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PESSOA JURíDICA COMPLETO (2)

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Teoria Geral do Direito Civil
Aula 3
A pessoa jurídica é proveniente de um fenômeno histórico e social. 
Consiste num conjunto de pessoas ou de bens, dotado de personalidade jurídica própria e constituído na forma da lei, para a consecução de fins comuns. 
DAS PESSOAS JURÍDICAS
Pode-se afirmar, pois, que pessoas jurídicas são entidades a que a lei confere personalidade, capacitando-as a serem sujeitos de direitos e obrigações. 
A sua principal característica é a de que atuam na vida jurídica com personalidade diversa da dos indivíduos que as compõem.
Natureza jurídica 
 Embora subsistam teorias que negam a existência da pessoa jurídica (teorias negativistas), não aceitando possa uma associação formada por um grupo de indivíduos ter personalidade própria, outras, em maior número (teorias afirmativistas), procuram explicar esse fenômeno pelo qual um grupo de pessoas passa a constituir uma unidade orgânica, com individualidade própria reconhecida pelo Estado e distinta das pessoas que a compõem
A) vontade humana criadora (intenção de criar uma entidade distinta da de seus membros;
B) elaboração do ato constitutivo (estatuto ou contrato social);
 
C) registro do ato constitutivo no órgão competente; 
D) liceidade de seu objetivo
REQUISITOS
A vontade humana materializa-se no ato de constituição, que deve ser escrito. São necessárias duas ou mais pessoas com vontades convergentes, ligadas por uma intenção comum.
O ato constitutivo é requisito formal exigido pela lei e se denomina estatuto, em se tratando de associações, que não têm fins lucrativos; contrato social, no caso de sociedades, simples ou empresárias, antigamente denominadas civis e comerciais; e escritura pública ou testamento, em se tratando de fundações (CC, art. 62).
Obs: O ato constitutivo deve ser levado a registro para que comece, então, a existência legal da pessoa jurídica de direito privado (CC, art. 45). 
Antes do registro, não passará de mera “sociedade de fato” ou “sociedade não personificada”.
A liceidade de seu objetivo é indispensável para a formação da pessoa jurídica. 
Deve ele ser, também, determinado e possível.
 Nas sociedades em geral, civis ou comerciais, o objetivo é o lucro pelo exercício da atividade. Nas fundações os fins só podem ser religiosos, morais, culturais ou de assistência (CC, art. 62, parágrafo único). 
E nas associações, de fins não econômicos (art. 53), os objetivos colimados são de natureza cultural, educa­cional, esportiva, religiosa, filantrópica, recreativa, moral etc. 
OBS: Objetivos ilícitos ou nocivos constituem causa de extinção da pessoa jurídica (art. 69
“Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo”
O registro do contrato social de uma sociedade empresária faz-se na Junta Comercial, que mantém o Registro Público de Empresas Mercantis. 
Os estatutos e os atos constitutivos das demais pessoas jurídicas de direito privado são registrados no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, como dispõem os arts. 1.150 do Código Civil e 114 e s. da Lei dos Registros Públicos (Lei n. 6.015/73). 
As sociedades simples de advogados só podem ser registrados na OAB — Ordem dos Advogados do Brasil
Art. 46, CC: indica os dados ou elementos que deve conter o registro. 
	
