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Aula 01

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Aula 01
Noções de Direito Administrativo p/ PRF - Policial - 2014/2015 (Com videoaulas)
Professor: Daniel Mesquita
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
comentados 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 01 
 
 
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 Aula 01: Estado, Governo e Administração 
Pública. Direito Administrativo. 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO À AULA 01 2 
2. ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: CONCEITOS, ELEMENTOS, PODERES E 
ORGANIZAÇÃO. 2 
3. CONCEITO DO DIREITO ADMINISTRATIVO. 12 
4. OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO 19 
5. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 20 
6. RESUMO DA AULA 24 
7. QUESTÕES 29 
8. REFERÊNCIAS 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
comentados 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 01 
 
 
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1. Introdução à aula 01 
 
Nessa nossa Aula 01, DERUGDUHPRV�D�PDWpULD��³1 Estado, governo e 
administração pública: conceitos, elementos, poderes, natureza, fins e 
princípios. 2 Direito administrativo: conceito, fontes e princípios.´. 
 
Sem mais delongas, vamos à luta! Rumo à aprovação! 
2. Estado, governo e administração pública: conceitos, 
elementos, poderes e organização. 
 
Vamos diferenciar, primeiramente, os conceitos de Estado, governo 
e administração pública. 
Estado é um ente, um sujeito de direitos, que tem como 
elementos o povo, o território e a soberania. 
Na definição de Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (2010, p. 13), 
³(VWDGR�p�SHVVRD�MXUídica territorial soberana, formada pelos elementos 
SRYR��WHUULWyULR�H�JRYHUQR�VREHUDQR´� 
Como ente, o Estado é capaz de adquirir direitos e obrigações. 
Além disso, ele tem personalidade jurídica própria, tanto internamente 
(perante os agentes públicos e os cidadãos) quanto no cenário 
internacional (perante outros Estados). 
O povo, por sua vez, legitima a existência do Estado, pois é do 
povo que origina todo o poder representado pelo Estado. Isso está 
expressamente consignado no art. 1º, parágrafo único, da Constituição 
�³7RGR� R� SRGHU� HPDQD� GR� SRYR�� TXH� R� H[HUFH� SRU� PHLR� GH�
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição)�´ 
Soberania é o poder que tem o Estado de se administrar. Por causa 
da soberania, o Estado pode regular o seu funcionamento, as relações 
privadas de seus cidadãos e as funções econômicas e sociais de seu 
povo. Em razão da soberania, o Estado edita leis que se aplicam ao seu 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
comentados 
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território, sem se sujeitar a qualquer tipo de ingerência de outros 
Estados. 
Por fim, o território é a área onde o Estado exerce sua soberania. 
Assim, já verificamos o conceito de Estado e os seus elementos 
(povo, território e soberania). Temos, portanto: 
ESTADO = POVO + TERRITÓRIO + SOBERANIA 
Os elementos (povo + território + soberania) do Estado não podem 
ser confundidos com suas funções. As funções estatais, normalmente 
GHQRPLQDGDV� ³Poderes GR� (VWDGR´�� VmR� GLYLGLGDV� HP�� legislativa, 
executiva e judiciária. 
 
Funções estatais = Poderes do Estado 
 
 
Legislativo 
Executivo 
Judiciário 
 
A ideia da existência de funções estatais já era mencionada por 
Aristóteles, na Grécia Antiga, mas foi Montesquieu��QD�REUD�³2�(VStULWR�
GDV� /HLV´� ������� quem esmiuçou o tema e influenciou todas as 
Constituições modernas, a partir da Revolução Francesa. 
A Constituição brasileira, na mesma linha, informa que as três 
IXQo}HV� RX� 3RGHUHV� GD�8QLmR�� ³LQGHSHQGHQWHV� H� KDUP{QLFRV� HQWUH� VL´��
são o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. (art. 2º) 
O Legislativo edita atos gerais, impostos de forma isonômica a 
todos. Esse Poder é o que, por excelência, representa a vontade do 
povo. É o povo, por meio de um mandato conferido a seus 
representantes, quem edita as leis que limitarão até mesmo o exercício 
das demais funções estatais. 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
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 O Executivo atua por meio de atos específicos na gestão da coisa 
pública, visando uma situação concreta, dentro dos limites previamente 
estabelecidos pela lei e agindo em prol do interesse público. 
O Judiciário, por fim, exerce a jurisdição (= dizer o direito). Isso 
quer dizer que é dele a função precípua de resolver os conflitos 
existentes entre os indivíduos, entre estes e o Estado ou entre os entes 
que compõem o Estado, bem como é dele a função de interpretar a lei 
para julgar os casos e aplicar o direito. 
A separação das funções estatais não quer dizer que haja uma 
divisão estanque, congelada, de poder entre o Executivo, o Legislativo e 
o Judiciário. O poder do Estado é soberano, uno, indivisível e emana do 
povo. Todos os Poderes são partes de um todo: a atividade do Estado. 
Por isso, a designação mais correta para essa repartição é o vocábulo 
³IXQo}HV´�H�QmR�³3RGHUHV´ 
Além disso, por vezes, um Poder exerce atividade típica de outro. 
Esse fenômeno será melhor estudado nas aulas de direito 
constitucional, mas não podemos deixar de mencionar o sistema de 
freios e contrapesos consagrado em nossa Constituição. 
A função legislativa, por exemplo, pode ser exercida, nos casos 
definidos na Constituição, por meio de medidas provisórias editadas 
pelo chefe do Executivo. O Poder Judiciário, do mesmo modo, possui 
instrumentos para sanar a omissão do Legislativo, como a ADI por 
omissão e o mandado de injunção (foi o que decidido pelo STF nos MI 
670, MI 708 e MI 712) Também o Poder Judiciário pode, em hipóteses 
excepcionais, interferir no mérito administrativo, ou seja, interferir nas 
razões de conveniência e oportunidade que levaram o Executivo a 
praticar determinado ato. 
$VVLP��QHQKXPD�GDV�IXQo}HV�p�³H[FOXVLYD´��PDV�VLP�³SUHFtSXD´�GH�
cada um dos Poderes. Por isso, se diz que a separação das funções no 
%UDVLO�p�³IOH[tYHO´��SRLV�FDGD�XP�GRV�3RGHUHV�GHWpP�DWULEXLo}HV�WtSLFDV�H�
atípicas (estas, em tese, seriam de outro Poder). 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
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Além disso, no sistema de freios e contrapesos, as funções 
promovem uma mútua fiscalização umas das outras (o Poder Legislativo 
fiscaliza atos dos Poder Executivo, por meio dos Tribunais de Contas, o 
Poder Judiciário avalia a legalidade e os procedimentos adotados pelo 
Legislativo, o Executivo nomeia os juízes dos tribunais de segunda 
instância e de instânciasuperior etc.). 
Seguindo no estudo do Estado, percebemos que a sua 
organização é promovida por sua Constituição, que, normalmente, é a 
lei maior de um Estado. É esse texto quem define como se da a 
organização política, a divisão dos territórios, a forma de governo, a 
forma de Estado, a delimitação das atribuições de cada função (Poder), 
os direitos individuais que limitam a atividade do Estado perante o 
indivíduo etc. 
Para que você não se perca, é bom mencionarmos que o Brasil 
adota o federalismo como forma de Estado e a república como forma de 
governo. 
E o que seria governo, então? 
Leandro Zannoni, na obra Direito Administrativo, Série Advocacia 
3~EOLFD��DILUPD�TXH�JRYHUQR�p�HOHPHQWR�GR�(VWDGR�H�R�GHILQH�FRPR�³D�
atividade política organizada do Estado, possuindo ampla 
discricionariedade, sob respoQVDELOLGDGH� FRQVWLWXFLRQDO� H� SROtWLFD´� �S��
71). Podemos complementar esse conceito com a afirmação de 
Meirelles (1998, p. 64-���� GH� TXH� ³JRYHUQR� p� D� H[SUHVVmR� SROtWLFD� GH�
comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de 
manutenção da ordem juUtGLFD�YLJHQWH´� 
Não ignoramos ± e você também não ± que tanto o conceito de 
Estado como o de governo podem ser definidos sob diversos enfoques. 
O primeiro, por vezes, é apresentado sob o critério sociológico, político, 
constitucional etc. O segundo, muitas das vezes, é subdividido em 
sentido formal (conjunto de órgãos), em sentido material (funções que 
exerce) e em sentido operacional (condução política). 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
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Contudo, como esse não é um tema muito cobrado em provas, 
apresentamos apenas o enfoque constitucional do conceito de Estado e 
o sentido operacional de governo. 
Agora que você já sabe os conceitos de Estado e de governo, 
vamos agora para o conceito de Administração Pública. 
A Administração Pública pode ser definida em seu sentido amplo e 
em seu sentido estrito. 
Em sentido amplo, na lição de Di Pietro (2009, p. 54), a 
Administração Pública se subdivide em órgãos governamentais e órgãos 
administrativos (sentido subjetivo) e função política e administrativa 
(sentido objetivo). 
Em sentido estrito, a Administração Pública é subdividida nas 
pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem funções 
administrativas (sentido subjetivo) e na atividade exercida por esses 
entes (sentido objetivo). 
 
