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TURISMO, DESENVOLVIMENTO E PRESERVAÇAO DO PATRIMONIO: IMPLICAÇÕES DO TURISMO NA COMUNIDADE DE EXTRAÇÃO (CURRALINHO), MINAS GERAIS, BRASIL

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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) 
Faculdade de Ciências e Letras, Departamento de História – câmpus de Assis
Curso de Graduação em História (Licenciatura)
Disciplina: História Medieval I
Professor Responsável: Ruy de O. Andrade Filho
A ALTA IDADE MÉDIA OCIDENTAL
Michel Banniard
Manoel Messias de Oliveira, RA: 151241058, turno: diurno
Assis, 13 de julho de 2015
A ALTA IDADE MÉDIA OCIDENTAL
As invasões bárbaras sobre as fronteiras no Ocidente eram de contingente pouco numeroso e dificilmente passavam de 16% de uma população local. Esses povos se constituíram em grupos tribais que no início receberam influências das civilizações romanas e que acabaram impondo divisões de terras sobre proprietários antigos. A invasão destes estrangeiros foi tão intensa que fragmentou as fronteiras do Império Romano e somente com Probus (277) que o poder imperial renasceu e estagnou o território romano no final do século IV. Porém, com a morte de Majorianus (461) ocorre a queda do Império Romano no Ocidente. Este feito leva os Bárbaros à administração imperial, mas sem decompor, quanto à estrutura, as funcionalidades do império que em 476 já era comandado por um rei bárbaro. Outro feito foi que os Visigodos de Eurico estavam sobre a Alvérnia, levando Sidónio para o exílio em 475. 
A expulsão dos Vândalos (429), que se direcionaram à África posteriormente, foi conduzida pelos Visigodos através de um acordo estabelecido com Roma e, depois, em nome do imperador Avitus afastaram os Suevos. Os Visigodos ocuparam então, principalmente, a região da atual Espanha (posteriormente, em 551, o exército de reconquista de Justiniano ocupa o Sul Mediterrâneo da Espanha) e, ainda, tentaram impor seu Arianismo. Em 493 os Ostrogodos de Teodorico perseguem os exércitos de Odoacro, constituindo um estado romano-gótico.
O Cristianismo Ariano dos Vândalos cai na África devido ao apoio bizantino Oriental e da igreja católica. Desse modo, o Oriente parte em reconquista de Cartago, retomando a hierarquia regular do Cristianismo Ortodoxo. Porém, posteriormente, a África vai contra a vontade do imperador, querendo uma crença heterodoxa e evidenciando o enfraquecimento do poder bizantino no século VII. Os vestígios do Arianismo somem com o nacionalismo da igreja e da realeza. Assim, a igreja começa a querer um poder único e central. 
 Com as invasões Muçulmanas parte da aristocracia hispano-gótica recua para o norte da Espanha, fundando o reino das Astúrias. Os Muçulmanos enfraqueceram devido aos conflitos internos entre os berberes e os árabes, começando a existir um avanço do reino cristão. Com a vitória do rei Teodorico dos Ostrogodos sobre Odoacro na Itália é estabelecida uma união da aristocracia romana que fica com funções na administração civil e os Godos com a segurança do estado (e ainda recebem terras). Com a morte de Teodorico em 526 Justiniano assume e não gera avanços para a Itália. Com isso, os generais Belisário e Narses, exércitos de apoio e batalhas navais são necessários para restituir a Itália deste período negro. Em 568 os Lombardos entram na Itália. Esta fica sob uma anarquia, até que os reis carolíngios intervêm na Itália (meados do século VIII) e criam um estado pontifício.
A partir do final do século VI a vantagem militar e política merovíngia é perdida nas suas fronteiras e na primeira metade do século VII ficam sobre autoridade de Clotário III e posteriormente de Dagoberto. Este último tenta resolver conflitos internos querendo reformas administrativas e que o poder se torne regional. Durante cerca de um século a Gália passa a enfrentar problemas. Dentre eles os conflitos entre Nêustria e Austrásia, no qual a vitória da Austrásia dá origem a uma nova dinastia. Quando Carlos Magno (768-814) está no poder a situação na Gália começa a se estabilizar contrariando os feitos do período merovíngio.
A partir do século IV, em que os bárbaros estavam ficando sobre o império, a falta de mão de obra afeta a agricultura, necessitando de camponeses meio livres. Apesar disso a moeda, os homens e os bens circulam normalmente. Já no século VI, com a perda merovíngia das suas fronteiras, a fome passa a se alastrar nas populações humildes do ocidente marcando um caráter de insegurança na população, existindo uma redução demográfica intensificada no século VI e VII (enfraquecimento bizantino) e necessitando de mão de obra. Quanto as técnicas agrícolas (rotação das terras e das culturas, uso da charrua, etc), não existiram mudanças intensas a partir do século V entre o Baixo Império e o início da Alta Idade Média. Somente a partir do século VIII, com a época merovíngia, que os arroteamentos das florestas trazem deslocamentos de grupos humanos e em 750 é possível perceber um aumento demográfico relacionado com a recuperação econômica.
A implantação de mercados locais no sistema dominial, nos séculos VI e VII faz com quem os campos recolham atividades urbanas, gerando sua multiplicação no século seguinte. Já com as senhorias eclesiásticas ocorre a organização, após 850, de um trabalho de reagrupamento (“congregatio fundorum”). Depois disso, fornecem mobilidade de mão de obra. Assim, os escravos manuais ficam livres e recebem lotes e os outros escravos por consequência acabam sendo libertados: a igreja implanta uma classe única de camponeses livres.
