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Apostila Qualidade da Água

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1 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
QUALIDADE DA ÁGUA 
 
 
 
 
PROF. MARISA SANTIAGO 
 
 
 
 
 
 
 
1º SEMESTRE / 2014 
 
 
 
 
2 
 
INTRODUÇÃO A QUALIDADE DA ÁGUA 
 
 INTERAÇÃO DOS MEIOS E A QUALIDADE DA ÁGUA 
 
A) Resíduos contaminantes do meio ambiente 
 
I. Agroquímicos - pesticidas / fungicidas / fertilizantes 
II. Construção civil - cimento / cal / areia / madeiras / canos / ferragens / tintas 
III. Lixo domiciliar - chorume 
IV. Resíduo industrial 
- compostos orgânicos persistentes (POPs) / solventes 
- cianetos, ácidos e bases / íons metálicos 
V. Pecuária - material orgânico (indústria pecuária, frigoríficos, curtumes). 
VI. Lixo público - varrição de ruas, limpeza pública 
VII. Serviços de saúde - material descartado pela rede hospitalar 
VIII. Tecnológico - celulares, pilhas, baterias (contém metais pesados) 
 
 
B) Solo 
 
Importância Degradação 
 
 Base da alimentação humana / flora / fauna 
 Habitat da biodiversidade 
 Lazer / Qualidade de vida 
 Filtro para poluição atmosférica e aquática 
(águas subterrâneas) 
 Equilíbrio vento / chuvas 
 
 
 Erosão 
 Perda de fertilidade 
 Salinidade 
 Desertificação 
 Perda / redução da biodiversidade 
 Contaminação por resíduos 
 
 
 
C) Ar 
 Poluentes: químicos, gasosos (CO, CO2, NO2, SO2) e particulados. 
 
Poluente Efeitos nocivos das partículas sobre a saúde humana 
 
Cádmio Doenças cardíacas e pulmonares 
Chumbo Acumula-se no organismo causando intoxicações graves e doenças do sistema nervoso 
Inseticidas Intoxicações 
 
D) Água 
 
Importância Tipos de degradação e agentes contaminantes 
 
 Solvente “universal” 
 Vital à vida 
 Usos agrícola, industrial e 
doméstico. 
a) Problemas no abastecimento 
de água potável - Doenças 
 
 
 Redução dos recursos hídricos disponíveis 
 Esgotos residenciais 
 Fertilizantes agrícolas / pesticidas 
 Compostos orgânicos – petróleo 
 Metais pesados 
 Alteração do ecossistema 
 
 
A degradação do solo e do ar interferem na qualidade da água. 
3 
 
 QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL 
 
 
 A qualidade da água e sua contaminação dependem de fatores como: 
 
Características Físicas: 
 
 Seção transversal: largura e profundidade 
 Declividade 
 Velocidade 
 Vazão 
 Característica da mistura (dispersão, difusão) 
 Temperatura 
 
Características Químicas: 
 
 Variação do teor de oxigênio dissolvido 
 pH 
 Acidez 
 Alcalinidade 
 Sólidos dissolvidos totais 
 Tóxicos 
 
Características Biológicas: 
 
 Bactérias 
 Peixes 
 
 
 
 
 
 Autodepuração dos cursos d’água 
 
 
a) Autodepuração: Recuperação do corpo d’água: 
 
 Utilização da capacidade de assimilação dos rios 
 Impedir o lançamento de despejos acima do que possa suportar o corpo d’água. 
 
b) Ecossistemas em condições naturais: c) Ecossistema em condições perturbadas: 
Elevada diversidade (número) de 
espécies e reduzido número de 
indivíduos de cada espécie. 
Baixa diversidade (número) de espécies 
e elevado número de cada espécie 
(proliferação das espécies 
sobreviventes). 
 
 
 
4 
 
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA 
 
 
1) Coliformes termotolerantes 
 
 Forma indireta de medição: a qualidade da água utilizada como indicador da presença de 
bactérias e outros organismos cuja detecção é extremamente difícil, devido suas baixas 
concentrações. 
 
 
Trata-se de um grupo de bactérias indicadoras de organismos originários 
do trato intestinal humano e de outros animais de sangue quente. 
 
 
 A sua presença nos corpos hídricos indica a contaminação por material de origem fecal. 
 A presença de coliformes termotolerantes não indica necessariamente a presença de 
organismos patogênicos, porém indica que o corpo hídrico foi contaminado por material de 
origem fecal. 
 Responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica. 
 Principais doenças relacionadas com a água: cólera, disenteria, leptospirose entre outras. 
 
 
2) Oxigênio Dissolvido 
 
 Solubilidade: 0ºC = 14,6 mg/L e 30ºC = 7,6 mg/L 
 Essencial para microorganismos aeróbios 
 
Produção de oxigênio 
Reaeração atmosférica e fotossíntese 
 
CO2 + H2O + luz = matéria orgânica (MO) + O2 
 
 
 
Redução de oxigênio 
 
Oxidação da MO dos esgotos 
 
MO + O2 + bactérias = CO2 + H2O + ↑bactérias + Energia 
 
 
 
3) Temperatura 
 
 
Origem Importância 
 Natural: Radiação solar 
 Antropogênica: despejos 
industriais, torres de 
resfriamento. 
 
 Diminuição da solubilidade dos gases. 
 Liberação de gases com odores 
 desagradáveis. 
 Aumento da taxa de reações químicas e 
biológicas (catalisador). 
 Maior solubilidade de íons metálicos e sais. 
 
5 
 
 
4) Turbidez 
 
 
 
É a alteração do poder de entrada da luz em um meio aquoso devido às 
partículas em suspensão que provocam a sua difusão e absorção. 
 
 
 
 A turbidez é provocada por bactérias, argilas e outros materiais em suspensão. 
 Os sólidos em suspensão podem servir de abrigo para microorganismos patogênicos 
(diminuindo a eficiência da desinfecção). 
 Em corpos d'água pode reduzir a penetração da luz, prejudicando a fotossíntese. 
 Medição: Turbidímetro (compara o espalhamento de um feixe de luz ao passar por uma amostra 
com uma solução padrão). 
 Resultado: Unidade Nefelométrica de Turbidez (UNT). 
 Água potável OMS: 5 UNT. 
 
 
 
5) Nutrientes 
 
Fósforo e Nitrogênio 
 
 Despejos domésticos, industriais e agrícolas: adubos agrícolas, detergentes etc 
 Formas de fósforo: PO4
3- (fosfato), HPO4
2-, H2PO4
-, H3PO4 (ácido fosfórico). 
 Formas de nitrogênio: NO3
- (Nitrato), NO2
- (nitrito), NH4
+ (amônio), NH3 (amônia). 
 
 
 Eutrofização 
 
 Eutrofização refere-se ao desequilíbrio que ocorre em rios e lagos que recebem efluentes 
sanitários e industriais, caracterizando o crescimento exagerado de organismos aquáticos 
autrótofos (ou autotróficos). Significa “bem nutrido”. 
 
 Organismos autrótofos ou autotróficos – que absorvem energia diretamente da luz solar, ou seja, 
fotossintetizantes (algas planctônicas – fitoplancton, ervas aquáticas – macrófitas. 
 
 Nutrição autotrófica – fotossíntese ou quimiossíntese 
 Nutrição por quimiossíntese – a fonte de energia é aquela liberada na oxidação de MO 
 Fotossíntese – Organismos clorofilados assimilam a luz e a transformam em energia química. 
 
 Na eutrofização o aumento excessivo de nutrientes (P e N) desequilibra a cadeia alimentar 
aquática levando a um desenvolvimento explosivo das algas e vegetais. 
 A água apresenta coloração verde, verde-escuro, verde-azulado ou marrom –escuro, impedindo 
a penetração da luz do sol que, impede conseqüentemente, a realização de fotossíntese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
6) Demanda Bioquímica de oxigênio (DBO) 
 
 
 
Quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica biodegradável. 
 
