Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Norma Operacional Básica 01/96 PORTARIA Nº 2.203, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1996. e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde PROFA. ANDRESSA RODRIGUES DE SOUZA O QUE É O SUS? Sistema Único de Saúde (SUS) é constituído pelo conjunto das ações e dos serviços de saúde sob gestão pública. Está organizado em redes regionalizadas e hierarquizadas e atua em todo o território nacional, com direção única em cada esfera de governo. O COMEÇO.... AGENTES EM AÇÃO • Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) Objetivo central • Redução das Mortalidades infantil e materna (epidemias de cólera, foco na reidratação oral e orientações sobre vacinação). • Regiões Norte e Nordeste. • Extensão de cobertura dos serviços de saúde. Em 1991 Fundação Nacional de Saúde (FNS) HOJE... A implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) é considerada uma estratégia transitória para o estabelecimento de vínculos entre os serviços de saúde e a população. É estimulada até que seja possível a plena expansão do Programa Saúde da Família (PSF), ao qual os Agentes Comunitários são gradativamente incorporados. PSF A partir de 1994, o PSF surge no cenário brasileiro como um importante indutor de mudanças no modelo assistencial. O Programa Saúde da Família (PSF) é uma estratégia que prioriza as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da família, do recém-nascido ao idoso, sadios ou doentes, de forma integral e contínua. OBJETIVO DO PSF É a reorganização da prática assistencial em novas bases e critérios, em substituição ao modelo tradicional de assistência, orientado para a cura de doenças e o hospital. A atenção está centrada na família, entendida e percebida a partir do seu ambiente físico e social, o que vem possibilitando às equipes uma compreensão ampliada do processo saúde doença e da necessidade de intervenções.além de práticas curativas. DO PROGRAMA À ESTRATÉGIA “O PSF” era implantado, prioritariamente, nas áreas delimitadas no Mapa da Fome do IPea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Nos primeiros anos de implantação do programa não foram desenvolvidos dispositivos específicos para o financiamento de sua implantação. Aprofundar e reorientar a implementação do SUS; Estabelece formas negociadas e definição dos critérios de distribuição dos recursos; Normatizar os mecanismos de descentralização do SUS, considerando a realidade e a organização dos diferentes Municípios e Estados. NOB 01/96 Norma Operacional Básica. Devido a necessidade de: DO PROGRAMA À ESTRATÉGIA Desde 1996, o PSF passou a ser visto como uma Estratégia de mudança do modelo assistencial a partir da atenção básica. Para tanto, a forma de financiamento pelo governo federal aos municípios é reformulada por meio da criação, pela NOB 96, do Piso de Atenção Básica variável. Incentivos financeiros aos municípios que implantaram o PSF e PACS O QUE É A NOB/96? Conjunto de estratégias que define os passos que serão dados para o efetivo cumprimento das leis É a Norma Operacional Básica do Sistema Único de da Saúde. Tem como objetivo normatizar, definir as regras sob as quais o SUS deve se organizar, principalmente nos aspectos operacionais. A NOB reflete a intenção do Estado em cumprir a Constituição QUAL É A PRINCIPAL FINALIDADE DA NOB/96? PROMOVER E CONSOLIDAR O PAPEL DO PODER PÚBLICO MUNICIPAL e DO DISTRITO FEDERAL como GESTOR local do sistema de saúde. NOB/96 discute sobre Responsabilidade pela gestão e execução direta da atenção básica de saúde aos municípios (descentralização). Responsabilidade sanitária de cada gestor O estabelecimento de vinculo entre a população e o SUS Instituição da gestão da atenção básica e a gestão plena do sistema municipal A reorganização do modelo de atenção à saúde com a ampliação de cobertura do PSF (Programa Saúde da Família) e do PACS (Programa Agente Comunitário de Saúde). Como a NOB 96 reordena o MODELO DE ATENÇÃO À SAUDE? Redefinindo o papel de cada esfera de governo reforçando o conceito de direção única Redefinindo os instrumentos gerenciais fortalecendo a gestão dos municípios Redefinindo os mecanismos e fluxos de financiamento – transferência de recursos de forma automática fundo a fundo com base nas PPIs. Valorizando o vínculo de serviços com os usuários privilegiando os núcleos familiares e comunitários ( PSF E PACS). O que é PPI? Entre as Instâncias de governo PPI = Programação Pactuada e Integrada Entre Gestores A PPI é um importante instrumento de gestão – negociação que traduz para todos os níveis de gestão, as responsabilidade, objetivos, metas referência de atendimento entre os municípios, recursos e tetos orçamentários e financeiros. Como se dá a Articulação do SUS nas diferentes esferas de governo Se dá através dos fóruns de negociação CIB – Comissão Intergestores Bipartite ( município e estado). CIT - Comissão Intergestores Tripartite(município, estado e União). Os objetivos gerais da Norma Operacional Básica 01/96 foram: Promover e consolidar o pleno exercício por parte do poder público municipal gestor da atenção à saúde de seus habitantes e redefinição das responsabilidades dos Estados, Distrito Federal e União. Caracterizar a responsabilidade sanitária de cada gestor, diretamente ou garantindo a referência; Reorganizar o modelo assistencial, descentralizando aos municípios a responsabilidade pela gestão e execução direta da atenção básica de saúde; Aumentar a participação percentual da transferência regular e automática (fundo a fundo) reduzindo a transferência por remuneração de serviços produzidos; Fortalecer a gestão do SUS, compartilhada e pactuada entre os governos municipais, estaduais e federais, por meio das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite. NOB 96 Revoga os modelos anteriores de gestão propostos nas NOBs anteriores (gestão