido (+) = aumento (-) = diminuição (-) Debitar (+) Creditar Escrituração Contábil 50 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 26 COMPONENTES AUMENTADO POR DIMINUÍDO POR Ativo Passivo PL Receitas Despesas Débitos Créditos Créditos Créditos Débitos Créditos Débitos Débitos Débitos Créditos Escrituração Contábil 51 A Demonstração de Resultado e os Regimes Contábeis • Os procedimentos contábeis de apuração de resultado se baseiam no Princípio Contábil da Competência. • Pelo regime de competência, a contabilidade considera a receita gerada em determinado exercício, não importando o recebimento da mesma, mas sim o período em que foi ganha. No que tange à despesa, o raciocínio é o mesmo. A esse procedimento dá-se a denominação de Regime de Competência dos Exercícios. 52 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 27 Regime de Competência e Regime de Caixa • Pelo regime de competência o que importa é o período em que a receita ocorreu (fato gerador) e não o seu recebimento, pelo regime de caixa uma receita só é reconhecida quando ocorrer o seu recebimento. • No caso das despesas, pelo regime de competência, ela é contabilizada somente quando ocorrer o fato gerador (consumo de um bem). Pelo regime de caixa, a despesa só é reconhecida quando ocorrer o pagamento. 53 Apuração de Resultado pelo Regime de Caixa e Competência Data Ocorrência Valor Condições 50% a vista 50% 30 dias 40% a vista 60% a prazo outubro outubro 1000 800 venda despesas Receita 1000 Despesas 800 Resultado 200 Regime de Competência Receita 500 Despesas 320 Resultado 180 Regime de Caixa 54 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 28 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Sessão 3 Prof. Danilo Jusan Santos danilo.santos@ibmecrj.br Demonstração de Fluxo de Caixa Ativo Circulante Disponibilidades Caixa Bancos ► Equivalentes de Caixa Equivalentes de caixa: são aqueles investimentos imediatamente (30 dias) conversíveis em moeda e baixo risco de alteração de valor. 56 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 29 Principais Grupos que afetam o Caixa Circulante Venda de Permanente Integralização de Capital Empréstimos Financ. Balanço Patrimonial 57 Principais Grupos que não afetam o Caixa Circulante Resultado Equivalência Patrimonial Amortização Capitalização Reversões Securitização Balanço Patrimonial 58 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 30 Métodos de Apresentação da DFC • Método Direto, Fluxo no Sentido Restrito ou “verdadeiro Fluxo de Caixa” • Método Indireto, Fluxo no Sentido Amplo 59 Método Direto • Nele são mostrados todos os recebimentos e pagamentos que afetam o fluxo de caixa; • Necessita da segregação e controle específicos das operações financeiras Saldo Inicial Saldo Final Vendas Recebimentos. Pagamentos 60 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 31 Método Indireto • Procedimento parecido com a DOAR, partindo do Lucro Líquido. Incluindo além daquela as variações no ocorridas no circulante Lucro Saldo Caixa D Circulante Investimento Financiamento 61 Estruturação da DFC • Atividades Operacionais – resultantes das atividades fins da entidade tais como recebimento de vendas, compras, pagamento de despesas administrativas, etc. • Atividades de Financiamento – entradas e saídas de caixa provenientes dos sócios e de terceiros. Pagamentos de juros e dividendos entram nesse grupo. • Atividades de Investimento – em outras entidades, em imobilizado, em prestação de serviços, na manutenção do negócio. 62 CONTABILIDADE FINANCEIRAE GERENCIAL 32 Estruturação da DFC Ativo 19X1 19X2 Circulante Disponível 1.200 1.900 • Saldo inicial do Disponível 1.200 • Atividade Operacional 300 • Atividade Financiamento 1.000 • Atividade Investimento (600) • Saldo final do Disponível 1.900 63 DRE Vendas 130 Compras (50) Despesas (30) Juros (10) Depreciação (15) L.Líquido 25 Modelo Indireto L.Líquido 25 (+) Depreciação 15 Modelo Direto Vendas 130 Compras (50) Despesas (30) Juros (10) Depreciação Impacto no Caixa Direto 40 Indireto 40 Estruturação da DFC 64 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 33 Estruturação da DFC 65 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Sessão 4 Prof. Danilo Jusan Santos danilo.santos@ibmecrj.br CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 34 Conceito de Análise das Demonstrações Financeiras Conjunto de técnicas e modelos que permite ao analista estabelecer evoluções e relações envolvendo diferentes contas que fazem parte das demonstrações financeiras, extraindo assim informações relevantes sobre a empresa analisada. 67 Finalidade • Verificar o desempenho das empresas por meio da análise de seus relatórios periódicos e demais informações publicados. • Esses relatórios são publicados trimestral (ITRs), semestral ou anualmente (IDFs, DFPs, IANs ou IPEs), no caso das companhias abertas, ou a qualquer momento (nota de Fato Relevante). 68 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 35 Propósitos do ponto de vista dos usuários • Para fins de concessão de crédito. • Para fins de realização de investimento. • Para fins de combinação empresarial • Para fins de mudança de emprego 69 Técnicas Utilizadas em Análise Fonte: Adaptado de Análise de Balanços, Blatt, 2000 Técnica 1. Análise através de índices 5. Análise do D.O.A.R. 4. Modelos de análise de rentabilidade 3. Análise de capital de giro 2. Análise vertical e horizontal Permite elaborar diagnóstico da situação econômico-financeira Objetivos Possibilita a descrição detalhada da situação econômico-financeira Evidência como as decisões afetam o capital de giro Profunda visão sobre os fatores que interferem na rentabilidade Permite visualizar as alterações na situação econômico-financeira 70 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 36 Cuidados na Análise das Demonstrações Financeiras • Obtenção de informações sobre a empresa • Conhecimento aprofundado do mercado onde a empresa atua • Bons conhecimentos