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Psicologia do Esporte Fatores intervenientes

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Fatores Psicológicos intervenientes no esporte
José Antonio Bicca Ribeiro
Quais fatores (de ordem psicológica) interferem na prática esportiva ou performance?
Os principais objetivos do treinamento psicológico podem ser entendidos como: desenvolvimento das capacidades psíquicas do rendimento, criação de um bom estado emocional durante os treinos e as competições e, finalmente, desenvolver uma boa qualidade de vida dos atletas, técnicos e outras pessoas envolvidas no esporte (SAMULSKI, 2002). 
O treinamento psicológico precisa ser considerado como um elemento indispensável do treinamento diário do atleta e também do técnico. 
É necessário um diagnóstico preciso das condições psíquicas iniciais do atleta por um profissional bem qualificado nos diferentes métodos aplicados. 
Ativação
É uma preparação fisiológica e psicológica geral, variando em um continuum de sono profundo a uma intensa agitação.
Mistura de atividades fisiológicas e psicológicas em uma pessoa e refere-se às dimensões de intensidade da motivação em um determinado momento.
Indivíduos altamente ativados são mentais e fisicamente excitáveis; 
Têm os batimentos cardíacos, respiração, e sudorese aumentada;
A ativação não está automaticamente associada a eventos agradáveis ou desagradáveis. 
A ativação pode-se manifestar tanto a nível fisiológico, cognitivo ou motor. 
É bem provável que estas formas de manifestações estejam presentes ao mesmo tempo, mas uma das formas é provável que predomine sobre as demais. 
No momento de pré-competição, o atleta no vestiário pode perceber a ativação fisiológica, através da frequência cardíaca ou do suor nas mãos.
Uma das principais preocupações dos técnicos é como “acender” o atleta ou o time para as competições. 
A maior parte das discussões entre eles diz respeito às maneiras de ativar o atleta de modo a dar o máximo de si. 
O objetivo é dar condições ao atleta que possibilitarão a sua melhor atuação, sem estimulá-lo a um grau tal que possa prejudicar seu desempenho. 
A ativação é uma condição importante para a disposição, a compreensão e o rendimento dos indivíduos. 
Um bom grau de ativação torna mais consciente os processos de percepção e ação. 
No plano comportamental, um bom nível de ativação é necessário para a otimização da coordenação de sequências motoras (SAMULSKI, 2002).
A ativação relacionada à prática esportiva faz referência às dimensões da motivação, no que diz respeito à intensidade da mesma em um momento concreto, estendendo-se desde a falta absoluta de estímulo (ausência total de excitação) até a excitação extrema (WEINBERG; GOULD, 1996).
As sensações positivas que fazem parte das atividades esportivas podem acarretar um aumento da ativação positiva, promovendo um estado ideal de execução;
A ansiedade, o aborrecimento, a raiva e o medo do fracasso podem repercutir em um aumento da ativação negativa, deteriorando o desempenho do esportista (MARTENS, 1987). 
Os aumentos dos níveis de ativação num limiar superior à ativação ideal fazem com que os níveis de ativação fisiológica sejam tão intensos que ocasionam um rápido declínio no desempenho (HARDY, 1996).
Como melhorar?
Biofeedback: É a técnica que ensina às pessoas usarem os recurso naturais do aprendizado de modo intencional, valendo-se de sinais fisiológicos captados por monitores eletrônicos. 
Técnica Becker: É uma técnica somático-sugestiva que, através de uma vivência intensa de respiração, oportuniza modificações nos níveis de relaxamento e nos estados de humor do praticante.
Visualização: É um tipo de treinamento mental que oportuniza ao praticante o aperfeiçoamento do movimento, através de uma imaginação do mesmo, sem sua realização simultânea. É a habilidade para usar todos os sentidos para criar ou recriar uma experiência na mente. 
Assim, é importante que cada pessoa aprenda seu padrão particular de ativação, reconhecendo qual é o seu nível ótimo de ativação e os sinais ou sintomas de baixa ou alta ativação que lhe são característicos (STEFANELLO, 2007). 