 
Interpretação: 
 
 DBO5 = Royal Comission – Inglaterra 
 Os rios escoam para o mar em menos de 5 dias e a temperatura média no verão é de 18,3ºC. 
 DBO carbonácea: compostos de carbono (C) 
 DBO nitrogenada: compostos do nitrogênio (NO2
- , NO3
-) 
Teste: 
 
 Tempo = 5 dias no escuro (DBO5 carbonácea) 
 Temperatura = 20ºC 
 Resultado = 67 – 75% da DBO é consumida pelos microorganismos 
 DBO10 nitrogenada = 10 dias no escuro. 
 
 
 
7) DQO – Demanda Química de Oxigênio 
 
 
 
Avalia a quantidade de OD (mg/L) consumido em meio ácido para degradar a 
matéria orgânica,biodegradável ou não. 
 
 
 Utilizado para verificar a existência de substâncias persistentes ao ataque biológico. 
 A DQO é sempre maior ou igual à DBO5. 
 Método: de 2 à 3 horas / dicromato de potássio à quente com íons prata como catalisador. 
 
 
 
8) Nitrogênio / Nitrato 
 
 
 
Especiação do nitrogênio em função do pH 
 
 pH < 8 – predominância quase total de NH4
+ 
 pH = 9,5 – aproximadamente 50% NH3 e 50% NH4
+ 
 pH > 11 – predominância quase total de NH3 
 
 
 
 A amônia não ionizada em comparação ao amônio é muito mais tóxica, este fato está 
relacionado a sua permeabilidade através de membranas celulares e de sua solubilidade em 
lipídios, que em pequenos vertebrados, como peixes, ocasionam efeitos deletérios, que podem 
levá-los ao óbito. 
 
 
 
 
7 
 
AGROQUÍMICOS 
 
 Classificação 
 
Agroquímico Combate a Agroquímico Combate 
 
Inseticidas insetos Acaricidas ácaros 
Fungicidas fungos Nematicidas parasitas 
Herbicidas ervas daninhas Molusquicida moluscos (esquistossomose) 
Raticidas roedores Fumigantes bactérias 
 
 Inseticidas: 
 
Substância Intoxicação Classe I Classe II Classe III 
 
Malation 
Derivado do ácido 
fosfórico 
(organofosforado) 
 
 
 
Franqueza 
Cólicas 
Vômitos 
Dermatite de contato 
Espasmos musculares 
Convulsões 
Efeitos neurotóxicos retardados 
Alteração de cromossomos 
 
 
 
0,1 μg/L 0,1 μg/L 100 μg/L 
0,02 μg/L 0,02 μg/L 70 μg/L 
 
Carbaril 
Derivado do ácido 
carbânico 
(carbamatos) 
 
Organoclorados 
Náuseas 
Vômitos 
Contrações musculares 
involuntárias 
Lesões hepáticas 
Arritmias cardíacas 
Lesões renais 
Aldrin 0,005 0,005 0,03 
Endrin 0,004 0,004 0,20 
Endossulfan 0,056 0,056 0,22 
Heptacloro 0,01 0,01 0,03 
Lindane 0,02 0,02 2,00 
DDT 0,002 0,002 1,00 
 
 Herbicidas 
 
Substância Intoxicação Classe I Classe II Classe III 
Ácido fenóxi-acético 
 
 
 
Perda de apetite 
Enjôo 
Vômitos 
Indução da produção de 
enzimas hepáticas 
Cânceres 
 
2,4 D 4,0 μg/L 4,0 μg/L 30,0 μg/L 
2,4,5 T 2,0 μg/L 2,0 μg/L 2,0 μg/L 
Glifosato 65,0 μg/L 65,0 μg/L 280,0 μg/L 
 
 Classificação toxicológica dos agrotóxicos 
 
Grupo DL50 (mg/kg) Dose capaz de matar uma pessoa adulta Exemplo 
I. Extremamente tóxico ≤ 5,0 1 pitada - algumas gotas Endrin 
II. Altamente tóxico 5,0 – 50,0 Algumas gotas - 1 colher de chá DDT 
III. Medianamente tóxico 50,0 – 500,0 1 colher de chá - 2 colheres de sopa 
Aldrin 
Heptacloro 
IV. Pouco tóxico 500,0 – 5000,0 2 colheres de sopa - 1 copo - 
V. Muito pouco tóxico ≥ 5000,0 1 copo - 1 litro - 
8 
 
 
 Persistência de inseticidas clorados no solo 
 
Inseticida Quantidade aplicada 
Tempo de desaparecimento de 95% do produto 
Intervalo (anos) Valores médios (anos) 
Aldrin 100 – 300 mg/m
2 
1 – 6 3 
Clordana 100 – 200 mg/m
2 
3 – 5 4 
DDT 100 – 250 mg/m
2 
4 – 30 10 
Dieldrin 100 – 300 mg/m
2 
5 – 25 8 
Heptacloro 100 – 300 mg/m
2 
3 – 5 3,5 
Lindane 100 – 250 mg/m
2 
3 – 10 6,5 
 
 
 
 
 
DDT 
 
 
Aldrin 
 
 
 
Lindane 
 
 
Dieldrin 
 
 
 
 TRANSPORTE E TRANSFORMAÇÃO DE AGROTÓXICOS NO MEIO AMBIENTE 
 
 
 
 
 
Pulverização Transporte Precipitação 
Lançamento de efluentes 
Disposição inadequada 
Lavagem de materiais 
Dissolução Sedimentado 
Biota 
Volatilização 
Biodegradação 
Adsorção Dessorção 
Lixiviação 
Decomposição química 
Água subterrânea 
Carreamento 
Aplicação no solo 
9 
 
 PRODUTOS ORGÂNICOS PERSISTENTES – POP's 
 
 São poluentes orgânicos persistentes, danosos a saúde, altamente tóxicos, formado por 
compostos químicos sintéticos e que acumulam-se no meio ambiente e nos organismos 
humano, vegetal e animal. 
 
 
Persistência Permanecem no ambiente durante longos períodos. 
Bioacumulatividade 
Se acumulam no tecido gorduroso (adiposo) de seres humanos 
e animais e chegam a ser transferidos para outras gerações. 
Nível altamente tóxico 
Mesmo em baixas concentrações (microgramas) eles causam 
graves problemas como disfunções hormonais. 
Percorre longas distâncias Contaminam regiões distantes da sua fonte de produção. 
 
 
 COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS (VOC's) 
 
3. Produtos orgânicos voláteis que facilmente passam para fase de vapor na pressão e 
temperatura normais (ambiente). 
4. Quando liberados na atmosfera, contribuem para formação de ozônio e têm efeitos adversos e 
diretos na saúde humana. Muitos são classificados como carcinogênicos. 
 
Benzeno Tetracloroetileno Diclorometano 
Tetracloreto de carbono Tolueno Etilbenzeno 
Clorobenzeno Cloreto de vinil Xileno total 
 
 
 CONTAMINAÇÃO POR GASOLINA 
 
 Nas contaminações com gasolina brasileira, o etanol adicionado adquire grande importância, 
pois sua presença altera o comportamento da gasolina em termos de solubilidade, mobilidade e 
degradação. 
 
 A adição de álcool (etanol) na gasolina é obrigatória devido a uma Lei Federal, do Conselho 
Interministerial do Açúcar e do Álcool que determina que esse composto deve estar presente na 
concentração que varia de 20% a 25% em volume. 
 
 Ao entrar em contato com a água, o etanol passa para a fase aquosa, aumentando a 
solubilidade dos compostos mono aromáticos BTEX. A degradação natural (biodegradação) do 
etanol será preferencial sobre os constituintes solúveis da gasolina aumentando a persistência 
destes compostos na água subterrânea. 
 
 
 
 
Benzeno 
CH
3
 
 
Tolueno 
CH
2
 - CH
3
 
 
Etilbenzeno 
CH
3
CH
3
 
 
o-xileno 
CH
3
CH
3 
 
m-xileno 
CH
3
CH
3
 
p-xileno 
10 
 
 
 QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS 
 
 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 357/2005 (17/03/2005 – Conselho Nacional do Meio Ambiente) 
 
 
Definições 
 
1. Ambiente Lêntico: apresentam água parada com movimento lento ou estagnado. 
2. Ambiente Lótico: apresentam ambiente relativo às águas continentais moventes. 
 