	Este declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
 V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso”
O cancelamento do registro da pessoa jurídica, nos casos de dissolução ou cassação da autorização para seu funcionamento, não se promove, mediante averbação, no instante em que é dissolvida, mas depois de encerrada sua liquidação (CC, art. 51). 
O direito de anular a sua constituição por defeito do ato respectivo pode ser exercido dentro do prazo decadencial de três anos, contado da publicação e sua inscrição no registro (art. 45, parágrafo único).
ART. 986, CC= é aquela sociedade que não tem seus atos constitutivos registrados no órgão competente. É o caso da sociedade em formação; é uma sociedade contratual em constituição. Também não possui personalidade jurídica, mas possuem capacidade processual, desde que representadas. 
SOCIEDADE EM COMUM
CARACTERÍSTICAS:
Não podem opor a sua irregularidade, quando demandadas.
Pode sofrer falência, já que para sofrer falência o requisito essencial é o exercício da atividade empresarial e não o registro.
Não pode requerer a falência de seu devedor, já que para isso o registro é indispensável.
Não pode requerer a recuperação de empresa
Não tem proteção ao nome empresarial.
RESPONSABILIDADE
Deveria ser solidária e ilimitada.
Art. 988 criou um instituto denominado PATRIMÔNIO ESPECIAL.
É formado pelos bens dos sócios que foram colocados para o uso da sociedade empresarial, assim como as dívidas assumidas pela sociedade.
OBS: QUANDO ESSES BENS ESGOTAREM É QUE OS BENS DOS SÓCIOS PODEM SER ATINGIDOS.
Nem todo grupo social constituído para a consecução de fim comum é dotado de personalidade.
Tem direito, contudo, a representação processual
GRUPOS DESPERSONALIZADOS
A) FAMÍLIA
-A mais importante entidade não personificada. 
- O agrupamento familiar, caracterizado pelo conjunto de pessoas e pela massa comum de bens, não constitui uma pessoa jurídica.
- Cada membro da família conserva a sua individualidade e os seus bens próprios, 
-Não há responsabilidade patrimonial da família por eventuais débitos, mas apenas a de seus integrantes.
B) MASSA FALIDA
Assim passa a ser denominado o acervo de bens pertencentes ao falido após a sentença declaratória de falência decretando a perda do direito à administracão e à disposição do referido patrimônio, bem como o ente despersonalizado voltado à defesa dos interesses gerais do credores. 
Embora não tenha personalidade jurídica, não podendo por isso ser titular de direitos reais nem contrair obrigações, exerce a massa falida os direitos do falido, podendo agir inclusive contra ele. É o seu substituto no campo processual, sendo representada por um síndico
C) HERANÇA JACENTE E VACANTE
 
