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Direito das Coisas

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DIREITO CIVIL
Direito das Coisas: trata-se da disciplina, que regula o poder do ser humano sobre os bens, e as formas de utilização mecânica.
Coisas: é tudo, excluindo o ser humano.
Domínio: poder que exercemos sobre o bem, como de usar, gozar, dispor e reivindicar.
Propriedade: direito sobre o elemento. 
Princípio da função social da propriedade: principio e garantia constitucional. Equilíbrio entre o interesse público e privado. Destina-se a tirar do bem tudo que ele produz (em relação a terra). Trata-se de um princípio constitucional celebrado em 1998 e que se reproduz nas normas infraconstitucionais. Caracteriza-se pelo equilíbrio entre o interesse público e privado, garantindo que a propriedade, seja exercida não apenas no interesse do proprietário, mas inclusive para garantir o bem-estar social, destinando os bens as suas funções observando as relações de trabalho e retirando da coisa aquilo que puder produzir. 
Características dos Direitos Reais: Oponibilidade, Direito de sequela, Exclusividade, Preferência e Taxatividade.
Oponibilidade – erga omnes (que uma pessoa titular de direito real sobre uma coisa, é livre para exercer seu poder sobre a coisa): É quem detém o poder sobre a coisa, e pode dar a quem quer que seja.
Direito de Sequela: direito de perseguir as coisas. O direito real acompanha a coisa, aonde quer que ela vai, garantindo do seu titular a prerrogativa de reaver o bem quando estiver indevidamente no poder de terceiros. Em virtude desse caráter exige-se a publicidade dos direitos reais.
Exclusividade: não podem existir dois direitos reais sobre o mesmo objeto de mesmo conteúdo. 
Obs: a figura do condomínio existe para satisfazer uma necessidade comercial de coexistência do direito do direito de propriedade sobre o mesmo objeto. 
Preferência: quem exerce o direito real tem a preferência de satisfação da relação jurídica, frente as outras pessoas. Exemplo nas relações de credito, quando existe o exercício de direitos reais sobre a coisa alheia.
Taxatividade: Para a doutrina mais clássica e nos termos do ordenamento jurídico vigente, os direitos reais são aqueles previstos por lei, não sendo possível a criação de direito real por contrato ou liberdade negociável (não é autorizado no exercício de autonomia privada criar direitos reais.
Art. 1225 CC: São direitos reais: a propriedade; a superfície; as servidões; o usufruto; o uso; a habitação; o direito do promitente comprador do imóvel; o penhor; a hipoteca; a anticrese; a concessão de uso especial para fins de moradia e a laje.
Objetos: bens corpóreos ou incorpóreos, desde que sejam passiveis de relação. Aquilo que pode ser apropriado.
Sujeitos: a) Ativo: titular do direito real, enquanto que o b) Passivo: é qualquer pessoa em virtude da oponibilidade erga omnes.
Direitos Reais: 
Recai sobre a coisa ou bem
Tem caráter absoluto, por conta de sua oponibilidade erga omnes
Só cabe um sujeito ativo
Concede a usufruto
Direitos Pessoas:
Relações humanas (a coisa tem caráter mediato)
Direito obrigacional (tem caráter relativo)
Não há identificação dos sujeitos, mas traz uma noção.
Concede uma ou mais prestações
Plano Intermediário
Obrigações propter rem - obrigação decorrente do domínio/posse de um bem. Surge quando alguém exerce um direito real. Trata-se de obrigações reais que recaem sobre o titular do direito; o proprietário é o sujeito da obrigação em virtude do direito real que possui.
Ônus reais: Trata-se de um gravame que recai sobre uma coisa restringindo o titular. Limitação de uso e gozo da propriedade.
Classificação
Quanto a propriedade 
 Coisa própria: trata-se do direito exercido que pertence ao titular (propriedade)
 Coisa alheia: direito exercido sobre o bem que pertence a outra pessoa, pode ser, por exemplo o direito de gozo ou fruição (usufruto, uso ou habitação) ou um direito de garantia.
Quanto a classificação do bem
 Principais: possuem autonomia e não dependem de outro
 Acessórios: pressupõem a existência de outro direito real para ser exercido (hipoteca, usufruto)
Quanto aos poderes do titular do direito
 Direito real ilimitado: trata-se da propriedade que reúne os quatro atributos (usar, gozar, dispor e reivindicar)
 Direito reais limitados: são aqueles que apresentam alguns dos atributos inerentes a propriedade – Do ponto de vista do exercício do direito, todos os direitos sofrem limitação, inclusive a propriedade.