 
 Classes das Águas 
 
 I - classe especial: 
a) abastecimento para consumo humano, com desinfecção; 
b) preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e, 
c) preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral. 
 
 II - classe 1: 
1) abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; 
2) proteção das comunidades aquáticas; 
3) recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho 
4) irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo 
e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e 
5) proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas. 
 
 III - classe 2: 
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; 
b) a proteção das comunidades aquáticas; 
c) a recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme 
d) a irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com 
os quais o público possa vir a ter contato direto; e 
e) a aqüicultura e a atividade de pesca. 
 
 IV - classe 3: 
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; 
b) a irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; 
c) a pesca amadora; 
d) a recreação de contato secundário; e 
e) a dessedentarão de animais. 
 
 V - classe 4: 
a) a navegação; e 
b) a harmonia paisagística. 
 
 
 Tratamentos 
 
Tratamento Descrição 
Desinfecção Remoção ou inativação de organismos potencialmente patogênicos. 
Simplificado Filtração, desinfecção e correção de pH quando necessário. 
Convencional Coagulação e floculação, seguida de desinfecção e correção de pH. 
AvançadoTécnicas de remoção ou inativação de constituintes refratários aos 
processos convencionais de tratamento, os quais podem conferir à água 
características como cor, odor, sabor, atividade tóxica ou patogênica. 
11 
 
 Definições 
 
Ensaio Descrição 
Padrão 
 
Valor limite adotado como requisito normativo de um parâmetro de 
qualidade de água ou efluente. 
 
Parâmetro de 
qualidade da 
água 
 
Substancias ou outros indicadores representativos da qualidade da água 
(exemplo: Alumínio, benzeno, cianeto, chumbo, etc). 
 
 
 
 
 Efeitos tóxicos 
 
Efeito Descrição 
Tóxico agudo 
 
Efeito deletério aos organismos vivos causado por agentes físicos ou 
químicos, usualmente, letalidade ou alguma outra manifestação que 
antecede, em um curto período de exposição. 
 
Tóxico crônico 
 
Efeito deletério aos organismos vivos causado por agentes físicos ou 
químicos que afetam uma ou várias funções biológicas dos 
organismos, tais como a reprodução, o crescimento e o 
comportamento em um período de exposição que pode abranger a 
totalidade de seu ciclo de vida ou parte dele. 
 
 
 
 
 Ensaios Ecotoxicológicos e Toxicológicos 
 
Ensaio Descrição 
Ensaios 
ecotoxicológicos 
 
Ensaios realizados para determinar o efeito deletério de agentes 
físicos ou químicos a diversos organismos aquáticos. 
Ensaios 
toxicológicos 
 
Ensaios realizados para determinar o efeito deletério de agentes 
físicos ou químicos a diversos organismos visando o potencial de 
risco à saúde humana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 PADRÕES DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - CONAMA 357/2005 
 
 Classificação dos Corpos de Água Doce 
 
 
 Classe especial – Deverão ser mantidas as condições naturais do corpo de água. 
 
 
Parâmetro Classe I Classe II Classe III Classe IV 
pH 6,0 – 9,0 6,0 – 9,0 6,0 – 9,0 6,0 – 9,0 
Oxigênio Dissolvido ≥ 6,0 mg/L ≥ 5,0 mg/L ≥ 4,0 mg/L ≥ 2,0 mg/L 
DBO5 ≤ 3,0 mg/L ≤ 5,0 mg/L ≤ 10,0 mg/L - 
Turbidez ≤ 40,0 UNT ≤ 100,0 UNT ≤ 100,0 UNT - 
Cor verdadeira Cor natural ≤ 75,0 mg Pt/L ≤ 75,0 mg Pt/L - 
Gosto / Odor V.A V.A V.A Não objetável 
Materiais flutuantes (Espumas) V.A V.A V.A V.A 
Óleos e Graxas V.A V.A V.A Irisdicências 
 
Parâmetros Inorgânicos Conc. mg/L Conc. mg/L Conc. mg/L Conc. mg/L 
Alumínio dissolvido 0,1 * 0,20 - 
Arsênio total 0,01 * 0,033 - 
Bário total 0,7 * 1,00 - 
Cádmio total 0,001 * 0,01 - 
Chumbo total 0,1 * 0,33 - 
Cianeto livre 0,005 * 0,022 - 
Cloreto total 250,0 * * - 
Cloro residual total (combinado + livre) 0,01 * - - 
Cobre dissolvido 0,009 * 0,013 - 
Cromo total 0,05 * * - 
Ferro dissolvido 0,30 * 5,00 - 
Fluoreto total 1,40 * 1,40 - 
Fósforo total (ambiente lêntico) 0,020 0,03 0,05 - 
Fósforo total (ambiente intermediário 
tributários diretos de ambiente lêntico) 
0,025 0,05 0,075 - 
Fósforo total (ambiente lótico e tributários 
de ambiente intermediário) 
0,10 * 0,15 - 
Manganês total 0,10 * 0,50 - 
Mercúrio total 0,0002 * 0,002 - 
Níquel total 0,025 * * - 
Nitrato 10,0 * * - 
Nitrito 1,0 * * - 
Nitrogênio Amoniacal total 
pH ≤ 7,5: 3,70 * pH ≤ 7,5: 13,3 - 
pH 7,5 - 8,0: 2,0 * pH 7,5 -8,0: 5,6 - 
pH 8,0 - 8,5: 1,0 * pH 8,0 -8,5: 2,2 - 
pH > 8,5: 0,5 * pH > 8,5: 1,0 - 
 
Prata total 0,01 * 0,05 - 
Sulfato total 250,0 * * - 
Sulfeto 0,002 * 0,30 - 
Zinco total 0,18 * 5,00 - 
Parâmetros Orgânicos Concentração Concentração Concentração Concentração 
 
Aldrin + Dieldrin 0,05 µg/L * 0,03 µg/L - 
Benzeno 0,005 mg/L * * - 
Carbaril 0,02 µg/L * 70,0 µg/L - 
DDT 0,002 µg/L * 1,00 µg/L - 
Endrin 0,004 µg/L * 0,20 µg/L - 
Lindano 0,02 µg/L * 2,00 µg/L - 
Malation 0,10 µg/L * 100,0 µg/L - 
V.A = Virtualmente ausente 
* = Valores iguais aos especificados para Classe I 
 = Não há especificação. 
13 
 
 QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
 
 
 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 396/2008 
 
 De 03 de abril de 2008 – Conselho Nacional do Meio Ambiente 
 
 
 DEFINIÇÕES 
 
 
 
1. Limite de Quantificação Praticável (LQP) – Menor concentração de uma substância que pode 
ser determinada quantitativamente com precisão e exatidão pelo método utilizado. 
 
 
 Enquadramento da Norma 
 
1. Usos Preponderantes – principais usos das águas subterrâneas que incluem, consumo 
humano, dessedentação de animais, irrigação e recreação. 
 
2. Valor Máximo Permitido (VMP) – Limite máximo permitido de um dado parâmetro, específico 
para cada uso da água subterrânea. 
 
 
Parâmetro 
Unidade 
Usos Preponderantes da Água 
 LQP 
Consumo 
Humano 
Dessedentação 
de Animais 
Irrigação Recreação 
Alumínio µg/L 200 5.000 5.000 200 50 
Cádmio µg/L 5 50 10 5 5 
Chumbo µg/L 10 100 5.000 50 10 
Cobre µg/L 2.000 500 200 1.000 50 
Cromo (III e VI) µg/L 50 1.000 100 50 10 
Manganês µg/L 100 50 200 100 25 
Mercúrio µg/L 1 10 2 1 1 
Níquel µg/L 20 1.000 200 100 10 
Zinco µg/L 5.000 24.000 2.000 5.000 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 QUALIDADE DO SOLO E DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - CETESB 
 
 
 São Paulo: CETESB – COMPANHIA DE TECNOLOGIA AMBIENTAL DE SÃO PAULO (2005) 
 
 Nacional: CONAMA 420/2009 
 
 
 CETESB - VALORES ORIENTADORES 
 
 
 DEFINIÇÕES 
 
 
Valor de Referência de Qualidade (VRQ) – Concentração de determinada substância no solo ou na 
água subterrânea, que define o solo como limpo ou a qualidade natural da água subterrânea, e é 
determinado com base em interpretação estatística de análises físico-químicas de amostras de diversos 
tipos de solos e amostras de águas subterrâneas de diversos aqüíferos do estado de São Paulo. Deve 
ser utilizado como referência nas ações de prevenção da poluição do solo e das águas subterrâneas e 
de controle de áreas contaminadas. 
 
