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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO PIAUÍ LTDA- UNINOVAFAPI PROFESSORA: MÁGDA ROGÉRIA CURSO: ENFERMAGEM- MANHÃ - 3º PERÍDO ALUNA: CAROLINA MARIA ABREU NOGUEIRA TÉCNICAS PROPEDÊUTICAS TERESINA-PI ABRIL – 2018 O exame físico fornece informações objetivas por meio das técnicas propedêuticas de avaliação. São quatro técnicas propedêuticas, que permitem ao enfermeiro a identificação de sinais físicos de normalidade e anormalidade, sendo esse reconhecimento apoiado aos nos órgãos do sentido do examinado: visão, olfato, tato e audição. É fundamental que o enfermeiro tenha conhecimentos da sequência de avaliação e dos métodos avaliatórios usados na realização do exame físico e de seus achados. Técnicas propedêuticas, portanto, são aquelas usadas para a realização da propedêutica. São os métodos de investigação, de análise e de estudo, usada como estratégia para a identificação de sinais e de sintomas de doenças. As principais técnicas de propedêutica são: Inspeção, percussão, palpação e ausculta. INSPEÇÃO: A inspeção consiste na observação. Durante a inspeção o enfermeiro visualizará o paciente como um todo e, posteriormente, concentrará sua observação em áreas ou componentes específicos de avaliação. Ela pode ser dividida em duas partes: estática e dinâmica. Estática: Basicamente devemos olhar a aparência do tórax. Se o paciente possui desvios da coluna (escoliose, cifose, ou lordose). E a dinâmica, quando o foco da atenção do observador está centrado nos movimentos próprio do segmento inspecionado. Inspeção frontal: é como se designa a técnica de olhar de frente a região a ser examinada. É considerada o modelo-padrão de procedimento. Inspeção tangencial: nessa técnica, observa-se a região tangencialmente. É a mais indicada para pesquisar movimentos mínimos na superfície corporal, como por exemplo, pulsações, retrações, ondulações. PALPAÇÃO: A palpação usa as mãos e os dedos para avaliar determinadas áreas através do tato. A técnica da palpação usa o toque para explorar as características da estrutura palpada. Dependendo da área a ser palpada ou do objetivo da palpação, determinadas partes das mãos e dos dedos, são melhores do que outras para alguns tipos de palpação. A palpação pode ser superficial ou profunda. A palpação superficial é usada para avaliar estruturas superficiais, imediatamente abaixo da pele. Na palpação superficial a depressão produzida pela pressão da mão sobre a estrutura corpórea deve ser de aproximadamente 1 cm. A palpação profunda deve ser sempre realizada após a palpação superficial, e representará uma depressão de aproximadamente 4 cm. Na palpação profunda a pressão da mão deve ser intermitente e não prolongada, sobretudo quando há sensibilidade no local. No entanto, em algumas manobras, como a descompressão bruta do abdome, os movimentos são raros. Essa técnica pode ser aplicada de várias formas: palpação com a mão espalmada; palpação com uma das mãos sobrepondo-se sobre a outra; palpação usando as polpas digitais e a parte ventral dos dedos; palpação usando o polegar e o dedo indicador, em forma de pinça; palpação com o dorso dos dedos e das mãos, para verificar a temperatura; digito-pressão, realizada com a polpa do polegar ou indicador; puntipressão utiliza-se objeto pontiagudo e fricção com algodão. PERCUSSÃO: A percussão é uma técnica propedêutica muito útil na determinação das condições estruturais de determinadas superfícies ou órgãos. A técnica clássica de percussão usa de pequenos golpeamentos leves do dedo de uma mão (“martelo”) em outro dedo da outra mão (“superfície”) apoiada firmemente sobre uma área corpórea, para transmissão de sons produzidos por esse golpeamento. O contato deverá ser com a ponta do dedo da mão percussora e não com a polpa. Deve-se percutir duas vezes no mesmo local, com golpes leves, rápidos e secos. Essa técnica é chamada de percussão digito - digital. Há também a percussão direta, onde é realizada golpeado-se diretamente com as pontas dos dedos a região alvo. Punho-percussão e percussão com a borda da mão são utilizados como objetivo de verificar sensações dolorosas nos rins. E por fim, a percussão por piparote é utilizada para pesquisar ascite: com umas das mãos o examinador golpeia o abdome com piparote, enquanto a outra mão, espalmada na região contralateral, capta ondas liquidas que se chocam com a parede abdominal. Os principais sons obtidos pela percussão são: timpânico, atimpânico (ou claro- pulmonar), maciço ou submaciço. AUSCULTA: A ausculta é um procedimento que emprega um instrumento denominado de estetoscópio, a partir do qual se obtêm ruídos considerados normais ou patológicos. Utiliza-se essa técnica na realização de exames de vários órgãos como: pulmões, coração, artéria e intestino. A ausculta significa, portanto, ouvir aqueles sons produzidos pelo corpo que são inaudíveis em o uso de instrumentos. Existem vários modelos e tamanhos de estetoscópio, o enfermeiro deverá escolher aquele que mais se adequa ao perfil do paciente, que comumente avalia e que tenha um diafragma e uma campânula. A ausculta deve ser realizada em um ambiente sem ruído externo e sossegado. O estetoscópio deve se colocado sobre a pele nua, pois as vestimentas obscurecem os sons. Alem dos sons em si, suas características também devem ser observadas (intensidade, tom, duração e qualidade). REFERÊNCIAS: BARROS, Alba. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 3º ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. SANTOS, Eduarda; FERRETTI-REBUSTINI, Renata; PAULA, Maria. Exame físico: na prática clinica da enfermagem. Rio de janeiro: Elsevier, 2015.
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