de gestão empresarial e economia • Obtenção de dados financeiros dos demais concorrentes da empresa • Bom uso da linguagem escrita no relatório da análise 71 Benefícios da Análise das Demonstrações Financeiras • Identificação de problemas na gestão das operações da empresa analisada • Detecção de problemas na administração financeira da organização • Reconhecimento de oportunidades de negócios não exploradas • Detecção de fragilidades na gestão – operacional ou financeira – da empresa 72 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 37 Importância da Administração Financeira de Curto Prazo • A gestão do caixa é uma parte fundamental da administração financeira de curto prazo em empresas não-financeiras. Tal gestão é um trade- off entre risco e retorno. Ao optar por maior volume de caixa a empresa reduz o risco de insolvência, contudo, sacrifica sua lucratividade, já que aplicações de liquidez imediata têm uma rentabilidade menor • Comente a afirmativa: – A existência de elevados volumes de disponíveis é algo extremamente positivo para a empresa. 73 Conceitos fundamentais • Liquidez - significa a capacidade de possuir ativos circulantes para atendimento às reivindicações dos passivos circulantes. Sinaliza grau de ‘garantia’ ou ‘proteção’. • Solvência - expressa a habilidade de pagamento daquelas obrigações quando devidas. Ressalta a dimensão temporal. • Flexibilidade financeira - representa a capacidade de conseguir fontes alternativas de financiamento quando da ocorrência de insuficiências momentâneas de caixa. 74 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 38 Abordagens • Análise Horizontal • Análise Vertical • Análise de Quocientes 75 Análise Horizontal • É uma ferramenta que permite mensurar a evolução de contas selecionadas das demonstrações financeiras, fornecendo informações relevantes sobre as operações da empresa. 76 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 39 Análise Vertical • Instrumento que permite ao analista identificar a representatividade de contas selecionadas, servindo como direcionador da atenção dos gestores das organizações empresariais. 77 Exemplo de Balanço Patrimonial Ativo Passivo e PL Conta X3 AV AH X2 AV Conta X3 AV AH X2 AV Caixa 170 4% 21% 140 4% Fornecedores 370 9% 16% 320 9% Clientes 1.200 28% 33% 900 25% Contas a Pagar 120 3% 9% 110 3% (-) PDD -170 -4% 6% -160 -4% Títulos a Pagar 110 3% 10% 100 3% Realiz.Lgo.Prazo 330 8% 6% 310 9% Empréstimo LP 400 9% 21% 330 9% Investimentos 2.100 48% 17% 1.800 50% Capital Social 2.000 46% 0% 2.000 55% Imobilizado 720 17% 14% 630 17% L. Acumulados 1.350 31% 78% 760 21% Total 4.350 100% 20% 3.620 100% Total 4.350 100% 20% 3.620 100% 78 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 40 Exemplo de DRE Descrição X9 AV AH X8 AV Receita Operacional Líquida 27.540 100% 3% 26.630 100% Custo dos Produtos Vendidos 14.350 52% 3% 13.990 53% Lucro Bruto 13.190 48% 4% 12.640 47% Despesas Operacionais 10.990 40% 1% 10.880 41% Lucro Operacional 2.200 8% 25% 1.760 7% Resultados Não Operacionais 170 1% 31% 130 0% Lucro Antes do IR 2.370 9% 25% 1.890 7% Provisão para IR 474 2% 25% 378 1% Lucro Líquido do Exercício 1.896 7% 25% 1.512 6% 79 Questão para Discussão • O Sr. Godofredo – Analista da Visão Investimentos SA – mostrou-se aliviado, pois a SóQuente (fabricante de fogões), que tinha apresentado uma receita de vendas em 19X7 50% inferior ao ano anterior, se recuperou das perdas, com vendas 90% maiores no ano de 19X8. 80 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 41 Questão para Discussão • A conta Bancos pode apresentar um incremento de um ano para o outro e, mesmo assim, o gerente financeiro achar que não houve uma melhora nos saldos bancários? 81 Questão para Discussão • Ao realizar uma análise horizontal, o Sr. Tobias mostrou-se alarmado, pois a conta Devoluções de Vendas há três anos vêm apresentando um crescimento anual superior a 50%. Contudo, o Sr. Barcelos – Controller da Companhia – ao tomar conhecimento não demonstrou qualquer preocupação. 82 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 42 Análise de Quocientes Análise realizada através da construção de relações entre contas, permitindo a obtenção de informações que não se encontram imediatamente visíveis aos usuários das demonstrações financeiras. 83 Tipos de Análise Através de Índices • Absoluta - Avaliação do índice de forma isolada. • Padrões - Compara um índice com o de outras empresas. • Evolutiva - Analisa a evolução dos índices ao longo do tempo. Análise Absoluta Análise por Meio de Índices Análise Relativa Com Padrões EvolutivaFonte: Adaptado de Blatt, 2001 84 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 43 Aspectos Revelados pelos Índices Situação Financeira Situação Econômica Estrutura de Capital Liquidez Rentabilidade 85 Índices de Estrutura de Capital • Participação de Capital de Terceiros • Endividamento Geral • Composição do Endividamento • Imobilização do Capital Próprio • Imobilização dos Recursos não Correntes Interpretação genérica: Quanto maior, pior Nota: Para efeito de análiseagruparemos como “Permanente” as contas: Investimentos, Imobilizado e Intangível 86 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 44 Índices de Estrutura de Capital Participação de Capital de Terceiros Endividamento Geral Composição do Endividamento Imobilização do Patrimônio Líquido Imobilização dos Recursos não Correntes Capital de Terceiros x 100 Patrimônio Líquido Capital de Terceiros x 100 Capital de Terceiros + Capital Próprio Passivo Circulante x 100 Capital de Terceiros Ativo Permanente x 100 Patrimônio Líquido Ativo Permanente x 100 PL + PNC 87 Índices de Liquidez O grupo de índices de Liquidez mostra a situação financeira da empresa. Esse grupo é composto dos seguintes índices: – Liquidez Corrente – Liquidez Seca – Liquidez Geral Interpretação genérica: Quanto maior, melhor 88 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 45 Índices de Líquidez