 
Valor de Prevenção (VP) – Concentração de determinada substância, acima da qual podem ocorrer 
alterações prejudiciais á qualidade do solo e da água subterrânea. Este valor indica a qualidade de um 
solo capaz de sustentar as suas funções primárias, protegendo-se os receptores ecológicos e a 
qualidade das águas subterrâneas. Foi determinado para o solo com base em ensaios com receptores 
ecológicos. Deve ser utilizado para disciplinar a introdução de substâncias no solo e, quando 
ultrapassado, a continuidade da atividade será submetida a nova avaliação, devendo os responsáveis 
legais pela introdução das cargas poluentes proceder o monitoramento dos impactos decorrentes. 
 
 
Valor de Intervenção (VI) – Concentração de determinada substância no solo ou na água subterrânea 
acima da qual existem riscos potenciais, diretos ou indiretos, à saúde humana, considerando um 
cenário de exposição genérico. Para o solo, foi calculado utilizando-se procedimento de avaliação de 
risco à saúde humana para cenários de exposição Agrícola-Área de Proteção Máxima – APMax, 
Residencial e industrial. Para a água subterrânea, considerou-se como valores de intervenção as 
concentrações que causam risco á saúde humana listadas na Portaria 518, de 26 de março de 2004, do 
Ministério da Saúde – MS, complementada com padrões de potabilidade do Guia da organização 
Mundial de Saúde – OMS de 2004, ou calculados segundo adaptação da metodologia da OMS utilizada 
na derivação destes padrões. Em caso de alteração dos padrões da Portaria 518 do MS, os valores de 
intervenção para águas subterrâneas serão consequentemente alterados. A área será classificada 
como Área Contaminada sob investigação quando houver constatação da presença de contaminantes 
no solo ou na água subterrânea em concentrações acima dos valores de Intervenção, indicando a 
necessidade de ações para resguardar os receptores de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 Valores Orientadores Para Solo e Águas Subterrânea no Estado de SãoPaulo 
 
 
 
 Substância 
Solo (mg/L de peso seco) Água 
Subterrânea 
(µg/L) 
VRQ VP 
Intervenção 
Agrícola Residencial Industrial Intervenção 
Alumínio - - - - - 200 
Arsênio 3,5 15 35 55 150 10 
Cádmio <0,5 1,3 3 8 20 5 
Chumbo 17 72 180 300 900 10 
Cianeto 
Cobre 35 60 200 400 600 2.000 
Cromo (III e VI) 40 75 150 300 400 50 
Ferro - - - - - 300 
Manganês - - - - - 400 
Mercúrio 0,05 0,5 12 36 70 1 
Níquel 13 30 70 100 130 20 
Nitrato (como N) - - - - - 10.000 
Zinco 60 300 450 1.000 2.000 5.000 
Benzeno na 0,03 0,06 0,08 0,15 5 
Etilbenzeno na 6,2 35 40 95 300 
Tolueno na 0,14 30 30 75 700 
Xilenos (o,m,p) na 0,13 25 30 70 500 
Aldrin na 0,0015 0,003 0,01 0,03 * 
Dieldrin na 0,043 0,2 0,6 1,3 * 
 
 na = não se aplica para substâncias orgânicas (em geral, trata-se de um contaminante) 
 * = Somatório para Aldrin e Dieldrin = 0,03 µg/L 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 LANÇAMENTO DE EFLUENTES 
 
 São Paulo: CETESB – Decreto 8.468 (08/09/1976) 
 Nacional: CONAMA 430/2011 
 
 Artigo 18 
 
 Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou 
indiretamente, nas coleções de água, desde que obedeçam às condições preconizadas neste 
artigo. 
 
 Artigo 19A 
 
 Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser laçados em sistema de esgotos, 
provido de tratamento com capacidade e de tipo adequado, conforme previsto no § 4º deste 
artigo. 
 
 Padrões para lançamento de efluentes 
 
 Temperatura: 40ºC. 
 
Parâmetros Concentrações (mg/L) 
Parâmetros Inorgânicos 
Decreto 8.468 
(Artigo 18) 
Decreto 8.468 
(Artigo 19A) 
Arsênio total 0,2 1,5 
Bário total 5,0 - 
Boro total 5,0 - 
Cádmio total 0,2 1,5 
Chumbo total 0,5 1,5 
Cianeto total 0,2 0,2 
Cianeto livre - - 
Cobre dissolvido 1,0 1,5 
Cromo hexavalente 0,1 1,5 
Cromo trivalente - - 
Cromo total 5,0 5,0 
Estanho total 4,0 4,0 
Ferro dissolvido 15,0 15,0 
Fluoreto total 10,0 10,0 
Manganês dissolvido 1,0 
Mercúrio total 0,01 1,5 
Níquel total 2,0 2,0 
Nitrogênio amoniacal total - - 
Prata total 0,02 1,5 
Selênio total 0,02 1,5 
Sulfato - 1.000 
Sulfeto 1,0 1,0 
Zinco total 5,0 5,0 
Parâmetros Orgânicos 
Clorofórmio - - 
Dicloroeteno (1,1 + 1,2 cis + 1,2 trans) - - 
Fenóis totais 0,5 0,5 
 
 OBS: Decreto 8.468 – Artigo 18 e 19A: Somatório dos elementos arsênio, cádmio, chumbo, 
 cobre, cromo total, estanho, mercúrio, níquel, prata, selênio e zinco deve ser igual ou inferior à 
 5,0 mg/L. 
17 
 
 
 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS 
 
 
Tratamento Descrição 
Preliminar Remoção dos sólidos grosseiros através de mecanismo físico 
Primário 
Remoção de sólidos sedimentáveis e parte da matéria orgânica 
através de mecanismo físico 
Secundário 
Remoção de matéria orgânica e eventualmente, nutrientes 
(nitrogênio e fósforo), predominam mecanismos biológicos 
Terciário 
Remoção de poluentes específicos (tóxicos ou não 
biodegradáveis) ou ai ainda, a remoção complementar de 
poluentes não suficientemente removidos no tratamento 
secundário. Não é usualmente empregado. 
 
Nível Remoção Eficiência da remoção 
Preliminar  Sólidos grosseiros (areia etc) - 
Primário 
 Sólidos sedimentáveis 60 – 70% 
 DBO sedimentável (matéria orgânica) 30 – 40% 
 Coliformes 30 – 40% 
Secundário 
 DBO em suspensão 
 DBO solúvel (dissolvidos) 
60 - 99% 
 Coliformes 40 – 99% 
 Nutrientes 10 - 50% 
Terciário 
 Nutrientes 
 Patogênicos 
 Compostos não biodegradáveis 
 Metais pesados 
 Sólidos inorgânicos dissolvidos 
 Sólidos em suspensão remanescentes 
99% 
 
 
 
1) TRATAMENTO PRELIMINAR 
 
a) Remoção de sólidos grosseiros (> 1 cm) 
b) Remoção de areia 
 
Nível Remoção Eficiência Mecanismo de remoção 
Preliminar 
Sólidos 
grosseiros 
- Gradeamento 
Retenção de sólidos com dimensões 
superiores ao espaçamento entre barras 
Areia - Desarenador Sedimentação da área em tanques. 
 
 Objetivos: 
 
 Proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos (bombas e tubulações) 
 Proteção das unidades de tratamento subseqüentes 
 Proteção dos corpos receptores 
18 
 
 
2) TRATAMENTO PRIMÁRIO 
 
 
a) Remoção de sólidos sedimentáveis 
b) Sólidos flutuantes 
 
 
Nível Remoção 
Eficiência da 
remoção 
Mecanismos de remoção 
 
Primário 
Sólidos sedimentáveis 
(>1µm) 
60 – 70% 
Sedimentação 
Separação de partículas 
com densidade superior à 
do esgoto DBO sedimentável 
(matéria orgânica) 
30 – 40% 
Coliformes 30 – 40% 
Radiação 
ultravioleta 
Radiação do sol ou artificial 
 
 
Tratamento: 
 
 Ocorre em tanques de decantação circulares ou retangulares. 
 