POSSE: situação de fato, não é um direito. Caracteriza-se pelo estado de aparência no exercício que pode alguém exercer sobre uma determinada coisa, interessa ao ordenamento jurídico a proteção desta situação uma vez que ela pode traduzir a existência de um direito real, garantindo o seu exercício. Além disso a defesa de um estado de aparência garante a manutenção da ordem social.
Detenção: Trata-se do exercício do poder de fato em nome alheio, mantendo uma relação de dependência com o verdadeiro possuidor, seguindo as suas ordens. 
Propriedade: é adquirida depois do registro.
Objetos da posse: 
 Bens corpóreos (materiais): casa, carro e etc.
 Incorpóreos (imateriais): direitos autorais, direitos de credito, etc.
Teorias da Posse:
Teoria Subjetiva:
Savigny – conjunção de dois elementos (corpus + animus): posse se caracteriza pela união de dois elementos, corpus e animus, o primeiro consiste na detenção física da coisa, ter coisa a sua disposição, ou seja, possuir fisicamente a coisa, o segundo consiste na intenção (vontade) da pessoa em exercer sobre a coisa o direito de propriedade (animus domini).
Teoria Objetiva:
 Ihering – adotada pelo Código Civil: a posse possui apenas um único elemento: corpus (exteriorização da propriedade, ou seja, para Ihering não precisa ter o animus domini, basta a pessoa agir (comportar) como dono (proprietário para ser considerado possuidor. 
OBS: Art.1196 CC: Possuidor é todo aquele que tem de fato o exercício.
Exemplos de poderes inerentes a propriedade: Eu cerquei um terreno; Eu passei a limpar o terreno; Eu passei a plantar no terreno; Eu sou possuidor do Terreno. Ou seja, usar, gozar, dispor ou reaver a coisa de quem injustamente a possua ou detenha.
Possuidor: e todo aquele (pessoa natural ou pessoa jurídica) que tem de fato o exercício (comporta-se como dano), pleno ou não, de algum dos podres inerentes a propriedade.
Proprietário: é a pessoa que possui o direito real de propriedade sobre uma coisa, com atributos de: usar, dispor e reavê-la de que injustamente a possua ou detenha. (Art. 1228CC).
Detentor: é aquele que detém a coisa (tem a coisa fisicamente) e conserva a posse da coisa em uma relação de dependência para com a outra pessoa cumprindo ordens e instruções. – Caseiro o sítio e mora nele.
Ao contrário da posse, que é uma relação fática, a propriedade é um direito real (Art. 1125, inc. I) que vincula uma pessoa a uma coisa.
Nem todo possuidor é proprietário.
Nem todo proprietário é possuidor.
Direitos do Possuidor:
Direito de proteger a sua posse mediante os interditos possessórios (ações possessórias)
Direito dos frutos
Direito a indenização das benfeitorias e do direito de retenção da coisa.
Direito á usucapião (direito de adquirira propriedade do bem)
Classificação da Posse:
Quanto ao seu desdobramento
 Direta/Imediata: Posse temporária, é a de pessoa que tem a coisa em seu poder temporariamente em virtude do seu direito pessoal ou real.
 Indireta/Mediata: É aquela já foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. Entregou a’ a coisa a alguém.
Exemplo: O proprietário exerce a posse indireta, como consequência de seu domínio. O locatário, exerce a posse direta por concessão do locador.
Quanto a origem
 Originaria
Derivada
Quanto aos Vícios
 Justa: Isenta de vícios (roubo (violência), furto (clandestinidade) e apropriação indébita (precariedade). Vide Art. 1220. É a posse adquirida legitimamente, sem vicio jurídico externo.
 Injusta: É a posse adquirida viciosamente, por violência ou clandestinidade ou por abuso do precário. Violência e má-fé nãopodem ser confundidas, pois a violência pode existir sem má-fé.
OBS dos Vícios: Violência pode ser física ou moral, deve se aplicar os princípios da coação; Clandestina é quando furta um objeto ou ocupa imóvel as escondidas; Precária quando o agente se nega a devolver a coisa, é quando o contrato os obriga a restitui-los em prazo certo ou incerto, como empréstimo ou aluguel.