Administração Pública 
 sentido amplo sentido estrito 
sentido subjetivo órgãos 
governamentais e 
órgãos administrativos 
pessoas jurídicas, 
órgãos e agentes 
públicos 
sentido objetivo 
 
função política e 
administrativa 
atividade exercida por 
esses entes 
 
Se você entender que em sentido subjetivo o enfoque é dado 
naqueles que realizam as funções e que em sentido objetivo se observa 
a própria função exercida, fica fácil decorar o quadro acima. 
Em sentido objetivo (= material ou funcional), a Administração 
3~EOLFD� p� GHILQLGD�� SRU� 'L� 3LHWUR� ������� S�� ����� FRPR� ³D� DWLYLGDGe 
concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico total 
RX�SDUFLDOPHQWH�S~EOLFR��SDUD�D�FRQVHFXomR�GRV�LQWHUHVVHV�FROHWLYRV´� 
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Essas atividades (ou funções) exercidas pelas pessoas jurídicas, 
órgãos e agentes da Administração podem ser separadas em três 
grupos: fomento, polícia administrativa e serviço público. 
Fomento é a atividade administrativa que incentiva o 
desenvolvimento daqueles que exercem funções de utilidade ou de 
interesse público. Quando a Administração concede auxílio financeiro a 
um produtor rural ou a uma ONG ela está exercendo a atividade de 
fomento. 
Além dessa forma de fomento, a Administração também pode 
conceder financiamentos sob condições especiais, favores fiscais ou 
destinar imóveis desapropriados a entidades sem fins lucrativos. 
A atividade de polícia administrativa, por sua vez, são os atos da 
Administração que limitam interesses individuais em prol do interesse 
coletivo. Esse tema será melhor explorado abaixo, quando falaremos 
sobre o poder de polícia. 
Por fim, serviço público��QD�OLomR�GH�'L�3LHWUR��������S�������p�³WRGD�
atividade que a Administração Pública executa, direta ou indiretamente, 
para satisfazer à necessidade coletiva, sob regime jurídico 
SUHGRPLQDQWHPHQWH�S~EOLFR´� 
Outros doutrinadores incluem a regulação (atividade permanente 
de edição de atos normativos e concretos sobre atividades públicas e 
privadas, de modo a implementar políticas de governo) e a intervenção 
(direta = atuação do Estado no domínio econômico; e indireta = 
regulamentação e fiscalização de atividades privadas) como funções da 
Administração Pública. 
Todas essas funções têm por finalidade executar as políticas de 
governo, exercer a função administrativa em prol do interesse público, 
promover a ordem econômica, urbanística, financeira etc., promover 
serviços públicos essenciais e incentivar as atividades privadas de 
interesse social. 
 
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1. (CESPE ± 2013 ± SEFAZ ± Auditor ± Questão adaptada) Em sentido 
subjetivo, a administração pública confunde-se com os próprios sujeitos 
que integram a estrutura administrativa do Estado. 
 
Isso mesmo, pessoal! Não se esqueçam de que no sentido 
subjetivo o enfoque é dado aqueles que realizam as funções. O 
importante aqui é quem integra a administração. 
Gabarito: Certo. 
 
2. (CESPE ± 2013 ± TCE-RO ± Contador) O Estado é um ente 
personalizado, apresentando-se não apenas exteriormente, nas relações 
internacionais, mas também internamente, como pessoa jurídica de 
direito público capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem 
jurídica. 
ESTADO GOVERNO ADM. PÚBLICA 
É um ente, um 
sujeito de direitos, 
que tem como 
elementos o 
povo, o território e 
a soberania. 
É a expressão política 
de comando, de 
iniciativa, de fixação 
de objetivos do 
Estado e de 
manutenção da 
ordem jurídica 
vigente 
A atividade (sentido 
objetivo) que o Estado 
desenvolve, sob regime 
público, para a realização 
dos interesses coletivos, 
por meio (sentido 
subjetivo) das pessoas 
jurídicas, órgãos e agentes 
públicos. 
 
Questões de 
concurso 
 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
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Questão perfeita! Isso mesmo! Vimos que como ente, o Estado é 
capaz de adquirir direitos e obrigações. Além disso, ele tem 
personalidade jurídicaprópria, tanto internamente (perante os agentes 
públicos e os cidadãos) quanto no cenário internacional (perante outros 
Estados). 
Gabarito: certo. 
 