incipiente, parcial e semiplena). propõe se enquadrarem em dois novos modelos : Gestão Avançada do Sistema Estadual; Gestão Plena do Sistema Estadual; e duas formas para os municípios: Gestão Plena da Atenção Básica; Gestão Plena do Sistema Municipal. Alterações na NOB/96 Devido a necessidade de viabilizar a programação municipal de ações e serviços básicos, inclusive domiciliares e comunitários para o ano de 1998; Entre dezembro de 1997 e janeiro de 1998 Discussões entre o Ministério da Saúde, Estados e municípios sobre o financiamento do SUS e a implantação da NOB/SUS 01/96 Então... Publicou um conjunto de Portarias para regulamentar a NOB 96 entre elas: A portaria 1.882 de 18 de dezembro de 1997 As principais alterações introduzidas na NOB/SUS 01/96 foram: O conceito original do PAB foi modificado. Deixou de ser Piso Assistencial Básico e passou a ser chamado de Piso da Atenção Básica, ampliando sua abrangência; Definiu uma parte fixa e uma parte variável do novo PAB - NOB 96 Fluxos de recursos (piso de atenção básica): PAB Fixo: baseado na multiplicação de um valorper capita pela população do município( ampliado de 10,00 para 18,00). Criado o PAB Variável: estimulo financeiro aos seguintes programas: Programa de Agentes Comunitários Programa de Saúde da Família Assistência Farmacêutica Básica Programa de Combate as Carências Nutricionais Ações básicas de Vigilância Sanitária Ações básicas de Vigilância Epidemiológica e ambiental E outros que venham a ser posteriormente agregados Portaria 2.023 de 23/09/04 Extingui a condição de Gestão Plena da Atenção Básica e Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada; Define que todo município seria responsável pela gestão do sistema municipal de saúde na organização e na execução das ações de atenção básica. Assim... Gestão do SUS MUNICIPAL Independentemente da GERÊNCIA dos estabelecimentos prestadores de serviços ser estatal ou privada, a GESTÃO de todo o sistema municipal é, necessariamente, da competência do poder público e exclusiva desta esfera de governo, respeitadas as atribuições do respectivo Conselho e de outras diferentes instâncias de poder. Garante à população o acesso aos serviços e a disponibilidade das ações e dos meios para o atendimento integral. Não precisam ser, obrigatoriamente, de propriedade da prefeitura, nem precisam ter sede no território do município. ... GESTÃO - Atividade e responsabilidade de comandar um sistema de saúde municipal, estadual ou nacional) exercendo as funções de coordenação, articulação, negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria. GERÊNCIA - Administração de uma unidade ou órgão de saúde (ambulatório, hospital, instituto, fundação, etc.) que se caracterizam como prestadores de serviços do SUS. Remuneração de Internações Hospitalares Fluxos de recursos Consiste no pagamento dos valores apurados por intermédio do Sistema de Informações. Engloba o conjunto de procedimentos realizados em regime de internação hospitalar, com base na Autorização de Internação Hospitalar (AIH), documento este de autorização e fatura de serviços. Remuneração de Procedimentos Ambulatoriais de Alto Custo/ Complexidade Fluxos de recursos Consiste no pagamento dos valores apurados por intermédio do SIA/SUS, com base na Autorização de Procedimentos de Alto Custo (APAC). Este documento identifica cada paciente e assegura a prévia autorização e o registro adequado dos serviços que lhe foram prestados. Compreende procedimentos ambulatoriais integrantes do SIA/SUS. Compreende procedimentos ambulatoriais integrantes do SIA/SUS definidos na CIT e formalizados por portaria do órgão competente do Ministério (SAS/MS). Enfim.... O financiamento do SUS Impostos IR IPI ICMS IPVA IPTU COFINS Contribuições do INSS Arrecadação Orçamento dos Estados Municípios União Tributos = impostos e contribuições Definido em 2004 pela Emenda constitucional nº 29/2000 Estados – 12% Municípios – 15% União – 5% PAPEL DO GESTOR ESTADUAL Exercer a gestão do SUS, no âmbito ESTADUAL. Promover as condições e incentivar o poder municipal para que assuma a gestão da atenção a saúde de seus munícipes, sempre na perspectiva da atenção integral. Assumir, em caráter transitório, a gestão da atenção à saúde daquelas populações pertencentes a municípios que ainda não tomaram para si esta responsabilidade. E o mais importante e permanente papel do estado é ser o promotor da harmonização, da integração e da modernização dos sistemas municipais, compondo assim o SUS-ESTADUAL. PAPEL DO GESTOR FEDERAL Exercer a gestão do SUS, no âmbito nacional; Promover as condições e incentivar o gestor estadual com vistas ao desenvolvimento dos sistemas municipais, de modo a conformar o SUS-Estadual; Fomentar a harmonização, a integração e a modernização dos sistemas estaduais, compondo, assim, o SUS-Nacional. Exercer as funções de normatização e de coordenação no que se refere à gestão nacional do SUS. Norma Operacional Básica (NOB 01/96) A política de implementação do SUS é gradualista O SUS não existe efetivamente na sua integralidade O que existe é um processo de construção do SUS As principais estratégias para a implantação foram as NOBs 91 93 e 96 Avanços: Fortalecimento da responsabilidade dos municípios pela gestão do SUS. Expansão do PACS/PSF no país Descentralização de serviços e ampliação de acesso. A NOB 96 teve a função de fortalecer o papel dos municípios, definindo estratégias para atenção básica, estabelecendo política de incentivos. Priorizou como modelo de atenção o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e Programa de Saúde da Família (PSF), além de outros programas... Promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão para os municípios e Estados, caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela saúde de seus cidadãos e redefinindo competências de Estados e municípios. CONSIDERAÇÃOES Obrigada!!!
Compartilhar