OBS²: Para verificar se uma posse é justa ou injusta, deve-se examinar-se a existência ou não dos vícios apontados.
OBS³: O possuidor tem direito de ser mantido na posse em caso de turbação.
OBS4: Dá-se o traditio brevi manu, quando: o possuidor de uma coisa em nome alheio passa a possuí-la como própria.
Quanto a Subjetividade
 Boa-fé: Se ignora a existência de vicio na aquisição da posse, é de boa-fé. Basta que a posse seja justa, não tem muita relevância nas ações possessórias. 
 Má-fé: Quando existe conhecimentos dos vícios, ou seja, quando se sabe da existência do vício.
Modos de Aquisição
Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. Obtenção do poder de ingerência socioeconômico sobre a coisa. A aquisição da posse interesse as relações jurídicas socioeconômicos e econômicos, em virtude dos efeitos que relação possessória pode produzir. A aquisição marca a forma e o início da relação de fato e de poder sobre determinado bem, podendo ocorrer de forma originaria ou derivada.
Originaria:
Apropriação do bem: consiste na apropriação unilateral da coisa “sem dono”. A coisa diz se “sem dono” quando tiver sido abandonada (res derelicta) ou quando não for de ninguém (res nullius). Dar-se também quando a coisa é retirada de outrem sem a sua permissão. Configura-se também quando a aquisição da posse, embora tenha ocorrido violência ou clandestinidade. Exemplo: o cultivo de um campo abandonado.
Apreensão unilateral
Ocupação para bens moveis
Uso para os imóveis
Exercício do Direito: manifestação que pode ser objeto da relação possessória. Não é o exercício de qualquer direito que constitui modo originário de aquisição de posse, mas daqueles direitos que podem ser objeto da relação possessória, como a servidão, o uso etc. Exemplo: a passagem constante de agua por um terreno alheiro, capaz de gerar a servidão de aguas. (Não se confunde com o gozo)
Realiza-se independentemente de anuência do antigo possuidor ou de qualquer ato translativo. Pode acontecer pela a apropriação do bem, quando o sujeito passa a ter condições de dispor livremente da coisa e exterioriza o seu domínio sem qualquer oposição de terceiro. Trata-se de um ato unilateral que acontece através da ocupação para os bens moveis e do uso para os bens imóveis. Recai, em regra, sobre a coisa de ninguém ou coisa abandonada. A aquisição originaria pode ainda caracterizar-se pelo exercício de um direito, sempre que a manifestação externa do sujeito pode ser objeto de uma relação possessória. A exemplo da servidão, do uso e etc.
Derivada: Decorre de um negócio jurídico; transmitida pelo possuidor a outrem; aquisição bilateral; adquirisse a posse por modo derivado quando há consentimento de precedente, possuidor, ou seja, quando a posse é transferida, o que se verifica com a transmissão da coisa; trata-se do modo de aquisição bilateral, que requer a existência de um vínculo entre o antigo e o novo possuidor. Independente da natureza do ato que deverá ser caracterizado pelo ato translativo. (Pode ser ato gratuito, oneroso entre pessoas vivas, inter vivos ou casa morte.
Tradição: Pressupõe um acordo de vontades; a tradição configura a entrega da coisa de um sujeito a outro, sendo modo de aquisição derivada da posse; A tradição material ou efetiva, representa a entrega real do objeto, a tradição simbólica/ficta representada por atos indicativos o interesse em transmitir a posse. A Tradição consensual caracteriza-se quando aquele que adquire tem a coisa a sua disposição para ser investida na posse, sem necessariamente houver a transferência material. Efetiva; Simbólica; Consensual.
Requisitos: 
Entrega da coisa (corpus)
A intenção das partes em efetuar a transmissão e adquirir-lhe a posse da coisa
Justa causa.
Constituto Possessório: Trata-se da modalidade de transferência convencional, onde aquele que possuía em nome próprio passa a possuir em nome alheio. (Permanência do antigo proprietário, que mesmo vendendo o bem torna-se inquilino no imóvel).
Acessão: Trata-se da transmissão da posse, que pode ser continuada pela soma do tempo pelo antigo e atual possuidor. Na transmissão causa mortis, por exemplo, os herdeiros tomam o lugar do falecido na relação jurídica sendo investidos automaticamente na posse e no domínio dos bens.
Subjetivamente, pelo Art. 1205CC 
Pela própria pessoa: Exige-se para esse sujeito que esteja no exercício de sua capacidade, bem como que venha a produzir ou praticar o ato gerador para a aquisição da posse.