3. (CESPE ± 2013 ± SEFAZ ± Auditor ± Questão adaptada) A administração 
pública confunde-se com o próprio Poder Executivo, haja vista que a 
este cabe, em vista do princípio da separação dos poderes, a exclusiva 
função administrativa. 
 
A questão apresenta dois erros. O primeiro é em afirmar que a 
Administração Pública confunde-se com o Poder Executivo. Não mesmo. 
E os poderes legislativo e judiciário? O outro erro é afirmar que cabe ao 
Poder Executivo a exclusiva função administrativa. Não mesmo né 
pessoal? Os demais Poderes da República, além de suas funções típicas, 
também praticam atos estritamente administrativos (função atípica). 
 Gabarito: Errado 
 
4. (CESPE ± 2013 ± MS ± Analista-técnico) A tripartição de funções é 
absoluta no âmbito do aparelho do Estado. 
Essa é tranquila né? Já sabemos que o Brasil adota a clássica 
tripartição de Poderes (Executivo, Legislativo, e Judiciário). Esta não 
é rígida (absoluta)!! Já vimos que os demais Poderes (Legislativo e 
Judiciário) também administram (atipicamente). 
Gabarito: Errado. 
 
5. (CESPE ± 2013 ± MI ± Assistente) Na sua acepção formal, entende-se 
governo como o conjunto de poderes e órgãos constitucionais. 
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Apesar de ter dito que o conceito de governo nas acepções 
formal, material e operacional não seja muito cobrado em prova, vez ou 
outra aparece um item! Portanto, muito cuidado, ok? A questão está 
certa! 
Gabarito: certo. 
 
6. (CESPE ± 2013 - MI ± Analista técnico) Os conceitos de governo e 
administração não se equiparam; o primeiro refere-se a uma atividade 
essencialmente política, ao passo que o segundo, a uma atividade 
eminentemente técnica. 
Essa questão sim é mais comum! Não façam confusão! Percebam 
TXH� H[LVWH�PDLV� GH� XP� ³FRQFHLWR´� SDUD� JRYHUQR�� (� XP�QmR� LQYDOLGD� R�
outro. 
Gabarito: Certo. 
 
7. (CESPE - 2012 - TRE-RJ - Analista Judiciário - Área Administrativa) O 
estudo da administração pública, do ponto de vista subjetivo, abrange a 
maneira como o Estado participa das atividades econômicas privadas. 
 
Como vimos acima, a Administração Pública pode ser analisada 
sobre dois aspectos ± o subjetivo e o objetivo. O primeiro aspecto 
(subjetivo, formal ou orgânico) se refere às pessoas, órgãos e entes 
que desempenham a função administrativa. Já no aspecto objetivo, 
material ou funcional, se refere a própria atividade desempenhada (os 
serviços públicos, as atividades de polícia administrativa, as atividades 
de fomento e as intervenções na propriedade). Assim, o item está 
errado. 
Gabarito: Errado 
 
 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
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8. (CESPE- 2010 ± ABIN ± Direito) A administração pública é 
caracterizada, do ponto de vista objetivo, pela própria atividade 
administrativa exercida pelo Estado, por meio de seus agentes e 
órgãos. 
Isso mesmo, pessoal! Vamos treinar! 
Gabarito: certo. 
 
9. (2010/CESPE/INSS/Médico) Povo, território e governo soberano são 
elementos do Estado. 
Perfeito. A questão reflete exatamente o que acabamos de estudar. 
Tranquilo, não é mesmo? 
Gabarito: CERTO 
 
10. (CESPE ± 2010 - TRE-MT - Técnico-Adaptada) Administração 
pública em sentido subjetivo compreende as pessoas jurídicas, os 
órgãos e os agentes que exercem a função administrativa. 
Isso mesmo! O sentido subjetivo compreende as pessoas jurídicas, 
os órgãos e os agentes que exercem a função administrativa. 
Gabarito: CERTO 
 
11. (CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário) A vontade do 
Estado é manifestada por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário, os quais, no exercício da atividade administrativa, devem 
obediência às normas constitucionais próprias da administração pública. 
O Estado se manifesta por meio de suas funções ou Poderes. No 
exercício da atividade administrativa, cada um dos Poderes deve 
obedecer as regras próprias da administração pública. Assim, se um 
Tribunal de Justiça for comprar um bem, por exemplo, ele deve abrir 
procedimento licitatório. Por isso, o item está correto. 
Gabarito: certo. 
 
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12. (CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário) O Estado 
constitui a nação politicamente organizada, enquanto a administração 
pública corresponde à atividade que estabelece objetivos do Estado, 
conduzindo politicamente os negócios públicos. 
O Estado é um ente sujeito de direitos, composto pelo povo, 
território e dotado de soberania. A esse sujeito de direitos dá-se 
também o nome de nação. A atividade exercida pelo Estado que 
HVWDEHOHFH�RV�REMHWLYRV�³SROtWLFRV´�GRV�QHJyFLRV�S~EOLFRV�p�R�JRYHUQR�H�
não a administração pública. Desse modo, o item está errado. 
Gabarito: Errado. 
 
13. (CESPE ± 2007 - MP-AM - PROMOTOR) Os tradicionais elementos 
apontados como constitutivos do Estado são: o povo, a uniformidade 
lingüística e o governo. 
A uniformidade linguística não é elemento constitutivo do Estado! Vimos 
que os elementos são: povo, território e governo soberano, certo? 
Gabarito: Errado. 
 