Liquidez Corrente Liquidez Seca Liquidez Geral Liquidez Imediata Ativo Circulante Passivo Circulante AC – Estoques e outros Passivo Circulante AC + ARLP PC + PNC Disponível Passivo Circulante 89 Liquidez Seca X Liquidez Corrente Liquidez Corrente Alta Baixa Nível Situação financeira Boa Situação financeira a princípio insatisfatória, mas atenuada pela boa liquidez Seca. Em certos casos pode até se considerada razoável.Situação financeira em princípio satisfatória. A baixa liquidez Seca não indica necessariamente comprometimento da situação financeira. Em certos casos, pode ser sintoma de excesso de estoques encalhados Situação financeira insatisfatória B ai xa A lt a Li q u id ez S ec a Fonte: Matarazzo, 2002 90 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 46 Índices de Prazos Médios A articulação dos três índices de prazos médios leva à análise dos ciclos operacional e financeiro, elementos chave para o sucesso ou insucesso de uma empresa. Os índices de prazos médios são: – Prazo Médio de Recebimento de Vendas – Prazo Médio de Pagamento de Compras – Prazo Médio de Renovação de Estoques 91 Índices de Prazos Médios Prazo Médio de Recebimento de Vendas Prazo Médio de Pagamento de Compras Prazo Médio de Renovação de Estoques Estoque x 360 CMV ou CPV Duplicatas a Receber x 360 Vendas Líquidas Fornecedores x 360 Compras 92 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 47 Ciclo Financeiro e Econômico Compra de Matéria-prima Início da Fabricação Fim da Fabricação Venda Recebimento da Venda PME(Mp) PMF PMV PMC Ciclo Operacional PMPF Ciclo Financeiro (Caixa) Ciclo Econômico 93 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Sessão 5 Prof. Danilo Jusan Santos danilo.santos@ibmecrj.br CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 48 Gestão Dinâmica de Capital de Giro Consiste na gestão dos ativos líquidos e operacionais com vistas ao equilíbrio do conflito risco versus retorno. – Conceitos-Chave – Relações Algébricas – Efeito Tesoura – Tipos de Composição 95 Capital Circulante Líquido (CCL) O CCL representa o total de recursos disponíveis para financiamento das atividades da empresa, apresentando se existe folga nos ativos de curto prazo em relação aos passivos de curto prazo. CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante 96 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 49 CCL Positivo Ativo Circulante $35 Ativo Não Circulante $65 Passivo Circulante $20 Passivo Não Circulante $30 Patrimônio Líquido $50 CCL = $15 CCL = $35 - $20 = $15 97 CCL Negativo Ativo Circulante $70 Ativo Não Circulante $130 Passivo Circulante $110 Passivo Não Circulante $40 Patrimônio Líquido $50 CCL = -$40 CCL = $70 - $110 = -$40 98 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 50 Capital Permanente Líquido (CPL) Podemos obter o valor do CCL a partir das diferentes entre as contas não circulantes CPL = (Patrimônio Líquido + Passivo Não Circulante) – Ativo Não Circulante 99 CPL Positivo Ativo Circulante $35 Ativo Não Circulante $65 Passivo Circulante $20 Passivo Não Circulante $30 Patrimônio Líquido $50 CPL = $80 - $65 = $15 CPL = $15 100 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 51 CPL Negativo Ativo Circulante $70 Ativo Não Circulante $130 Passivo Circulante $110 Passivo Não Circulante $40 Patrimônio Líquido $50 CPL = -$40 CPL = $90 - $130 = -$40 101 Capital de Giro Próprio (CGP) É a parcela do Ativo Circulante (AC) financiada com recursos próprios: CGP = Patrimônio Líquido – Ativo Não Circulante ANC AC PC PL CGP > 0 PL > ANC ANC AC PC PL CGP < 0 PL < ANC PNC PNC 102 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 52 Conflito Risco-Retorno Investimento em Ativos Correntes Redução da Rentabilidade da Empresa 103 Grupos Patrimoniais Para Análise Financeira de Curto Prazo Ativo Circulante Financeiro – Caixa e Bancos – Aplicações Financeiras Ativo Circulante Operacional – Duplicatas a Receber – Estoques – Adiantamentos e Despesas do Exercício Seguinte Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo – Investimento Fixo Passivo Circulante Financeiro – Empréstimos Bancários – Financiamentos – Duplicatas Descontadas – Dividendos e IR Passivo Circulante Operacional – Fornecedores – Salários e Encargos – Impostos e Taxas – Adiantamentos de Clientes Passivo Permanente – Exigível a Longo Prazo – Patrimônio Líquido 104 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 53 Análise Dinâmica de Curto Prazo Relações Algébricas Tesouraria T NCG)(ou Giro em lOperaciona toInvestimen IOG Líquido Giro de CapitalCGL )( TIOGCGL PCFPCOPC ACFACOAC Também chamado de capital circulante líquido (CCL), o CGL corresponde à diferença aritmética entre o ativo circulante e o passivo circulante e representa a medida da liquidez da empresa, refletindo sua capacidade de gerenciar as relações com fornecedores e clientes. 105 Análise Dinâmica de Curto Prazo SITUAÇÃO IOG T Positivo ACO>PCO Ruim ACF>PCF Bom Negativo ACO<PCO Boa ACF<PCF Ruim 106 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 54 Investimento Operacional em Giro (IOG) IOG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional Influenciado pelo ciclo financeiro, pelo volume de atividades e características do negócio. 