 Os esgotos fluem vagarosamente através dos decantadores, permitindo que os sólidos em 
suspensão que possuem uma densidade maior que a do líquido circundante, sedimentem 
gradualmente no fundo. 
 
 A massa sólida (que fica no fundo) é denominada lodo primário bruto. Em estações de 
tratamento de esgotos, ela é retirada por meio de uma tubulação única ou através de raspadores 
mecânicos e bombas. 
 
 Os materiais flutuantes, como graxas e óleos, que apresentam maior densidade que o líquido 
circundante, sobem para superfície dos decantadores, onde são coletados e removidos do 
tanque para posterior tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Decantador primário circular 
 
 
 
 
 
 
Sólidos sedimentados 
Decantador Primário 
19 
 
3) TRATAMENTO SECUNDÁRIO 
 
 Remoção de MO dissolvida (DBO solúvel) que não é removida por processos físicos; 
 Remoção de MO em suspensão, a qual é em grande parte removida no tratamento primário, 
mas cujos sólidos de decantabilidade mais lenta persistem na massa líquida. 
 
 
 Tipos de tratamentos secundários 
 
I. Lagoas Facultativas 
 
 O esgoto entra por uma extremidade da lagoa e sai pela extremidade oposta. Durante o 
percurso, que demora vários dias, a matéria orgânica em suspensão (DBO particulada) tende a 
sedimentar, vindo a constituir o lodo de fundo. Este lodo sofre processo de decomposição por 
microorganismos anaeróbios, sendo convertido em gás carbônico, água, metano e outros. 
Apenas a fração inerte (não biodegradável) permanece na camada de fundo. 
 
 A matéria orgânica dissolvida (DBO solúvel) conjuntamente com a matéria orgânica em 
suspensão de pequenas dimensões (DBO finamente particulada) não sedimenta, permanecendo 
dispersa na massa líquida. A sua decomposição se dá através de bactérias facultativas, que 
utilizam a MO como fonte de energia, alcançada através da respiração. 
 
 
II. Lagoas anaeróbias seguidas de lagoas facultativas 
 
 O processo de lagoas facultativas, apesar de possuir eficiência satisfatória, requer uma grande 
área, muitas vezes não disponível no local do tratamento. Uma alternativa para o problema é a 
utilização de lagoas anaeróbias seguidas de lagoas facultativas. 
 
 Lagoa anaeróbia - O esgoto bruto entra em uma lagoa de menor dimensão e mais profunda. 
Devido às dimensões a fotossíntese praticamente não ocorre. No balanço entre o consumo e a 
produção de oxigênio, o consumo é amplamente superior, predominam, portanto, condições 
anaeróbias nesta lagoa. 
 
 As bactérias anaeróbias têm uma taxa metabólica e de reprodução mais lenta do que as 
bactérias aeróbias, assim, para um período de permanência de apenas 3 a 5 dias na lagoa 
anaeróbia, a decomposição da MO é apenas parcial. Mesmo assim, a remoção da DBO ocorre 
entre 40% a 50%, apesar de insuficiente, representa uma grande contribuição. 
 
 Localizam-se, em geral, distante de residênciasdevido a geração de gases fétidos como o gás 
sulfídrico. 
 
 A lagoa facultativa recebe uma carga de 40 a 50% da carga do esgoto bruto, podendo ter, 
portanto, dimensões bem menores. 
 
 
 REMOÇÃO DE PATOGÊNICOS 
 
Principais Processos Artificiais para remoção de patogênicos no tratamento dos esgotos. 
 
Tipo Processo Características 
Artificial 
Cloração 
São necessárias elevadas dosagens. Há certa preocupação com 
relação à geração de subprodutos tóxicos, mas deve-se levar em 
consideração o grande benefício da remoção de patogênicos. 
Ozonização Bastante eficiente para remoção de patogênicos e muito caro. 
Radiação 
Ultra-violeta 
Radiação ultra-violeta gerada por lâmpadas especiais. Não há geração 
de subprodutos tóxicos. 
20 
 
 COMPORTAMENTO DE METAIS PESADOS EM AMBIENTE AQUÁTICO 
 
pH 
 
 pH de proteção à vida aquática entre 6 e 9. 
 Muitos peixes e outros animais aquáticos podem sobreviver em pH menor que 5, entretanto, 
neste pH os metais se solubilizam facilmente, aumentando a possibilidade de toxidez. 
 pH ácido (< 7,0) ocorre solubilidade de íons metálicos. 
 pH alcalino (> 7,0) ocorre precipitação de íons metálicos (tornam-se pouco solúveis em água e 
não se dissolvem) 
 
Cu2+ + OH- Cu(OH)2 (s) 
Ni2+ + OH- Ni(OH)2 (s) 
Zn2+ + OH- Zn(OH)2 (s) 
Pb2+ + OH- Pb(OH)2 (s) 
Cr3+ + OH- Cr(OH)3 (s) 
Fe3+ + OH- Fe(OH)3 (s) 
 
 Procedimentos para Análise 
 
 Íons dissolvidos 
 
 A amostra é coletada e filtrada imediatamente. 
 Neste procedimento, os íons dissolvidos passam pelo filtro enquanto os íons precipitados 
(insolúveis) ficam retidos. 
 A solução filtrada é analisada e o material que ficou no filtro é desprezado. 
 Resultado: mg/L (de íon dissolvido) 
 
 Íons Totais 
 
 A amostra é coletada e adiciona-se ácido nítrico (até pH menor que 2) imediatamente. 
 A amostra é filtrada após adição do ácido. 
 Neste procedimento, os íons precipitados são dissolvidos e todos passam pelo filtro ficando 
retido, apenas o material insolúvel como pequenos grãos de areia etc. 
 A solução filtrada é analisada e o material que ficou retido no filtro é desprezado. 
 Resultado: mg/L (de íon total) 
 
 Íons Insolúveis 
 
 Pode ser feito de duas formas: 
 
 Método 1: 
 
 A diferença entre o resultado de íons totais e íons dissolvidos. 
 Resultado: mg/L (de íon precipitado) 
 
 Método 2: 
 
 A amostra é coletada e filtrada imediatamente. 
 Neste procedimento, a solução filtrada contendo os íons dissolvidos é desprezada. 
 Utiliza-se o material que ficou retido no filtro. 
 O material que ficou no filtro é cuidadosamente transferido para vidraria adequada (béquer) 
acidulado (adicionado ácido) até total solubilização do material, filtrado e em seguida, enviado 
para análise. 
 Resultado: mg/L (de íon precipitado). 
21 
 
 QUANTIFICAÇÃO DE POLUENTES 
 
 
DBOu – Demanda Última de Oxigênio 
 
 DBOu – consumo de oxigênio por 20 dias (degradação completa da MO). 
 Após o 5º dia – a degradação é mais lenta, quase desprazível. 
 Relação DBOu / DBO5 = 1,46 
 
 Exemplo: 
 DBO5 = 300 mg/L 
 DBOu = 1,46 x 300 mg/L = 438 mg/L 
 
 
Carga e Vazão 
 
Efluentes domésticos / industriais 
 
DBOu / DBO5 = 1,46 
 
)/(1000
)/()/(
)/(arg
33
kgg
dmvazãomgãoconcentraç
dkgac


 
 
DQO / DBO5 = 1,9 
 
 
 Carga - quantidade (kg) de poluente gerado / lançado por dia. 
 Concentração - quantidade (g) de poluente encontrado em 1 m3 de efluente. 
 Vazão - Volume do efluente (m3 ) gerado / lançado por dia. 
 População – Número de habitantes da cidade / estado etc, gerador do efluente. 
 
