Caso 11 Pratica Simulada 1

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE ANÁPOLIS
Processo nº: 0000
JOÃO PINHO, espanhol, viúvo, contador, portador do RG nº e do CPF nº, residente na Rua Uruguai, nº 180, na cidade de Goiânia, vem por seu advogado cujo o endereço para os fins do artigo 77, V do CPC, é réu nos autos da ação de ANULAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO que lhe move a autora EMPRESA XYZ, já qualificada nos autos da inicial, oferecer:
CONTESTAÇÃO 
Expondo e requerendo-lhe respeitosamente ao Excelentíssimo o que segue: 
BREVE RESUMO DA PRETENSÃO AUTORAL: 
A empresa propositora da ação requere a anulação do negócio juridico de doação exercido pelo réu da inicial, alegando simulação, de forma que assim não teria bens suficientes para amortizar dívida que deveria ser paga por ele, pois a autora o considera fiador do antigo locador de um imóvel pertencente a empresa. 
QUESTÃO PROCESSUAL - 
I. PRELIMINARES:
I.I DA INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO 
Observa-se que a ação foi pleiteada em foro que não condiz com a regra geral que dispõe o CPC, tendo em vista que ela deveria ser imposta no domícilio do réu que como o demonstrado, não é o da propositura da incial, versa assim o artigo 46 do CPC 
 Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens m óveis será proposta, em regra, no foro de dom icílio do réu. (CPC) 
Portanto desde já se requere a imconpetência de juízo para para apreciar a inicial e que seja remetida ao foro em que o réu é domiciliado para assim respeitarmos a normals do direito processual civil vigente.
I.II DA INTEMPESTIVIDADE DA AÇÃO INICIAL 
Ainda que por ventura, seja vencida a preliminar anterior, demonstra a ação já se vencida devido ao prazo decandencial que já foi decorrido, conforme exposto nos fatos. O código civil expõe em seu artigo 178 o prazo de 4 anos para que seja requerido o pedido de anulação do negócio jurídico, diz o artigo: 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência par a pleitear -se a anulação do n egócio jurídico, contado: I - no c aso de c oaç ão, do dia em que ela c ess ar; II - no de err o, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se r ealizou o negócio jurídico; III - no de atos de inc apazes, do d ia em que cess ar a inc apacidade. (CC)
Portanto conferindo o que apresenta o artigo acima, fica impossível pleitear o que requer o autor. 
I.III DA ILEGITIMIDADE PASSIVA 
Conforme exposto nos fatos da ação o réu já tinha se exonerado da obrigação como fiador, com antecedência de 120 dias, informando que não teria essa obrigação renovada após o fim do contrato de 30 meses, e com respaldo do artigo pois verifica-se que sua atitude corresponde a regra nele apresentada, demonstra o artigo 835 do Código Civil: 
Art. 835. O fiador poderá exoner ar -se da fiança que tiver assinado sem lim itação de tem po, sem pre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias apó s a notificação do credor. (CC )
e ainda combinando com o artigo 40 do CC o locador poderia ter determinado novo fiador como apresenta o referido artigo: 
Art. 40. O locador poder á exigir novo fiador ou a substituição da m odalidade de garantia, nos seguintes casos: (...) X – prorr ogação da locação por prazo indeterm inado um a vez notificado o locador pelo fiador de sua intenção de desoneração, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante 120 (cento e vinte) dias após a notificação ao locador. ( Incluído p ela Lei nº 12.112, de 2 009) (LE I LOCAÇÕES. Nº 8.245/91)
Com isso, Excelência, não resta outra maneira, além de declarar o réu João Pinho ilegítimo dessa ação. 
II. DO MÉRITO 
II.I DA OCORRÊNCIA DA ANTECIPAÇÃO DA HERANÇA 
Conforme o exposto nos fatos, João Pinho apenas exerceu de forma atenciosa e generosa a sua função de pai, proporcionando a suas filhas bens que podem dar a elas estabilidade para iniciarem suas vidas de forma independente. A doação foi feita de forma correta e de acordo com a lei, portanto não há o que se falar em simulação do feito entre o réu e suas filhas. O o artigo 544 do CC ainda respalda o ocorrido quando diz: 
Art. 544. A doação de as cendentes a des cendentes, ou de um cônjuge a outro, im por ta adiantam ento do que lhes cabe por herança. (CC) 
III DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, o réu, com o devido acatamento e respeito, desde logo requer:
1- O acolhimento das preliminares no que decorre a incompetência desse juízo para apreciação dessa ação
2- O reconhecimento da preliminar peremptória de ilegitimidade passiva, tendo em vista o réu não ser mais fiador a época da propositura da ação. 
3 - Seja declarado a extinção do presente processo por motivos de intempestividade com a resolução do mérito
4 - O reconhecimento da improcedência do pedido da ação tendo em vista que o negócio celebreado por João Pinho, nada mais é que uma antecipação de herança a suas filhas. 
5 - Pede-se a condenação da parte autora aos custos e honorários processuais da presente ação. 
 V . DA S P R OVA S 
Reque r a prod uçã o d e tod as as pro vas e m d i rei to admitidas, na ampli t ude dos arti gos 36 9 e segui ntes do C P C , em especi a l do cumenta l, testem unha l , peri ci al e de poi mento pe ssoal do auto r
Nestes termos, pede-se o deferimento 
NOME DO ADVOGADO
OAB/UF NºXXXXXXXXX