 
3. Conceito do Direito Administrativo. 
 
Esse ponto introdutório do estudo do direito administrativo pode 
ser cobrado em concursos, pois é o ponto base onde se estrutura todo o 
direito administrativo. Por isso, não podemos ignorá-lo. 
O direito administrativo tem origem na Revolução Francesa, 
quando surgiu o Estado de Direito. 
A partir daí surgiram dois sistemas do direito administrativo 
no mundo: sistema europeu-continental e o sistema anglo-
americano (common law). 
Noções de Direito Administrativo para Policial 
(2014/2015) da PRF. Teoria e exercícios 
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O primeiro sistema teve origem na França e é focado, 
essencialmente, em reger as relações entre cidadãos e Administração, 
fixando prerrogativas e deveres à Administração, bem como 
consagrando garantias individuais em face do poder público. Nele há a 
dualidade de jurisdição, ou seja, não é só o Poder Judiciário quem dá a 
última palavra em uma disputa, há também a jurisdição administrativa, 
exercida pelo Conselho de Estado. 
E o outro sistema, o anglo-americano, em quê consistiria? 
O sistema anglo-americano, por sua vez, deixa para o âmbito do 
direito privado as relações entre Estado e cidadãos. A jurisdição é una, 
exercida exclusivamente pelo Poder Judiciário. 
No Brasil, embora a influênciaseja mais forte do sistema 
europeu-continental, adota-se a jurisdição una. 
Mas será que não há qualquer exceção à jurisdição una no 
Brasil? 
É, meu caro concursando sagaz, você já ouviu dizer que há 
exceções. E há mesmo! 
FALOU EM EXCEÇÃO: ABRA O OLHO!!! 
Em hipóteses excepcionais exige-se o prévio esgotamento das 
instâncias administrativas para se ingressar no Poder Judiciário. 
Na Constituição, o art. 217, §1º, informa que o Poder Judiciário 
só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas 
após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. 
Entretanto, a justiça desportiva tem o prazo máximo de sessenta dias, 
contados da instauração do processo, para proferir decisão final. 
Outra hipótese excepcional é a prevista na súmula nº 02/STJ. 
Para que haja o interesse na impetração do habeas data, o indivíduo 
GHYH� HVJRWDU� DV� LQVWkQFLDV� DGPLQLVWUDWLYDV� DQWHV� GD� LPSHWUDomR� �³QmR�
cabe o Habeas Data - &)� DUW��ž�� /;;,,�� ³D´- se não houve recusa de 
LQIRUPDo}HV�SRU�SDUWH�GD�DXWRULGDGH�DGPLQLVWUDWLYD´��� 
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Mais recentemente, o art. 7º, § 1º, da Lei 11.417/06, que 
disciplina a Súmula Vinculante, determina o exaurimento da via 
administrativa para que seja cabível a reclamação ao STF (na 
reclamação o STF dirá se houve ou não violação, pela Administração, do 
texto da súmula vinculante). Vale a transcrição do dispositivo: 
 
 
 
 
 
 
Por fim, a lei que regula o mandado de segurança (Lei 
12.016/09) determina que não será concedido o mandado de segurança 
quando se tratar de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito 
suspensivo, independentemente de caução. 
Desse modo, as exceções à jurisdição uma no Brasil podem ser 
resumidas da seguinte forma: 
x ações relativas à disciplina e às competições desportivas; 
x impetração do habeas data (prévio esgotamento das 
instâncias administrativas); 
x reclamação ao STF afirmando violação à súmula vinculante 
pela Administração (prévio exaurimento da via 
administrativa); 
x mandado de segurança (não cabe se for possível recurso 
administrativo com efeito suspensivo, sem caução). 
Chegamos, aqui, ao momento de abordarmos os conceitos de 
direito administrativo. Infelizmente, não existe apenas um conceito, 
mas vários. Cada um segundo uma escola ou um critério distinto. Para 
a sua prova, é bom que você saiba o conceito de pelo menos três 
escolas ou critérios. Vamos a eles: 
a) Escola do serviço público: Nesse ponto o Direito 
Administrativo está associado ao serviço público, não distinguindo a 
Art. 7o Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar 
enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo 
indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem 
prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação. 
§ 1o Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da 
reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas. 
 
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atividade jurídica do Estado e o serviço público que é atividade material. 
Esse critério nasceu na França, tendo como um dos seus ideologistas 
Duguit que afirma que o direito público se resume às regras de 
organização e gestão dos serviços públicos. Porém é nítido que o 
serviço público não abrange todo o conteúdo do Direito Administrativo. 
b) Critério do Poder Executivo: Concentra toda a atividade 
administrativa como disciplina exclusiva do Poder Executivo. O que é 
compreensivelmente questionável, levando-se em conta que todos os 
demais Poderes podem exercer atividade Administrativa. 
c) Critério das relações jurídico-administrativas: Alguns 
autores afirmam que o Direito Administrativo é o conjunto de normas 
que norteiam o enlace entre a Administração e os administrados. O que 
é inadmissível já que outros ramos do direito disciplinam essa relação, e 
no mais o Direito administrativo trata de outros assuntos. 
d) Critério teleológico: O Direito Administrativo analisado por 
este ponto de vista seria o sistema de regras, normas jurídicas que 
orientam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. Essa 
corrente foi aceita por diversos doutrinadores, entre eles Oswaldo 
Aranha TXH�GHILQLX�R�GLUHLWR�$GPLQLVWUDWLYR�FRPR�³RUGHQDPHQWR�MXUtGLFR�
da atividade do Estado-poder, enquanto tal, ou de quem faça as suas 
YH]HV��GH�FULDomR�GH�XWLOLGDGH�S~EOLFD��GH�PDQHLUD�GLUHWD�H�LPHGLDWD�´�2�
questionamento desse critério está na sua abrangência, é como se ele 
tivesse passado do ponto. 
e) Critério negativo ou residual: De acordo com essa 
corrente, o Direito Administrativo tem por objeto as atividades 
desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, excluídas a 
legislação e a jurisdição ou somente esta. Di Pietro (2009, p. 46). 
f) Critério da Administração Pública: O Direito 
Administrativo seria a junção de todos os princípios que ordenam a 
Administração Pública, no que concerne às suas entidades, aos órgãos, 
aos agentes e às atividades para realizar o que o Estado almeja. 
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Professor isso cai em concurso? Pode ter certeza que sim! Se 
você quiser focar em alguns, foque nas definições apresentadas nos 
itens (a), (d), (e) e (f). 
E qual é a conceituação admitida hoje pela doutrina brasileira? 
O conceito de Direito Administrativo dependerá do critério 
adotado por cada doutrinador. 
/HDQGUR� =DQQRQL� GHILQH� ³(P� VHQWLGR� DPSOR�� 'LUHLWR�
Administrativo é o ramo do direito público interno que visa a satisfazer 
os interesses da coletividade de forma direta e conFUHWD�´�� 
Di Pietro, por sua vez, conceitua o direito administrativo 
FRPR�³o ramo do direito Público que tem por objeto os órgãos, 
agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a 
Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que 
exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus 
ILQV��GH�QDWXUH]D�S~EOLFD�´ 
Como se vê, o conceito mais admitido pela doutrina brasileira 
tem inspiração no critério da Administração Pública. 
Você duvidou que isso cai em concurso? Veja as questões: 
 
 
 
 
14. (CESPE ± 2013 ± SEFAZ ± Auditor ± Questão adaptada) O 
direito administrativo visa à regulação das relações jurídicas entre 
servidores e entre estes e os órgãos da administração, ao passo que o 
direito privado regula a relação entre os órgãos e a sociedade. 
Pessoal, cuidado com essa questão, ok? A relação entre órgão e 
sociedade também é regida pelo direito administrativo. Claro que 
algumas relações jurídicas envolvendo entes públicos possam ser 
disciplinadas predominantemente por normas de Direito Privado, porém 
prepondera o Direito Administrativo. 
Questões de 
concurso 
 
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Gabarito: Errado. 
 