Efluentes industriais 
 
 
)/()/(/)/(arg dunidproduçãounidkgproduzidaunidadeãocontribuiçdkgac 
 
 
 
 Contribuição/unidade produzida (kg/unidade) – Quantidade de poluente gerado (kg) por unidade 
(produto) produzida (kg, Toneladas etc). 
 Produção (unidade/dia) – Quantidade produzida (kg, toneladas etc) por dia. 
 
 
População equivalente 
 
 
)//(54
)/()/(
5
3
5
dhabDBOg
dmvazãoLmgDBOC
eEquivalentPopulação


 
 
 
 População equivalente – Quantidade de poluente (DBO) gerado por uma indústria que equivale 
à uma população (habitantes) geradora deste poluente em uma cidade / bairro / estado etc. 
 C DBO5 – Concentração de DBO (mg/L) 
 Vazão – Volume de efluente gerado por dia. 
 
 
 
 
 
22 
 
 EXERCÍCIOS 
 
 
 
1) Em relação aos coliformes termotolerantes, responda Verdadeiro (V) ou Falso (F). 
 
a) Trata-se de um teste de qualidade da água utilizado para indicar a presença de fungos e 
bactérias. 
b) Trata-se de um grupo de bactérias e outros organismos cuja detecção é extremamente difícil, 
devido suas baixas concentrações. 
c) A presença de coliformes termotolerantes nos corpos hídricos indica a contaminação por 
material de origem fecal. 
d) Responsáveis pela transmissão de doenças via solo, principalmente em locais onde se utilizam 
agrotóxicos. 
e) Dentre as principais doenças relacionadas com os organismos termotolerantes e a água tem-se 
cólera, disenteria e leptospirose. 
 
2) Em relação ao oxigênio dissolvido na água, responda Verdadeiro (V) ou Falso (F). 
 
a) É essencial para microorganismos anaeróbios. 
b) Em um rio, quanto maior a temperatura da água, maior será a concentração do OD, por esta 
razão, em lugares mais quentes como o Nordeste do país, os rios apresentam maior teor de OD 
do que os rios de regiões mais frias, como as da região Sul do Brasil. 
c) Na fotossíntese, ocorre consumo de OD e liberação de CO2. 
d) Na reação de respiração das bactérias aeróbias, ocorre consumo de OD e liberação de CO2. 
e) As bactérias utilizam CO2 para degradação da matéria orgânica e, durante esta reação, ocorre 
liberação do oxigênio na água, por isso, é muito importante manter a concentração de matéria 
orgânica sempre elevada na água. 
 
3) A economia da cidade de Santo Amaro é representada por áreas agrícolas onde se utiliza ampla 
gama de produtos químicos a base de nitrogênio e fósforo, além disso, a cidade também conta 
com uma atividade industrial bastante desenvolvida. Os técnicos ambientais responsáveis pela 
avaliação da região, coletaram amostras de água em seis rios localizados próximos às áreas 
agrícolas e industriais. Utilize os valores de referência para resolução das questões. Analise os 
resultados expressos na tabela abaixo e responda: 
 
Parâmetro Referência Rio 1 Rio 2 Rio 3 Rio 4 Rio 5 Rio 6 
Turbidez (UNT) 5 4 34 4 4 5 21 
Temperatura (ºC) 20 19 20 20 42 20 38 
Nitrato (mg/L) 0,20 0,10 0,20 0,10 0,10 13,4 0,10 
Fósforo (mg/L) 0,50 0,40 0,30 0,30 0,40 18,6 0,30 
 
a) Qual(is) rio apresenta problema de eutrofização? 
b) Qual(is) rio, provavelmente, apresenta maior problema de OD em função da temperatura? 
c) Qual(is) rio, provavelmente, apresenta maior problema de OD em função da turbidez? 
d) Há algum rio que, provavelmente, não apresenta baixo OD na água? Qual(is)? 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
4) Como a DBO elevada interfere na qualidade da água? 
5) Ao realizar um teste de DQO, o que o analista está medindo? 
6) Em qual pH o nitrogênio amoniacal torna-se mais prejudicial à qualidade da água? Por quê? 
 
7) Ao realizar as análises de DBO e DQO, sabe-se que: 
 
a) A DQO é sempre menor que a DBO. 
b) A DQO é sempre maior que a DBO. 
c) A DQO pode ser maior ou igual a DBO. 
d) A DQO pode ser menor ou igual a DBO. 
e) A DQO é sempre igual a DBO. 
f) Não é possível compará-los pois a DQO estima apenas a matéria inorgânica. 
g) Não é possível compará-los pois os resultados de DBO e DQO dependem da qualidade da água. 
 
8) Os gráficosabaixo indicam a concentração de OD em 5 rios (identificados como A, B, C, D e E) 
localizados nas Cidades de: Figura 1 - Santa Tereza e São Pedro e Figura 2 – Campo Grande e 
Terezina. Indique o Rio que apresenta melhor e pior qualidade em cada cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9) Na cidade de Santa Maria, foram coletadas amostras de seis rios para avaliação da qualidade 
das águas. Constatou-se que todas as águas estavam contaminadas com 10 mg/L de nitrogênio 
na forma amoniacal. Analise os resultados da tabela abaixo e responda às questões. Utilize os 
valores de referência. 
 
Parâmetro Referência Rio 1 Rio 2 Rio 3 Rio 4 Rio 5 Rio 6 
pH - 8,3 6,7 3,5 12,8 2,9 11,4 
DBO (mg/L) 5,00 55 - 120 - 65 
DQO (mg/L) 0,00 180 340 - 4 - 240 
Material inerte (mg/L) 0,00 - 30 70 0 25 160 
 
a) Qual rio apresenta maior interferência por material inerte? 
b) Qual rio apresenta maior interferência por material biodegradável? 
c) Qual rio apresenta maior DQO? 
d) Qual amostra, provavelmente, apresenta melhor condição de OD? 
e) Qual amostra, provavelmente, apresenta pior condição de OD? 
 
 
 
24 
 
10) O gráfico abaixo mostra o comportamento do OD em um rio mediante o lançamento de um 
efluente industrial. Analise as afirmações abaixo e responda Verdadeiro (V) ou Falso (F). 
 
 
 
 
 
a) O ponto mais baixo da linha pontilhada do gráfico mostra que a concentração de OD aumentou 
com o lançamento do efluente industrial, desta forma, é possível afirmar que trata-se de um 
efluente com elevada carga de oxigênio. 
 
b) O ponto mais baixo da linha pontilhada do gráfico mostra que a concentração de OD diminuiu 
com o lançamento do efluente industrial, desta forma, é possível afirmar que trata-se de um 
efluente com elevada carga de matéria orgânica. 
 
c) Ao longo da zona 1 ocorreu a mistura do efluente lançado com a água do rio. 
 
d) O término do processo de mistura do efluente com a água do rio é representado pelo ponto mais 
baixo da linha pontilhada do gráfico. 
 
e) A elevação contínua da linha pontilhada do gráfico a partir da zona 2 indica que a DBO da água 
do rio continua aumentando gradativamente até estabilizar-se na zona 4. 
 
f) A elevação contínua da linha pontilhada do gráfico a partir da zona 2 indica que o OD da água 
do rio começa a aumentar gradativamente até estabilizar-se na zona 4. 
 
g) O aumento da concentração de OD na água do rio a partir da zona 2 se deve ao fenômeno de 
diluição que o efluente sofre no corpo d'água. 
 
h) Se o efluente despejado no rio contivesse o dobro de matéria orgânica, o ponto mais baixo da 
linha pontilhada na zona 2 estaria mais acima do que o ponto mostrado na figura. 
 
i) Se o efluente despejado no rio contivesse a metade de matéria orgânica, o ponto mais baixo da 
linha pontilhada na zona 2 estaria mais acima do que o ponto mostrado na figura. 
 
j) No início da zona 1 e ao término da zona 4, a linha pontilhada mostra o mesmo nível de OD, isto 
significa que ao término da zona 4, a concentração de OD foi restabelecida igualmente como 
estava antes do lançamento do efluente industrial. 
 
11) Foi comprovada a contaminação por compostos de nitrogênio nos rios abaixo. Considere os 
valores de pH e indique a especiação química e a ordem crescente de toxicidade das amostras. 
 