107 Saldo do Disponível (SD) ou Saldo de Tesouraria (T) SD ou T = Ativo Financeiro – Passivo Financeiro Funciona como uma reserva financeira 108 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 55 Estrutura - CCL AC Financeiro PC Financeiro $30 $20 PC Operacional $40 AC Operacional $60 Passivo Permanente Ativo Permanente $80 $50 $90 $60 CCL = $90 - $60 = $30 109 Estrutura - IOG AC Financeiro PC Financeiro $30 $20 PC Operacional $40 AC Operacional $60 Passivo Permanente Ativo Permanente $80 $50 $60 $40 IOG = $60 - $40 = $20 110 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 56 Estrutura - SD ou T AC Financeiro PC Financeiro $30 $20 PC Operacional $40 AC Operacional $60 Passivo Permanente Ativo Permanente $80 $50 $30 $20 SD = $30 - $20 = $10 111 Tipos de Composição Excelente CPL ≥ 0 IOG ≤ 0 T ≥ 0 Sólida CPL ≥ 0 IOG ≥ 0 T ≥ 0 Insatisfatória CPL ≥ 0 IOG ≥ 0 T ≤ 0 ANC ACF PCF PNC ACO PCO I II III ANC ACF PCF PNC ACO PCO ANC ACF PCF PNC ACO PCO 112 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL57 Tipos de Composição Péssima CPL ≤ 0 IOG ≥ 0 T ≤ 0 Ruim CPL ≤ 0 IOG ≤ 0 T ≤ 0 Arriscada CPL ≤ 0 IOG ≤ 0 T ≥ 0 IV V VI ANC ACF PCF PNC ACO PCO ANC ACF PCF PNC ACO PCO ANC ACF PCF PNC ACO PCO 113 Níveis de Risco Estruturas Financeiras e Níveis de Risco Tipo CPL IOG T Situação I Positivo Negativo Positivo Excelente II Positivo Positivo Positivo Sólida III Positivo Positivo Negativo Insatisfatória IV Negativo Negativo Positivo Arriscada V Negativo Negativo Negativo Ruim VI Negativo Positivo Negativo Péssima 114 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 58 Efeito Tesoura Sinaliza uma medida dinâmica da liquidez e solvência da empresa. Caso seu saldo diminua a taxas crescentes a cada período, em especial mostrando valores negativos, esta situação configura o chamado efeito tesoura, ou seja, uma deterioração da situação financeira derivada do financiamento cada vez mais expressivo do investimento operacional (IOG) por fontes onerosas de curto prazo (PCF). 115 Efeito Tesoura Simulação do Efeito Tesoura Ano CPL IOG T 1992 110 60 50 1993 125 75 50 1994 140 94 46 1995 155 117 38 1996 170 146 24 1997 185 183 2 1998 200 229 (29) 1999 215 286 (71) 2000 230 358 (128) 116 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 59 Efeito Tesoura 19x1 19x2 19x3 19X4 19X5 Vendas 7.000 8.400 11.760 20.580 41.160 Evolução - 20% 40% 75% 100% CCL 3.500 4.200 5.880 10.584 20.533 Evolução - 20% 40% 80% 94% IOG 2.800 3.360 5.880 11.760 25.872 Evolução - 20% 75% 100% 120% ST 700 840 0 -1.176 -5.339 117 Efeito Tesoura 118 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 60 Questões para Discussão Com base nos relatórios contábeis da Guararapes Confecções S/A: • Analise a composição do Capital de Giro(AC). Considere os três principais grupos: Disponibilidades, Créditos e estoques. Veja se houve mudanças significativas entre os três exercícios. • Analise as variações do CCL. Verifique se entre os anos ocorreu financiamento através de capital próprio. • Compare as variações das origens de recursos (Capital de Terceiros e Capital Próprio) com as aplicações (Investimentos em ativos). Você diria que a empresa investiu priorizando a rentabilidade ou o risco? • Analise o perfil de endividamento da empresa. 119 Questões para Discussão Com base nos relatórios contábeis da Guararapes Confecções S/A: • Compare os indicadores de liquidez corrente e seca. Qual exercício a situação financeira é mais saudável? • A partir dos ciclos operacionais e de caixa, que vinculações você pode fazer com os indicadores de liquidez? • Faça uma avaliação das condições financeiras da empresa com ênfase nas questões de solvência (Saldo de Tesouraria). • Avalie se ocorreu o efeito tesoura. Com base nos dados do ciclo operacional que conclusões você pode tirar? • Compare a classificação de risco com os indicadores de liquidez. Que conclusões você pode tirar? 120 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 61 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Sessão 7 Prof. Danilo Jusan Santos danilo.santos@ibmecrj.br Novo Enfoque dos Sistemas de Custos • Projetar produtos e serviços conforme as necessidades dos clientes e que possam ser lucrativos; • Prover aprimoramentos em qualidade e eficiência; • Estruturar processos eficientes e eficazes; • Sinalizar preços, características e qualidades dos produtos 122 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 62 Para começar, o que é importante saber! • Custos tem importância relativa dependendo da empresa. • Poucos custos são identificados com os produtos. • Nem todos os custos são variáveis. • Todo o cuidado é pouco Na gestão dos custos! 123 Nivelando os conceitos • Gasto • Custo • Despesa • Perda • Investimentos • Desembolso 124 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 63 Classificação dos Custos EM RELAÇÃO AO PRODUTO • Custos diretos – Apropriação com base em mensuração • Custos indiretos – Alocação com base em rateio. 125 EM RELAÇÃO À PRODUÇÃO • Custos fixos – Identificado com a estrutura de produção. • Custos variáveis – Identificado com o produto. Classificação dos Custos 126 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 64 Existe relação entre as nomenclaturas de custos? Sim! Relações entre nomenclaturas de custos 127 Comportamento dos Custos CUSTOS Para uma unidade Para o volume total Custos Fixos Varia Fixo Custos Variáveis Fixo Varia 128 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 65 Composição dos Custos dos Produtos CUSTOS MP (Matéria Prima) MOD (Mão-de-Obra Direta) CIF (Custos Indiretos de Fabricação) 129 Composição dos Custos dos Produtos MP MOD Custos Primários MOD CIF Custos de Transformação 130 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 66 = Estoque Inicial de MP + Compra da MP - Estoque Final de MP = Custo de MP do período + Frete sobres as compras de MP + Seguroe sobres as compras de MP Composição dos Custos dos Produtos Matéria-Prima 131 INVENTÁRIO PERIÓDICO INVENTÁRIO CONTÍNUO OU PERMANETNTE Composição dos Custos dos Produtos Matéria-Prima CMV = EI + C - EF PEPS – Primeiro que entra é o primeiro que sai. UEPS – O Último que entra é o primeiro que sai. Média Ponderada Móvel – Saídas com base na média dos valores de compras. 