15. (CESPE ± 2013 ± TRE-MS ± Analista) Dizer que o direito 
administrativo é um ramo do direito público significa o mesmo que dizer 
que seu objeto está restrito a relações jurídicas regidas pelo direito 
público. 
Pessoal, o objeto não está restrito a relações jurídicas regidas pelo 
direito público. O direito administrativo também se aplica às relações 
em que o Estado atua como particular. 
Gabarito: Errado. 
 
16. (CESPE ± 2013 ± TJ-RR ± Administrador) Pelo critério 
teleológico, define-se o direito administrativo como o sistema dos 
princípios que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de 
seus fins. 
Exatamente! O critério teleológico seria o sistema de regras, 
normas jurídicas que orientam a atividade do Estado para o 
cumprimento de seus fins. 
Gabarito: certo. 
 
17. (CESPE ± 2012 ± MPE-PI ± Analista Ministerial) O direito 
administrativo, ao reger as relações jurídicas entre as pessoas e os 
órgãos do Estado, visa à tutela dos interesses privados. 
Lembre-se que o bem tutelado é o interesse público. 
Gabarito: Errado. 
 
18. (CESPE ± 2011 ± TCU ± Auditor Fiscal) Segundo a doutrina 
administrativista, o direito administrativo é o ramo do direito privado 
que tem por objeto os órgãos, os agentes e as pessoas jurídicas 
administrativas que integram a administração pública, a atividade 
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jurídica não contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza 
para a consecução de seus fins, de natureza pública. 
Já vimos que o direito administrativo é o ramo do direito público, e 
não privado como afirma a questão. 
Gabarito: Errado 
 
19. (CESPE - 2010 - INSS - Engenheiro Civil) O direito 
administrativo é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem 
órgãos, agentes e atividades públicas que tendem a realizar concreta, 
direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado. 
Isso mesmo! Questão impecável e dispensa esclarecimentos, né? 
Gabarito: certo. 
 
20. (CESPE - 2009 - TCU - Analista de Controle Externo) O 
direito administrativo, como ramo autônomo, tem como finalidade 
disciplinar as relações entre as diversas pessoas e órgãos do Estado, 
bem como entre este e os administrados. 
Vimos que VHJXQGR�'L�3LHWUR�R�'LUHLWR�$GPLQLVWUDWLYR�³e�R�UDPR�GR�
direito Público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas 
jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a 
atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se 
XWLOL]D� SDUD� D� FRQVHFXomR� GH� VHXV� ILQV�� GH� QDWXUH]D� S~EOLFD�´� $�
autonomia referida não deixa de referir ao direito público, que 
encontra-se em relação de desigualdade jurídica com o particular. Item 
correto. 
Gabarito: certo. 
 
 
21. (CESPE - 2009 - AGU - Advogado) Pelo critério teleológico, o 
Direito Administrativo é considerado como o conjunto de normas que 
regem as relações entre a administração e os administrados. Tal critério 
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leva em conta, necessariamente, o caráter residual ou negativo do 
Direito Administrativo. 
Um critério não se confunde com o outro. O critério teleológico 
seria o sistema de regras, normas jurídicas que orientam a atividade do 
Estado para o cumprimento de seus fins. Já o critério residual ou 
negativo não considera a legislação e a jurisdição para estudo da 
atividade estatal. Item errado. 
Gabarito: Errado. 
 
22. (CESPE ± 2008 ± TJ-DF ± Analista Judiciário) Para a 
identificação da função administrativa como função do Estado, os 
doutrinadores administrativistas têm se valido dos mais diversos 
critérios, como o subjetivo, o objetivo material e o objetivo formal. 
Vamos revisar? O critério subjetivo (ou orgânico) dá realce ao 
sujeito ou agente da função; o critério objetivo material examina o 
conteúdo da atividade; e o objetivo formal explica a função pelo 
regime jurídico em que se situa a sua disciplina. 
Gabarito: certo. 
4. Objeto do Direito Administrativo 
 
O principal objeto do direito administrativo é a regulação da função 
administrativa. Essa função administrativa envolve vários aspetos. 
E quais aspectos seriam esses, que formam o objeto do direito 
administrativo? São os seguintes: 
x Aspecto subjetivo: aqui o direito administrativo estuda os 
órgãos, as entidades e os agentes públicos; 
x Aspecto jurídico: aqui o direito administrativo avalia as 
prerrogativas da Administração e as sujeições jurídicas. 
x Aspecto material: o enfoque aqui é a atividade 
administrativa, executada pelo aparelho do Estado (ou quem 
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dele receba delegação para o exercício de atribuições 
públicas), abrangendo as atividades de prestação de serviço 
público, fomento, poder de polícia e intervenção no domínio 
econômico e na propriedade privada. 
Você já sabe, então, que o direito administrativo estuda a função 
administrativa, que envolve os aspectos subjetivos, jurídicos e 
materiais. 
5. Fontes do Direito Administrativo 
 
 
As fontes do direito administrativo são: 
Lei (em sentido amplo) ± é a principal fonte do direito 
DGPLQLVWUDWLYR� �IRQWH� SULPiULD��� $TXL�� TXDQGR� IDODPRV� ³OHL´�� QRV�
referimos a todo arcabouço legislativo ao dispor do direito 
administrativo: Constituição, leis ordinárias, leis complementares, 
decretos, portarias e outros atos normativos. 
A doutrina, ou seja, os ensinamentos dos teóricos e estudiosos 
do direito administrativo, encontrados nos textos, artigos e livros 
também são fontes. 
A jurisprudência, que quer dizer o conjunto de decisões dos 
tribunais, é a terceira fonte do direito administrativo. Recentemente, foi 
incluída a súmula vinculante entre as fontes do direito administrativo, 
decorrente da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 
Os costumes, ou seja, a praxe administrativa e social, surgem a 
partir de regras criadas pela própria sociedade, que os consideram 
obrigatórias e que não estão escritas. São importantes quando 
influenciam na lei e jurisprudência e são considerados fonte do Direito 
Administrativo. 
Por fim, os princípios gerais de direito são importantes fontes do 
direito administrativo, pois deles extraímos, por exemplo, o postulado 
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da ampla defesa e contraditório (aplicável aos procedimentos na 
Administração). 
Assim, para que fique bem claro, apresentamos o seguinte 
esquema: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário) Em decorrência do princípio da legalidade, a lei é a mais 
importante de todas as fontes do direito administrativo. 
 
Vimos que a Lei (em sentido amplo) ± é a principal fonte do 
direito administrativo (fonte primária). 
Gabarito: Certo. 
 
24. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento) 
Considerada fonte secundária do direito administrativo, a jurisprudência 
não tem força cogente de uma norma criada pelo legislador, salvo no 
caso de súmula vinculante, cujo cumprimento é obrigatório pela 
administração pública. 
Questão correta. A súmula vinculante, prevista no art.103-A da 
CF/88, possibilita a edição de súmula vinculante pelo Supremo Tribunal 
Questões de 
concurso 
 
Fontes do direito administrativo 
Lei 
Doutrina 
Jurisprudência 
Costumes 
Princípios gerais de direito 
 
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Federal, seu cumprimento é obrigatório pela administração pública e 
pelos demais órgãos do Poder Judiciário. 
Gabarito: Certo. 
 
 
25. (CESPE ± 2013 ± TER-MS ± Analista Judiciário ± Questão 
adaptada) As decisões judiciais com efeitos vinculantes ou eficácia erga 
omnes são consideradas fontes secundárias de direito administrativo, e 
não fontes principais. 
Pessoal, é fonte primária! 
Gabarito: Errado. 
 
26. (CESPE - 2013 - MI - Assistente Técnico Administrativo) Os 
costumes, a jurisprudência, a doutrina e a lei constituem as principais 
fontes do direito administrativo. 
 
Decore esse quadro: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: certo. 
 
27. (CESPE - 2012 - TJ/RR - Administrador) A jurisprudência, 
fonte não escrita do direito administrativo, obriga tanto a administração 
pública como o Poder Judiciário. 
Fontes do direito administrativo 
Lei 
Doutrina 
Jurisprudência 
Costumes 
Princípios gerais de direito 
 
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Excetuando a súmula vinculante ou as decisões proferidas pelo 
STF em controle abstrato de constitucionalidade, a jurisprudência não é 
obrigatória. Assim, não obriga nem o Poder Judiciário e nem a 
Administração Pública. 
Gabarito: Errado. 
 
28. (CESPE ± 2011 ± TCU ± Auditor Federal) Os costumes 
sociais também podem ser considerados fonte do direito administrativo, 
sendo classificados como fonte direta, pois influenciam a produção 
legislativa ou a jurisprudência. 
Pessoal, os costumes, a doutrina e a jurisprudências são fontes 
secundárias! 
Gabarito: Errado. 
 
29. (CESPE- 2010 ± INSS - Médico) A jurisprudência não é fonte 
de direito administrativo. 
Essa aqui não se pode errar, hein? Já estudamos que junto com 
as Leis, doutrina e costumes, a jurisprudência constitui fonte para o 
Direito Administrativo. 
Gabarito: ERRADO 
 
30. (CESPE - 2010 - INSS - Engenheiro Civil) Apenas a lei, em 
sentido lato, pode ser tida como fonte de direito administrativo. 
Vimos que são fontes do Direito Administrativo a lei, a 
jurisprudência, a doutrina e os costumes. Questão errada. 
Gabarito: errado. 
 
31. (CESPE - 2009 - SEFAZ/AC - Fiscal Da Receita Estadual) Os 
costumes são fontes do direito administrativo, não importando se são 
contra legem, praeter legem ou secundum legem. 
 
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O costume somente se aplica quando for secundum legem, ou 
seja, em conformidade com a Lei. 
Gabarito: Errado. 
 
 
32. (CESPE ± 2009 ± TCU ± ACE) A CF, as leis complementares 
e ordinárias, os tratados internacionais e os regulamentos são exemplos 
de fontes do direito administrativo. 
 
A Constituição, as leis complementares e ordinárias, os tratados 
internacionais e os regulamentos são exemplos de fontes do direito 
administrativo, de fato. 
Gabarito: Correto. 
 
 
 
Esperamos você nas próximas aulas. Estamos juntos no caminho 
para a sua aprovação! 
Vamos agora ao resumo geral da aula e às questões, para você 
revisar e treinar nos últimos dias que antecederão a sua prova. 
 
6. Resumo da aula 
 
Meu caro, se você ler esse resumo na semana que antecede a 
prova, você vai refrescar o seu cérebro e toda a matéria apresentada 
nessa aula virá como um raio na hora de responder as questões do 
concurso. Siga essa dica e sucesso! 
Agora, se você não estudou nossa aula e acha que vai passar lendo 
só esse ponto da aula: boa sorte. 
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Vimos em nossa aula que os elementos do Estado são POVO + 
TERRITÓRIO + SOBERANIA. 
As funções estatais (ou Poderes do Estado) são: Legislativo, 
Executivo e Judiciário. 
Pelo sistema de freios e contrapesos, verificamos que um Poder 
exerce atividade típica de outro e se fiscalizam mutuamente. 
Decore o seguinte quadro resumo: 
ESTADO GOVERNO ADM. PÚBLICA 
É um ente, um 
sujeito de direitos, 
que tem como 
elementos o 
povo, o território e 
a soberania. 
É a expressão política 
de comando, de 
iniciativa, de fixação 
de objetivos do 
Estado e de 
manutenção da 
ordem jurídica 
vigente 
A atividade (sentido 
objetivo) que o Estado 
desenvolve, sob regime 
público, para a realização 
dos interesses coletivos, 
por meio (sentido 
subjetivo) das pessoas 
jurídicas, órgãos e agentes 
públicos. 
 
Vimos em nossa aula que a definição mais aceita de direito 
administrativo (critério do direito administrativo como Administração 
Pública) é: normas e princípios que regulam os órgãos, entes e 
agentes públicos, que atuam sob regime de direito público para realizar 
concreta e diretamente os fins desejados pelo Estado. 
O direito administrativo tem origem na Revolução Francesa, 
quando surgiu o Estado de Direito. 
A partir daí surgiram dois sistemas do direito administrativo 
no mundo: sistema europeu-continental e o sistema anglo-
americano (common law). 
SISTEMA Francês Esse sistema é focado, essencialmente, em 
reger as relações entre cidadãos e Administração, fixando prerrogativas 
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e deveres à Administração, bem como consagrando garantias 
individuais em face do poder público. 
Nele há a dualidade de jurisdição, ou seja, não é só o Poder 
Judiciário quem dá a última palavra em uma disputa, há também a 
jurisdição administrativa, exercida pelo Conselho de Estado. 
Di Pietro destaca a inovação em dois pontos: 
x Quanto a definição da competência da jurisdição 
administrativa pelo critério do serviço público. 
x Quanto a resolução da questão tendo como base os 
princípios autônomos, diferente do adotado pelo Código 
Civil na relação entre particulares. 
O sistema Inglês é integrante do common law. Esse direito 
baseia-se nos costumes, no uso e decisões das Cortes de Justiça. 
Tanto na Inglaterra quanto nos EUA, o Poder Judiciário controla 
a Administração Pública, da mesma forma como controla as relações 
entre particulares. Na Inglaterra o princípio que rege tal controle é o do 
rule of law. 
 