Pelo procurador (representante convencional da pessoa capaz) ou representante legal (representante legal de pessoa Incapaz): Requer a concorrência de duas vontades (do representante e do representado). O procurador responde oficialmente pelos atos a que foi constituído, bem como o representante legal que tem o dever de proteção de interesses de seus assistidos.
Por terceiro sem procuração: Aquisição fica na pendencia da ratificação do sujeito em nome de quem o gestor realizou os atos de aquisição. Essa confirmação transfere do gestor para o novo possuidor todos essas responsabilidades e obrigações sobre a coisa.
Extinção da Posse
Segundo a ordem jurídica vigente a posse caracteriza-se de um dos poderes inerentes a sociedade. Para a teoria objetiva admitida pelo CC02, a relação de posse requer o corpus, ou seja, a coisa materialmente dita, bem como o animus que refere-se a intenção do sujeito caracterizado na destinação econômica dada ao bem. Portanto para a extinção da posse exige-se o desaparecimento de um desses elementos (animus ou corpus). São modos de extinção:
Perda da coisa: Quando o sujeito se vê privado involuntariamente. Extingue-se a posse pelo desaparecimento do corpus
Destruição / Perecimento da Coisa / Pela destruição da coisa: Dar-se a extinção pelo desaparecimento do corpus, podendo acontecer por fato natural, por fato próprio do possuidor ou por fato de terceiro.
Abandono: Se dá quando o possuidor renuncia a posse, manifestando, voluntariamente, a intenção de largar o lhe pertence, como quando alguém atira à um objeto seu. Trata-se da deliberação do sujeito ou ato intencional que afeta o animus domini. Segundo WashingtonBM nem todo abandono da posse significa abandono de propriedade.
Transmissão para outra pessoa (outrem) / Tradição: Trata-se de uma relação bilateral promovendo a extinção para o transmitente em virtude do desaparecimento do animus domini. Ou seja, quando envolve a intenção definitiva de transferi-la a outrem, como acontece na venda do objeto.
Bem fora do comercio: Inaproveitável ou inalienável. Esses bens tornam-se inalienáveis descaracterizando o objeto possível de se exercer a posse. Tal determinação pode acontecer pelas mais diversas razoes, por exemplos, questões sanitárias, de ordem pública, segurança e etc.
Dos Efeitos da Posse
Turbação: todo ato que embaraça/atrapalha o livre exercício da posse, mas continua sob posse.
Turbação de fato: agressão material cometida contra a posse
Turbação de direito: consiste na contestação ou ataques judiciais, pelo réu à posse do autor.
Esbulho: consiste no ato pelo qual o possuidor se vê privado da posse mediante violência, clandestinidade ou abuso de confiança. Acarreta, pois, a perda inteira da posse contra a vontade do possuidor.
A relação de fato e poder exercido por aguem sob um determinado objeto, e que o ordenamento jurídico disciplina e tutela na qualidade de posse, produz os mais diversos efeitos nas relações jurídicas, recebendo da norma vigente a disciplina especifica quanto as consequências dessa relação possessória, dos efeitos da possepodemos apontar: a proteção possessória, a usucapião. O direito aos frutos e até a indenização em virtude da realização de benfeitorias. 
A Proteção da posse ou proteção possessória pode ser exercida pela autotutela ou heterotutela, e que constitui o principal efeito da relação possessória.
A Autotutela refere-se à proteção exercida pelo sujeito utilizando dos seus próprios meios e instrumentos. Pode acontecer por dois meios, o exercício da legítima defesa ou do desforço imediato (nos termos do art. 1210, $1 CC).
Legitima Defesa: Tem lugar enquanto perdurar a perturbação; Quando o possuidor se acha presente e é turbado no exercício de sua posse, pode reagir, fazendo uso da defesa direta; Sem apelar para autoridade, polícia ou justiça; Somente em lugar enquanto a turbação perdurar, estando o possuidor na posse da coisa.
Desforço Imediato: Caracteriza-se diante do atentado que já foi consumado; Ocorre quando o possuidor, já tendo perdido a posse (esbulho), consegue reagir, em seguida, e retomar a coisa; É praticado diante do atentado já consumado, mas ainda no forço imediato é praticado diante do atentado já consumado, mas ainda no calor dos sentimentos. O possuidor tem de agir com suas próprias forças, embora possa ser auxiliado por amigos e empregados, permitindo se necessário o uso de armas.