A partir do século VI o campo possui maior importância, ocorrendo o desaparecimento do proletariado urbano e do artesão devido o processo de ruralização (influência do monaquismo) do espaço urbano. Já no Alto Império, os proprietários fundiários mudam algumas demandas na terra, preferindo a exploração com os colonos livres rendeiros a produção esclavagista.
Os domínios senhoriais eram explorados diretamente pelo proprietário e possuíam alojamentos para escravos. Pouco a pouco o proprietário começou a entregar aos escravos terra mansi, que eram ocupadas por camponeses e não faziam parte da “reserva”, com a intenção de receber a corveia (era a “reserva” paga em mão de obra). A partir do século VIII a mão de obra servil passa a ser considerada insuficiente, criando uma importância maior para terras extensas. A dinastia carolíngia chega ao poder e retoma os domínios dos patrimônios eclesiásticos nos séculos VII e VIII com o enfraquecimento dos merovíngios devido às partilhas de terras feitas pelo rei. 
A vassalagem torna-se uma instituição estatal organizada e de interesses dos soberanos a partir do poder carolíngio, marcando o sistema social. Após a queda merovíngia (século VII) surgia então uma sociedade vassálica no século VIII e logo pré-feudal. Porém, com Carlos Magno, uma relação privada em hierarquias é pensada para construir um Estado verídico. A consequência disso foi a necessidade de se obter conquistas territoriais, já que a terra servia como pagamento nesta sociedade. Ocorre, portanto, numa formação de uma sociedade marginalizada. A saída no final do século IX dos carolíngios marcou a melhoria nas estruturas sociais.
No final do século VIII e começo do IX, na Itália Central, a grande propriedade começa a ser repartida. O processo de Incastellamento começa a ser formado com a colocação dos trabalhadores agrícolas na castra. Depois do estabelecimento do poder carolíngio, o feudalismo não conseguiu aparecer no Lácio e só foi se mostrar no século XI (tardia).
As especializações geravam comércio de transportes e de trocas através de todo o oriente, mas as invasões muçulmanas atingiram em algumas cidades (como no sudeste da Gália e da Espanha) o comércio e levaram prejuízos econômicos a partir do século VIII. No mesmo século, a conquista do reino Lombardo coloca a Itália no mesmo contexto econômico carolíngio e permite o tráfico econômico muçulmano com os portos de Véneto e da Friulia, mesmo sendo protegidos pela frota bizantina.
As invasões bárbaras não substituíram as instituições romanas, fazendo com que o direito romano permanecesse devido a criação de um novo sistema: ficou assim chamadode “personalidade das leis.” As mudanças das relações sociais causou o desaparecimento da escrita institucional nos séculos VIII e IX, que começou a se desenvolver com a necessidade de estabelecer os direitos romanos e bárbaros, e assim marcou o aparecimento das estruturas pré-feudais. 
No século V era perceptível uma distinção e uma complementação entre as instituições estatais e as eclesiásticas. Sendo assim, se a administração romana caísse poderia existir por consequência uma fragmentação religiosa. Porém, quando o império se dissolve, a igreja estava virando uma “entidade para-estatal autônoma”, sobrevivendo à decadência do ocidente. A partir do século VIII a igreja se depara com o império carolíngio e com uma Gália mais forte e também ortodoxa.
Nas cidades romanas o bispo é a força única da cidade, sendo implantada a ideia de território santo. Nos séculos VIII e IX as cidades começam a se fragmentar e os ideais das instituições romanas a desaparecer. Ocorre então um aumento das construções da igreja e o direcionamento da população laica para o subúrbio.
O triunfo do cristianismo quebra a ideia de tempo cíclico e do retorno permanente, criando um pensamento angustiado na sociedade, o medo do desconhecido. É o rompimento com a antiguidade clássica e a formação de uma aristocracia cristianizada que formam esta mentalidade social. 
No final do século V as escolas públicas somem em algumas regiões, criando uma sociedade de analfabetos. Assim, a igreja passa a ter dificuldades para encontrar pessoas qualificadas para os cargos eclesiásticos e, portanto resolve criar centros de formação. A educação passa a ser exclusividade do cristianismo a partir da constituição e da difusão da regra de S. Bento (525). Desse modo, a cultura filosófica é abandonada junto com o conteúdo clássico, começando a apresentar a cultura e a educação não mais como antigas e sim como medievais.
A distinção entre os letrados (ser clérigo) e os leigos (analfabetismo) começa a apresentar um conflito entre estes grupos culturais. Porém, apesar da distinção sempre ocorre interação entre as línguas e as culturas dos grupos (como na cultura popular e a erudita ou na cultura folclórica e a aristocrática ou até mesmo na aristocrática e a clerical). A cultura folclórica é a das massas rurais em sua generalização. Para a igreja romper as ideias folclóricas, necessita adaptar a sua comunicação com a linguagem do público, fazendo com que o rito religioso seja incorporado àquela cultura folclórica.
Antes do século IX o único tipo de literatura que existe é em latim e clerical. Os autores literários pertencem a épocas (períodos históricos): Fortunato pertence mais à Antiguidade; Gregório de Tours apresenta aspectos que tendem ao medieval, mas ficando ligado ainda aos cânones da cultura e da gramática antigas; Com o papa Gregório I obtém-se uma obra voltada para a estrutura cultural e mental mais medieval, porém o uso das culturas antigas ainda é recorrente na sua escrita e, com Alcuíno, aparece a dualidade medieval com a aceitação do classicismo (a literatura latina tardia acaba e começa a literatura latina medieval). Isso permite o aparecimento de uma literatura não clerical no século IX, designando a “Revolução Intelectual” e com a Idade Média o aparecimento da literatura românica devido a implantação dos sistemas feudais.

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