No Brasil, embora a influência seja mais forte do sistema 
europeu-continental, adota-se a jurisdição una. 
Mas será que não há qualquer exceção à jurisdição una no 
Brasil? 
É, meu caro concursando sagaz, você já ouviu dizer que há 
exceções. E há mesmo! 
FALOU EM EXCEÇÃO: ABRA O OLHO!!! 
Em hipóteses excepcionais exige-se o prévio esgotamento das 
instâncias administrativas para se ingressar no Poder Judiciário. 
As exceções à jurisdição una no Brasil podem ser resumidas da 
seguinte forma: 
x Ações relativas à disciplina e às competições desportivas; 
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x Impetração do habeas data (prévio esgotamento das 
instâncias administrativas); 
x Reclamação ao STF afirmando violação à súmula vinculante 
pela Administração (prévio exaurimento da via 
administrativa); 
x Mandado de segurança (não cabe se for possível recurso 
administrativo com efeito suspensivo, sem caução). 
Para a sua prova, é bom que você saiba o conceito de pelo 
menos três escolas ou critérios. Vamos a eles: 
a) Escola do serviço público: Nesse ponto o Direito 
Administrativo está associado ao serviço público, não 
distinguindo a atividade jurídica do Estado e o serviço público 
que é atividade material. Esse critério nasceu na França, 
tendo como um dos seus ideologistas Duguit que afirma que 
o direito público se resume às regras de organização e gestão 
dos serviços públicos. Porém é nítido que o serviço público 
não abrange todo o conteúdo do Direito Administrativo. 
 
b) Critério teleológico: O Direito Administrativo analisado por 
este ponto de vista seria o sistema de regras, normas jurídicas que 
orientam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. Essa 
corrente foi aceita por diversos doutrinadores, entre eles Oswaldo 
Aranha que definiu o direito Administrativo como ³RUGHQDPHQWR�MXUtGLFR�
da atividade do Estado-poder, enquanto tal, ou de quem faça as suas 
YH]HV��GH�FULDomR�GH�XWLOLGDGH�S~EOLFD��GH�PDQHLUD�GLUHWD�H�LPHGLDWD�´�2�
questionamento desse critério está na sua abrangência, é como se ele 
tivesse passado do ponto. 
c) Critério negativo ou residual: De acordo com essa 
corrente, o Direito Administrativo tem por objeto as atividades 
desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, excluídas a 
legislação e a jurisdição ou somente esta. Di Pietro (2009, p. 46). 
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d) Critério da Administração Pública: O Direito 
Administrativo seria a junção de todos os princípios que ordenam a 
Administração Pública, no que concerne às suas entidades, aos órgãos, 
aos agentes e às atividades para realizar o que o Estado almeja. 
Leandro ZannoQL� GHILQH� ³(P� VHQWLGR� DPSOR�� 'LUHLWR�
Administrativo é o ramo do direito público interno que visa a satisfazer 
RV�LQWHUHVVHV�GD�FROHWLYLGDGH�GH�IRUPD�GLUHWD�H�FRQFUHWD�´�� 
Di Pietro, por sua vez, conceitua o direito administrativo 
FRPR�³R�UDPR�GR�GLUHLWR�3~blico que tem por objeto os órgãos, 
agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a 
Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que 
exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus 
ILQV��GH�QDWXUH]D�S~EOLFD�´ 
O principal objeto do direito administrativo é a regulação da função 
administrativa. Essa função administrativa envolve vários aspetos. 
E quais aspectos seriam esses, que formam o objeto do direito 
administrativo? São os seguintes: 
x Aspecto subjetivo: aqui o direito administrativo estuda os 
órgãos, as entidades e os agentes públicos; 
x Aspecto jurídico: aqui o direito administrativo avalia as 
prerrogativas da Administração e as sujeições jurídicas. 
Aspecto material: o enfoque aqui é a atividade administrativa, 
executada pelo aparelho do Estado (ou quem dele receba delegação 
para o exercício de atribuições públicas), abrangendo as atividades de 
prestação de serviço público, fomento, poder de polícia e intervenção no 
domínio econômico e na propriedade privada. 
 
 
 
 
 
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Quanto as fontes do Direito Administrativo: 
 
 
 
 
 
 
 
7. Questões 
 
 
1. (CESPE ± 2013 ± SEFAZ ± Auditor ± Questão adaptada) Em sentido 
subjetivo, a administração pública confunde-se com os próprios sujeitos 
que integram a estrutura administrativa do Estado. 
 
2. (CESPE ± 2013 ± TCE-RO ± Contador) O Estado é um ente 
personalizado, apresentando-se não apenas exteriormente, nas relações 
internacionais, mas também internamente, como pessoa jurídica de 
direito público capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem 
jurídica. 
 
3. (CESPE ± 2013 ± SEFAZ ± Auditor ± Questão adaptada) A administração 
pública confunde-se com o próprio Poder Executivo, haja vista que a 
este cabe, em vista do princípio da separação dos poderes, a exclusiva 
função administrativa. 
 
4. (CESPE ± 2013 ± MS ± Analista-técnico) A tripartição de funções é 
absoluta no âmbito do aparelho do Estado. 
 
5. (CESPE ± 2013 ± MI ± Assistente) Na sua acepção formal, entende-se 
governo como o conjunto de poderes e órgãos constitucionais. 
Fontes do direito administrativo 
Lei 
Doutrina 
Jurisprudência 
Costumes 
Princípios gerais de direito 
 
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6. (CESPE ± 2013 - MI ± Analista técnico) Os conceitos de governoe 
administração não se equiparam; o primeiro refere-se a uma atividade 
essencialmente política, ao passo que o segundo, a uma atividade 
eminentemente técnica. 
 
7. (CESPE - 2012 - TRE-RJ - Analista Judiciário - Área Administrativa) O 
estudo da administração pública, do ponto de vista subjetivo, abrange a 
maneira como o Estado participa das atividades econômicas privadas. 
 
 
8. (CESPE- 2010 ± ABIN ± Direito) A administração pública é 
caracterizada, do ponto de vista objetivo, pela própria atividade 
administrativa exercida pelo Estado, por meio de seus agentes e 
órgãos. 
 
9. (2010/CESPE/INSS/Médico) Povo, território e governo soberano são 
elementos do Estado. 
 
10. (CESPE ± 2010 - TRE-MT - Técnico-Adaptada) Administração 
pública em sentido subjetivo compreende as pessoas jurídicas, os 
órgãos e os agentes que exercem a função administrativa. 
 
11. (CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário) A vontade do 
Estado é manifestada por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e 
Judiciário, os quais, no exercício da atividade administrativa, devem 
obediência às normas constitucionais próprias da administração pública. 
 