132 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 67 Outros Conceitos MP + MOD + CIF = CPP = CPA = CPV + Eipp - Efpp + Eipa - Efpa 133 CPP - Custo de produção do período é o somatório de todos os componentes alocados no custo de produção. CPP = MP + MOD + CIF CPA - Custo de produtos acabados é a soma dos custos contidos na produção acabada no período agregado do custo da produção de períodos anteriores existentes em unidades que só foram completas no presente período. CPA = CPP + Eipp - Efpp CPV - Custo de produtos vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Pode conter custos de produção de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em diversas épocas diferentes. CPV = CPA + Eipa - Efpa Estoque Inicial de Produtos em Processo Estoque Final de Produtos em Processo Estoque Inicial de Produtos Acabados Estoque Final de Produtos Acabados Outros Conceitos 134 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 68 CUSTEIO POR ABSORÇÃO • Sistema que apura o valor dos custos dos bens ou serviços, tomando como base todos os custos da produção (fixos ou variáveis, diretos ou indiretos). • Origem na contabilidade de Custos. • Obrigatório para fins contábeis, embora apresente falhas ao ser utilizado como instrumento gerencial. • Pronunciamento Técnico - CPC 16. • Atende aos Princípios da Competência e Confrontação de Receitas com Despesas. 135 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO Identificados com a produção, sua apropriação aos produtos é realizada através de estimativas (CIF Estimado) ou uso de rateios. CLASSIFICAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO CIF: • CIF relativos à capacidade de produção; • CIF relativos aos materiais; • CIF relativos à mão-de-obra. 136 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 69 CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO MP + MOD + CIF Custo Total Custos Indiretos Custos Diretos Rateio Estoque Produto A Estoque Produto B Estoque Produto C CPV Resultado Despesas Fonte: Silva (2012); pg 38 137 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Sessão 7 Prof. Danilo Jusan Santos danilo.santos@ibmecrj.br CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 70 Custeio Baseado em Atividades • Definição• Custeio ABC (Activity-Based Costing) é um método que visa melhorar a distribuição dos gastos através da análise das atividades e suas respectivas relações com os produtos. • O principio básico do método ABC é que as atividades consomem custos e os produtos consomem atividades. • Característica marcante • Enfatiza o rastreamento do custo. 139 Conceitos Básicos do Custeio ABC • Atividade - Conjunto de tarefas necessárias para a execução de um processo, consumindo recursos da empresa. • Direcionador de custos - É qualquer fator que causa uma alteração no custo de uma atividade. 140 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 71 Activity-Based Costing fluxograma de custeamento I Produtos Materiais Diretos Mão-de- Obra Direta CIF Rastreamento Direto Rastreamento Direto Custos atribuídos por direcionadores de recursos para as atividades Ativ.1 Ativ.2 Ativ.n Custos atribuídos usando direcionadores de atividade para os produtos ... 141 Activity-Based Costing fluxograma de custeamento II Custo dos Recursos Atividades Primárias Atividades Secundárias direcionadores de atividade Alocação direta ou por direcionadores de recursos Objeto de Custo • Produto • Linha de Produto • Cliente • Fornecedor • Unidade de Negócio Taxa de Atividade x Qtde. Consumida 142 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 72 Activity-Based Costing modo de apropriação de custos • Custo Orçado da Atividade: é o custo global de todos os recursos alocados para executar uma atividade primária específica (R$87.500 para tratar pacientes/mês) por um determinado período. • Capacidade de Atividade: é o número de vezes, ou o tempo, que uma atividade primária (direcionador) que pode ser executada eficientemente no mesmo período (30.000 tratamentos/mês). • Taxa de Atividade: é o preço de cada execução (consumo) da atividade primária (direcionador de atividade) Atividade de Capacidade (R$) Atividade da Orçado Custo Atividade de Taxa 143 Activity Based Management - ABM • É uma abordagem que focaliza a atenção do gestor nas atividades visando melhorar o valor ao cliente e o resultado obtido. • A gestão baseada em atividade engloba tanto o custeio do produto quanto a análise de valor do processo. 144 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 73 Activity-Based Costing Modos de Análises Recursos Atividades Produtos e Clientes Análise de Desempenho Análise de Direcionadores Visão dos Custos Visão do Processo Direcionador de Recurso Direcionador de Atividades 145 Pausa para reflexão nº 01 • Quais as vantagens do sistema tradicional? • Idem para o sistema ABC? • Quais as diferenças entre os dois? • Qual sistema seria mais indicado para sua empresa? 146 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 74 Sistemas tradicional e ABC Conclusões • ST é mais simples na concepção mas com resultados menos acurados; • ABC é mais complexo na concepção e aplicação mas com resultados mais confiáveis • A relação custo benefício é obrigatória 147 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Sessão 8 Prof. Danilo Jusan Santos danilo.santos@ibmecrj.br CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 75 Margem de Contribuição A Margem de Contribuição representa o valor que cada produto entrega para empresa depois de cobertos todos os custos que efetivamente ocorreram em um processo de produção e venda. Onde: MC = Margem de Contribuição PV = Preço de Venda CV = Custos Variáveis por Unidade DV = Despesas Variáveis por Unidade MC = PV – (CV + DV) 149 Margem de Contribuição Descrição Produto A Produto B Preço $ 13,00 $ 16,00 (-) Custos Variáveis (CV) $ 7,00 $ 9,00 (-) Despesas Variáveis (DV) $ 1,30 $ 1,60 (=) Margem de Contribuição (MC) $ 4,70 $ 5,40 O Produto B traz uma MC maior que o Produto A. 150 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 76 Margem de Contribuição LIMITAÇÕES AO USO Sabendo-se que os custos fixos totais são de $ 18.000 e considerando uma demanda de 5.000 unidades do produto A em detrimento de uma demanda de 3.000 produtos B. Qual dos dois pedidos a empresa atenderia? Descrição Produto A Produto B Preço $ 13,00 $ 16,00 (-) Custos Variáveis (CV) $ 7,00 $ 9,00 (-) Despesas Variáveis (DV) $ 1,30 $ 1,60 (=) Margem de Contribuição (MC) $ 4,70 $ 5,40 151 Margem de Contribuição MC E RESTRIÇÕES DE PRODUÇÃO Na utilização da MC para tomada de decisão também devemos levar em consideração a existência de restrições operacionais, que torne um produto menos eficiente que outro no tocante a determinado recurso. EXEMPLO: Com base nos dados anteriores, vamos supor que a empresa tenha uma capacidade de produção limitada a 1.000 horas. O produto A necessite de 3 horas para cada unidade fabricada e o produto B necessite de 4 horas. Considerando a MC de cada produto a empresa produziria todas as unidades possíveis do Produto B, ou seja (1.000/4) 250 unidades do Produto B e nada do Produto A. 152 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 77 Margem de Contribuição MC E RESTRIÇÕES DE PRODUÇÃO EXEMPLO: Se a empresa tivesse optado por produzir o Produto A ela poderia fazer (1.000/3) 333 unidades e teria o seguinte resultado: Receita com B R$ 16,00 x 250 = R$ 4.000,00 (-) Custos Variáveis R$ 9,00 x 250 = R$ 2.250,00 (-) Despesas Variáveis R$ 1,60 x 250 = R$ 400,00 (=) Margem de Contribuição R$ 1.350,00 Receita com A R$ 13,00 x 333 = R$ 4.329,00 (-) Custos Variáveis R$ 7,00 x 333 = R$ 2.331,00 (-) Despesas Variáveis R$ 1,30 x 333 = R$ 432,90 (=) Margem de Contribuição R$ 1.565,10 153 Margem de Contribuição MC E RESTRIÇÕES DE PRODUÇÃO EXEMPLO: Concluímos que quando existirem restrições de produção daremos preferência ao produto que trouxer a melhor relação entre a sua MC e a sua restrição. Margem de contribuição de A ÷ Horas de MOD = 𝑹$ 𝟒,𝟕𝟎 𝟑 = 𝑹$ 𝟏, 𝟓𝟔 Margem de contribuição de B ÷ Horas de MOD = 𝑹$ 𝟓,𝟒𝟎 𝟒 = 𝑹$ 𝟏, 𝟑𝟓 154 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 78 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Sessão 9 Prof. Danilo Jusan Santos danilo.santos@ibmecrj.br Ponto de Equilíbrio O Ponto de Equilíbrio é o nível de produção no qual o volume de vendas resulta em lucro zero. OBJETIVO: Determinar o nível de produção através do qual os recursos comprometidos são cobertos pelos lucros obtidos com a venda dos produtos e serviços. 156 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 79 Gráfico do Ponto de Equilíbrio Volume de Vendas e Produção PE Receita Total Custo Total Prejuízo Custos Fixos Custos Variáveis Lucro R e c e it a s e C u s to s 157 Cálculo do Ponto de Equilíbrio CT = CDF + (CDV X Q) Onde: CT = custo e despesa total CDF = custo e despesa fixo CDV = custo e despesa variável unitário Q = nível de produção Lucro = Receita – Custo Total Receita = Custo Total + Lucro P x Q = CDF + (CDV x Q) + Lucro (P x Q) - (CDV x Q) = CDF + Lucro Q (P - CDV) = CDF + Lucro Q = CDF + Lucro / (P - CDV) (*) P = preço de venda 158 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 80 Ponto de Equilíbrio Contábil Quando o Lucro for zero, Q será o Ponto de Equilíbrio Contábil em unidades dado por: 𝑄 = 𝐶𝐷𝐹 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎 − 𝐶𝐷𝑉 ou 𝑄 = 𝐶𝐷𝐹 𝑀𝐶𝑈𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 159 Ponto de Equilíbrio Econômico Quando esperamos um determinado Lucro, Q será o Ponto de Equilíbrio Econômico em unidades dado por: 𝑄 = 𝐶𝐷𝐹 + 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎 − 𝐶𝐷𝑉 ou 𝑄 = 𝐶𝐷𝐹 + 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑀𝐶𝑈𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 160 CONTABILIDADEFINANCEIRA E GERENCIAL 81 Ponto de Equilíbrio Financeiro Quando o resultado é igual ao valor necessário aos gastos desembolsáveis, Q será o Ponto de Equilíbrio Financeiro em unidades dado por: 𝑄 = 𝐶𝐷𝐹 − 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑛ã𝑜 𝐷𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑜𝑙𝑠á𝑣𝑒𝑙 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎 − 𝐶𝐷𝑉 Ou 𝑄 = 𝐶𝐷𝐹 − 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑒 𝑛ã𝑜 𝐷𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑜𝑙𝑠á𝑣𝑒𝑙 𝑀𝐶𝑈𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 161 Ponto de Equilíbrio Monetário PE em U.M.(*) = Custos e Despesas Fixos M C em Porcentagem(**) (*) Unidades monetárias (**) porcentagem da margem de contribuição calculada em relação ao preço de venda ou às vendas totais. 162 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 82 Margem de Segurança Representa o intervalo entre o volume atual de vendas e o Ponto de Equilíbrio. MARGEM DE SEGURANÇA Receita Total Custo Total Lucro 163 Cálculo da Margem de Segurança M.S. = Volume Atual de Vendas - Ponto de Equilíbrio Quando uma determinada empresa atinge o PE com 1.000 unidades vendidas, se ela vender 1200 unidades dizemos que ela está com uma Margem de Segurança de 200 unidades pois pode reduzir essa quantidade sem entrar na faixa de prejuízo. M.S. em % = Receita de Vendas - Receita no PE x 100 Receita de Vendas 164 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 83 Limitações do Ponto de Equilíbrio O Ponto de equilíbrio não pode ser calculado para toda a empresa, quando existir diversos produtos, a não ser que eles tenham a mesma MC por produto. O máximo que se pode fazer é calcular o PE específico de cada produto ou linha de produtos quando há custos fixos identificados com cada um (a). Mesmo assim, persiste o problema, sem solução, de um único PE para a cobertura dos custos e despesas fixos comuns. 