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aula 5

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03/04/2018 Disciplina Portal
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Sociologia Jurídica e
Judiciária
Aula 5 - Funções essenciais à realização da
Justiça e sociologia das pro�ssões
INTRODUÇÃO
Até este momento, você já analisou o conceito sociológico do Direito e identi�cou seu objeto de estudo: o Direito como
fato social. Além disso, você estudou a construção da norma jurídica em seu aspecto social.
Agora, é importante considerar que não basta que existam normas boas e válidas. Para que essas normas consigam
realizar sua função social, é necessário um número satisfatório de pessoas especializadas e uma estrutura material
apropriada para a aplicação e a garantia da lei. Os pro�ssionais que possibilitam isso são chamados de instrumentos
humanos da realização social do Direito.
Nesta aula, conheceremos esses diversos pro�ssionais que trabalham junto ao Poder Judiciário. Entenderemos,
também, por que é preciso democratizar os tribunais brasileiros.
OBJETIVOS
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Esclarecer a função social e a atuação dos magistrados, com base em sua formação pro�ssional, bem como as razões
sociais para suas garantias constitucionais;
Reconhecer a importância da função e da atuação social dos membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e
da Advocacia;
Identi�car a relevância da efetividade do Direito e sua estreita relação com a necessária democratização dos tribunais
com acesso à Justiça;
Determinar o novo ramo da Sociologia –Sociologia das Pro�ssões Jurídicas.
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FUNÇÃO SOCIAL DO PODER JUDICIÁRIO
A questão do Judiciário é alvo de estudos e debates não só no Brasil mas também em outros Estados Democráticos,
na medida em que a solução de�nitiva dos con�itos sociais passa pela decisão judicial. Nesse contexto, apoia-se o
conceito de fuga dos tribunais, que envolve dois aspectos:
Como um dos Poderes do Estado, o Poder Judiciário tem sua autonomia na esfera da competência que a Constituição
lhe atribui, mas a lei votada no Legislativo é obrigatória para o Judiciário – salvo as inconstitucionais.
PODER
Capacidade de decidir imperativamente e de impor decisões.
FUNÇÃO
Promoção da paci�cação dos con�itos de interesses entre os jurisdicionados por meio do Direito e do processo.
ATIVIDADE
Complexo de atos jurídicos praticados no processo pelo juiz, que exerce o poder conferido a ele por lei e cumpre suas funções.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Fonte da Imagem: bikeriderlondon / Shutterstock
Com previsão constitucional, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem-se revelado um marco na busca da e�ciência
do Poder Judiciário. De acordo com o Artigo 103-B da Constituição, ao CNJ compete:
I - Zelar pela autonomia do Poder Judiciário; [...]
III - Receber e conhecer das reclamações contra qualquer dos membros ou órgãos do Poder Judiciário [...];
IV - Representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade;
V - Rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há
menos de um ano. [...]
SISTEMA ELETIVO (POR VOTAÇÃO)
Vantagens: Este sistema é mais democrático, rápido e econômico. Nesse caso, há controle sobre o desempenho do juiz por parte
da população.
Desvantagens: Os critérios políticos podem in�uir na votação e, nem sempre, os melhores candidatos são eleitos.
SISTEMA DA NOMEAÇÃO
Vantagens: Rapidez e economia.
Desvantagens: Este sistema é antidemocrático, pois não dá oportunidades iguais a todos.
CONCURSO PÚBLICO
Vantagens: Este sistema é mais democrático.
Desvantagens: Este sistema é, porém, mais oneroso, pois exige uma comissão de alto nível para realizar o concurso, além de ser
mais demorado.
Fonte da Imagem:
De acordo com o Artigo 129 da Constituição, são funções do MP:
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Defender a sociedade �scal da lei – custus legis;
Promover o inquérito civil e a ação
civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e dos interesses difusos e coletivos;
Promover a ação de inconstitucionalidade;
Exercer o controle externo da atividade policial;
Defender os direitos humanos.
DEFICIÊNCIAS DO JUDICIÁRIO
Entre as origens dos problemas do Poder Judiciário em relação ao acesso à Justiça e à democratização, estão:
O despreparo técnico de juízes;
As de�ciências na elaboração das normas jurídicas;
O desaparelhamento do Judiciário;
A prática de um sistema abusivo de recurso;
O excessivo apego ao formalismo, com dedicação à vertente romanista do Direito que já deveria estar vencida.
As causas dessa situação problemática do Judiciário brasileiro merecem uma abordagem sistemática por parte de
diversos sociólogos e juristas.
ATIVIDADE PROPOSTA
Analise o fragmento de texto a seguir, que trata do fenômeno social conhecido como fuga dos tribunais:
“Palomba obteve resultados curiosamente coincidentes com os de Castellano e Pace no trabalho em que analisou a
administração da Justiça na região napolitana, indicando que a litigiosidade na Itália diminuiu em consequência das
condições que desencorajam as partes a ingressar em juízo – entre elas, o alto custo dos processos e a lentidão que
se observa em seu andamento.”
Fonte
ROSA, M. Sociologia do Direito: o fenômeno jurídico como fato social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. p. 144.
Esse fenômeno ilustrado pelo texto ocorre tanto na Itália quanto no Brasil, apesar dos avanços trazidos, por exemplo,
pelos Juizados Especiais. Comente o trecho fazendo uma comparação entre a situação de ambos os países.
Resposta Correta
1- Leia as notícias a seguir:
“Justiça solta acusado de trá�co por falta de provas. A polícia não investigou nada e, além disso, tentou passar por
cima de minha decisão – a�rmou desembargador”.
“Mais um perigoso bandido volta às ruas hoje. Acusado de trá�co, M. B. da Silva, de 28 anos, obteve ontem um habeas
corpus concedido pelo desembargador X, da 5ª Câmara Criminal, que atribuiu sua decisão à falta de investigação por
parte da Polícia Civil”.
Fonte
REVISTA Época. Publicação: 3 fev. 2007.
Essa situação revela uma problemática relacionada:
A efeitos negativos da norma, como sua e�cácia.
A efeitos positivos da norma, como o controle social.
A efeitos negativos da norma, como a omissão da autoridade à aplicação da lei.
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À crise estrutural do Judiciário, por falta de um órgão nacional de planejamento e controle.
Justi�cativa
Glossário
ARTIGO 95 DA CONSTITUIÇÃO
Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período,
de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público [...];
III - irredutibilidade de subsídio [...].
JURISDIÇÃO
Poder de um Estado – decorrente de sua soberania – para editar leis e ministrar a Justiça.

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