Este grau de ativação varia de indivíduo para indivíduo. Alguns mostram melhor desempenho quando estão em um grau de ativação mais elevado, outros vivenciam a mesma situação quando estão mais tranquilos (HARRIS, 1991).
Além disso, os níveis de ativação variam de acordo com o tipo de tarefa. Dependendo da atividade que é desenvolvida, o corpo está mais ou menos ativado, sendo fundamental encontrar o estado ótimo de ativação corporal para a tarefa em causa. 
Existe uma tendência de que o desempenho seja beneficiado conforme a ativação aumenta até certo ponto, a partir do qual incrementos na ativação levam a desempenhos piores. 
A ativação psíquica provoca uma mobilização do organismo e o prepara para a execução da tarefa, mas a mobilização excessiva de recursos fisiológicos prejudica o desempenho esportivo, por produzir tensão muscular e excesso e problemas na coordenação, consumir reservas energéticas e modificar os padrões de movimento, perceptivos e atencionais. 
Indivíduos diferentes são mais ou menos excitáveis; 
Tarefas fechadas (onde as dimensões espaciais do movimento são constantes) geram maiores níveis de ativação que tarefas abertas; 
Maior ativação reduz o campo de atenção (e o indivíduo passa a ter dificuldades em perceber e responder corretamente a estímulos periféricos), assim como baixos níveis de ativação dispersam o foco de atenção (e o atleta acaba por processar informações irrelevantes). 
Concentração
No âmbito do esporte, um bom rendimento está ligado, frequentemente, à capacidade de o indivíduo concentrar-se na execução de uma ação esportiva. 
Pensamentos sobre aspectos irrelevantes podem aumentar a frequência de erros durante a sua performance, assim como pensar no passado ou no futuro.
A capacidade de controlar a concentração representa a habilidade de o indivíduo manter o foco de atenção em sinais ou estímulos ambientais relevantes, em consonância com as mudanças no ambiente (WEINBERG; GOULD, 2001;SAMULSKI, 2002).
O foco de atenção pode ser analisado em duas dimensões: amplitude (ampla e estreita) e direção (interna e externa). 
Um foco de atenção amplo permite que o indivíduo perceba diversas ocorrências simultaneamente. 
O foco estreito ocorre quando o indivíduo responde a um ou dois estímulos. 
O foco de atenção externo dirige a atenção externamente para um objetivo.
O foco de atenção interno é voltado para pensamentos e sentimentos. 
Samulski (2002) afirma que as exigências de concentração das modalidades que requerem um alto nível técnico são orientadas para o próprio corpo/movimento e focalizadas na tarefa de curta duração com alto nível de intensidade de concentração. 
É importante que, durante as sessões haja a criação de incentivos e estímulos, com o intuito de evitar a monotonia e estabelecer metas novas e desafiantes em todas as aulas. Essas estratégias apontam para a importância da motivação para a concentração. 
O indivíduo terá maior facilidade em se concentrar naquilo que é interessante para ele. A monotonia dos treinamentos e a falta de incentivos, portanto, podem levar o sujeito ao desânimo e à falta de interesse (DE PAULA JR.; MIRANDA; BARA FILHO, 2003). 
Para Machado e Araújo (2010) é de extrema importância favorecer aos praticantes a aprendizagem de estratégias pessoais para alcançar um nível de ativação adequado para a percepção e ação, em sua prática esportiva, pois:
“o nível de ativação é um fator decisivo na capacidade de atenção, pois o mesmo influenciará diretamente no foco de visão, determinando a capacidade de percepção, a seleção de sinais relevantes e a atenção propriamente dita” (NOCE; SAMULSKI, 2001, p.171). 
Quando o nível de ativação está nos extremos (muito baixo, ou muito alto), a concentração apresenta-se em um nível baixo, sendo os níveis intermediários de ativação, correspondentes a um ótimo nível de concentração. 
Ainda para o mesmo autor, a capacidade de controlar e modificar o nível de ativaçãoinfluencia tanto o processo de atenção em longo prazo, como também em curto prazo.
Qualquer variável que potencialize o nível de ativação deve provocar uma alteração na qualidade de atenção, como, por exemplo, fadiga, padrões de sono e hora do dia, ou seja, os níveis de ativação estão relacionados com os ritmos circadianos e com as flutuações de temperatura corporal durante o dia (CRATTY, 1989). 