Obs: O exercício da Autotutela só é permitido em situações expressas, a legitimidade e legalidade do comportamento depende da observância de determinados requisitos legais. Se o exercício for fora das hipóteses legais, pode ser que seja caracterizado crime de “Exercício arbitrário das próprias razões” Art. 345 CP. Os meios empregados devem ser proporcionais a agressão, se houver excesso pode acarretar a indenização de danos causados.
A Heterotutela são as ações possessórias (manutenção, reintegração e interdito proibitório) que são criadas especificamente para a defesa da posse; As ações possessórias (ou heterotutela) possuem como legitimados os mesmos da autotutela. A diferença é que na autotutela o possuidor fará valer seus direitos por si mesmo e nas ações possessórias pleiteará por meio da via judicial (nos termos do Art. 1210, $2 CC); O possuidor pode exercer sua defesa, na manutenção da posse pedir a reintegração da posse ou ainda requerer interditos proibitórios quando passiveis de ameaças ao exercício da sua posse.
Ações possessórias no sentido estrito:
Legitimidade ativa: Exige-se a qualidade de possuidor; aquele que tem o título da propriedade, mas não tem a posse, somente poderá valer-se do juízo petitório. O detentor ou guardião não cabe a proteção pela heterotutela, somente pela autotutela.
Legitimidade passiva: Ocupará o polo passivo da relação processual o sujeito que seja autor da turbação, do esbulho ou da ameaça. Essa pessoa pode ser física ou jurídica de direito público ou privado, exigindo-se plena capacidade para responder civilmente pela pratica de seus atos. Se a perturbação ou o esbulho for praticado por menor incapaz ou pessoa sem discernimento, a ação deverá ser promovida contra o responsável pela vigilância. 
Juízo Possessório: não adianta alegar o domínio, porque só se discute a posse.
Juízo Petitório: a discursão versa sobre o domínio, sendo secundária a questão da posse.
OBS¹: O herdeiro a título universal também é legitimado no polo passivo, uma vez que é continuador da posse de seu antecessor. Se o autor da ação de esbulho ou turbação for pessoa jurídica de direito privado, deve se ter cuidado para não confundi-la com aquele que apenas executa as ordens (gerente ou administrador) deve o polo passivo ser ocupado pela pessoa jurídica. Na mesma ordem pode o poder público na pessoa jurídica de direito público ser esbulhador da posse legitima de alguém quando desapossa o sujeito sem o devido processo expropriatório. Segundo a melhor jurisprudência obra pública não pode ser demolida, restando ao proprietário transformar a sua proteção em indenização (desapropriação indireta).
OBS²: Em virtude dos comportamentos, ameaças, turbação ou esbulho trem um limite muito próximo agravando o comportamento, inclusive, no decorrer da proteção possessória, admite-se o princípio da Fungibilidade a essas ações, aplica-se estritamente ao juízo possessório, podendo o Juiz conceder o pedido mesmo que a ação não seja adequada, o
OBS³: Admite-se nas ações possessórias a cumulação de pedidos. A norma processual permite que o autor cumule a sua proteção, o pedido de condenação do réu em perdas e danos, ou ainda a indenização pelos frutos. Uma vez que o juízo possessório não admite discutir propriedade, é preciso verificar a conveniência quanto ao tipo de ação em virtude do rito que ela seguirá, a depender se à ação for de força nova ou ação de força velha.
Ação de força nova: Se a proteção possessória for reclamada no prazo de ano e dia da turbação ou do esbulho a ação será de força nova, cabendo o autor o pedido de liminar, inclusive sem o consentimento da outra parte.
Ação de força velha: Se a ação for promovida passado ano e dia do início da turbação ou do esbulho o processo seguirá o rito ordinário, sendo o órgão considerado de força velha.
Direitos de Percepção dos Frutos
Frutos naturais: são os que se desenvolvem e se renovam periodicamente, em virtude da força orgânica da própria natureza (ex.: frutas, leite, cria dos animais, etc.).
Frutos industriais: são os que aparecem pela mão do homem, isto é, os que surgem em razão da atuação do homem sobre a natureza (ex.: produção de uma fábrica).
Frutos civis: são os rendimentos produzidos pela coisa, em virtude de sua utilização por outrem que não o proprietário (ex.: juros, aluguéis, etc.).