12. (CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário) O Estado 
constitui a nação politicamente organizada, enquanto a administração 
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pública corresponde à atividade que estabelece objetivos do Estado, 
conduzindo politicamente os negócios públicos. 
 
13. (CESPE ± 2007 - MP-AM - PROMOTOR) Os tradicionais elementos 
apontados como constitutivos do Estado são: o povo, a uniformidade 
lingüística e o governo. 
 
 
14. (CESPE ± 2013 ± SEFAZ ± Auditor ± Questão adaptada) O direito 
administrativo visa à regulação das relações jurídicas entre servidores e 
entre estes e os órgãos da administração, ao passo que o direito 
privado regula a relação entre os órgãos e a sociedade. 
 
15. (CESPE ± 2013 ± TRE-MS ± Analista) Dizer que o direito 
administrativo é um ramo do direito público significa o mesmo que dizer 
que seu objeto está restrito a relações jurídicas regidas pelo direito 
público. 
 
16. (CESPE ± 2013 ± TJ-RR ± Administrador) Pelo critério teleológico, 
define-se o direito administrativo como o sistema dos princípios que 
regulam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. 
 
17. (CESPE ± 2012 ± MPE-PI ± Analista Ministerial) O direito 
administrativo, ao reger as relações jurídicas entre as pessoas e os 
órgãos do Estado, visa à tutela dos interesses privados. 
 
18. (CESPE ± 2011 ± TCU ± Auditor Fiscal) Segundo a doutrina 
administrativista, o direito administrativo é o ramo do direito privado 
que tem por objeto os órgãos, os agentes e as pessoas jurídicas 
administrativas que integram a administração pública, a atividade 
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jurídica não contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza 
para a consecução de seus fins, de natureza pública. 
 
19. (CESPE - 2010 - INSS - Engenheiro Civil) O direito administrativo 
é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem órgãos, 
agentes e atividades públicas que tendem a realizar concreta, direta e 
imediatamente os fins desejados pelo Estado. 
 
20. (CESPE - 2009 - TCU - Analista de Controle Externo) O direito 
administrativo, como ramo autônomo, tem como finalidade disciplinar 
as relações entre as diversas pessoas e órgãos do Estado, bem como 
entre este e os administrados. 
 
21. (CESPE - 2009 - AGU - Advogado) Pelo critério teleológico, o 
Direito Administrativo é considerado como o conjunto de normas que 
regem as relações entre a administração e os administrados. Tal critério 
leva em conta, necessariamente, o caráter residual ou negativo do 
Direito Administrativo. 
 
22. (CESPE ± 2008 ± TJ-DF ± Analista Judiciário) Para a identificação 
da função administrativa como função do Estado, os doutrinadores 
administrativistas têm se valido dos mais diversos critérios, como o 
subjetivo, o objetivo material e o objetivo formal. 
 
 
23. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista 
Judiciário) Em decorrência do princípio da legalidade, a lei é a mais 
importante de todas as fontes do direito administrativo. 
 
24. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento) Considerada 
fonte secundária do direito administrativo, a jurisprudência não tem 
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força cogente de uma norma criada pelo legislador, salvo no caso de 
súmula vinculante, cujo cumprimento é obrigatório pela administração 
pública. 
 
 
25. (CESPE ± 2013 ± TER-MS ± Analista Judiciário ± Questão 
adaptada) As decisões judiciais com efeitos vinculantes ou eficácia erga 
omnes são consideradas fontes secundárias de direito administrativo, e 
não fontes principais. 
 
26. (CESPE - 2013 - MI - Assistente Técnico Administrativo) Os 
costumes, a jurisprudência, a doutrina e a lei constituem as principais 
fontes do direito administrativo. 
 
 
27. (CESPE - 2012 - TJ/RR - Administrador) A jurisprudência, fonte 
não escrita do direito administrativo, obriga tanto a administração 
pública como o Poder Judiciário. 
 
28. (CESPE ± 2011 ± TCU ± Auditor Federal) Os costumes sociais 
também podem ser considerados fonte do direito administrativo, sendo 
classificados como fonte direta, pois influenciam a produção legislativa 
ou a jurisprudência. 
 
29. (CESPE- 2010 ± INSS - Médico) A jurisprudência não é fonte de 
direito administrativo. 
 
30. (CESPE - 2010 - INSS - Engenheiro Civil) Apenas a lei, em sentido 
lato, pode ser tida como fonte de direito administrativo. 
 
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31. (CESPE - 2009 - SEFAZ/AC - Fiscal Da Receita Estadual) Os 
costumes são fontes do direito administrativo, não importando se são 
contra legem, praeter legem ou secundum legem. 
 
 
32. (CESPE ± 2009 ± TCU ± ACE) A CF, as leis complementares e 
ordinárias, os tratados internacionais e os regulamentos são exemplos 
de fontes do direito administrativo. 
 
Gabarito: 
1) C 
2) C 
3) E 
4) E 
5) C 
6) C 
7) E 
8) C 
9) C 
10) C 
11) C 
12) E 
13) E 
14) E 
15) E 
16) C 
17) E 
18) E 
19) C 
20) C 
21) E 
22) C 
23) C 
24) C 
25) E 
26) C 
27) E 
28) E 
29) E 
30) E 
31) E 
32) C 
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8. Referências 
 
ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo 
Descomplicado. 18ª Ed., São Paulo, Método, 2010. 
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Intervenção no VI Fórum da 
Reforma do Estado. Rio de Janeiro, 1º. de outubro de 2007. 
CAETANO, Marcelo. Princípios Fundamentais de Direito 
Administrativo. Ed. Forense, Rio de Janeiro, 1977. 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito 
Administrativo, 13ª Ed., Lumen Juris Editora, Rio de Janeiro, 2005. 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22ª Ed. 
Editora Atlas, São Paulo, 2009. 
GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo, 13ª Ed., Editora 
Saraiva, São Paulo, 2008. 
MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo, Tomo I, 3ª Edição, 
Salvador, 2007, Jus Podivm. 
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 23ª ed., 
São Paulo: Malheiros Editores, 1998. 
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, 
27ª Ed., Malheiros Editores, São Paulo, 2010. 
TALAMINI, Daniele Coutinho. Revogação do Ato Administrativo, 
Malheiros Editores, 2002. 
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo ± 
24ª edição, São Paulo: Malheiros Editores, 2005. 
ZANCANER, Weida. Da Convalidação e da Invalidação dos Atos 
Administrativos, 3ª Ed., São Paulo, Malheiros Editores, 2008. 
ZANNONI, Leandro. Direito Administrativo ± Série Advocacia 
Pública, Vol. 3, Ed. Forense, Rio de Janeiro, Ed. Método, São Paulo, 
2011. 
Informativos de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em 
www.stf.jus.br, e do Superior Tribunal de Justiça, em www.stj.jus.br.

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