165 PEC para Múltiplos Produtos Produtos A B C Total Quantidade 3.000 2.000 1.000 Preço de Venda 30,00 40,00 50,00 Receita de Vendas 90.000 80.000 50.000 220.000 Percentual s/ Vendas 41% 36% 23% 100% Custo Variável Unitário 10,00 20,00 30,00 Custo Var. Total 30.000 40.000 30.000 100.000 Custo Fixo Total 80.000 Custo Total 180.000 Lucros 40.000 PEV = CFT / [1 - (CVT / RVT)] 166 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL 84 PEC para Múltiplos Produtos PEV = 80.000 / [1 – (100.000 / 220.000) = R$ 146.666,67 Produto % RVT PEV (a) Preço de Venda (b) PE (a/b) A 41 60.133 30 2.005 B 36 52.800 40 1.320 C 23 33.733 50 675 Total 146.666 167 TEXTO/CASE/EXERCÍCIO 1 CBA - CONTABILIDADE FINANCEIRTA E GERENCIAL Estudos de Casos e Exercícios TEXTO/CASE/EXERCÍCIO 2 Questão 1 A empresa Sul S.A. apresentou as seguintes contas em Dez/2006. CONTAS $ Capital social 300 Imóveis em uso 200 Banco c/movimento 100 Títulos a receber (2,5 anos) 70 Participações em outras Cias. (Controladas) 80 Instalações 50 Obras de Arte (Acervo da empresa) 30 Fornecedores (0,8 ano) 40 Empréstimos bancários (1,5 ano) 50 Imposto de renda a pagar 30 Lucros acumulados 100 Salários a pagar 10 Apresente o Balanço Patrimonial da empresa. Questão 2 O Balanço da Empresa ABC Ltda., em 31-12-2004 era composto pelos saldos das seguintes contas: Caixa $10; Capital $35; Empréstimos (LP) Obtidos de Terceiros $15; Lucros Acumulados $20; Fornecedores $10; Banco $20; Contas a Receber $10; Empréstimos (LP) Concedidos a Terceiros $10; Dividendos a Pagar $15; Adiantamentos de Clientes $20; Imposto a Pagar $5; Equipamentos $ 10; Reserva Legal $10; Mercadorias $50; Marcar e Patentes $20. Pede-se indicar através dos dados anteriores, o seguinte: a) O valor do patrimônio líquido; b) O valor do capital de terceiros; c) O valor do capital total à disposição da empresa; d) O valor dos bens e direitos; e) O valor do Ativo Circulante e do Passivo Circulante; TEXTO/CASE/EXERCÍCIO 3 Questão 3 As lojas Renovação S.A. iniciaram suas atividades em janeiro de 2006. No final do ano constatou os seguintes dados contábeis: Receita do exercício R$ 46.000,00 Despesa consumida R$ 19.000,00 Receita recebida no exercício R$ 28.000,00 Despesa paga no exercício R$ 13.000,00 Apresente: a) O resultado ao final de 2006 pelo regime de competência e pelo regime de caixa. b) Admitindo que durante o primeiro semestre de 2006 a empresa recebeu suas duplicatas (R$ 18.000) e pagou suas despesas (R$ 6.000) referentes ao exercício de 2005 e ainda teve uma receita de R$ 26.000,00 e despesa de R$ 15.000,00, sendo que 80% da receita foi recebida e a 40% da despesa foi paga. Pede-se: i. O saldo de contas a receber e contas a pagar em 30.06.2006 ii. Resultado pelo regime de caixa e pelo regime de competência Questão 4 A Companhia Santos Ltda. apresentou o seguinte balanço em 31-12-2006. Balanço Patrimonial encerrado em 31-12-2006 ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Obras-de-arte 10 Duplicatas a receber 115 Máquinas e equipamentos 40 Lucros acumulados 55 Imóveis (em uso) 100 Contas a pagar 15 Não Circulante Fornecedores 115 Capital 200 Participação em Controlada 50 Impostos a recolher 10 Móveis e utensílios 30 Não Circulante Patrimônio Líquido Caixa 70 Salários a pagar 40 Veículos 80 Empréstimos a pagar (1,5 ano) 45 Duplicatas descontadas (15) TOTAL 480 TOTAL 480 Pede-se: apresentar o Balanço Patrimonial de forma correta em 31-12-2004. TEXTO/CASE/EXERCÍCIO 4 Questão 5 Estudo de Caso: Roger Hilton Roger Hilton, um estudante com bastante experiência como guia de acampamento e canoagem, decidiu montar um negócio próprio. Em 01 de junho ele pediu emprestado a seu pai R$ 20.000,00 e assinou uma nota promissória para pagamento no final de três anos sem nenhum juros. Ele depositou o dinheiro emprestado junto com R$ 10.000,00 de suas próprias economias numa conta bancária para começar uma empresa conhecida como Canoagem & Cia. Ainda no dia 01 de junho a Canoagem & Cia. efetuou as seguintes transações: 1. Comprou um número de canoas com o custo total de R$ 40.000,00; pagou R$ 10.000,00 à vista e o restante a pagar em 60 dias. 2. Comprou equipamentos de camping com o custo total de R$ 20.000,00 para pagamento em 60 dias. 3. Comprou Material de Consumo à vista por R$ 5.000,00. Após o término da estação, em 30 de setembro, Hilton pediu a um outro estudante, Douglas Landon, que estava estudando contabilidade, para ajudá-lo a determinar a condição financeira de sua empresa. O único registro que Hilton tinha era um caderno com anotações sobre os cheques emitidos e a finalidade deles. Depois dessa pesquisa Douglas descobriu que as contas a pagar oriundas das compras das canoas haviam sido pagas no seu total. Um extrato bancário recebido no dia 30 de setembro apresentava saldo de R$ 22.500,00. Hilton informou a Douglas que tinha depositado no banco todo o dinheiro recebido pela empresa. Ele também pagou com cheques todas as contas imediatamente após receber; consequentemente, em 30 de setembro todas as contas da temporada tinham sido pagas. As canoas e os equipamentos de camping estavam em excelente estado no final da temporada e Hilton planejou reassumir as operações para a próxima temporada. De fato, ele já havia recebido reservas de muitos clientes que desejavam voltar. Douglas sentiu que algumas considerações deveriam ser feitas quanto ao desgaste das canoas e equipamentos, mas concordou com Hilton de que, para o presente propósito, as canoas e equipamentos deveriam ser listados no balanço patrimonial pelo custo original. Os suprimentos remanescentes custariam R$ 2.500,00 e Hilton sentiu que ele poderia obter um reembolso paraesta quantidade devolvendo-a ao fornecedor. Douglas sugeriu que dois balanços fossem preparados, um para mostrar as condições do negócio em 01 de junho e outro mostrando a situação em 30 de setembro. Ele também recomendou a Hilton que um completo sistema de registros contábeis fosse estabelecido. Instruções: Use a informação do primeiro parágrafo como base para a preparação do balanço em 01 de junho. TEXTO/CASE/EXERCÍCIO 5 a) Prepare um balanço em 30 de setembro. (Por causa de informações incompletas, não é possível determinar a quantidade de caixa em 30 de setembro pela adição de receitas e deduções dos pagamentos durante a estação). A quantidade depositada registrada pelo Banco em 30 de setembro deve ser considerada como caixa total do negócio naquela data. b) Compare os dois balanços, analise as mudanças no patrimônio líquido. Explique a origem dessas mudanças no patrimônio líquido e dê sua opinião se você considera o negócio um sucesso. Também comente sobre a posição do caixa no início e no fim da estação. Houve uma