Ansiedade
Segundo Dias (2005), nos últimos 20 anos, a investigação da ansiedade vem se tornando um dos principais motivos de preocupação e interesse por parte de pesquisadores no ramo da Psicologia do Esporte, tendo sido vista, durante muito tempo, como um dos fatores psicológicos mais prejudiciais ao desempenho esportivo. 
E para Guzmán, Amar e Ferreras (1995), um alto nível de ansiedade pode intervir no desempenho esportivo, considerando-se que produz efeitos negativos como a inibição das habilidades motrizes finas e a diminuição da capacidade de tomada de decisão.
De acordo com Graeff (1999), etimologicamente, a palavra ansiedade origina-se do termo grego Anshein, que significa “estrangular, sufocar, oprimir”, termos que, metaforicamente, referem-se à experiência subjetiva característica da ansiedade. 
Sob o ângulo de buscar o valor adaptativo dos processos comportamentais e psicológicos, a ansiedade tem suas raízes nas reações de defesa dos animais, observadas em resposta a situações de perigo encontradas no meio ambiente (Graeff, 1999).
A ansiedade é uma condição estressante, sendo, então, acompanhada da mobilização do eixo hipófise-adrenal, tendo assim, aumentos dos níveis do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) no sangue, resultando na liberação de corticoides adrenais.
Entre os sintomas de origem somática, tem-se dor de cabeça e dor lombar, causadas pelo aumento da tensão muscular, palpitação, causados pelos movimentos mais vigorosos e rápidos do coração, sudorese emocional, náusea e vazio no estômago e falta de ar e tontura. 
Já entre os sintomas psicológicos ou cognitivos, encontram-se hipervigilância, dificuldade de concentração e de conciliação do sono, apreensão e antecipação de infortúnios. 
Segundo Spielberger (1979), estado de ansiedade é uma reação emocional transitória e caracterizada por sentimentos subjetivos de tensão, apreensão, nervosismo e preocupação, que intensificam a atividade do sistema nervoso autônomo, incluindo alteração da frequência cardíaca, do padrão de respiração, da pressão arterial, inquietações, tremores e aumento da sudorese. 
Se um estímulo interno ou externo ao indivíduo for entendido como perigoso ou ameaçador uma reação emocional será desencadeada. 
Mais importante do que a ameaça em si, é como o indivíduo percebe essa ameaça. 
De acordo com Martens (1990), as causas para o aparecimento da ansiedade antes da competição, reduzem-se a dois fatores: 
a incerteza que os indivíduos possuem acerca do resultado;
a importância que o resultado representa para os indivíduos. 
SINTOMAS FÍSICOS X PSICOLÓGICOS
Os sintomas psicológicos referentes a dias anteriores à competição podem ser caracterizados como alterações de pensamento, diminuição do comportamento de autocontrole, cansaço, insônia, dificuldade de relaxar, distração, preocupação e irritação. 
E os sintomas psicológicos referentes a momentos antes da competição podem ser desconfiança, pensamentos negativos, preocupação, irritabilidade, dificuldades em estabelecer atenção, aumento de conflitos pessoais e diminuição da capacidade de processar informações. 
Os sintomas físicos estão relacionados à aceleração da pulsação, aumento da pressão sanguínea, aumento da tensão muscular, dificuldades respiratórias, sudorese, boca seca e náuseas (Guzmán, Amar & Ferreras, 1995).
Ansiedade estado
É um estado emocional temporário, em constante variação, com sentimentos de apreensão e tensão conscientemente percebidos, associados com a ativação do sistema nervoso autônomo.
Ex.: Pênalti
Ansiedade Traço
É uma tendência comportamental de perceber como ameaçadoras circunstâncias objetivamente não perigosas, e de responder a elas com ansiedade-estado desproporcional;
Pessoas com ansiedade-traço elevada, tendem a ter mais estados de ansiedade em situações competitivas do que aquelas com nível mais baixo.
Importante!
Tentar predizer os níveis de ansiedade e controla-los a partir de treinamento.

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