Amostra A B C D E 
pH 4,75 12,81 11,34 5,27 9,50 
Especiação 
Ordem crescente de toxicidade 
25 
 
12) Classifique os rios abaixo conforme o parâmetro de fósforo total e nitrogênio total. 
 
Rio A B C D E F 
pH 10,4 6,5 7,8 9,3 8,2 5,7 
Ambiente Lêntico Lótico Intermediário Lêntico Lótico Intermediário 
Fósforo Total 0,25 0,30 0,03 0,12 0,01 0,07 
N amoniacal Total 10,2 1,5 6,4 2,7 8,6 7,3 
Classe Fósforo 
Classe Nitrogênio 
 
 
13) Analise os resultados das análises químicas abaixo, referentes ao efluente final de 5 empresas. 
 
a) Quais empresas estão aprovadas conforme CETESB? 
b) Nas empresas reprovadas, qual parâmetro deve ser ajustado. 
c) Quais as consequências do lançamento em um corpo d’água dos efluentes reprovados. 
 
Empresa A B C D E 
pH 6,7 10,2 4,3 3,8 8,5 
Temperatura (ºC) 23 20 52 27 22 
Materiais sedimentáveis (mL/L) 0,6 0,5 0,7 2,3 0,8 
Cádmio (mg/L) 0,1 0,4 2,6 0,1 0,2 
Chumbo (mg/L) 0,8 0,2 1,3 0,2 0,1 
Cobre (mg/L) 0,7 1,5 0,2 2,3 0,3 
Ferro (mg/L) 5,3 3,5 3,2 2,0 0,2 
Níquel (mg/L) 1,4 3,2 0,5 1,4 0,2 
Zinco (mg/L) 2,5 2,0 0,6 8,3 0,1 
Clorofórmio (mg/L) 2,6 0,1 0,2 0,1 0,2 
Fenóis totais (mg/L) 0,2 0,1 0,3 0,1 0,2 
 
 
14) Considere os “valores Orientadores – CETESB”. Analise as informações abaixo, indique 
verdadeiro (V) ou falso (F) e quando falsa, qual erro contém a informação. 
 
a) O valor de referência de qualidade – VRQ refere-se à concentração de determinada substância 
que é naturalmente encontrada no solo e na água subterrânea. Tais valores foram definidos por 
interpretação estatística de diversos solos e águas subterrâneas e incluem os parâmetros 
chumbo, cobre, zinco, benzeno e tolueno. 
 
b) Os valores de prevenção – VP referem-se às concentrações que, acima da qual podem ocorrer 
alterações prejudiciais à qualidade do solo e da água, entretanto, tais concentrações não estão 
relacionados aos efeitos prejudiciais em animais e humanos. 
 
c) Os valores de intervenção para solos são diferenciados para áreas agrícolas, residenciais e 
industriais, sendo mais restritivos nas áreas industriais, uma vez que, tais localizações estão 
sujeitas a apresentar maior concentração de substâncias contaminantes. 
 
d) Os valores de intervenção para águas subterrâneas independem da área (agrícola, residencial 
ou industrial) devendo obedecer ao mesmo padrão. 
 
e) A maior restrição para intervenção em solos de áreas agrícolas que em áreas residenciais e 
industriais, decorre do fato de que, as substâncias introduzidas no solo podem facilmente chegar 
à água subterrânea em função da constante irrigação que pode acelerar o processo de chegada 
dos contaminantes à água subterrânea. 
26 
 
15) Para análise de águas subterrâneas, o CONAMA 396/08 prevê os valores de LQP para cada 
parâmetro. Analise as condições analíticas dos laboratórios abaixo e indique quais estão 
qualificados para realização das análises químicas. 
 
Laboratório LQP - A LQP - B LQP - C LQP - D LQP - E 
Cádmio (µg/L) 5 8 7 5 4 
Chumbo (µ/L) 9 10 10 11 20 
Cobre (µ/L) 45 50 50 60 80 
Ferro (µ/L) 90 100 120 100 150 
Níquel (µ/L) 5 8 10 10 15 
Zinco (µ/L) 90 50 100 80 100 
 
16) Quando um agroquímico é volatilizado, é possível que ele retorne ao meio ambiente? Justifique. 
 
17) Como o álcool contribui para o aumento da contaminação de benzeno na água? 
 
18) Um tanque de gasolina vazou para o solo cerca de 1000 litros do combustível, esta quantidade 
não foi suficiente para chegar à água subterrânea, ficando o contaminante adsorvido ao solo. 
Ainda há possibilidade de a água ser contaminada com esta gasolina. Justifique. 
 
19) Em uma área agrícola no interior do estado de São Paulo utilizam-se diversos pesticidas. Houve 
um problema no sistema de segurança dos tanques de pesticidas ocasionando o vazamento de 
8000 litros de pesticidas diretamente no solo. O solo das proximidades foi rapidamente saturado 
com o produto químico causando grande preocupação devido à possibilidade do contaminante 
chegar à água do rio. No dia seguinte, os técnicos ambientais analisaram a água do rio e o solo, 
os resultados qualitativos encontram-se abaixo. 
 
Contaminante Água do rio Solo 
Pesticida presente presente 
 
a) Os pesticidas presentes no solo podem contaminar a água subterrânea? Como? 
b) Os técnicos acreditam que parte do contaminante da água do rio, encontra-se na forma 
sedimentada. Esta informação deixou todos os técnicos em estadode alerta em relação à 
disponibilidade do contaminante para biota. Como isso ocorreria? 
c) Uma vez no solo, o contaminante pode sofrer reações que diminui sua concentração. Que 
reações são essas e como transformam os contaminantes? 
 
20) Analise as informações relacionadas a classificação das águas dos rios e responda Verdadeiro 
(V) ou Falso (F). Aponte os erros das afirmações incorretas. 
 
a) A água de Classe I é destinada ao consumo humano após tratamento simplificado enquanto a 
Classe IV requer um tratamento convencional ou avançado para esse destino. 
 
b) O efeito crônico de uma substância é muitas vezes mais prejudicial que o efeito agudo. 
 
c) Os ensaios realizados para determinar o efeito deletério de agentes físicos ou químicos a 
diversos organismos aquáticos é denominado de ensaios toxicológicos e servem de base para 
definir as concentrações mínimas capazes de provocar problemas à saúde humana. Nesses 
testes utilizam-se organismos aquáticos, em geral, peixes de água doce, por representarem a 
vida aquática dos rios e servirem de base para a alimentação da população ribeirinha. 
 
d) Contaminações de fósforo em ambientes lóticos são mais preocupantes que em ambientes 
lênticos pois em ambiente lótico o contaminante tem maior velocidade de mistura com a água e 
percorre o ambiente aquático de forma mais rápida podendo contaminar outras regiões em 
menor tempo. 
27 
 
21) Analise as informações e relacione-as com a etapa do tratamento correspondente. 
 
Caracterização do tratamento Tratamento 
a) Tratamento de sólidos grosseiros 
b) Tratamento de sólidos sedimentáveis 
c) O tratamento pode ser realizado em tanques pouco profundos e lagos 
d) Ocorrência do lodo primário bruto 
e) Tratamento de DBO sedimentável 
f) A maior parte do tratamento é realizado em região anaeróbia 
g) Tratamento de coliformes 
h) Utilizam-se tanques profundos e estreitos para o tratamento 
i) Objetiva a proteção de bombas e tubulações 
j) Objetiva a proteção das unidades de tratamento subseqüentes 
k) Utilizam-se bactérias facultativas para realização do tratamento 
k) O tratamento ocorre através de sedimentação lenta 
 
 
22) Uma empresa contratada para implantação do sistema de tratamento de efluentes sanitários da 
Cidade de Santa Maria apresentou um documento com propostas e informações sobre a ETE. 
Analise os itens abaixo, indique se as informações estão corretas e se não estiverem, indique a 
correção necessária. 
 
a) Na primeira fase do tratamento em lagoas anaeróbias seguidas de lagoas facultativas o esgoto 
bruto entra em uma lagoa de maior dimensão e mais profunda, desta forma, favorece-se a 
fotossíntese nesta região. 
 
b) No tratamento em lagoas facultativas, durante o percurso que demora vários dias, a matéria 
orgânica em suspensão (DBO particulada) se mantém na massa líquida e a DBO solúvel se 
degrada anaerobiamente vindo a constituir o lodo de fundo. 
 
c) Na primeira fase do tratamento em lagoas anaeróbias seguidas de lagoas facultativas, devido às 
dimensões do primeiro tanque a fotossíntese praticamente não ocorre. 
 
d) No tratamento em lagoas facultativas o lodo de fundo sofre processo de decomposição por 
microorganismos aeróbios, sendo convertido em gás carbônico, água, metano e outros. Apenas 
a fração inerte retorna para a massa líquida. 
 
e) No tratamento em lagoas facultativas a matéria orgânica dissolvida (DBO solúvel) conjuntamente 
com a matéria orgânica em suspensão de pequenas dimensões (DBO finamente particulada) 
não sedimenta, permanecendo dispersa na massa líquida, nesta fase a DBO é degradada por 
processos anaeróbios. 
 
f) A decomposição da MO nas lagoas facultativas se dá através de bactérias facultativas, que 
utilizam a MO como fonte de energia, alcançada através da respiração. 
 