Constituem o conjunto de bens deixados pelo de cujus, enquanto não entregue a sucessor devidamente habilitado. 
Quando se abre a sucessão sem que o de cujus tenha deixado testamento, e não há conhecimento da existência de algum herdeiro, diz-se que a herança é jacente (art. 1.819). 
Não tem esta personalidade jurídica, consistindo num acervo de bens administrado por um curador até a habilitação dos herdeiros. Entretanto, reconhece-se-lhes legitimação ativa e passiva para comparecer em juízo (CPC, art. 12, IV). 
 Serão declarados vacantes os bens da herança jacente se, promovida a arrecadação e praticadas todas as exigências legais, não aparecerem herdeiros, ou se todos os chamados a suceder a ela renunciarem
D) ESPÓLIO
É o complexo de direitos e obrigações do falecido, abrangendo bens de toda natureza. 
E) SOCIEDADES SEM PERSONALIDADE JURÍDICA
- Denominadas sociedades de fato ou irregulares, serão representadas em juízo, ativa e passivamente, “pela pessoa a quem couber a administração dos seus bens” (CPC, art. 12, VII). 
F) CONDOMÍNIO
Que pode ser geral (tradicional ou comum) e edilício (CC, arts. 1.314 a 1.358). O primeiro, sem dúvida, não tem personalidade jurídica. 
Não passa de propriedade comum ou co-propriedade de determinadacoisa, cabendo a cada condômino uma parte ideal
A) Quanto à nacionalidade:
1- Nacional: organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no País a sede de sua administração (CC, art. 1.126; CF, arts. 176, § 1º, e 222). 
2- Estrangeira: qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem autorização do Poder Executivo, funcionar no País, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira (CC, art. 1.134)
Classificação da pessoa jurídica
B) Quanto à estrutura interna: 
1- Corporação: A corporação caracteriza-se pelo seu aspecto eminentemente pessoal. Constitui um conjunto de pessoas, reunidas para melhor consecução de seus objetivos
2-Fundação: Na fundação o aspecto dominante é o material: compõe-se de um patrimônio personalizado, destinado a um determinado fim
As corporações dividem-se em ASSOCIAÇÕES E SOCIEDADES:
ASSOCIAÇÕES: não têm fins lucrativos, mas religiosos, morais, culturais, assistenciais, desportivos ou recreativos. 
SOCIEDADES: têm fim econômico e visam lucro, que deve ser distribuído entre os sócios. 
C) Quanto à função ou à órbita de sua atuação:
1- DIREITO PÚBLICO: podem ser de direito público externo (ONU, a OEA, a FAO, a Unesco etc) e de direito público interno. 
2- DIREITO PRIVADO: são as corporações (associações, sociedades simples e empresárias) e as fundações (CC, art. 44)
Direito Público Interno:
a administração direta (União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios) e da administração indireta (autarquias, fundações públicas e demais entidades de caráter público criadas por lei). 
Art. 41:
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei”
DIREITO PRIVADO
Art. 44 do Código Civil de 2002: 
I - as associações;
 II - as sociedades; 
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos”
As associações são pessoas jurídicas de direito privado constituídas de pessoas que reúnem os seus esforços para a realização de fins não econômicos. 
Art. 53 do novo diploma: “Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”. 
ASSOCIAÇÕES
TEORIA DA EMPRESA
DIREITO EMPRESARIAL
SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESÁRIAS
ART. 966, CC
SOCIEDADES
As fundações constituem um acervo de bens, que recebe personalidade jurídica para a realização de fins determinados, de interesse público, de modo permanente e estável. 
Consistem em complexos de bens dedicados à consecução de certos fins e, para esse efeito, dotados de personalidade.
 Decorrem da vontade de uma pessoa, o instituidor, e seus fins, de natureza religiosa, moral, cultural ou assistencial, são imutáveis
FUNDAÇÕES
Aplica-se às organizações religiosas, como pessoas jurídicas de direito privado, as normas referentes às associações, mas apenas naquilo em que houver compatibilidade.
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
Quanto aos partidos políticos, têm eles natureza própria. 
Seus fins são políticos, não se caracterizando pelo fim econômico ou não. Assim, não podem ser associações ou sociedades, nem fundações, porque não têm fim cultural, assistencial, moral ou religioso. 
Não obstante, o Enunciado 142 da III Jornada de Direito Civil retromencionada proclama: “Os partidos políticos, sindicatos e associações religiosas possuem natureza associativa, aplicando-se-lhes o Código Civil”
PARTIDOS POLÍTICOS
A responsabilidade jurídica por danos em geral pode ser penal e civil.
Pessoa jurídica de direito privado:
Toda pessoa jurídica de direito privado, tenha ou não fins lucrativos, responde pelos danos causados a terceiros, qualquer que seja a sua natureza e os seus fins .
Sobreleva a preocupação em não deixar o dano irressarcido. Responde, assim, a pessoa jurídica civilmente pelos atos de seus dirigentes ou administradores, bem como de seus empregados ou prepostos que, nessa qualidade, causem dano a outrem
Responsabilidade das pessoas jurídicas
Pessoa jurídica de direito público
A responsabilidade é objetiva.
 Assim, a vítima não tem mais o ônus de provar culpa ou dolo do funcionário. 
O Estado exonerar-se-á da obrigação de indenizar se provar culpa exclusiva da vítima, força maior ou fato exclusivo de terceiro. Em caso de culpa concorrente da vítima, a indenização será reduzida pela metade.
A) Convencional :
por deliberação de seus membros, conforme quorum previsto nos estatutos ou na lei. 
a sociedade se dissolve quando ocorrer a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado. 
Na de prazo determinado, quando houver “consenso unânime dos sócios. Neste último caso, se a minoria desejar que ela continue, impossível será a sua dissolução por via amigável. Por outro lado, a minoria não conseguirá dissolvê-la, a não ser recorrendo às vias judiciais, quando haja causa de anulação de sua constituição, tenha-se exaurido o fim social ou se verifique a sua inexequibilidade (CC, art. 1.034, I e II).
EXTINÇÃO
B) Legal — em razão de motivo determinante na lei: decretação da falência, morte dos sócios, ou desaparecimento do capital, nas sociedades de fins lucrativos.
C) Administrativa — quando as pessoas jurídicas dependem de autorização do Poder Público e esta é cassada.
D) Judicial — quando se configura algum dos casos de dissolução previstos em lei ou no estatuto, especialmente quando a entidade se desvia dos fins para que se constituiu, mas continua a existir, obrigando um dos sócios a ingressar em juízo.

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