significativa melhora na posição do caixa? Explique. Questão 6 O Banco Rio Sul S/A. dispõe em seu manual de normas que o limite de crédito para seus clientes será estipulado de maneira que o Capital de Terceiros não ultrapasse a 60% dos recursos totais após a concessão do Empréstimo. Seu cliente a "Santa Isabel Ltda." apresenta o seguinte Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO Circulante 180.000 Circulante 400.000 Realizável L.P 320.000 Não Circulante 200.000 Imobilizado 700.000 Patrimônio Líquido 600.000 Total 1.200.000 Total 1.200.000 Qual o limite de crédito será com base nas normas do banco? TEXTO/CASE/EXERCÍCIO 6 Questão 7 Estruture a Demonstração do Resultado do Exercício da empresa Guarani Ltda.: A) Operações de Vendas (Receita Bruta) Guarani Ltda. Nota Fiscal no. 1.958 Indústria de Perfilados Saída X Rua da Alegria, no. 169 – São Paulo Fone: (011) 7822-8999 Destinatário / Remetente 12-6-X8 12-6-X8 12:05:03 Preço da Mercadoria R$ 10.000 (+) IPI R$ 2.000 Preço Total R$ 12.000 B) Custo dos produtos Vendidos: Matéria-prima R$1.450,00 Mão–de-obra R$ 1.950,00 Outros Custos de Fabricação R$ 600,00 R$ 4.000,00 Nome/Razão Social Indústria Três Marias Ltda. Data da Emissão: Data da Saída: Hora da Saída: Endereço Rua Janete, no. 22 CGC 65.348.248/0001-50 Base de Cálculo do ICMS (Preço da Mercadoria): R$ 10.000 Alíquota do ICMS (18%) – Valor do ICMS: R$ 1.800 TEXTO/CASE/EXERCÍCIO 7 C) Gastos de escritório, referentes a Administração da empresa: Propaganda, Comissão de Vendedores e Fretes R$ 1.000,00 Honorários dos Diretores, Aluguel de Escritório R$ 400,00 Juros incorridos e outras Despesas Financeiras R$ 600,00 Aplicações Financeiras renderam juros de R$300,00 D) Como Receita não Operacional, a empresa vendeu Imobilizado, tendo um lucro na transação de R$ 500,00. E) Com base no lucro apurado até o momento, a empresa calculou a Contribuição Social à base de 8%. F) No cálculo do Imposto de Renda, à base de 15%, não houve Inclusão nem exclusão. Assim, o Lucro Contábil é igual ao Lucro Real. A Contribuição Social é considerada dedutível para fins de cálculo do Imposto de Renda. G) Apenas os Administradores tiveram participação no lucro à base de 10% sobre o Lucro depois do Imposto de Renda. A participação dos Administradores não é dedutível para fins de Imposto de Renda. Questão 8 Na contabilidade da empresa Solimões Ltda. até o dia 30.11.2004, estavam evidenciados as seguintes contas e saldos: Caixa 5.400 Receitas de Vendas 3.200 Equipamentos 1.700 Contas a pagar 1.300 Contas a receber 1.400 Despesas de salários 900 Capital 6.000 CMV 500 Despesas de aluguel 300 Estoque de Mercadorias 300 A empresa, durante o mês de dezembro de 2004, realizou as seguintes operações: 05 - Recebeu de contas a receber, $500,00; 09- Compra de estoque de mercadorias a prazo $600,00 16- Empréstimo contraído junto ao Banco Alfa no valor de $2.300 a ser pago em seis parcelas. 22 – Pagou 60% do saldo de contas a pagar; 30 – Vendeu metade do estoque de mercadorias por $1.800,00 recebendo no ato. TEXTO/CASE/EXERCÍCIO 8 Informações complementares referentes ao mês de dezembro: Despesas de aluguel de dezembro a pagar em janeiro de 2005, $ 100,00; Despesa de salários de dezembro no valor de $150 a ser paga em janeiro de 2005. Pede-se: a) Preparar a Demonstração de Resultados, para o exercício de 2004 b) Elaborar o Balanço Patrimonial em 31.12.2004 c) Demonstração do Fluxo de Caixa Observação: Além das contas que compõem os saldos iniciais, utilizar as seguintes contas: Despesas com salários, Despesas de Aluguéis, empréstimos, Aluguel a pagar; Salários a Pagar; fornecedores a pagar, Lucros ou prejuízos acumulados. Questão 9 Elabore a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). Balanço Patrimonial da Companhia Canecão (Em $milhões) ATIVO PASSIVO E PL 31-12-X4 31-12-X5 31-12-X4 31-12-X5 Circulante Disponível Permanente Imobilizado 3.000 1.000 6.000 1.000 Circulante Patrimônio Líquido Capital Lucros Acumulados 4.000 - 4.000 3.000 Total 4.000 7.000 Total 4.000 7.000 DRE no Período 19x5 Cia Canecão (Em $milhões) Receita Despesas 10.000 (7.000) Lucro Líquido 3.000 TEXTO/CASE/EXERCÍCIO 9 Questão 10 Abaixo apresentamos os relatórios contábeis da Cia XPTO: (Fonte: Da Silva) TEXTO/CASE/EXERCÍCIO 10 Supondo que as despesas financeiras foram pagas no período e a depreciação seja de 10% no ativo imobilizado, elabore um fluxo de caixa pelo método direto para Cia. XPTO. Questão 11 Elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa da Companhia Carioca. Balanço Patrimonial em 31.12 – Companhia Carioca (em milhões) ATIVO Circulante Caixa e Bancos Duplicatas a Receber PDD Estoque Não Circulante Imóveis Máquinas e Equipamentos (-) Depreciação acumulada Total Ativo PASSIVO Circulante Fornecedores Empréstimos bancários Tributos e Contribuições Exigível a Longo Prazo Financiamentos Patrimônio Líquido Capital Lucros Acumulados Total Passivo 20x5 100 250 (5) 300 645 500 200 (60) 640 1.285 220 150 80 450 300 400 135 535 1.285 20x6 120 350 (10) 400 860 500 320 (90) 730 1.590 260 220 130 610 320 550 160 660 1.590 Dados Adicionais: Aquisição de novas máquinas, no valor de $120.000.000, feita em 31-12-x6, depreciação em 10 anos; Em 29-12-x6, foi obtido financiamento adicional de $20.000.000 com vencimento para 29-12-x8. Nenhum pagamento foi efetuado com relação ao financiamento de $300.000.000, pois este conta com prazo de carência de 2 anos; TEXTO/CASE/EXERCÍCIO 11 Aumento de capital feito em 30-4-x6, mediante novas subscrições de ações, totalmente integralizados nessa data em moeda corrente; Movimento de empréstimos bancários em x6: Líquido recebido por empréstimos no início do período: $690 milhões; Juros debitados a resultados no fim do período: $50 milhões Pagamentos efetuados: Empréstimo: $625 milhões Juros: $45 milhões Demonstração de Resultado do Exercício – em milhões PERÍODO 1º-1-x6 31-12-x6 Vendas (-) CMV Estoque inicial
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