 
28 
 
23) Avalie a tabela abaixo e indique qual cidade apresenta maior e menor concentração de DBO em 
seus efluentes domésticos. 
 
Cidade A B C D E F 
DBO5 (mg/L) 300 400 
DQO (mg/L) 475 380 
DBOu (mg/L) 584 219 
 
 
24) As tabelas abaixo mostram os dados de produção e geração de DBO5 de cada empresa 
(empresas A e F). Analise as informações e responda. 
 
a) Qual empresa cuja produção de 1 unidade apresenta maior e menor potencial contaminante? 
b) Qual empresa apresenta maior e menor carga poluidora? 
c) Qual empresa apresenta maior e menor produtividade? 
d) A empresa que apresenta menor produtividade pretende aumentar sua capacidade produtiva 
para expandir a concorrência com o mercado interno e externo, entretanto, o limite de carga 
poluidora para sua atividade já foi alcançado. O que deve ser feito para que os objetivos da 
empresa sejam alcançados sem alterar a carga de poluentes gerados? 
 
Empresa A B C D E F 
Carga (kg/dia) - 500 200 - 1800 600 
Contribuição/unidade produzida (kg/unidade) 5 - 40 30 12 - 
Produção (unidade/dia) 60 25 - 15 - 30 
 
 
25) A empresa Santa Maria apresenta um processo produtivo cuja contribuição de DBOu é de 73 
g/kg e a produção média de 5 dias é de 800 kg. Qual a carga de DBO5 gerada por dia pela 
empresa Santa Maria? 
 
26) Analise as afirmações abaixo e responda Verdadeiro (V) ou Falso (F). Aponte o erro das 
afirmações incorretas. 
 
a) A carga poluente de uma indústria depende da produção e do quanto o produto produzido gera 
DBO5. 
 
b) Quanto maior a produção de uma empresa, menor será sua carga contaminante, por essa razão, 
o preço de um produto comprado em grande quantidade torna-se mais barato que quando 
comprado em pequenos lotes. 
 
c) Uma empresa sustentável tem um processo que gera baixa contribuição de DBO5 na fabricação 
de seus produtos. 
 
d) Uma empresa pouco sustentável deve diminuir sua produção para baixar os custos com 
impostos cobrados pela alta carga de DBO5 gerada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
27) A empresa A&B produz corantes especiais para indústria de papel e celulose. Uma linha da 
empresa gera uma carga de DBO5 de 6 kg/dia, a produção 200 tambores de corante gera 50 kg 
de DBO5. Quantos tambores essa linha da empresa A&B produz por dia? 
 
 
28) Cada região, em seu parque industrial, apresenta uma empresa que contribui com o nível de 
contaminantes (DBO) gerados e tratados na cidade. Analise as informações e responda. 
 
a) Qual a concentração de DQO da Empresa “A”? 
b) Qual a vazão e a concentração de DQO da Empresa “B”? 
c) Qual a concentração de DBOu da Empresa “C”? 
d) Qual a concentração de DBO5 da Empresa “D”? 
 
Empresa 
Vazão 
(m
3
/dia) 
Contribuição DBO/unidade 
produzida (kg/un) 
 Produção 
(unidade/dia) 
A 600 20 12 
 
Empresa 
Carga 
(kg/dia) 
Concentração DBO5 
(mg/L) 
 Produção 
(unidade/dia) 
B 80 250 20 
 
Empresa DQO (mg/L) 
Vazão 
(m
3
/dia) 
Contribuição DBO/unidade 
produzida (kg/un) 
C 114 25 20 
 
Empresa 
DBOu 
(mg/L) 
Contribuição DBO/unidade 
produzida (kg/un) 
 Produção 
(unidade/dia) 
D 73 12 8 
 
 
29) A empresa Rio doce produz, em 15 dias, 480 caixas de produtos acabados. Sabe-se que a 
produção de 100 caixas gera 50 kg de DBO5. A tabela abaixo mostra os resultados das análises 
químicas do efluente gerado pela empresa. Calcule a vazão do efluente. 
 
DQO (mg/L) 380 
DBOu (mg/L) 292 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
30) Considere as informações das empresas abaixo e responda às questões: 
 
a) Qual é a população equivalente total, para o dimensionamento de uma estação de tratamento de 
esgoto, de uma cidade de 120.000 habitantes onde estão localizadas as seguintes indústrias 
que lançam seus efluentes na rede coletora de esgoto, sem tratamento prévio: 1 cervejaria e 1 
curtume. 
 
Origem 
Concentração 
DBO5 (mg/L)Produção 
(unidade/dia) 
Contribuição/unidade 
produzida (kg/unidade) 
Curtume 80 108 45 
Cervejaria 108 200 27 
 
b) Calcular a população equivalente, para a construção de uma nova ETE para tratamento 
exclusivo dos efluentes gerados nas indústrias localizadas em uma cidade de 210.000 
habitantes. A cidade conta com 2 unidades de indústria de laticínios (com as mesmas 
características e igual produção diária) e 1 frigorífico. 
 
Origem Vazão (m
3
/d) 
 Produção 
(unidade/dia) 
Contribuição/unidade 
produzida (kg/unidade) 
Laticínios 80.000 120 54 
Frigorífico 90.000 270 50 
 
c) Calcular a população equivalente de uma cidade de 140.000 habitantes onde estão localizadas 2 
indústrias: 1 fábrica de papel e 1 indústria têxtil. O governo da cidade não pretende ampliar a 
ETE já existente, neste caso, será feito um acordo de benefícios fiscais para que as empresas 
instaladas na cidade construam uma ETE exclusiva para os efluentes gerados nas indústrias. 
 
Origem Vazão (m
3
/d) 
Concentração 
DBO5 (mg/L) 
 Produção 
(unidade/dia) 
Contribuição/unidade 
produzida 
(kg/unidade) 
Fábrica de papel 60.000 - 162 90 
Têxtil - 324 360 45 
 
31) A empresa "M&M" produz 2400 tambores de produtos prontos para uso de outras indústrias do 
segmento de papel e celulose em 10 dias úteis. Sabe-se que a produção de 200 tambores gera 
3600 kg de DBO5 e a concentração de DBOu no efluente é de 876 mg/L. Calcule a população 
equivalente da empresa. 
 
32) Foram coletadas 5 amostras de água contendo sedimento do Rio Tatuí. Considere que os rios 
tenham sido contaminados com a mesma concentração de cada íon, analise os resultados 
expressos na Tabela abaixo e responda. 
 
Parâmetro A B C D E 
pH 5,20 4,70 9,40 3,70 8,10 
Pb (mg/L) 3,52 2,24 0,21 4,63 3,17 
Cu (mg/L) 5,31 3,52 0,14 6,71 4,46 
Zn (mg/L) 6,17 6,49 0,18 7,92 5,92 
 
a) Em cada rio, os íons encontram-se solúveis ou precipitados? 
b) Analise os resultados dos rios com maior e menor concentração iônica. O que justifica esse 
comportamento?

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