O ordenamento jurídico rege-se pelo princípio da boa-fé objetiva que orienta as relações em direito privado. De modo que se exige do sujeito em determinada situação jurídica uma condição legitima que não cause prejuízos intencionalmente a outrem ou produza vantagens indevidas. Dessa forma, exige-se a classificação quanto a boa-fé ou a má-fé da pessoa para quem se propõe relações de direito.
O mesmo atribui-se, na relação possessória, para fins de percepção quanto aos frutos ou benfeitorias decorrentes dessa posse, no que se refere aos frutos importa ainda classifica-los quanto a origem e a sua situação. A possibilidade de esses para si exige a combinação de ser o possuidor de boa-fé bem como está com fruto em condições ou na situação de colhido.
O ordenamento jurídico veda quaisquer vantagens indevidas, dobrando o princípio da vedação ao enriquecimento sem causa. Por isso, ainda que de má-fé deve o possuidor receber pelas despesas quanto ao custeio e produção dos frutos.
	
	
	Frutos
	
	Posse 
	Pendentes
	Colhidos
	Percipiendos
	Boa-fé
	Restituição / Indenização
	Direitos do Possuidor
	X
	Má-fé
	Direito as despesas
	Indeniza o legitimo possuidor
	Indeniza o legitimo possuidor
 
OBS¹: Frutos colhidos por antecipação devem ser devolvidos.
OBS²: O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a menos que tenha agido com dolo ou culpa.
Ius Collendi: trata-se do direito de levantar ou retirar a benfeitoria sem detrimento/prejuízo do bem.
Benfeitorias: No que se refere as benfeitorias, exige-se igualmente a prova quanto a boa-fé ou má-fé do possuidor. Se estiver de boa-fé deverá ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e úteis, bem como lhe cabe o direito de retenção. Se a benfeitoria for classificada como voluptuária, terá o direito de retirar tal benfeitoria sem causar danos a coisa. No entanto se o possuidor estiver de má-fé lhe cabe apenas o direito em ser ressarcido quanto as benfeitorias necessárias e mais nada. 
	
	
	Benfeitoria
	
	Posse 
	Necessária
	Útil
	Voluptuária
	Boa-fé
	 Indenização + retenção
	Indenização + retenção
	Ius Collendi
	Má-fé
	Restituição pelo valor gasto
	X
	X
 
Propriedade
Jus (direito subjetivo) + múnus (direito + dever): propriedadeé um direito subjetivo por dia. 
Precisa ser economicamente útil
Apesar de sua origem comum, a propriedade vai sofrendo transformações ao longo da história, e alcança um modelo individual. O modelo individual também deve ser considerado a partir da formação política e econômica de cada estado. O modelo atual vigente na legislação brasileira é o modelo individual e capitalista, que mesmo sob o caráter de ser absoluto nos dias atuais sofre restrições que buscam impedir prejuízos ao bem-estar social, destinando-se a produtividade do bem e a justiça social.
Conceito por MariaHD: trata-se do direito que tem a pessoa natural ou jurídica, dentro dos limites normativos, de usar, gozar, dispor de um bem corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindicar de que injustamente o detenha. 
Essas restrições impostas ao direito de propriedade podem ser preestabelecidas por lei, ou ainda fixadas voluntariamente pelo titular da propriedade (ex: usufruto, servidão, clausula de incomunicabilidade).
Direito de usar: trata-se da possibilidade de retirar todos os serviços que ela pode prestar, sem modificar ou alterar a sua substância.
Direito de gozar: trata-se da percepção dos frutos e da utilização dos produtos, explorando economicamente o bem.
Direito de dispor: trata-se do poder de alienar o bem, seja o título gratuito ou oneroso, bem como de consumir o bem exercendo livremente o jus disponendi.
Obs¹: Gravar um bem também exige o direito de dispor a coisa, exigindo a titularidade quanto propriedade.
Obs²: Exige igualmente direito de dispor para que seja possível a gravação de outro direito real sobre o bem, a exemplo dos direitos reais de garantia.
Direito de sequela: trata-se do poder de mover a ação própria para obter o bem de quem injustamente o detenha. O direito de sequela acompanha o bem aonde quer que ele vá, em favor do titular da propriedade.
Características:
 Caráter absoluto (sofre limitações): O titular da propriedade pode desfrutar ou dispor do bem seu livre interesse, observando os limites impostos pela lei.
