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OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO TRIBUNAL DO JÚRI

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FACULDADE CENECISTA DE JOINVILLE – FCJ
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL PENAL II
ACADÊMICO: AUGUSTO FELIPE MAES 4º B NOTURNO
OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO TRIBUNAL DO JÚRI
Art. 5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
A Constituição assegura ao Tribunal do Júri: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para os crimes dolos contra a vida.
Essa regra de competência não é absoluta, pois sempre que houver foro privilegiado por prerrogativa de função afasta-se a competência do Tribunal do Júri. 
a) a plenitude de defesa: como em todos os processos criminais, o réu tem assegurado o exercício irrestrito de sua defesa. Em virtude das peculiaridades do procedimento do júri, no entanto, tal garantia é exercida em sua plenitude, uma vez que a inexigência de motivação da decisão enseja o sopesamento de elementos morais, religiosos, de política criminal etc., estranhos aos demais procedimentos, nos quais se prioriza o julgamento técnico-jurídico, bem assim em razão da estrita observância ao princípio da oralidade e seus consectários (concentração e imediatidade).
Ao juiz, a quem incumbe zelar pelo efetivo exercício da defesa técnica. 
b) o sigilo das votações: os jurados devem votar em segredo. Inaplicável, pois, em relação à votação o princípio da publicidade dos atos jurisdicionais.
c) a soberania dos veredictos: somente os jurados podem dizer se é procedente ou não a pretensa punitiva e essa decisão é, em regra, insuscetível de modificação pelos tribunais. Admite-se, entretanto, afora os casos de anulação do processo por vício procedimental, a cassação da decisão do Tribunal do Júri, quando manifestamente contrária à prova dos autos. Em tais casos, se houver recurso, a superior instancia, analisando o mérito da causa, ordenará a realização de novo julgamento, por outro Conselho de Sentença. 
Possível, também a postulação de invalidade da decisão em sede de revisão criminal (sempre em favor do réu), após o trânsito em julgado da sentença condenatória ou absolutória imprópria, pois o princípio da soberania dos veredictos, devido à sua relatividade, não pode ensejar a perpetuação de decisões injustas.
d) a competência para os crimes dolos contra a vida: Diz-se “mínima”, pois a Constituição assegurou a competência para julgamento de tais delitos, não havendo proibição da ampliação do rol dos crimes que serão apreciados pelos Tribunal do Júri por via de norma infraconstitucional.
São da competência do Tribunal do Júri, pois, o homicídio doloso, o infanticídio, o auxilio, induzimento ou instigação ao suicídio e o aborto, em suas formas consumadas ou tentadas. Há infrações que, nada obstante ostentem o resultado morte a título doloso (ex.: latrocínio), não são considerados crimes dolosos contra a vida, sendo, portanto, apreciados pelo juiz singular.
Cabe ao Tribunal do Júri, além de apreciar os crimes dolosos contra a vida, julgar os crimes comuns que lhes são conexos (art. 78, I).

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