 Oponibilidade erga omnes: o titular do direito real da propriedade pode opor-se a quem quer que seja indistintamente de modo que, no polo passivo existe um caráter de universalidade, pode figurar qualquer pessoa.
 Exclusividade: a existência de um direito real exclui o outro, de modo que não haverá mais um direito real com mesmo conteúdo. Esse caráter não é rompido mesmo com a existência do condomínio, em virtude da fração ideal representativa de cada condômino.
 Perpetuidade do domínio: subsiste o direito de propriedade independente do seu exercício, mantendo-se ao titular do direito real enquanto ele quiser.
Objeto da propriedade: a propriedade pode ser exercida sobre qualquer bem, desde que pertença as relações de comercio. Quando a propriedade é exercida sob os bens corpóreos exige-se a indicação do valor economicamente materializado, bem como esse bem seja individualmente determinado, além da indicação dos seus acessórios.
Bens corpóreos: moveis e imóveis
Bens dentro do comercio
Se recair sobre os bens corpóreos
Corporeidade; Individualização; Acessoriedade
Classificação:
 Extensão do direito:
Plena: diretamente ligada aos atributos da propriedade. Quando exercida com todos os seus elementos para o titular do direito.
Limitada: caracteriza-se quando for desmembrado algum de seus elementos para o titular do direito.
 Perpetuidade:
Perpetua: caracteriza-se pela duração do exercício do titular do direito enquanto este tiver interesse.
Resolúvel: caracteriza-se quando existe uma razão de extinção ou condição resolutiva para o exercício do titular do direito.
 Propriedade Imóvel
A Aquisição da propriedade confere dimensão material ao direito imediato, uma vez que possa a identificar o sujeito titular do direito atribuindo a alguém os atributos previstos na lei. Significa a personificação do titular do domínio que passa a responder sobre o bem e sobre ele a exercer seu poder. Sua aquisição de propriedade se dá pelo registro do título (escritura). 
Aquisição da propriedade representa a personalização do direito a um titular.
Classificação: 
 Originária: Caracteriza-se quando não existe vínculos com o antigo e novo proprietário. Ex: acessão e usucapião
 Derivada: Caracteriza-se quando existe a transmissibilidade do domínio seja por ato entre inter vivos ou causa mortis. Ex: registro do direito e a herança.
Modos de aquisição:
 Pelo registro de título:
Lei 6015/73, Art. 167 – LRP
Art. 1227 CC
Ato inter vivos
Aquisição derivada
Antes do registro só há direito pessoal e a eficácia é relativa 
O Sistema brasileiro de aquisição da propriedade imóvel, estabelece a necessidade do registro do título. Sem o registro não há transmissão de propriedade, e antes do registro só existe direito pessoal de eficácia limitada. A eficácia do registro começa desde o momento em que o título é apresentado e prenotado no livro de protocolo (o número de ordem do protocolo determina a propriedade do título e a preferência no direito real).
Atributos do registro
 Publicidade: Torna conhecido o direito do proprietário, garantindo a oponibilidade erga omnes.
 Legalidade: Garante a legitimidade do direito do proprietário, que, com registro, adquiriu segundo as exigências normativas.
 Força Probante: Fundamenta-se na fé pública do registro, garantindo a veracidade das informações constante no registro. 
 Continuidade: Uma vez que a aquisição do registro do título é ato derivado, existindo vinculo transmissível como ato anterior, haverá continuidade.
 Obrigatoriedade: Indispensável a aquisição da propriedade imobiliária por atos inter vivos e em virtude de determinação legal.
 Retificação ou Anulação: O registro não é imutável e o seu teor deve estar alinhado com os fatos reais. Se o conteúdo não demonstrar a realidade ele poderá ser modificado.
Aquisição por acessão:
Art. 1248CC (inc. I, II, III, IV (acessão natural); V (acessão artificial/industrial)
Modo Originário 
Aumento do volume ou do valor do objeto em razão de forças externas.
Trata-se de modo de aquisição originaria em virtude da qual fica pertencendo ao proprietário tudo aquilo que se unir ou for incorporado ao bem.
Acessão caracteriza-se pelo aumento do volume da coisa ou seu valor em virtude de forças externas. Será denominada acessão natural sempre que acontecer por fatos da natureza sem concorrência do trabalho humano, será denominada acessão artificial sempre que resultar do comportamento ou do trabalho do homem.

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